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QORPO-SANTO See © POETA QUE ESCREVEU O CONTRARIO DO QUE PENSAVA por Julio Mendonga Ponha-se o leitor — em trajes e ambientes tornados vintage por sua ima- ginacao — na Porto Alegre de 1862 a 1883 e calcule o estranhamento que, naquela cidade entéo provinciana de um Brasil na periferia dos centros poli- ticos ¢ culturais, deveria ter causado nos contemporaneos a seguinte fala de uma personagem, escrita para uma pega teatral: “Ainda havia eu concebido um pensamento: o que havia de ser; o que sem ter na cabeca... nao; sem ser chafariz... € gotejar pelo nariz... tio bem no: sem. se fazer de si — todo inesgotavel, forte; de sua cabeca sempre cheia — caixa; de seus libios — forte bica onde tem e por onde langa a mais cristalina linfa todas as vezes que quer em palavras, oracées, proposicées ¢ discursos!” Este trecho da pega “Lanterna de Fogo” foi escrito por José Joaquim de Campos Ledo, em 1866, entao jé assinando com o nome com que se rebatizou: Qorpo-Santo, Este poeta paradoxal, dividido entre um desejo messianic de purificagao e o mergulho dilacerado no borrao da escritura, apés uma vida bre- ve ¢ atormentada deixou uma das obras mais intrigantes da literatura brasileira. O que se sabe de sua vida é pouco e pode ser resumido em algumas linhas que transcrevo do livro de Eudinyr Fraga (FRAGA, 1988: 43): “José Joaquim de Campos Leao, mais tarde Qorpo-Santo, nasceu em 19 de abril de 1829, na Vila do Triunfo, Provincia de Sao Pedro do Rio Grande. Com a morte do pai, em 1839, foi estudar em Porto Alegre, tornando-se, em 1851, professor piblico na Vila de Santo Anténio da Patrulha ¢, posterior mente, em Alegrete e Porto Alegre. Casou-se com dona Indcia Maria, com quem teve trés fillas: Idalina Carlota, Lidia Marfisa e Plinia Manuela, e um filho, Tales José. No seu préprio dizer, foi vitima de “atos violentos” em julho de 1862, ou seja, comeca o processo de sua interdigéo por moléstia mental. Entre 1864 e 1868 esteve as voltas com a Justiga e ele proprio se encartegou de nos deixar cépias de documentos e pareceres sobre a sua instabilidade mental. Jé estava separado da familia, quando, em 1868, 0 Juiz de Orfios € Ausentes (0 que corresponderia ao atual Juiz da Vara da Familia © Sucessées) declarou-o interdito, incapaz, portanto, de gerir a sua pessoa, os seus bens € 137 a sua familia, condig4o em que morreu aos cinquenta ¢ quatro anos de idade, em 1° de maio de 1883, em Porto Alegre, vitima de tuberculose pulmonar. A maior parte da sua febril atividade parece ter se desenvolvido apés 0 apareci mento dos sintomas de perturbacio mental. Foi ele mesmo quem escolheu 0 seu apelido, conforme nos explica no volume II, p. 16, da sua Ensiglopedia: (...) sea palavra corpo santo (ainda com C) foi-me infiltrada em tempo que vivi completamente separado do mundo das mulheres, posteriormente, pelo uso da mesma palavra hei sido impelido para esse mundo.” Apesar da interdigéo de seus bens, abriu sua prdpria tipografia em Porto Alegre, em 1877, na qual publicou os nove volumes da sua Ensiglopedia ou Seis Mezes de Huma Enfermidade (obedecendo a ortografia criada pelo autos), dos quais conhecem-se, atualmente, apenas seis. Na Ensiglopedia, Qorpo-San- to deixou registrada — sem muita ordem ~ toda sua produgio literdria, em diversos géneros: pecas teatrais, poemas, crdnicas, pensamentos, cartas, etc. Visto como louco pela familia, interditado pela Justiga, a pobreza ea do- enga abreviaram a vida de Campos Leéo e sua obra ficou dispersa e esquecida por décadas. Nos anos 20 do século passado, artigos na imprensa gaticha associaram-na com o futurismo italiano © com 0 nosso modernismo, sem maior repercussao, Na década de 60, no entanto, da-se, de fato, a descoberta de Qorpo-Santo, cem anos apés. Em meio ao espirito renovador, contracultural e libertério que floresceu na década, Anibal Damasceno ¢ Guilhermino Cesar chamatam a atengéo para a originalidade de Qorpo-Santo. A encenacao piiblica de algumas de suas comédias, entre final dos anos 60 ¢ comego dos 70, rapidamente trou- xe grande repercussao para 0 autor, projecou uma imagem de precursor das vanguardas modernas (particularmente a do chamado teatro do absurdo) ¢ iniciou um debate sobre suas vinculacées estéticas. Bascados, inicialmente, nos seus textos para teatro, Guilhetmino Cesar, Décio Pignatari e Yan Michalski foram alguns dos autores que viram Qorpo- -Santo como precursor do teatro do absurdo. Flévio Aguiar considerou ra- zodvel associé-lo ao absurdo, mas chamou a atengao para a diversidade de procedimentos teatrais na obra do autor gaticho: teatro de costumes, teatro de tese, tragico, grovesco, cémico. Preferiu apontar as hesitagées, paradoxos impasses e chamou o teatro de Qorpo-Santo de “teatro da paralisia”. Eudinyr Fraga achou mais legitimo associd-lo com a escrita automdtica surrealist, fazendo, no entanto, a ressalva de que ele nfo se enquadra totalmente na estética daquele movimento artistico. 138 Nos primeiros anos da recepgao critica da obra de Qorpo-Santo, voltados fundamentalmente para o estudo de seus textos teatrais, o debate sobre sua possivel vinculaco com o absurdo ou o surrealismo procurava responder ao cardter andrquico e intrigante dos textos. Um teatro multifacetado, néo-line- ar, marcado pela auséncia de desenvolvimento légico de enredo ¢ que rompe constantemente com as convengées cénicas. O comportamento imprevisivel © anticonyencional de seus personagens promove uma desnaturalizaco das acdes sociais. Estes ¢ outros aspectos — ¢, principalmente, a questao relativa a quanto de involuncério ha nas suas caracteristicas que nos parecem mais originais — tém desorientado sua interpretacao. No entanto, passada uma certa euforia que se seguiu & sua descoberta = uma empatia a posteriori calcada em cédigos de nosso tempo — , outro debate se interpés a respeito da influéncia da desrazio em sua obra. Se nos unos setenta e oitenta, sob a influéncia da Histdria da Loucura de Foucault ¢ da antipsiquiacria, a loucura do autor foi valorizada como libertéria, em anos recentes diversos estudos retomaram sua patologizacéo. Alguns estudos tm procurado apontar excessos na revisio historica de seu valor literdrio. Queros tém reduzido seus escritos a sintomas de sua doenga. Sintoma inceressante dessa fase de revis4o da canonizagao, um artigo de Friedrich Frosch, publicado em 2010, questiona 0 que considera excessiva valorizagao de Qorpo-Santo, lembrando que outros autores, entre eles Flé- vio Aguiar em seu estudo pioneiro, apontaram inconsisténcias em sua obra. Frosch questiona se a suspensio da “normalidade” da linguagem pot Qorpo- -Santo, em meio as suas inconsisténcias, auséncia dos “grandes assuntos da humanidade” ¢ idiossincrasias de mau gosto, se justificam diante da necessida- de de comunicabilidade da “literatura como sistema”. Sem prejuizo da neces- siria liberdade de pesquisa em relagio a juizos mais sedimentados, podemos perceber aqui as forgas do sistema literdrio reagindo para manter a ordem. Menos importante do que seus textos teatrais, a meu ver, a poesia de Qorpo-Santo foi descoberta e comegou a ser estudada mais recentemente, a partir da publicagao do livro de Denise Espirito Santo (SANTO, 2000). Um aspecto importante da publicagio de seus poemas é 0 de que sua leitura nos permite relativizar o alcance do debate entre os que associam 0 autor & literatura do absurdo ¢ aqueles que © associam com o sutrealismo. Na introducio 8 edigao dos poemas organizada por Denise Espirito San- to, Flora Siissekind, lembrando que 0 diagnéstico de loucura contra Campos Leio falava em “grafomania” - a compulsio de escrever -, analisa diversos 139 aspectos da tendéncia a expor a materialidade da escrita que se observa em sua poesia, andlise que pode contribuir para a leitura de seus textos teatrais. Essa constante exposigao de aspectos materiais da escrita e da impresséo esta associada, nos textos, ao terreno das condigées contingentes, ao precitio ¢ imprevistvel, que Siissekind definiu como “uma espécie de principio cons! tutivo de interrupcao”. A “rede de descontinuidades” que a autora identifica faz lembrar a definicio de Aguiar para os textos teatrais de Qorpo-Santo como “teatro da paralisia”: “(...) uma sintaxe disjuntiva marcada graficamente por travess6es, virgulas ¢ apéstrofes, impondo, visualmente mesmo, rupruras discursivas € uma deses- tabilizacdo continuada a cada retrato diverso, a cada transformacéo da ima- gem auroral, a cada novo discurso (do juridico ao religioso, da moralidade familiar 4 referéncia literdria, da retérica amorosa as convengées dramiticas) de que os seus textos parecem se apropria:”. (QORPO-SANTO, 2000: 20) Com relagao as rupturas e as desestabilizagées continuas, Fraga observa que as unidades aristotélicas de espago ¢ tempo nao se aplicam nos textos tea- trais de Qorpo-Santo; em suas pegas tempo e espaco sao inconstantes ¢ insté- veis. A ocorréncia dessa inconstancia, da rede de descontinuidades, também. em sua poesia, sugere que o espaco-tempo do autor gaticho ¢ o da escritura, numa espécie de metalinguagem dilacerada pela alienacao. O autoisolamento do autor na grafomania parece ser uma das razdes para sua defesa de um novo sistema ortogréfico, como podemos encontrar, por exemplo, num de seus poemas: Se querem que viva o C Fagam soar sempre C: Nunca déem-lhe o de Q Nio roube 0 C20 Q Enfatizando a dicgio satirica ¢ 0 nonsense, Denise Espirito Santo, ao apre- sentar a edigio de poemas que organizou — trabalho de pesquisa de grande mérito -, faz, a meu ver, outra importante contribuigéo ao apontar para a pre- senca de elementos do grotesco da cultura popular na obra de Qorpo-Santo. Farsa, burlesco, obscenidade, desproporgses risiveis, situagdes absurdas, agress6es, escatologia, rlisticas transacées entre cultura ¢ natureza, sao algu- mas das caracteristicas do grotesco que encontramos na obra do autor. Se 140 tudo isto confirma desvios da norma estética dominante ¢ rebaixamento de valores socialmente aceitos, também é certo que, conforme afirmam tan- to eriticos quanto defensores, encontram-se nas pecas teatrais € nos poemas feagbes conflituosas de Qorpo-Santo em relacao a eles. Sao frequentes, mes- no, manifestagées ideolégicas conservadoras que contradizem esses desvios. Contam-se diversas situacées de embate com as leis ¢ desmoralizagao dos codigos (linguisticos, de conduta social), bem como declaragées de respeito 4s mesmas e aos mesmos, provavelmente nos momentos em que era tomado de seu recorrente desejo de reconhecimento social. De qualquer modo, em meio a contradigées ¢ paradoxos, si muitos os sinais do grotesco que emergem nos poemas, como o antropomorfismo de que temos varios exemplos, como 0 poema “Um queijo” ou o poema “Ob- jetos de conversagao”: Fala-se com as flores, Fala-se com os frutos, Fala-se com as cores, Fala-se com os brutos! Fala-se com a tinta, Fala-se com o papel, Falaese com a pinta, Fala-se com o pincel! Do corpo rebaixado, nao-idealizado, estudado por Bakhtin na sua ex- tensa pesquisa sobre as caracteristicas da cultura popular, temos exemplos varios, tanto nas pegas teatrais como em poemas como “Uma minha tripa’, “A minha barriga” ¢ “Tripas”. Denise Espirito Santo destaca a imagem da glutoneria recorrente na poesia e no teatro de Qorpo-Santo, associando-a ao”tom triunfal alegre” das imagens excessivas de banquete que Bakhtin es- tudou na obra de Francois Rabelais. Outro elemento com origem na cultura popular que Denise identifica na poesia do autor é 0 bestialdgico; insetos ¢ roedores assumem a condigao de protagonistas em varios textos: exemplos sio os poemas “Uma aranha”, “Ratos”, “Que formigal”, entre outros. Wolfgang Kaiser ¢ Anatol Rosenfeld observaram que 0 grotesco marca profundamente a nossa época de contrastes violentos e exprime “a desorien- 141 tacdo em face de uma realidade tornada estranha ¢ imperscrutivel” (RO- SENFELD, 1993). Kaiser se refere a ele como “solo nutritivo” da pintura ¢ da literatura do século XX. Por este caminho podemos entender porque Qorpo-Santo, descoberto depois do reconhecimento da arte moderna, foi associado a alguns de seus procedimentos. O autor de O Grotesco — configuragéo na pintura e na literatura, escreveu a respeito do “grotesco linguistico”: trata-se de “forgas intrinsecas da lingua, que, uma vez desencadeadas, se desdobram a seguir até o absurdo” (KAISER: 1986: 130). Podemos identificar esse grotesco lingufstico em Qorpo-Santo tanto na “dramatizagao do processo ficcional” (QORPO-SANTO, 2000: 18) — frequentemente hiperbélica -, quanto na alternancia entre construgio ¢ destruicao, na ctiagéo de neologismos ou no uso do nonsense © da livre associacio. Néo vird daf, dessas forcas transmitidas ao longo dos tempos pela lin- guagem popular — 0 cardter “estrutural” que Kaiser atribuiu ao grotesco -, a forca dos momentos mais inquietantes e vividos dos textos de Qorpo-Santo? Considerando isto, serd necessdrio esperar consciéncia de oficio de um autor que escreveu uma obra como esta? Nao € 0 estudo de poemas, em ver da poesia como parte do sistema literdrio, que € capaz de nos educar, conforme sugeriu T. S. Eliot? Parece que, apesar dos problemas mentais, 0 autor gaiicho tinha razodvel consciéncia das suas inconstancias ¢ da sua precariedade, pois expressou isto em varios momentos € de diferentes modos: por exemplo, em titulos — alids, memoréveis — de algumas pecas como “Certa entidade em busca de outra’ ¢ “Hoje eu sou um; ¢ amanhé outro”; em versos como “Fui prensadot/hoje sou prensal”; “Fui bigorna,/ e sou martelo!”; “Passo a rever minhas obrasi/passo acortar-lhe as sobras./passo a examinar-lh’os ertos,/a decepa-los passo a fer- ros", No magma de linguagem em que viveu seus iiltimos anos, Qorpo-Santo parece ter abdicado da necessidade social de ter uma identidade: “Quando terd esta cabeca um pensamento firme ¢ invaridvell? Por que razio hei-de cu sair com a mais firme resolucao agora, ¢ passados alguns minutos tomar resolugio contrétia?” Eudinyr Fraga escreveu, com razdo, que a seguinte frase de uma das per- sonagens da peca “As Relagdes Naturais” poderia ser uma epigrafe de sua obra: “E preciso dizer-lhe o contrario do que penso”. 142 INSPIRADORA Era meia noite, Senti inspiragao! Mas eu nao satisfiz Ao meu coragio! Escuro tao negro, De que serviria Papel, pena, tinta, Se eu nada podia!? ERRO Se erro te parecer veres, Em algum periodo leres, ~ Nao te atrevas a emendar, - Sem antes me ouvir explicar! Pode bem ser que o sentido, Com que o mesmo foi escrito, Nio seja por ti entendidos Porém s6 sim — por mim sabido 144 PAGINAS Oitenta publiquei ¢ duzentas: Cingiienta, por passar, trezentas A cadernos novos, tenho outros; Quinhentas e trinta hao completar: E mais esta com que nao conto, Por nao estar perfeito o ponto! $6 eu poderei ler o que escrevis J, pela cor da tinta que servi, JA, pela minha nova ortografia, J, por desprezar caligrafia. 146 UM EMPREGADO Emolumentos! Emolumentos!... Quem te — criou — enforcado seja! Nao se — satisfaz como deseja A minha panga! oh! que tormentos! TRIPAS Chiam-me as tripas, Quais as fritas Em frigideiras Carnes terneiras! Ou qual caldeirao De grao camarao, Ao fogo fervendo, Barulho fazendo! Ou qual de 4gua, Mareta em praia, Sempre rolando, Rumotes causando! Ou qual o vapor Aguas sulcando! Aguas saltando, Rodas molhando! Ou qual de vapor Grande estridor, Aguas sulcando As rodas saltando! 147 UM QUEIJO Nao sei onde vi um queijo, Que despertou-me desejo De logo dar-lhe um beijo! Comprido e nao redondo, Feito em forma de pombo Apalpei-o pelo lombo E quando eu quis corté-lo, Gritou o queijo: - Badalo! Toca a rebate! Fé-lo Ja, depressa, quanto antes Que diante mim — pedantes Sinto em forma de amantes! Rola a tinta, E tudo finta! 150 Fui bigorna, E sou martelo! ROGATIVA Os ventos levem Ao mundo inteiro, - Versos que saem Do meu tinteiro! As brisas tragam Para o meu tinteiro, - Versos que correm No mundo inteiro! Ue IMPRENSA ‘Temos uma imprensa nova, Cavam alguns com enxadas, Imprensa de nova invengao: Cayam outros com palavras. : Imprime-se co’espirito... Inventou-a o Campos Ledo! 152 153 154 INSTRUGAO Instruem-me os passaros, Instrue-m/as aves, Instrue-m’as chaves - Tudo miinstrue! Instrue-m’as folhas, Instrue-m’os ramos, Instrue-m’os panos - Tudo nvinstrue! Instrue-m’os campos, Instrue-m’as frutas, Instrue-m’as grutas - Tudo minstrue! Instrue-m’a terra, Instrue-m’os matos, Instrue-nvos fatos - Tudo miinstrue! Instrue-m’os caes, Instrue-m’os gatos, Instrue-m’os ratos - Tudo m’instrue! RELAGOES DA MATERIA COM O ESPIRITO Se cogo — ouvido, Pensamento — tido Em a do corpo — pai, Que para a pena yai! Se orelha me come, JA sei que é fome, Que a tal pena tem, - De escrever também! Se cogo um olho, JA sei que é molho, Fina tinta também, - Que a pena me vem! S’esfrego a perna, Ja sei que é terna Poesia minha, - C’o cérebro tinha! Se me pica 0 brago, Ja sei que é trago, Que ao papel dou, - Eno qual findou! Se mexo um dedo, Jé sei muito cedo, - A mesa hei de ir, - Ao papel ferir! 155 156 Se bulo 0 corpo, J sei muito cedo, - A mesa hei de ir, - Ao papel ferir! Se bulo 0 corpo, Ja sei que € torto O verso que sai... A endireitar vai! (.) UM ADEUS Cesso a vida de — compor Cesso a vida d’escritor; I Passo a rever minhas obras; Passo a cortar-lhe as sobras. Passo a examinar-lh’os erros, A decepal’os passo a ferros

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