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O documento discute a prática de agenciamento de causas por advogados, que é considerada infração disciplinar e antiética. Ele define agenciadores como intermediários que encaminham negócios para advogados em troca de uma taxa, e descreve algumas táticas comuns de agenciamento, como o envio de cartas oferecendo assessoria jurídica após acidentes ou a organização de eventos para angariar clientes. Finalmente, cita jurisprudência do Conselho Federal da OAB punindo casos de agenciamento.
Descrizione originale:
CÓDIGO DE ÉTICA COMENTADO VALER SE DE AGENCIADOR DE CAUSAS
O documento discute a prática de agenciamento de causas por advogados, que é considerada infração disciplinar e antiética. Ele define agenciadores como intermediários que encaminham negócios para advogados em troca de uma taxa, e descreve algumas táticas comuns de agenciamento, como o envio de cartas oferecendo assessoria jurídica após acidentes ou a organização de eventos para angariar clientes. Finalmente, cita jurisprudência do Conselho Federal da OAB punindo casos de agenciamento.
O documento discute a prática de agenciamento de causas por advogados, que é considerada infração disciplinar e antiética. Ele define agenciadores como intermediários que encaminham negócios para advogados em troca de uma taxa, e descreve algumas táticas comuns de agenciamento, como o envio de cartas oferecendo assessoria jurídica após acidentes ou a organização de eventos para angariar clientes. Finalmente, cita jurisprudência do Conselho Federal da OAB punindo casos de agenciamento.
Comete infrao disciplinar e tica o advogado que recorre a agenciadores,
conhecidos popularmente como paqueiros, objetivando que estes lhe encaminhem causas mediante participao nos honorrios advocatcios ou cobrana de uma taxa. Gisela Gondin Ramos[8] bem define a figura do intermedirio de causa: Agenciador aquele que encaminha negcios para outrem, sendo remunerado com uma percentagem sobre este mesmo negcio. O Estatuto rechaa de forma expressa este tipo de intermediao, porquanto atenta contra a dignidade da advocacia. (). Sem escrpulos, esses agenciadores tambm colecionam notcias sobre acidentes de trnsito e enviam cartas a famlias enlutadas, oferecendo assessoria jurdica para propositura de eventuais aes indenizatrias, principalmente em face de seguradoras, sempre com participao de advogados, que cometem infrao disciplinar tipificada neste item. Outra forma sutil a de angariadores de clientes que renem empresrios em hotis de luxo, promovendo palestras para orientar leigos sobre questes empresariais, enaltecendo a atuao de determinado escritrio de advocacia nas questes discutidas na palestra, tudo com ampla distribuio de material publicitrio do escritrio, objetivando angariao indevida de clientela, oferecendo os servios como se fossem mercadorias. Para a tipificao da figura faltosa de valer-se de agenciador de causas, necessrio que a indicao do cliente seja feita por terceiro, visando unicamente ao interesse pecunirio imediato ou futuro, com participao no resultado da demanda. JURISPRUDNCIA DA OAB ACRDO N 6.046. EMENTA: O advogado que angaria ou capta causas com a ajuda de paqueiro infringe o disposto no artigo 34, inciso IV, do EAOAB e punido com censura. Recurso provido em parte. Sano de censura, sem converso, em face das peculiaridades do caso concreto, no obstante o advogado faltoso seja tecnicamente primrio. Vistos, relatados e examinados estes autos de Processo SC-3.209/03 (Origem: PD 0155/02 XI Turma), acordam os membros da Terceira Cmara do Conselho Seccional de So Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, em conhecer do recurso interposto contra deciso da Dcima Primeira Turma do Tribunal de tica e Disciplina TED XI, que aplicou ao querelado a pena de suspenso do exerccio profissional pelo prazo de 60 (sessenta) dias, por caracterizadas as infraes previstas nos incisos II, V e XXV do artigo 34 do EAOAB, e violao aos artigos 1, nico, incisos I, II e VIII, letra d, do artigo 2, artigos 5, 6 e 7, todos do Cdigo de tica e Disciplina, nos termos do 1, incisos I e II, do artigo 37 da Lei n 8.906/94, e rejeitando as preliminares de nulidade processual por cerceamento de defesa, falta de fundamentao da deciso e fumus boni
iuris e periculum in mora argidas, no mrito, dar-lhe provimento parcial,
para aplicar a pena de censura, por caracterizada a infrao prevista no inciso IV do artigo 34 do EAOAB, nos termos do inciso I do artigo 36 do mesmo diploma legal. Sala das Sesses, 22 de novembro de 2004. Aristeu Jos Marciano Presidente em exerccio; Joo Pedro Palmieri Relator Publicado no DOESP em 4.4.2005. EMENTA: Captao pblica de clientela, por meio de conluio com agenciadores de causas e publicidade de forma imprpria (cartazes, jornais, rdio e televiso), ofertando servios advocatcios para ingresso de aes contra a CEF, visando receber diferena de correo monetria, oportunizada por perda no FGTS, em decorrncia do denominado Plano Collor, em favor de trabalhadores que no tm contato direto com o advogado e pagam a quantia de R$ 30,00, a ttulo de adiantamento, constitui conduta faltosa e passvel de punio na forma prevista na lei e no Cdigo de tica e Disciplina. Inteligncia dos artigos 33, 34, incisos III e IV, do Estatuto, e artigos 1 e 2, pargrafo nico, inciso VIII, letra c, 7, 28, 29 e 39 do Cdigo de tica e Disciplina. Recurso desprovido. Pena de censura mantida, sem os benefcios da converso em advertncia, por ofcio reservado, no obstante primrio o infrator, diante da gravidade da falta, do elevado nmero de trabalhadores que pagaram a referida taxa inicial da R$ 30,00, da repercusso negativa da conduta no seio da classe e do desprestgio pblico da advocacia. Vistos, relatados e examinados estes autos de Processo SC-1.083/01 (Origem: PD 1.495/00), acordam os membros da Terceira Cmara do Conselho Seccional de So Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, em conhecer do recurso interposto contra a deciso da Terceira Turma do Tribunal de tica e Disciplina TED III, que aplicou ao querelado a pena de censura, por caracterizadas as infraes previstas nos incisos III e IV do artigo 34 do EAOAB, nos termos do inciso I do artigo 36 da Lei n 8.906/94, e, no mrito, negar-lhe provimento, mantendo a deciso recorrida. Sala das Sesses, 24 de fevereiro de 2003. Walny de Camargo Gomes Presidente em exerccio; Paulo Roma Relator Publicado no DOESP em 8.9.2003. ACRDO N 4.180. EMENTA: Agenciamento de causas e clientes. A distribuio de material de propaganda e procuraes, contando com o auxlio ou recurso de agenciadores (paqueiros), configura falta disciplinar ao disposto no artigo 34, inciso IV, e ao artigo 7 do Cdigo de tica. Vistos, relatados e examinados estes autos de Processo SC-1.686/02 (Origem: PD 1.055/98 VII Turma), acordam os membros da Quarta Cmara do Conselho Seccional de So Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, em conhecer do recurso interposto contra a deciso da Stima Turma do Tribunal de tica e Disciplina TED VII, que aplicou ao querelado a pena de censura sem agravante, por caracterizada a infrao prevista no inciso IV do artigo 34 do EAOAB, e, no mrito, negar-lhe provimento, mantendo a deciso recorrida. Sala das Sesses, 16 de dezembro de 2002. Eunice Aparecida de Jesus
Prudente Presidente; Wladimir Cassani Relator Publicado no DOESP
em 28.5.2003. RECURSO N 2007.08.02306-05 02 volumes/2 Turma-SCA. Recorrente: A.A.O. (Advogados: Cleide Aparecida Gomes Rodrigues Fermento OAB/PR 7.626 e Alex de Andrade de Oliveira OAB/PR 32.664). Recorrido: Conselho Seccional da OAB/Paran. Relator: Conselheiro Federal Paulo Roberto de Gouva Medina (MG). EMENTA N 042/2008/2T-SCA. Captao de clientela que caracteriza conduta incompatvel com a advocacia. Aes propostas com a intervenincia de agenciador de causas, que encaminhou aos representados procuraes assinadas em branco pela suposta autora, simulando, assim, as pretenses deduzidas em Juzo. Fatos convizinhos da responsabilidade criminal. Recurso do advogado a que se atribuiu responsabilidade exclusiva pelos fatos, por ter assinado sozinho as peties iniciais, enquanto o nome do outro representado (absolvido na instncia de origem) constou apenas das procuraes. Recurso de que se conhece e a que se d provimento parcial, to-s para reduzir o valor da pena acessria, correspondente ao pagamento de anuidades, a ttulo de multa, mantida, quanto pena de suspenso, a deciso recorrida. ACRDO: Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo em epgrafe, ACORDAM os Membros da 2 Turma da Segunda Cmara do CFOAB, por unanimidade, em conhecer do recurso e dar-lhe provimento parcial, nos termos do voto do Relator. Sala das Sesses, 07 de abril de 2008. Durval Julio Ramos Neto, Presidente da 2 Turma da Segunda Cmara. Paulo Roberto de Gouva Medina, Relator. (DJ, 17.04.2008, p. 747, S.1). RECURSO 2009.08.06107-05/SCA-STU Rctes.: A.O.J. e N.W.F.R. (Advs.: Rogrio Adriano Perosso OAB/SP 179857 e Outros e Jos Antnio Carvalho OAB/SP 53981 e Outros). Rcdo.: Conselho Seccional da OAB/So Paulo. Rel.: Conselheiro Federal Walter Carlos Seyfferth (SC). EMENTA 232/2010/SCASTU. Agenciamento de Causa Angariar e Captar causa com interveno de terceiros Configurao O Advogado que por si, ou representando uma sociedade de advogados, oferece servios a uma associao comercial e industrial de determinada cidade, mediante contrato verbal, ou escrito para propor aes em favor dos associados e, ao mesmo tempo, divulga pelo sistema proposta, com sua fotografia mediante a participao da ACI em 5% (cinco por cento) dos honorrios, ainda promete descontos, divulga lista de clientes famosos e envia mala direta, viola preceitos tico-Disciplinares e sujeita-se ao cumprimento de sanes cabveis, recurso provido, em parte, para a aplicao da sano de suspenso do exerccio profissional pelo prazo de 30 (trinta) dias, por forada reincidncia a que alude o art. 39 do EAOAB, cumulada com a multa no valor de equivalente ao de 1(uma) anuidade, por infrao ao artigo 34, incisos III e IV do mesmo diploma legal, c/c os artigos 28, 29, 31,1, 32 e 33, inciso IV, todos do Cdigo de tica e Disciplina. ACRDO: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, acordam os membros da 2 Turma da Segunda Cmara do CFOAB, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso, e negar-lhe provimento nos termos do relatrio e voto do Relator. Braslia, 18 de outubro de 2010. Paulo
Roberto de Gouva Medina, Presidente da 2 Turma da Segunda Cmara.