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Aproximadamente 1,3
Fig. 1: China
bilhão de pessoas habitam o
território chinês. É a maior
população do mundo. Devido a
especificidades de geografia,
evolução histórico-social e
expansão territorial, há uma
enorme disparidade de
densidade populacional entre as
regiões leste (costeira e
Fonte: Folha Online. populosa) e oeste (interiorana e
esparsamente povoada) do país.
91% dos chineses são da etnia Han; os cerca de cem milhões restantes incluem
56 outros grupos étnicos reconhecidos pelo governo central, o qual lhes concede
significativa autonomia política.
O país é governado pelo Partido Comunista Chinês (PCC), que tem o poder
garantido constitucionalmente. Outros oito pequenos partidos, regulados pelo
PCC, compartilham o Poder Legislativo. O sistema eleitoral nacional é indireto,
partindo do nível distrital até o nível nacional, e os chefes do executivo são
determinados pelos próprios membros do PCC.
História e formação
O embrião da China atual surgiu nos vales dos rios Amarelo e Azul.
Acredita-se que a primeira dinastia chinesa foi a Xia (em aproximadamente
2200 a.C.). Os Shang dominaram a região em 1750 a.C., e foram sucedidos pelos
Zhou, em 1100 a.C. Os dois períodos seguintes (Período das Primaveras e
Outonos e dos Estados Guerreiros) foram determinados por guerras cada vez
mais longas e sangrentas entre os reinos chineses. Foi nessa época que surgiram
três grandes correntes de pensamento que determinariam a cultura chinesa: o
taoísmo, o confucionismo e o legalismo. Enquanto as duas primeiras
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Em 221 a.C., a China foi unificada pelo reino de Qin. A nova dinastia Qin
durou pouco, ruindo em vista de uma revolução. A dinastia seguinte, Han,
estendeu-se por quatro séculos (206 a.C. - 220) e pode ser considerada a “era de
ouro” da história chinesa, tornando eficiente a coleta de impostos e pautando a
burocracia em princípios do confucionismo. Houve enorme avanço tecnológico,
a exemplo da criação da porcelana e do papel. A expansão Han permitiu o início
da famosa Rota da Seda2, a oeste, e estabeleceu relações de vassalagem3 com
reinos periféricos.
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Série de rotas comerciais marítimas e terrestres que conectavam o Oriente e a Europa. O
trecho mais comumente denominado Rota da Seda, contudo, é um percurso que atravessa o
noroeste chinês.
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Relação social em que um indivíduo – vassalo – oferece fidelidade e sua força de trabalho em
troca de abrigo e subsistência por parte de seu superior – suserano. Aplicada ao contexto
internacional da Ásia Oriental à época, significa basicamente a aceitação, por parte dos outros
Estados, da superioridade da China.
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Sun Yat-sen, até sua morte em 1925 iniciou a unificação efetiva do país, em
detrimento dos caudilhos regionais, contando com o apoio dos comunistas e do
regime soviético. Foi Chiang Kai-shek quem se tornou o novo chefe do Partido
Nacionalista (chamado Kuomintang) e continuou a unificação nacional.
Entretanto, rompeu com os comunistas, promovendo o Massacre de Xangai,5 em
1927.
5
Episódio em que centenas de comunistas, trabalhadores e estudantes foram mortos em
Xangai e outras cidades do país, em ações promovidas por frações direitistas do Kuomintang.
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Processo histórico em que os comunistas chineses se disseminaram pelo interior do país, e
percorreram 12 mil quilômetros de norte a sul, conquistando os postos locais.
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Taipei, na ilha de Taiwan (ver Figura 3), após a derrota para os comunistas na
porção continental.
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Modelo de planejamento da produção e dos investimentos nacionais, executado na União
Soviética até seu colapso em 1991.
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11 As taxas de crescimento de 2008 e 2009 foram de, respectivamente, 9,0 e 8,7%. Essa queda
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Fuga de capitais é a retirada de dinheiro aplicado em fundos quaisquer (títulos públicos, por
exemplo) em vista da incerteza quanto à rentabilidade futura desses fundos.
13 Dados retirados do report de 2009 para a China, pela companhia Jane’s Information Group.
14 “Mina inunda e deixa 123 trabalhadores presos na China”, Folha Online
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u713664.shtml>
15 Op. cit.
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Essa tendência não se limita ao petróleo, mas sim se estende para outras
commodities16 como produtos químicos e materiais plásticos.17 Diante disso, o
governo central tem dado ênfase ao desenvolvimento de fontes energéticas
alternativas ao carvão, tais como hidrelétricas, usinas de gás natural e de fissão
nuclear.18
16 Termo utilizado para fazer referência a produtos em seu estado bruto (matérias-primas) ou
com baixo valor agregado (de processamento industrial simples).
17 O comércio entre Brasil e China é fortemente determinado por essa tendência. No ano de
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20 Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. China Human Development Report.
2007-2008: Basic Public Services Benefitting 1.3 Billion People. PNUD, Pequim.
21 Indicador numérico gerado por índices de dezenas de parâmetros distintos, agrupados em
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São países que, grosso modo, não possuem governo democrático e são acusados de violações
nos direitos humanos.
25 Organização internacional composta de dez países do Sudeste Asiático, que tem como
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Fonte: Spartly.com
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27 Em 1931, o Japão inicia sua invasão da China pela Manchúria, ao norte. Em 1937, atritos
pontuais entre as forças chinesas e japonesas se transformaram numa guerra total, que
acabaria somente em 1945.
28 Em 2005, Taro Aso, então Ministro dos Assuntos Exteriores do Japão, afirmou que “a China
é um país vizinho com armas nucleares, e seus gastos militares estão aumentando há 17 anos.
Ela está começando a apresentar-se como uma ameaça considerável.”
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Episódio em que protestos pró-democracia foram sufocados por forças militares, o que
resultou em aproximadamente três mil mortos.
30 Ver material de apoio “Os Estados Unidos e a ascensão de novos pólos: os BRICs – Rússia”,
de 29 de maio de 2010.
31 Quando um país gasta suas reservas de moeda forte, a moeda nacional fica mais barata em
34
Ato legislativo aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos em 1979, em vista do
reconhecimento da República Popular da China em detrimento da República da China
(Taiwan). Esse ato firmava o comprometimento norte-americano com Taiwan, mesmo com o
fim de relações diplomáticas formais entre eles.
35 Há duas bases, uma no Quirguistão e outra no Uzbequistão.
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CONCLUSÃO
38Dados da balança comercial brasileira com a China podem ser obtidos no sítio do Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em www.mdic.gov.br.
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LEITURAS COMPLEMENTARES39
Leitura obrigatória
PAUTASSO, Diego. O lugar da China no comércio exterior brasileiro. 19 jan. 2010. Disponível
em <http://meridiano47.info/>.
BRUSSI, Antônio José Escobar. A pacífica ascensão da China: perspectivas positivas para o
futuro? Revista Brasileira de Política Internacional. Volume 51, número 1, Brasília, 2008.
Leitura complementar
PINTO, Paulo Antônio Pereira. China: a ascensão pacífica da Ásia Oriental. Revista Brasileira de
Política Internacional. Volume 48, número 2, Brasília, 2005.
Ministério das Relações Exteriores. Temas Políticos e Relações Bilaterais: China. Disponível em:
http://www.itamaraty.gov.br/temas/temas-politicos-e-relacoes-bilaterais/asia-e-
oceania/china/pdf.
LINKS ÚTEIS
1. China Radio International (CRI). Notícias da China, versão em português.
Disponível em: http://portuguese.cri.cn/.
amigo e preceptor ele foge e se abriga na legação japonesa. Depois de um bom período de boa
vida, ele é convidado pelos japoneses a ser o Imperador da Manchúria. Pu Yi permanece no
trono até ser capturado pelos russos, sendo então extraditado e entregue com prisioneiro à
República Popular da China, permanecendo encarcerado por 10 anos. A história do último
imperador da China é um conto de intriga, traição, guerra e desastre nacional. É também a
história pessoal de um dos mais extraordinários e antigos heróis dos tempos modernos.
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LEITURAS SUGERIDAS
LEONARD, Mark. O que a China pensa? São Paulo: Larousse, 2008.
BECARD, Danielly. O Brasil e a República Popular da China. Brasília: Funag, 2008.
Disponível em http://www.funag.gov.br/biblioteca-digital/pdfs_livros/lancamentos/pdf_o-
brasil-e-a-republica-popular-da-china
BIBLIOGRAFIA
History of China. University of Maryland. Disponível em: http://www-
chaos.umd.edu/history/ Acesso em: 28 de abril de 2010.
OLIVEIRA, Henrique Altemani de. Brasil-China: trinta anos de uma parceria estratégica.
Revista Brasileira de Política Internacional, vol. 47, no. 1, Brasília, 2004.
JANE’S INFORMATION GROUP. China. Jane’s Information Group, 2009. Disponível em
www.janes.com.
UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAM. China Human Development Report. 2007-
2008: Basic Public Services Benefitting 1.3 Billion People. Pequim: PNUD, 2008.
AMIN, Samir. Le developpement inegal; essai sur les formations sociales du capitalisme
peripherique. Paris: Les Editions de minuit, 1973.
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