Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
alimentação
Apesar das diferenças gastronômicas, sais gourmet e outras
variações oferecem poucas alterações nutricionais em relação
ao convencional
Julliane Silveira
DA REPORTAGEM LOCAL
Sal refinado
Com 390 mg de sódio por grama, o equivalente a 16% das
necessidades diárias, perde os outros minerais durante seu
processamento e é o menos recomendado pelos especialistas da
gastronomia. Se consumido moderadamente, é uma opção barata e
não oferece riscos à saúde. "Todos nós precisamos de sal, que é a
fonte mais importante de sódio e iodo", diz Esquivel.
Sal "marinho"
Apesar de os sais disponíveis no Brasil para consumo humano
virem do mar, marcas de produtos naturais costumam usar esse
adjetivo para denominar um sal menos refinado que o de mesa. O
"marinho" passa por um processo de evaporação natural e, por
isso, possui mais minerais em sua composição, como magnésio,
manganês e zinco. "Esse tipo de sal pode conter mais minerais,
mas também mais impurezas, já que não passa por uma inspeção
tão rigorosa quanto o sal refinado. Há até quem peneire esse
produto antes de usar, já que a granulometria varia muito", alerta
Esquivel.
Sal light
Com, no mínimo, 50% menos sódio em sua composição – cerca de
196 mg por grama –, revela-se uma alternativa a pessoas
hipertensas. Para compensar a ausência do cloreto de sódio, é
acrescentado cloreto de potássio. Por isso, não é recomendado a
quem tem problemas nos rins: apesar de não gerar mau
funcionamento desse órgão, o aumento da ingestão de potássio
pode provocar um acúmulo do mineral no organismo.
"O problema do sal light é o fato de as pessoas se sentirem livres
para usá-lo e acabarem consumindo em maior quantidade", alerta
Marcos Knobel, da SBC. Tem o gosto amargo do cloreto de
potássio. Se levado ao fogo, também pode amargar a comida,
segundo Lucia Caruso, nutricionista e coordenadora técnica da
equipe multidisciplinar de terapia nutricional do Hospital
Universitário da USP.
Sal grosso
Com composição nutricional semelhante à do sal refinado, pode ser
usado em carnes, pães e biscoitos para oferecer sabor salgado
mais localizado. "Pode ser vantajoso para diminuir as perdas de
água do alimento, especialmente das carnes", diz a nutricionista
Andréa Esquivel.
Sal líquido
Apesar de conter menos sódio que o refinado (110 mg/1 ml), por ser
diluído em água, salga menos que seus concorrentes. "Isso pode
resultar em uso em maior quantidade para ter o mesmo sabor, o
que implica em igual ingestão de sódio no final", pondera Fernando
Nobre. Também tem menos iodo: metade do valor presente em um
grama de sal em cada ml.
Flor-de-sal
A mais conhecida vem de Guérande, cidade francesa na região da
Bretanha. São cristais que se acumulam na superfície de cavidades
naturais de sal e são retirados à mão. São usados para finalizar
pratos fora do fogo, para manter a textura crocante. De acordo com
o chef Barattino, a flor-de-sal é mais salgada que outras versões e
pode ser usada em menor quantidade.
Sais gourmet
As marcas nacionais vendidas em supermercados têm a mesma
composição do sal refinado, como afirma Sérgio Bedaque, gerente
de controle de qualidade da empresa Norsal. O que muda é sua
granulometria. "Os grãos são maiores, o sabor explode na boca",
afirma. Já os mais raros, encontrados geralmente em importadoras,
como o sal rosa do Himalaia e o sal do Havaí, possuem outros
minerais, que dão diferentes colorações e sabores a esses
produtos. "O sal do Himalaia é muito rico em cálcio, magnésio,
potássio, cobre e ferro, que lhe dá uma aparência brilhante rosada,
e o sal havaiano tem adicionada argila vulcância vermelha em seu
processo de produção, o que dá um suave sabor mineral e cor
também rosada", diz a bióloga Claudia Malotti, diretora técnica da
Labor 3, empresa que faz análises de alimentos para a indústria
alimentícia.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq2905200805.htm
--------------------------------------------
Sal
“É essencial em pequenas quantidades.
A maioria das pessoas está consciente de que o excesso de sal
provoca doenças do coração e especialmente hipertensão.
A circulação é comprometida, os rins funcionam mal, o fluido
corporal é retido e as enxaquecas ocorrem com freqüência. Sal em
excesso pode produzir hiperatividade, agressividade e problemas
em nível glandular.
Uma quantidade ideal de sal é necessária para o bom
funcionamento intestinal, para o transporte de nutrientes nos
tecidos, para ter órgãos e glândulas saudáveis. Pouco ou nenhum
sal pode levar à falta de vitalidade e à perda de clareza mental,
além de o sangue ter tendência a coagular.
O sal regular de mesa tem seu valor nutritivo, mas existem muitos
outros meios de se obter o sal de que o organismo necessita:
shoyu, algas, sal-marinho, saia de ervas e de temperos, sal de
gergelim, bem como as comidas naturalmente fermentadas, como
picles, condimentos e azeitonas: todos têm enzimas e propriedades
alcalinizantes que melhoram o uso e a absorção do sal.
Pouco sal, não a sua supressão, é o melhor caminho para
uma alimentação saudável.”