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Que
implicações deve a psicologia ponderar quando versa sobre o desenvolvimento
educacional?
Em termos educacionais, o objecto define uma “coisa mental ou física para a qual
converge um pensamento, um sentimento ou uma acção”. De acordo com Piaget, no estádio
sensio-motor (0-2 anos) a criança relaciona-se com o mundo como se este não fosse
constituído por objectos, mas sim por uma sucessão de imagens, sem ligação entre si, em
que as coisas deixam de existir quando deixam de ser percepcionadas. A partir dos 8 meses,
no entanto, a criança adquire a noção de permanência do objecto (existem objectos
independentemente de os estar a percepcionar).
No estádio das operações formais (12-16 anos), o jovem já consegue realizar não só
operações concretas mas também operações formais, demonstrando pensamento abstracto
(capacidade de se desprender do real e raciocinar sem se apoiar em factos, ou seja, não
precisa de operacionalizar e movimentar toda a realidade para chegar a conclusões) e
raciocínio hipotético-dedutivo (colocando hipóteses e formulando mentalmente todo o
conjunto de explicações possíveis). Percebe, portanto, que existem múltiplas formas de
perspectivar a realidade e que a sua percepção é apenas uma dentro de um conjunto de
possibilidades, sendo capaz de pensar sobre o próprio pensamento e sobre os pensamentos
das outras pessoas e percebendo que, face a uma mesma situação, diferentes pessoas têm
diferentes pontos de vista.