0 valutazioniIl 0% ha trovato utile questo documento (0 voti)
66 visualizzazioni2 pagine
O documento resume o texto "Paradigmas Rivais" de Ciro Flamarion Cardoso, que analisa as crises da historiografia brasileira no final do século XX. Cardoso se posiciona dentro da própria crise historiográfica que analisa. Ele define a si mesmo como pertencente ao paradigma iluminista ou materialismo histórico, e é adversário das perspectivas pós-modernistas. Cardoso vê como pós-modernos não apenas historiadores que se declaram assim, mas também correntes como a Micro-História e a Escola de Frankfurt.
O documento resume o texto "Paradigmas Rivais" de Ciro Flamarion Cardoso, que analisa as crises da historiografia brasileira no final do século XX. Cardoso se posiciona dentro da própria crise historiográfica que analisa. Ele define a si mesmo como pertencente ao paradigma iluminista ou materialismo histórico, e é adversário das perspectivas pós-modernistas. Cardoso vê como pós-modernos não apenas historiadores que se declaram assim, mas também correntes como a Micro-História e a Escola de Frankfurt.
O documento resume o texto "Paradigmas Rivais" de Ciro Flamarion Cardoso, que analisa as crises da historiografia brasileira no final do século XX. Cardoso se posiciona dentro da própria crise historiográfica que analisa. Ele define a si mesmo como pertencente ao paradigma iluminista ou materialismo histórico, e é adversário das perspectivas pós-modernistas. Cardoso vê como pós-modernos não apenas historiadores que se declaram assim, mas também correntes como a Micro-História e a Escola de Frankfurt.
O texto paradigmas rivais, de Ciro Flamarion Cardoso, hoje, quinze anos
depois de sua primeira publicao, praticamente um clssico da historiografia brasileira no que se refere questo das crises da histria nas ltimas dcadas do ltimo sculo. Isto no porque tenha elaborado uma anlise das crises historiogrficas e dos rumos da historiografia, no contexto deste novo milnio, com a qual a maior parte dos historiadores poderia concordar. Exatamente por ter mostrado um ponto de vista muito particular, esse texto no nos revela uma tentativa de discutir a questo dos rumos historiogrficos no mundo contemporneo a partir de um confortvel ponto de vista externo. Ao contrrio, Ciro Flamarion situa-se dentro da prpria crise que pretende analisar. Ele mesmo um historiador que sempre se inseriu ou no interior do grande feixe de correntes do materialismo histrico, ou pelo menos em dilogo bastante ntimo com este modelo, se considerarmos que neste mesmo texto Cardoso parece preferir se autodefinir, de maneira mais abrangente, como pertencente ao paradigma moderno ou iluminista, ao invs de demarcar mais uma vez a sua identidade como pertencente ao campo mais especfico do materialismo histrico (CARDOSO, 1998: 14). Ciro Flamarion Cardoso tambm foi sempre um adversrio contumaz das perspectivas historiogrficas propaladas por alguns dos autores (na verdade, bem distintos entre si) que ele mesmo situa entre os psmodernistas historiogrficos. Segundo a proposta de Ciro Flamarion Cardoso, seriam ps-modernos no apenas os historiadores que se declaram ps-modernos (ou que aceitam este rtulo), mas tambm certos setores da Micro-Histria (um campo histrico que examinaremos na sexta aula deste curso), o filsofo Michel Foucault e os demais historiadores de inspirao foucaultiana, os historiadores franceses ligados Nouvelle Histoire, em especial os cultores da Histria Cultural, os historiadores de origens diversas que aproximam histria e literatura e que colocam em xeque a possibilidade de se alcanar algum tipo de verdade histrica, ainda que parcial, e, por fim, at mesmo a Escola de Frankfurt uma escola de historiadores que, eles mesmos, consideram-se ligados
ao materialismo histrico. A dicotomia proposta por Ciro Flamarion Cardoso
admite apenas duas posies em relao questo da racionalidade e da
cientificidade. Haveria a defesa da racionalidade e, no plo oposto, um apregoar
da irracionalidade. Isso, naturalmente, deixa de fora a possibilidade de que se considere que existem vrios tipos de racionalidade, e no apenas uma. Por outro lado, sua anlise unifica, de um lado e de outro dos termos da dicotomia apresentada, propostas que apresentam muitas diferenas entre si. O texto revela, de alguma maneira, as dificuldades de tentar classificar de maneira muita simplificada as componentes de uma realidade historiogrfica que bastante complexa.
Novas pautas para a História Social: ensaios, pesquisas e memórias do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro nos seus 40 anos