que se sabotam emocionalmente por Eu Sem Fronteiras
Escrito por Eu Sem Fronteiras
ndava na rua cabisbaixa, o mundo em seu entorno era completamente
cinza. No h cor onde no se tem sentimentos reais, no h vida onde no
se pode ouvir o som dos coraes batendo, ou o cheiro das comidas feitas que saiam do fogo e eram postas na mesa e saboreadas nos almoos de domingo. Mas como so felizes essas pessoas que esto no mundo de vidro, sendo postadas e compartilhadas como todos aqueles que a seguem, e sabem eles como ela feliz, cheia de si, segura e autntica. No tem medo de declarar seu amor, no tem medo de dizer indiretas para aqueles de quem no gosta, sabe falar de poltica como um maestro fala de msica, sabe se maquiar melhor que o maior dos maquiadores ou se vestir como uma verdadeira estilista, sabe fotografar tudo. Mas por que ento tudo cinza, por que no est sorrindo? Esta vida no se resume ao seu mundinho de vidro, ela mais realista, nela h desiluses, preocupaes. No h perfeio, na verdade, diria que a imperfeio reina, as polmicas so criadas e repassadas com maior realidade, no esse o motivo somente pelo qual no sorri. Ela no sorri porque a vida de vidro a satisfaz melhor, porque no tem a coragem suficiente para voltar vida onde h cores, ela vive sim nessa vida, mesmo que seja uma observadora dos fatos, mesmo que esteja to focada no futuro a ponto de nem sequer viver o presente.
Os relacionamentos se perdem, a cognio entre o virtual e real se esvai
com a mesma vazo de um rio, um grande rio circundado por navegantes inexperientes que se perdem por no saber onde fica o timo, e simplesmente seguem a correnteza esperando parar em algum lugar sem propsito. Permita o mundo que se quebre, pois o que de vidro uma hora h de partir-se e revelar o que tem por trs dessas projees controladoras, vibrantes. Esta jaula de vidro que aprisiona, que por tudo que aparenta ser no , pois, vejamos bem, no se pode comer o que est no vidro, abraar o que est no vidro, no se pode sentir o que est no vidro, somente pode olhar. Ento, permita que fique cega, para que se liberte e possa sentir novamente, sentir o mundo como ele em sua essncia mais verdadeira, e no momento mais profundo chamado presente.
Texto escrito por Giulia Maquiaveli da Silva da Equipe Eu Sem Fronteiras.