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Misso de Ensinar
26. Graas aos preciosos ensinamentos do Conclio Vaticano II (66), podemos individuar
as condies e as exigncias, as modalidades e os frutos do ntimo relacionamento que
existe entre a vida espiritual do sacerdote e o exerccio do seu trplice ministrio: da
Palavra, dos Sacramentos e do servio da Caridade.
Antes de mais, o Sacerdote ministro da Palavra de Deus, consagrado e enviado a
anunciar a todos o Evangelho do Reino, chamando cada homem obedincia da f e
conduzindo os crentes a um conhecimento e comunho sempre mais profundos do
mistrio de Deus, revelado e comunicado a ns em Cristo. Por isso, o prprio sacerdote
deve ser o primeiro a desenvolver uma grande familiaridade pessoal com a Palavra de
Deus: no lhe basta conhecer o aspecto lingustico ou exegtico, sem dvida necessrio;
precisa de se abeirar da Palavra com o corao dcil e orante, a fim de que ela penetre a
fundo nos seus pensamentos e sentimentos e gere nele uma nova mentalidade - "o
pensamento de Cristo" (1 Cor 2, 16) - de modo que as suas palavras, as suas opes e
atitudes sejam cada vez mais uma transparncia, um anncio e um testemunho do
Evangelho. S "permanecendo" na Palavra, o presbtero se tornar perfeito discpulo do
Senhor, conhecer a verdade e ser realmente livre, superando todo e qualquer
condicionalismo adverso ou estranho ao Evangelho (cf. Jo 8, 31-32). O sacerdote deve
ser o primeiro "crente" na Palavra, com plena conscincia de que as palavras do seu
ministrio no so suas, mas d'Aquele que o enviou. Desta Palavra, ele no dono:
servo. Desta Palavra, ele no o nico possuidor: devedor relativamente ao Povo de
Deus. Precisamente porque evangeliza e para que possa evangelizar, o sacerdote, como
a Igreja, deve crescer na conscincia da sua permanente necessidade de ser
evangelizado (67). Ele anuncia a Palavra na sua qualidade de "ministro", participante da
autoridade proftica de Cristo e da Igreja. Por isso, para ter em si mesmo e dar aos fiis
a garantia de transmitir o Evangelho na sua integridade, presbtero chamado a cultivar
uma sensibilidade, um amor e uma disponibilidade particular relativamente Tradio
viva da Igreja e do seu Magistrio: estes no so estranhos Palavra, servem antes a sua
recta interpretao e conservam-lhe o autntico sentido (68).