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desde
Scrates
aos
sistemas
racionalistas
contemporneos, a razo se condena sua prpria
idolatria, o que se manifesta de maneira exemplar
na figura de Ulisses e, em particular, no episdio do
canto das sereias, na estreita e dolorosa conjuno
entre pensamento e sobrevivncia, entre o
julgamento que discerne e a disciplina que ele
impe, para si e para os outros.
Na Dialtica do Esclarecimento, Ulisses escapa ao
perigo do canto, obrigando seus companheiros a
remar com os ouvidos tapados, enquanto ele,
solitrio, com os ouvidos livres, preso ao mastro,
escuta desesperado as vozes encantadoras do gozo
recusado.
Deste ponto de vista, o desejo, condenado pela
razo dominadora, representa uma espcie de
resistncia marginal e interrogativa com relao
racionalidade.
As paixes so aquilo que literalmente vm
perturbar a ordem da razo, enclaves nunca de todo
colonizados e que retornam vagamente rebeldes.
Quando se pretende ter penetrado no segredo da
natureza, a felicidade e o sofrimento surgem como
anomias inquietantes, como excesso ou falta no
contabilizveis que ameaam e geram medo.
Para venc-lo, a razo tem que exercer uma
constante vigilncia e utilizar artimanhas a fim de se
desfazer de tudo o que venha a provocar
desequilbrio.
mesmo em que
melanclico. (...)
triunfa.
Torna-se
racional