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O Museu de História da Medicina do RS através da sua documentação museológica

Ana Ramos Rodrigues


Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul
anarrodriguess@gmail.com

O Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (MUHM) apresenta, em


sua documentação museológica 1, informações sobre instrumentos de cirurgia, de
laboratório, farmácia e aparelhos de diagnósticos, estando sua coleção dividida por
especialidades médicas.
Este acervo possibilita pesquisas históricas, pois estes objetos, como portadores de
informações, carregam em sua matéria-prima conhecimento histórico de determinada
época. Com a evolução tecnológica, e as doenças surgidas dentro de cada contexto, os
instrumentos médicos foram se desenvolvendo, para realizarem diagnósticos, cirurgias e
prevenções.
Estas informações são possíveis porque o MUHM desenvolve o tripé das ações
museológicas: preservar, pesquisar e comunicar. Enquanto um museu que cumpre sua
função social e uma instituição estritamente ligada à informação é portador de objetos e
espécimes tendo em suas coleções, a possibilidade de produzir conhecimento sobre a
história da medicina no Rio Grande do Sul, estabelecendo na conservação e na
documentação as bases para se transformar em fontes para a pesquisa científica e para a
comunicação que, por sua vez, geram e disseminam novas informações.
O MUHM, sendo um espaço de memória, trabalha com a organização, o tratamento,
o armazenamento, a recuperação e a disseminação da informação produzida a partir de suas
coleções. Neste sentido, desenvolvemos um sistema documental que irá proporcionar a
maximização na recuperação e acesso a pesquisas.
Como forma de acessibilidade às pesquisas foi implantado um banco de dados –
muhmweb – o qual resultou num sistema informatizado de consulta e registro, permitindo
ampliação do uso dos objetos como fontes de pesquisa de forma rápida e eficaz. O banco de
dados estabelece uma função educativa dos objetos, permitindo o uso para fontes de
pesquisa.
A importância da Reserva Técnica 2 também está dentro do processo museológico da
instituição, pois além de tratar da preservação preventiva do acervo, a documentação de
acervos museológicos é o registro e a segurança de saber qual foi à forma de entrada da
doação, por quem e quando.

1
A documentação de acervos museológicos é o conjunto de informações sobre cada um dos seus itens e, por
conseguinte, a representação destes por meio da palavra e da imagem (fotografia). FERREZ, Helena Dodd.
Documentação museológica: teoria para uma boa prática. In: FÓRUM NORDESTINO DE MUSEU, 4.,
Recife. Trabalhos apresentados. Recife: IBPC/Fundação Joaquim Nabuco, 1991. Disponível em:
<http://www.crnti.edu.uy/02cursos/ferrez.doc>. Acesso em: 03 dez. 2006
2
Local de guarda do acervo, de procedimentos museológicos de higienização, acondicionamento e
armazenamento dos objetos do museu.
Neste sentido apresentamos o esqueleto humano, importado da França em 1921 pelo
Dr. Gabriel Schlatter, e doado por sua família ao museu. O esqueleto de um condenado
francês apresenta em seus ossos os respectivos nomes. Ele ficava no Hospital Schlatter na
cidade de Feliz, preparado para fins de estudo e serviu tanto para médicos, como também
para os enfermeiros e auxiliares que trabalhavam no hospital, nesta época.
Como peça museal, apresenta um conjunto de informações, servindo como suporte
para futuras pesquisas, e através deste recorte patrimonial, ilustra uma leitura biográfica e
biografada, pois este material foi utilizado por médicos que exerceram a medicina no Rio
Grande do Sul.
Sobre a estrutura informativa do objeto museológico, o professor de Teoria
Museológica da Reinwardt Academy-Museology Department Peter Van Mensch3 afirma
que o objeto deve ser analisado de acordo com a seguinte matriz tridimensional:
propriedades físicas, função e significado, e história. Assim sendo, as propriedades físicas
seriam os atributos intrínsecos e a função, significado e história, atributos extrínsecos do
objeto.
Seguindo esta estrutura, o MUHM estabelece seu sistema de documentação
museológica da seguinte forma:

• Identificação das aquisições;


• Termo da posse legal;
• Sistema de numeração;
• Inventário;
• Ficha de identificação;
• Ficha de localização;
• Registro fotográfico;
• Documentação de empréstimo

O MUHM utiliza o esquema classificatório proposto pelo Thesaurus para acervos


Museológicos.4 Assim, dentro da responsabilidade social que esta instituição tem com a
sociedade em relação à transmissão da informação produzida, mostra a necessidade do
conhecimento e uso de técnicas de organização.
A partir da documentação museológica é possível ter um panorama do acervo
tridimensional e fornecer o suporte necessário para uma nova prática de comunicação
do museu com os objetos e o público, proporcionando condições para futuras pesquisas
históricas.

3
Mensch apud Ferrez
4
FERREZ, Helena. BIANCHINI, M. H.; THESAURUS para acervos museológicos. 2V. Rio de Janeiro,
MINC/IPHAN.1987

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