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O gerndio flexionado, que a par do infinitivo flexionado faz do portugus uma lngua capaz
de associar morfemas de pessoa/nmero a formas no-finitas do verbo, um elemento
dialectal bem estabelecido e plenamente produtivo que a lngua padro ignora.
Se for um macho um borrego; e se for uma fmea uma borrega. S tm esse nome
enquanto so novas. Passandem j a parir, j no borrega, j ovelha (Alcochete,
Estremadura)
No sei se o meu marido sabe de enxertos. No sei. S falandem com ele que sabem.
(Lavre, Alto Alentejo)
Estandem juntos os dois, l pensaram eles a fazer o seguinte (Castelo de Vide, Alto
Alentejo)
Enquanto os outros ouvem as coisas, ou vem, e de si mesmo no tm inteligncia, muitas
vezes, para descobrir qualquer coisa julgandem-se eles inteligentes! e eu, como sei
descobrir qualquer coisa e no sei ler, pois sou bruto, sou parvo. (Porches, Algarve)
As construes com ele expletivo, por seu turno, ainda que apenas toleradas pela gramtica
normativa,
Na linguagem popular ou popularizante de Portugal aparece por vezes um pronome ele
expletivo, que funciona como sujeito gramatical de um verbo impessoal, semelhana do
francs il (il y a). (Cunha & Cintra 1984)
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