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O documento discute os fundamentos filosóficos da ética profissional tradicional, influenciada pelo neotomismo, conservadorismo e positivismo. Os códigos de ética brasileiros entre 1965-1975 refletem esses valores conservadores, enfatizando a abstenção política e moralismo na vida privada dos profissionais. Gradualmente, surgem novas perspectivas críticas que questionam esses fundamentos tradicionais.
O documento discute os fundamentos filosóficos da ética profissional tradicional, influenciada pelo neotomismo, conservadorismo e positivismo. Os códigos de ética brasileiros entre 1965-1975 refletem esses valores conservadores, enfatizando a abstenção política e moralismo na vida privada dos profissionais. Gradualmente, surgem novas perspectivas críticas que questionam esses fundamentos tradicionais.
O documento discute os fundamentos filosóficos da ética profissional tradicional, influenciada pelo neotomismo, conservadorismo e positivismo. Os códigos de ética brasileiros entre 1965-1975 refletem esses valores conservadores, enfatizando a abstenção política e moralismo na vida privada dos profissionais. Gradualmente, surgem novas perspectivas críticas que questionam esses fundamentos tradicionais.
Os fundamentos filosficos da tica profissional tradicional
Os fundamentos filosficos vem do neotomismo (So Toms de Aquino), do
conservadorismo (Edmundo Burke) e do positivismo (Augusto Comte). Para o pensamento filosfico de base teolgica neotomista, o princpio da existncia de Deus confere a uma hierarquia aos valores morais, tendo em vista sua subordinao s leis naturais decorrentes das leis divinas. Para tal filosofia a realizao da pessoa humana supe a moralidade ou conscincia reta voltada ao seguimento dos valores adquiridos. Ao obedecer as leis morais o homem se realiza, o que o aproxima de Deus, fonte de valores absolutos. Assim para se afastar do mal o homem deve se habituar a fazer o bem. Cabe ao grupo social responsvel pela ordem moral e espiritual (famlia e igreja), promover aes que busquem a prtica dessa ao moral, pois segundo o neotomismo a dominao das paixes e prtica das virtudes levam ao bem comum. Nesse contexto a mulher considerada como agente moral responsvel pela socializao dos filhos, onde o Estado no deve interferir na autonomia da famlia e da igreja, para que no haja conflitos entre o espiritual e o temporal. A ao profissional tida como uma vocao a ser exercida por pessoas dotadas de um perfil tico-moral, com qualidades inatas. O assistente social deve ser um exemplo de honestidade, retido, imparcialidade, o que concebido a partir do conservadorismo tico ir ter comportamentos que atinjam inclusive sua vida pessoal impondo lhe deveres e normas de comportamentos.
ASSUNTO: A natureza da tica profissional
PGINAS: 67 a 70 DESENVOLVIMENTO: A tica profissional um modo particular de objetivao da tica. Nesse sentido o ethos profissional um modo de ser constitudo na relao complexa entre necessidades socioeconmica e deo-culturais e as possibilidades de escolha inseridas nas aes ticomorais, o que aponta para sua diversidade, mutabilidade e contraditoriedade. O Servio Social um fenmeno tpico da sociedade capitalista em seu estgio monopolista. A tica profissional recebe determinao que antecedem a escolha pela profisso e inclusive a influenciam.
Como podemos observar, a tica profissional permeada por conflitos e
contradies e suas determinaes fundantes que extrapolam a profisso, remetendo s condies mais gerais da vida social. Nessa perspectiva, cabe compreender o ethos profissional como um modo de ser construdo a partir das necessidades sociais inscritas nas demandas postas historicamente profisso e nas respostas tico-morais dadas por elas nas vrias dimenses que compem a tica profissional: 1. A dimenso filosfica 2. O modo de ser (ethos) da profisso 3. A normatizao objetivada no Cdigo de tica Profissional Cada uma dessas dimenses, articuladas entre si, opera com mltiplas mediaes. Sua organicidade maior ou menor, dependendo da coeso dos agentes em torno de finalidades projetadas coletivamente, o que implica uma inteno profissional, dirigida a uma determinada direo tico-poltica e uma prtica comprometida com a objetivao dessa intencionalidade.
2.2 a presena do conservadorismo.
2.2.1 os cdigos de tica internacionais. Os anos 60 apontam para conjunto de determinaes facilitadoras do processo de renovao profissional. Mas com o podemos demonstrar, tradicionalismo tico, fundado nos pressusportos metafsicos e doutrinrios do humanismo cristo tradicional, na pretensa imparcialidade tico-politica e no conservadorismo moral. ( p.115). Entretanto, o que a analise dos cdigos de tica internacionais evidencia a ausncia de propostas profissionais diferenciadas. ( p.116). Pases europeus que viveram diretamente o contexto de maio de 1986, como frana e a Blgica, conservam os pressupostos tradicionais da tica profissional, aliados a algumas renovaes. ( p.117). Aprovado em 1950 e vigente em 1977, o cdigo Frances apoia-se na concepo personalista, tendo como valor principal a pessoa. ( p.117). Os cdigos latino-americanos no expressam nenhuma das caractersticas das vertentes criticas da reconceituao. ( p.120).
Os cdigos da COSTA RICA, CHILE, PERU PORTO RICO, COLMBIA,
MXICO, BRASIL E PANAM reafirmam a imparcialidade, a absteno critica em face dos colegas e da instituio, a valorizao da famlia como instituio bsica, a disposio em colaborar com as autoridades governamentais , indicando , por exemplo, de modo acrtico, o dever tico de compenetrar-se dos fins da poltica as instituio, conhecer e cumprir seu regulamento. Todos os cdigos se baseiam na concepo abstratas da pessoa humana e nos postulados tradicionais, como destacadas e evidentes declaraes de conservadorismo profissional, de que Chile e costa rica so exemplares. ( p.120).
2.2.2 os cdigos brasileiros ( 1965-1975)
Profissional: como iremos mostrar, suas diferenas so pontuais, mas tm um significados importante, no contexto do pluralismo profissional que se apresenta a partir da dcada de 60. ( p.122). A hegemonia dessa obra, por parte da entidade nacionalismo tico no Brasil, nas dcadas de 60e 70, no se restringe aos cdigos de ticas. . ( p.122). Em suas perspectivas doutrinaria, o documento prev o que os assistentes sociais devem evitar, especialmente, as faltas graves contra os bons costumes... participar de atividades anti-sociais... se deixar imbuir por uma falsa e perigosa concepo de liberdade... . ( p.122). As prescries moralistas tambm se atem a vida privada do profissional, revelando a funom idelogica da tica, em sua busca de legitimao de um modo de ser passivo subalterno e reprimido. ( p.124). Com isto, o conservadorismo se mostra aparentemente contraditrio, o que c0oonsideramos com uma negao da prpria tica( p.126). Os cdigos brasileiro de 1965 e1975 reproduzem a base filosfica humanista crista e a perspectiva despolitizante e critica em face das relaes sociais que do suporte a pratica profissional. ( p.126). Constata-se uma diferenciao no que se refere explicitao do pluralismo presente na renovao profissional: ( p.126). O servio social j no mais tratado como uma atividade humanista, mas como profisso liberal. ( p.126). tradicional. ( p.128).
A perspectiva de modernizao conservadora que se apresenta dois anos mais tarde no
documento de Arax (CBCISS, 1967). ( p.128). A incorporao de novas perspectivas terico-metodologicas sem questionamento da base filosfica fundante de uma tica humanista e abstrata. ( p.128). Podemos constatar que, em 1975 , o cdigo de tica no s reafirma o conservadorismo tradicional, mas o faz na direo de uma adequao s demandas da ditadura, consolidada a partir de 1968 ( p.129, 130). Que se confirma na considerao de Netto. Segundo ele, a perspectiva modernizadora perde sua hegemonia, no plano ideal, a partir de meados dos anos 70, quando emergem duas tendncias que elas se antagonizam: a vertente de reatualizao do conservadorismo e a inteno de ruptura ( p.130). Neste sentido, podemos considerar que o cdigo de 1975 j aponta para a tendncia tratada por Netto como a reatualizao do conservadorismo: ( p.130).
De Acordo Com o Autor Agamben Ele Destaca Por Sua Vez Que Bando É A Força Simultaneamente Atrativa e Repulsiva Que Liga Os Dois Principais Polos Centrais Do Texto A Vida Nua e o Poder