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FUNDAMENTOS Do DirerrO Léon Duguit TEXTO INTEGRAL Respeitado fildsofo do direito e jurista francés, Léon Duguit (1859-1928) foi colega de Emile Durkheim, tendo se graduado e obtido 0 doutorado na Faculdade de Direito de Bordéus. Fea critica das idéias juridicas tradicionais, € sua obra repercutiu grandemente no direito piiblico. Segundo suas teses, os seres humanos séo animais sociais que possuem um senso universal ou instinto de solidariedade e inte: dependéncia, do qual decorrem o reconhe mento de respeito a determinadas regras de conduta fundamentais para a vida social. Fundamentos do direito wm apresenta alguns dos mais i in Tl importantes textos de Dugui | | MasonDTcxaret »Duuguit FEO. + Léon Dus YAMENTOS. GOLEGAO A OBRAYS UTOR Livro: INSTRUMENTO DE LIBERDADE E PODER ‘Vimos, neste espago, com muito orgulho literério, apre- sentar a colecio A Obra- prima de cada Autor, um ambicioso projeto editorial idealizado ¢ realizado pelo editor Martin Claret. Pelas nossas pesquisas de ‘campo constatamos que, apesar de crises e turbuléncias econdmicas, 0 brasileiro ata mente est lendo mais. Comegamos a compre- ender que conhecimento é liberdade e poder: mais em: as pessoas estfo buscando in- formagées de todos os tipos. Nasse contexto, 0 livio, em seus virios formatos, cada vez mais reforca sa verdadetra fungio — informar ¢ trans formar. (presente projeto foi cons trufdo sobre estatisticas ¢ potencialidades. Quantitati- ‘vamente a proposta & de 400 ticulos de autores clissicos, nacionais ¢ estrangeiros nos campos da ficgio e ndo-ficgéo, FUNDAMENTOS po DireitO Léon Duguit TEXTO INTEGRAL Teapucko Maxcio Puatirst (0 roxto pest tsvno TA coxroni 0 /Aconbo OxroaRAvIco A LIN PorruauEs (1990) Dados Internacionais de Catalogagdo na Publicagio (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Dugnit, Léon, 1859-1928, Fundamextos do direto / Léon Duguit radu Marcio Pugliesi, iio Paulo : Martin Claret, 2009, -- (Colegio a obr-prima de cada autor; 267) ‘Titulo original: Fondements de droit “Texto integral” ISBN 978-85-7232-764.0 1. Direito 2, Titulo. I, Série, 09-02301 cbu-34 Indices para catdlogo sistemtco: 1.Disvito 34 Léon Duguit TEXTO INTEGRAL waemnMotarer cREDITOS © Copyright desta tradi: foone Baitora Ll. caida & Editors Mastin Claret Lt, 2009 ‘Titlo origina: Fondements de Droit Iprauzacio CoordeNacao Martin Clare! Projeto Grin Assisnayre: EorrortAt Tos Duarte T. de Castro Rosana Gil Citino Diep de Ane Cara lose Durie Td Castro Tanngo Marcellin aot Eorgdo Elica atora Marte Claret Miou ‘Tiadogio Papel Mirco Pugliest Of Set, 705i? Revisio Waldir Moraes Impressio e Acabumento Pauls Grifica tora Martin Claret Lda, Ros Alepete, 62 ~ Baio Sumars (CEP: 11254-010 ~ Sao Palo -SP ‘Te axl) 3672-8144 ~ Pan (Ox) 3673-7146 \www.martinelaret.com.br /editorial@martinclaret.com.br ‘Agradecemos todos os nosios amigos ecolaboradores — pessoas fs- ase juridicas — que devam as coudigaes pars qu fsseposiel a pub ago dese leo. 1! REIMPRESSAO - 2011 PALAVRAS Do EDITOR Ahist6ria do livro ea colegio “A Obra-Prima de Cada Autor” Mann cuaRer Q J ov? Pas eatin on dead de 1960, a UNES. C0 consider 9 ona pablo impress, per ¢a,qu conta de no mii 56 pga 8 pe Oe an prt nda stan mi do qu sips prt, Open canes toque deveramos er 8G noo como je 60 ves, 0 Soo deur, © Ho € na das nas evo inven denen "A clés Ard (972), pbicata poo eiore empress Vitor Cita no vets lio™ tar concise Imporates infor imgtes sobre a in do io. A sepi, ransctevernos gens tion dst eta ition Olivro na Antiguidade ‘Antes mesmo que 0 homem pensasse em utilizar determinados ‘materisis para exerever (como, por exemplo, Fibras Vogts etek dos), as biblioteces dn Antiguidade estavam repletas de textos gra vvados em tabuinbas de hero eazido, Eran os primeiros “lives” depois progressivamente modificados até chegarem a ser feitos — mt grandes tiragens — em papel impresso mecanicamente, pro- porcionando facilidade de leituree transporte, Com eles, tornou-se possvel, em todas as época, transmitrftos,seontecientos his- Ioroos, escobertas, ratados, egos ou apenas entretenimento, 5 ‘Como sua fabicagso, fungi do Tivo soften enormes mosii- cagGes dentro das mais diversas soviedades, a poto de consttair uma mereairia especial, com técnica, intensio e tilizagto deter- ‘minadas. No moderno movimento editorial das champadas socied- es de consumo, 0 liv pode ser eonsidersdo ume metcadoria cultural, com maor ou meno significado no context socivecondni- ‘co em que € publicado. Enquanto mereadoria, pode ser comprado, ‘vendido oa trecado. Isso no ocorre, porém, com sus Fungo intinse= a, insubsttuvel: pode-se dizer que o livia € estencialmente um nstrumento cultural de difusdo de ideas, ransmissfo de conccitos, sdocumentagdo (inclusive fotogréfica iconogréfica),entretenimento ‘ou ands de condensugdo e acumulugde do conbecimento. A palavra cscrla vence 0 tempo, ¢ 0 livio eonquistou 0 espago, Teoriea- ‘mente, toda a humenidade pode ser atngida por textos que difun- dem ideias que vio de Séerates © Horicio a Sartre e MeLuhan, de ‘Adolf Hier & Kir! Mars Espetto da sociedade A histria do livro confunde-se, em muitos aspectos, com hhstria da humanidade. Sempre que etcolhem frases e tems, © ‘ransmitem ideias e conccitos, os esritoresestio elegendo 0 que ‘cousideram signifieaivo no asomentohistrico e culmea que vie vem, E, assim, fomecem dads para a anlise de sua sociedade, O ‘contedia de vin livro — aceto,dicutido ou refutado sovialmente integra a estratura inteleotma dos grupos sos [Nos primeiros tempos, o escrito geralmente vivia em contato «iret com seu peblico, que era formado por uns poucos letras, 6 ‘cients ds opines, dei, imaginagoe tees do autor, pla pripria ‘convivéncia que iam com ele. Muilas vezes, mesmo antes de ser redigido 0 texto, a8 ideias nole contidas jf haviam sido intenss- ‘mento discutidas polo escrito e parte de seus leitares. Nessa época, ‘como em virias uta, no se pensava na enorme poreentagem de ‘analfabotos,At6 0 século XV, olivto serviaexclasivamente ania Pequena minoria de sos eestudiosos que constitu os cfreulos infelectuis (confinados aos mosteires durante o comepo da Tdade Média) e que tinham acesso as biblioteca, cheias de: manusritos ricamenteilstacos, ‘Com oreflorseimento comercial europen, nos fins do séeulo XIV, 6 burgueses © comerciantes passaram a integrar 0 mercado liveiro da €poca. A erudigGo Inicizou-se e o nimero de escritores sumen- tou, surgindo também as primeiras obras esertas em linguas que nfo. latimeo grego (reservadas aos textos clissicos e aos assunios ‘considerados digas de atengi). Nos séculos XVI © XVIT,surgi- ‘am diverts literatures nacionsis, demonstrando, alm do flores- cimento intelectual da época, que a populagéo letrada dos pases ‘uropeus estava mals eapacitcla a adquirirabras exerts. Cultura e comércio ‘Como desenvolvimento do sistema de impeessto de Gutenberg, ‘4 Europa conseguin dinamizar a fabricagdo de livros, imprimindo, fem cinguenta aros, cerca de 20 miles de exemplares para uma populagéo de quase 10 rilles de habitanes, cuja maioria era tnalfabeta. Para a época, isso significon enorme revolugio, de- ‘monstrando que & imprensa 6 se tornow uma realdade dante da sovessidade social de ler mais. Tpressos em pape, feitas em eadernos costurados e posterior ‘mente encapados, os livros tornaram-se empreenimento cultural € comercial: 0s editoes passaram logo a se preocupar com melhor "prescatapo eredugio de progos. Tudo isso levou & comercaliza- ‘fo do lio, E 08 livreiros haseavam-se no gosto do plblico para “impuimr,principalmente obras religisss, novelas, colees de ane- A nogio do dito fuadada aa iia do dover dius partie de “Auguste Comte que assim concebeu: “A repeneragsodecisiva consists sobreudo cm substiuir some os delta plow devees, para melhor Subotdinae porsnslidade 2 ociabiidade. 86 pe haver vrdadeiros ucts na medida om que os poderesregites eminvam do vontades Ssoirenatuais, Pata liar conta es autoidode teva, a metasica ‘dos cinco slimes scolosintoduan pretesos direitos qv 6 compostavum ‘um papel negatvo; quando se tent dar els verdad soto orsinco, ‘eqns moet as cit tiers nso pola enn ‘Aconsagrar sempre a indvidulidade, Todos tem daveres pa com todos, ‘nas ninguém tem dria algum propane dito. Ninguem possi ut Sito que nl sjao de camper sezpreo seu dover" (Auge Comte, "PoliigusPostve™ 1890, p 381), Note passagem do "Cache Posiiviste(pp. 209.301), im que Comte exprime s mem idiom ‘enmos no menos engi. 48 do dircito de liberdade. A propriedade deve ser compre ‘endida como uma contingéncia,resultante da evolugio social {0 drcito do proprietirio, como justo e concomitantemente Jimitado pela missfo social que se Ihe incumbe em virtude da situngdo particular em que se encontra. ou CarituLo 8 Nogio geral do estado Tt rabathamos até aqui, para melhor determinar a nogo sh 0 fundamento do direito, com 0 conceito de uma sociedade hipotética, em que nfo houvesse qualquer indicio ée autoridade politica, e assim julgamos ter estabelecido certs independéncia entre a nogiio de direito € 0 conceit de autoridade politica, Se, consoante certos sociGlogos, existem sociedades humanas em que nio sobressai nenhum caréter de hierarquia politica, parece evidente que em quase todas as sociedades, sejam humildes, bérbaras, poderosas ou civi- Jizadas, encontramos individuos que parecem mandar em seus semelhantes e que de certo modo exigem obediéncia a suas determinagdes, fazendo uso da forga quando julgam Caracterizando assim a diferenciagio politica, os elemen- tos que parecem comandar sio os governantes; enquanto ‘es comandados, os governados, Nessas sociedades sobressai ‘uma autoridade politica cuja natureza é sempre, em todos os lugares, irredutivel. Qualquer contexto em que a consi- 33 deremos: na horda primitiva, personificada num chefe ou srupo de ancifios; na cidade, com o chefe de familia; nos grandes paises modemnos, considerada no conjunto mais ou ‘menos complexo de grupos — principes, regentes, reis, imperadores, presidentes, parlamentos, ete —, autoridade sempre constitui um fato social da mesma ordem. Hi dife- renga de grau, mas no de natureza No seu sentido mais amplo, a palavra “Estado” designa toda sociedade humana em que percebemos diferenciagio politica entre governantes © governados, ou, segundo ex- presso consugrada: uma autoridade politica, As tribos da Africa, mesmo sendo primitivas, cbedecem ‘um chefe ¢ constituem Estados da mesma forma que 2s {grandes sociedades européias que desenvolvem um meca- nismo de governo nicional e complexo. Apenas ressalvamos que 0 emprego mais frequente da palavra Estado resume- se adesignaras sociedades em que predomina determinado _grau de diferenciaglo polfics, 4 54 Cariruro 9 Origem do estado { A. pesar da tesminologia empregada, 0 fenomeno que # abordaremos a seguir néo consist efetivamente na peeves, Se * ARETE aan QR EE au fern oso, ee oi ORE * Bepmronens 1m Odeo Oey Beconpes ie ce kgmaueenoe Rue PERrRAci | Tem ASTER sine. = ART RE lee a giharkerme * faerie me 7% Sea Rot = ie SEeSeei™ a eo ‘evant fuser, exer apie meat” MBS vega gee cyano oo RRR mega ttn sa fategew com mpeg SEH a agtscu weoenagte AE a a “or ne ‘sgpeqte mp ae gopgee 1 eee TE lemmas MY fms fae water eye ‘eaaneesr Leno mqouese tn —- mo AsogmineNe it geet mipeee ga DRE, aglaw TERE mgudieen ten in pea pene BRT es ine mpm gwT MAREE Matin mRReeUEGe gta sapere ae see EC wiigrenonne ME coe: ik a ‘sisemeee Seana mde eg hanes, ae muggers ROH Fits ae = eae ge 4 a oe, “ae = fgatir tome a ae * er * ERR > Sanytnaee > ee > hwereas oo > Qe sone «pom oe tee «Bitte « nips «etree * Bahore © Semin Abzsaiabemors ones eel mea abrangendo todas as dreas do conhecimento humano, O ctitério de selecio dos titalos foi o ja estabelecido pela tradigio e pela critica especializada, Em formato de bolo, com petiodicidade men- sal, com alta qualidade gréfi- ca, € a precos acessivels, esta sétie de livos vem preencher uma lacuna editorial: livros clissicos ¢ de leivura obriga- (6ria, muitos adotados em universidades, que estavam (a ‘maioria), ausentes de nossas livratias ¢ pontos alternatives de-venda, [Nossa missio ¢ ofereceraos leioresbrasileiros umaalterna tiva de leicura — altamente qualificada e de ficil acess. ‘Acolegio estd aberta a su gestées de titulos e quaisque ‘outros tipos de sugestoes par aperfeigoar nosso trabalho editorial Revolucione-se cultural ‘mente: eia mais para ser mais MavennDcuaret

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