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3996 MINISTERIO DA SAUDE do 24 de Julho A proteccao da satide dos cidadaos, constitucional- mente consagrada como um direito social, impde a0 Estado a adopcao das medidas indispenséveis & sua efectiva realizacdo, nas diversas vertentes que com ele se prendem, Neste dominio, assume, sem diivida, relevancia 0 co- nhecimento de que aquele bem juridico essencial deve ser protegido contra possiveis lesdes praticadas por causa do exercicio inqualificado de certas funcdes. De tal conhecimento decorre, directamente, a neces- sidade de condicionar 0 exercicio de actividades lig das & prestacdo de cuidados de satide, por forma a conseguir-se aquela protec¢do. E esta necessidade € tanto mais sentida quanto ¢ certo que a evolucdo cientifica e tecnolégica, com re- flexos na drea das ciéncias médicas, funciona como fac- tor determinante de maiores exigéncias ao nivel da for- macdo e da diferenciacdo de profissionais de saiide. No Ambito dos servigos publicos de salide, aquele objectivo encontra-se, de algum modo, reflectido na disciplina que, para os técnicos de ico € tera- péutica, foi criada pelo Decreto-Lei n.° 384-B/85, de 30 de Setembro, bem como em diversa legislacdo que Ihe € complementar. Outro é, porém, 0 panorama fora dos servicos pu- blicos. Ai,'na verdade, por auséncia de enquadramento legal especifico, nos dominios da formacdo ¢ do exer- cicio profissional, nao se encontra devidamente asse- gurada a proteccdo da satide. Impde-se, por isso, a intervengdo do Estado, em obe- digncia aos imperativos constitucionais reiativos a satide, promovendo as medidas que garantam a maior qualidade dos cuidados a prestar, pela adequada for- macdo técnica dos agentes de satide e pela sua dignifi- cagdo do ponto de vista deontoldgico © Governo, reconhecendo a urgéncia de tomar me- didas disciplinadoras neste sector, decidiu solicitar au- torizagdo para legislar na matéria, tendo sido publicada a Lei n.° 31/92, de 30 de Dezembro. © presente diploma condiciona desde j4, generica. mente, 0 exercicio de actividades profissionais de satide, condicionando igualmente a criagdo de cursos de for- macao profissional de satide e perspectivando os ele- mentos que deverdo consubstanciar a regulamentacdo das profissées, a aprovar por decreto regulamentar. Finalmente, importa referir que ndo se optou, nesta matéria, pela sujeicéo automatica ao regime juridico das carteiras profissionais, aprovado pelo Decreto-Lei n° 358/84, de 13 de Novembro, porquanto se admi- tiu que, em sede da regulamentacéo profissional espe- fica, venha a considerar-se ndo ser aquele regime 0 mais adequado, tendo em vista, designadamente, que ele poderd comportar normas de cardcter deontolégico com um elevado nivel de exigibilidade. Foram ouvidas as organizacdes de classe representa- tivas das actividades que este diploma visa regular. Assim: No uso da autorizacdo legislativa concedida pelo ar- tigo 1.° da Lei n.° 31/92, de 30 de Dezembro, ¢ nos DIARIO DA REPUBLICA —1 SERIE-A N. 172 — 24-7-1993 termos da alinea b) do n.° 1 do artigo 201.° da Cons- tituigdo, 0 Governo decreta 0 seguinte: Artigo 1.° Ambo 1— 0 presente diploma regula 0 exercicio das acti- vidades profissionais de sauide, adiante designadas por actividades paramédicas, que compreendem a utiliza- ‘gd de técnicas de base cientifica com fins de promo- Gio da salide e de prevencdo, diagnéstico e tratamento da doenca, ou de reabilitagio. 2 — Nao séo abrangidas pelo presente diploma as ac- tividades exercidas, no ambito de competéncias pré- prias, por profissionais com inscrigo obrigatoria em associasao de natureza piblica ¢ ainda por odontolo- sistas, enfermeiros ¢ parteiras. 3 — As actividades paramédicas a que se refere 0 n.? 1 so as constantes da lista anexa ao presente di- ploma, do qual faz parte integrante. Artigo 2.° Condigées de exercicio profissional 1 — Sem prejuizo de regulamentagdo especifica de rofiss6es abrangidas pelo artigo anterior, 0 exercicio de actividades paramédicas depende da verificagao das seguintes condigdes: 4) Titularidade de curso ministrado em estabele- cimento de ensino oficial ou do ensino parti- cular ou cooperative desde que reconhecido nos termos legais; 6) Titularidade de diploma ou certificado reconhe- cido como equivalente aos referidos na alinea anterior por despacho conjunto dos Ministros da Educagio e da Satide; ©) Titularidade de carteira profissional, ou titulo equivalente, emitido ou validado por entidade publica. 2 —O grau de autonomia especifico do exercicio de cada uma das actividades paramédicas, bem como as normas especificas das profissdes, incluindo as regras deontolégicas, constam de decreto regulamentar. Artigo 3.° Conteator 1 — 0 contrato pelo qual alguém se obriga a exer- cer actividades paramédicas mediante retribui¢do, sem observancia do disposto no artigo anterior, é nulo. 2 — O regime previsto no presente diploma ndo pode set afastado por instrumento de regulamentagao colec- tiva de trabalho, Artigo 4.° Formasio © registo profssionsl 1 — A criagdo de cursos, por entidades publicas ou privadas, que habilitem ao exercicio de qualquer das actividades paramédicas objecto do presente diploma depende de despacho conjunto dos Ministros da Edu- cagdo ¢ da Saude. 2 — O Ministério da Satide procede ao registo dos profissionais abrangidos pelo presente diploma. N° 172 — 24-7-1993 ARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A 3997 Artigo 5.° Regime transitério Os trabalhadores subordinados ¢ auténomos que, & data da entrada em vigor do presente diploma, este- jam no exercicio de actividades paramédicas podem pe manecer na mesma situagdo, com salvaguarda das si tuagdes juridicas constituidas, até a publicacdo da regulamentacio da respectiva profisséo. Visto € aprovado em Conselho de Ministros de 11 de Junho de 1993. — Anibal Antonio Cavaco Silva — Jorge Braga de Macedo — Arlindo Gomes de Car- valho. Promulgado em 7 de Julho de 1993. Publique-se. © Presidente da Repablica, MARIO SoaRes. Referendado em 11 de Julho de 1993, inistro, Antbal Anténio Cavaco Silva. ANEXO 1 — Andliss clinicas ¢ de saide piiblica. — Desenvolvimento de actividades a0 nivel da patologia clinica, imunologia, hematologia clinica, genetiea e slide publica, através do estudo, aplicagto e ava Tiagdo das tenicas e métodos analiticos proprios, Com fins de diag nostico e de rastreo. "2 Anatomia patoligica, ctoldgica ¢ canatoldgica. — Tratamento de teidos biologicns colhidos no organismo vivo ou moro, com ob- Servagdo macroseopica € microsedpica, Optica e electronica, vom vista 20 diagnéstico anatomopatologico; teaizagao de montagem de pe fas anatOmicas para fins de ensino e formaydo; execusao e controlo das diversas fases da técnica ctoldgica 3 — Audiometria, — Desenvolvimento de actividades no Ambito 4a prevensdo ¢ conservario da audicdo, do diagnéstico e reabilta flo suitiva, bem como no dominio da funcionalidade vestibular. 4 ~Cardiopneumografia. — Centrase no desenvolvimento de ac- tividades téenicas para o estudo funcional e de capacidade anaio- mofisiopatoldgica do coracio, vasos e pulmées, e de actividades a0 fivel da programacdo, aplicagdo de melos do diagnéstico ¢ sua ava Tiagdo, bem como no desenvolvimento de accdes terapeuticas espec fleas, no Ambito da cardiologia, pneumologia © cirurgia cardiotora- 5 — Dietética. — Aplicacdo de conhesimentos de nuttiso ¢ die- tética na satide em geral e na educagdo de grupos e individuos, quer fem situagio de bem-estar quer na doenga, designadamente no do- ‘minio da promocto e uatamento e da ges de recursos alimentares. ‘6 — Farmacia, — Desenvolvimento. de actividades no circuito do rmedicamento, tais como andlises € ensaios farmacoldgicos, interpre taglo da prescrigdo terapéutica e de formulas farmacButicas, sua pre paraclo, identificardo e distribuigdo, controlo da conservagdo, dis Tribuigdo e stocks de medicamentos e outros produtos, inform: € aconselhamento sobre 0 uso do medicamento. 7 Fisoterapia. — Centra-se na andlisee avaliagdo do movimento da postura, bascadas na estrutura e funedo do corpo, utilizando modalidades educativas ¢ erapauticas espeificas, com base, essen almente, no movimento, nas terapias manipulativas e em mcios fi- ficot e naturals, coma finalidade de promoydo da saide e preven ‘lo da doenga,'da deficiencia, de incapacidade e da inadaplasio « Seratar, habiltar ou ceabilitarindividuos com disfungdes de natu teza fsica, mental, de desenvolvimento ou outras,incluindo a dor, com 0 objective de 0s ajudar a atingit a midxima funcionalidade © ‘Qualidade de vida. 'S— Higiene oral. — Realizacdo de actividades de promogio da satide oral dos individuos e das comunidades, visando métodos epi- emiologicos e acgbes de educagdo para a satide; prestagdo de cu ddados individuals que visem prevenir e tratar as doengas orais, ‘9 — Medicina nuclear. — Desenvolvimento de acgbes nas reas de laboratério clinico, de tedicina nuclear e de técnica fotogrifica com ‘manuseamento de’aparelhagem e produtos radioactivos, bem como fexecugao de exames morfologicas associados ao emprego de agentes fadioactivos e estudos dindmicos e sinéticos com 0s mesmos agentes com testagem de produtos radioacives, uilizando téznicas © nor- mar de protecedo e seguranga radioldgica no manuseamento de ra- iagdes onizantes 10 ~ Neurofisiografia. — Realaagdo de regitos da actividad bioe- léttca do sistema nervoso central epedféreo, come meio de diag- néstico ta dea da neurfiolopa, com particular ineidencia es pa- Tologis do foro neurologio e neurocirargic, recorrendo a tenicas Convencionals€ ou computorizadas. Ti Orteptica, — Desenvolvimento de actividades no campo do digndatico etratamento Gos estrbios da motldade oculr, vil binocular e anomaliasatsociadas;realizaco de exames para correc tio refractive adaptaedo de lentes de contacto, bem cOmO para Snatse da fungio vitual eavallacdo da conducdo nervosa do est tmulo visual e das defcizcias do campo visual programacdo et Teacko de terapéutias espcificas de recuperagdo e reeducacto das pertarbagSes da visho binocular e da subvisior acgdes de sensibil Tigho, programas de rastreioe prevenglo no Ambito da promoeso educaglo para a sale 12 Onoproteses — Avaliago de individuas com problemas mo- tores ou postural, com a finaidade de conceber,desenhar © aplcat os dispostivos necersirios e mais adequados & correcgho do apare tho locomotor, ou 4a substtugdo no caso de amputacses, © de Senvolvimento de acsBes viendo assegurar a colocagto dos dspos! {Woy fabrcados « respective ajustamento, quando necesaro. 1) "Protese dentéria.~ Realizagdo de actividades no dominio do desetho, preparacio,fabrco, modiicagdo e reparacdo de préte Se denturas, mediante wtlzagdo de prodatos,tenicas © proce mentor adequades. 4 Rediologia. — Realizardo de todos os exames da drea de ra diologia de ciagnéstivo médica, programacto, exccurd « avalinclo de todas as t6nicas radioldgias que intervém na prevengdo © Peo- togao da sae; lleagao de tésnicase normas de protedo © se- puranga radiolglca no’ manvseamento com radiagbes ionizantes, 13 = Radioterapia.— Desenvolvimento de actividades terapeut ex aes le de ado oat pr rata, cluindo o pré-dagnéatico ¢ follow-up do docnte; preparardo, ELS? 2onamtno © ndoobras As aperhnon Se radoirapa: acluado nas areas de utllzagdo de tenicas e normas de proteao ¢seguranga radioldgiea no manuseamento com raclagOesionzantes. Te Terapia da fala, — Desenvolvimento de actividades no am: bito da prevengdo, avaliago e tratamento das perturbagdes da co- tmunicacto humana, englobando ndo 56 todas as fungBes associadas Scompreensio e expressto. da Hnguagem oral eserita, mas (am bem utes Tomas de comuniago nip verbal Ty "Terapia ocupacional. — Avaliaedo, ataineno ¢ habiitacéo de individuos com dsfungdo fica, mental, de desenvolvimento, 80: al ov outras, utlizando teenieas erapeaticas integradas em activi- Gade seleecionadas conscante 0 objectivo pretendido e enguadra- ‘is na relagdoterapeuta/tente preveedo da incapaidade, através {de estategiae adequadas com vista a proporcionar a0 indviduo 0 imaximo de desempenbo © autonomia nas suas fangBes pessoas, s0- ‘alse profissonai,c, se necesaro, o estado e desenvolvimento das fespectvasajudas ténica, em ordem a contribu para uma metho- ‘ian qualidade de vida 18 — Higiene snide ambiental (santaisme). — Desenvolvimento de actividades de identifiagho, caracterizagdo ¢redugao de factores 4s sco para a sade originados no ambiente, pariipasdo no pla neamcnto de acybes de sade ambiental e em acySes de educardo para sae em grupos eapectficos da comunidade, bem como de Navolvimento de aegdes de controlo e vigidncia sanitéria de sist tas, estruturas-¢ actividades com interacgdo no ambiente, no am Tito’ da legislago sobre higlene « sade ambiental. MINISTERIO DO COMERCIO E TURISMO Decreto-Lel n.° 262/93 do 24 de Julho © Decreto-Lei n.° 287/91, de 9 de Agosto, que apro- vou 0 novo regime juridico das regides de turismo, dis- és, no n.° 1 do seu artigo 38.°, que estas deveriam adequar 0s seus estatutos e funcionamento a disciplina juridica dele constante. Tal adequagdo ditou a necessidade de introduzir al- teragdes substanciais ¢ numerosas, razio que justificou a elaboracao integral de novos estatutos. Assim: Nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituig4o, 0 Governo decreta o seguinte: Artigo 1.°'So aprovados os Estatutos da Regido de Turismo do Oeste, em anexo ao presente diploma, do qual fazem parte integrante.

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