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TEXTO: PIAGET E A AFETIVIDADE – ROSELY PALERMO

BRENELLI

“A afetividade é indissociável, irredutível e


complementar à inteligência”

Desenvolvimento humano: Processo construtivo, resultante das


contínuas interações do sujeito com o mundo.

Estágios do desenvolvimento:

• Inteligência sensório-motora

• Inteligência simbólica ou pré-conceitual

• Inteligência operatório concreta

• Inteligência operatório formal

Há três tipos de funções que se desenvolvem de maneira


interdependente, indissociável e complementar:

- Conhecimento: é o desenvolvimento intelectual, adaptação do


sujeito ao mundo exterior.

- Representação: vivências representadas por meio de símbolos


(individuais) ou signos (coletivos e arbitrários), através da função
simbólica a criança pode representar a seu modo o vivido.

- Afetividade: necessidade de expressão e sua finalidade, são


expressados preferencialmente pelo símbolo, imitação, desenho e
jogo. São sentimentos, emoções, desejos e valores que sustentam as
ações. O sentimento dirige o comportamento, na medida em que
atribui um valor aos fins.

AÇÃO ↔ SENTIMENTO

Ações

SUJEITO ↔ OBJETO

Interesse
Só tem sentido a realização de uma ação, se houver uma falta, um
desejo, cuja satisfação é perseguida.
Relações entre conhecimento e afetividade

Piaget: contribuição para o conhecimento sob o aspecto cognitivo


consciente das ações. Piaget trata da afetividade sempre do ponto de
vista do desenvolvimento cognitivo, representado pela inteligência.

Freud: contribuição para o conhecimento afetivo e inconsciente das


ações.

Convergências entre Piaget e Freud: ambos consideram a importância


da primeira infância no desenvolvimento afetivo posterior e ressaltam
a relevância tanto da cognição como do afeto para a adaptação
psíquica ao mundo exterior.

Comparando a atividade psíquica com a de um organismo vivo:

ESTRUTURA (funções do conhecimento) + FORÇA


(afetividade)
• Estrutura (aspecto intelectual): forma de organismo (órgãos) +
classe + modo de funcionamento = formas de organização da
atividade mental.

• Força: energia que põe o órgão em função, possibilitando os


movimentos nas dimensões individuais e social.

O cerne de todo o desenvolvimento do ser humano é a ação.

AÇÃO = MOTOR (aspectos afetivos) + ESTRUTRURA


(aspetos cognitivos)
Os aspectos afetivos e cognitivos são indissociáveis, irredutíveis e
complementares.

AÇÃO (física ou mental) → OBJETIVO

Poder + Querer


• Poder: instrumentos fornecidos pela inteligência – estrutura

• Querer: desejo que move – afetividade


Comportamento humano = inteligência + afetividade: a seleção
perceptiva é baseada em sentimentos de agrado ou desagrado.

Para Piaget não existem estados afetivos puros, sem elementos


cognitivos, estes têm papel fundamental nos sentimentos mais
elementares e mais elaborados.

 Ex.: A emoção, que é uma forma elementar de afeto, supõe


uma discriminação, que é um elemento cognitivo.

A estrutura é o poder de realizar algo, se refere à inteligência, às


diferentes formas que o sujeito organiza e utiliza suas ações para
interagir com os objetos, com outras pessoas e consigo mesmo. Ela
não é um produto do pensamento do observador, é a descrição dos
atos que o sujeito é capaz de executar, independente do que ele
pensa e diz. Todas as ações são inteligentes porque todas são
estruturadas. A estrutura relaciona objetos e acontecimentos.

Inconsciente cognitivo e inconsciente coletivo


Inconsciente afetivo: “a afetividade é caracterizada por suas
composições energéticas com cargas distribuídas sobre um objeto ou
outro, segundo as ligações positivas ou negativas”. O resultado
atingido pelos processos afetivos é relativamente consciente, mas o
mecanismo íntimo desses processos é inconsciente porque o sujeito
desconhece tanto as razões de seus sentimentos, quanto sua fonte,
como também o porquê de sua intensidade e ambivalências
eventuais. Os resultados são conscientes quando o sujeito sabe o
que precisa sobre um objeto, sabe a respeito de suas próprias
opiniões ou crenças e torna-se capaz de comunicá-las ou julgá-las,
isto seria a reflexão sobre a estrutura.

Inconsciente cognitivo: é o conjunto sensório-motor que se


encontra organizado em estruturas, o que o indivíduo pode fazer, mas
que é ignorado por ele.

Tomada de consciência (plano cognitivo): é a reconstrução num


plano superior daquilo que já se encontra organizado, mas num plano
inferior. É um processo que se produz mediante uma desadaptação.

Catarse (plano afetivo): é a tomada de consciência dos conflitos


afetivos e uma reorganização que possibilita ultrapassá-los
- Menção à tese so Erikson: concordando com Freud, o presente
afetivo é determinado pelo passado do sujeito, porém o passado
continua a ser reestruturado pelo presente.

O desenvolvimento das funções cognitivas e afetivas é governado por


leis comuns, próprias do processo de equilibração, ocorrendo
correspondências entre estruturas cognitivas e regulações afetivas. O
processo de equilibração é progressivo e o equilíbrio dos sentimentos
tende a aumentar com a idade.

A afetividade intervém no funcionamento da inteligência, causando


os comportamentos, podendo provocar acelerações ou atrasos no
desenvolvimento cognitivo, entretanto não cria estruturas e não as
modifica.

Paralelismos entre desenvolvimento intelectual e


desenvolvimento afetivo

Comparando-se as estruturas cognitivas e os sistemas afetivos, há


uma correspondência termo a termo:

ANTES DA LINGUAGEM → AQUISIÇÃO DA


LINGUAGEM


Comport. Não socializado Comport.


socializado

Ver sobre sentimentos intrapessoais e sentimentos interpessoais na


pag. 130

- Sentimentos intrapessoais: acompanham as ações do sujeito

- Sentimentos interpessoais: trocas afetivas entre pessoas


Primeira infância (00 - 02 anos): Nesta fase a afetividade e a
inteligência desenvolvem-se juntas em estreita relação.

- No início da evolução psicológica da criança, o eu e o universo


dela ainda estão indiferenciados e indissociados, o eu é o centro
da realidade mas inconsciente de si mesmo – “narcisismo
sem Narciso” (ver na pag. 131)

- Em seguida há uma elaboração paulatina do universo, é o


processo de diferenciação do eu do mundo objetivo

- Quando o universo torna-se objetivado (o objeto adquire


substancialidade) tem-se o terceiro nível de afetividade,
caracterizado pela “escolha do objeto”. Esta escolha afetiva
do objeto, oposta ao narcisismo, dá origem aos sentimentos
interindividuais (com o pai, a mãe, etc.)

Menção ao trabalho de Décarie (1974) – correlação entre as


etapas da afetividade e as da construção do objeto, e à
pesquisa sobre as correlações cognitivo-afetivas: efeitos da
separação da mãe - Spitz, Goldfarb, Bowlby

Primeira infância (02 – 07 anos): Nesta fase as condutas


continuam a se modificar, tanto no plano afetivo, quanto no cognitivo.
“Graças à função semiótica, a criança agora é capaz de re-apresentar
suas ações, podendo então reconstituí-las e antecipá-las. Aparece o
pensamento propriamente dito e iniciam-se as trocas interindividuais
– a socialização da ação”.

- As possibilidades cognitivas são acompanhadas de


possibilidades afetivas (ver na pag. 132).

- Na medida em que é possível comunicar a vida interior, esta


passa a ser construída conscientemente.

- Ocorre as regularizações de interesses e valores

 Interesse: regulador de energia, presente em toda assimilação


mental que mobiliza as reservas internas de força. A
assimilação constitui o interesse (que é o prolongamento das
necessidades). Se multiplicam com a idade e se diferenciam,
ficam mais complexos à ação.

 Os valores relativos à própria atividade estão ligados aos


sentimentos de autovalorização: inferioridade e superioridade...
(ver na pag. 132). estes valores condicionam as relações
afetivas interindividuais, dando origem, através das trocas de
valores e da comunicação, às antipatias e simpatias, supondo
estas últimas, valorizações mútuas.

Os valores da criança tem como características


marcantes:

- associados à imagem dos pais e dos mais velhos

- respeito (origem dos primeiros sentimentos morais da


criança – “moral de obediência”)

- valorizações unilaterais (afeição e temor) que


provocam uma desigualdade na relação afetiva

Os interesses ou valores correspondem a regulações de energia


e estão sujeitos a deslocamento de equilíbrio.

 “Eu ideal”: A criança procura agir segundo os modelos


que lhe são impostos. Há uma coação desenvolvida pelos
mais velhos que provoca uma submissão intelectual e
afetiva inconsciente.

 Moral heterônoma: é dependente da vontade exterior –


valores morais normativos.

De acordo com Piaget, as principais cristalizações da vida


afetiva da criança na primeira infância são:

- Interesses

- Autovalorizações

- Valores interindividuais espontâneos


(simpatias/antipatias)

- Valores intuitivos (moral intuitiva de heteronomia)

Segunda infância (07 – 12 anos): Nesta fase há um equilíbrio mais


estável graças À conquista da reversibilidade

- Operações concretas: sistema de coordenações individuais


e interindividuais

- Cooperação
- Novo sistema moral de autonomia (baseada na
cooperação e nas relações de reciprocidade). No campo
afetivo este sistema de valores corresponde à lógica para a
inteligência.

- Os instrumentos que permitem as coordenações lógicas e


da moral são as operações, no campo da inteligência, e a
vontade, no campo afetivo.

- As relações interindividuais baseiam-se na reciprocidade

- O sentimento de respeito unilateral é substituído pelo


respeito mútuo – provocando o sentimento de justiça que
considera a intenção dos atos.

- Sistema racional de valores pessoais: constituído a partir


dos sentimentos de justiça, honestidade e reciprocidade

- A moral, enquanto coordenação de valores, é comparada


por Piaget, ao agrupamento lógico.

Resumo da primeira infância:

- Pré-operatória

- Vida afetiva intuitiva e impulsiva

- As regularizações energéticas são instáveis e não são


organizadas num sistema coerente e reversível

Resumo da segunda infância:

- Plano das operações concretas

- As regulações afetivas, com a vontade, alcançam o


equilíbrio

- A vontade é o equivalente afetivo das operações da razão

 Vontade: regulador da energia reversível, agindo como


uma operação lógica (ver ex. nas pags. 133, 134)

Adolescência: Período das operações formais.


- A vida afetiva do sujeito afirma-se através da conquista de
sua personalidade e integração na vida social dos adultos

- A personalidade se inicia à medida que as regras se


organizam de maneira autônoma (08 – 12 anos) e a vontade
se afirma regulando e estabelecendo uma hierarquia das
tendências.

- Egocentrismo: aparece quando há desequilíbrios entre o eu


e a pessoa

- Idealismo ingênuo: o adolescente acredita que terá um


papel decisivo na causa que irá defender

- A adaptação ao real e a inserção na vida adulta ocorre


quando o adolescente substitui o “transformar pelo
realizar”.

Obs.: A conclusão da pag. 134 é bem interessante!

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