Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Este trabalho tem por escopo precípuo trazer de forma abrangente os conhecimentos preliminares
acerca dos delitos praticados contra a Administração Pública, buscando nortear, em especial, nossos
queridos alunos do 6º período do curso de Direito, das Faculdades Doctum, em Teófilo Oton-
MG, onde tenho o prazer de trocar algumas idéias de Direito Penal, parte especial, dessa árdua
tarefa de construir conhecimentos, com responsabilidade, ética e compromisso, sem propagandas
apelativas, e outros interessados ao tema, não tendo a pretensão de esgotar esse palpitante assunto
que a todo o momento é notícia na Mídia, dado o envolvimento de agentes públicos que se
homiziam, no seu lado bandido e imundo, na Administração Pública, camuflados em ternos,
gravatas ou fardas, praticando crimes altamente prejudiciais ao povo, às vezes muito mais graves
que o próprio homicídio, eis que quando um agente público cometendo um delito de corrupção
passiva, por exemplo, apropriando de dinheiro, desviando recursos, “roubando” com o
superfaturamento de obras e serviços, adotando uma administração pública patrimonialista, ele
causa um verdadeiro extermínio da população, nas sábias palavras do Professor Rogério Greco, pois
o Estado deixa de cumprir suas atividades sociais e essenciais que lhe são constitucionalmente
atribuídas, para engordar as empresas de corruptos e bandidos desalmados.
Assim, o Código Penal Brasileiro dedica, exclusivamente, o Título XI, com a rubrica “Dos Crimes
contra a Administração Pública”, com o fito de proteger a Administração Pública das condutas
lesivas de seus servidores, bem assim, de particulares que se relacionam com a Administração,
possuindo como objetividade jurídica, “o interesse da normalidade funcional, probidade, prestígio,
incolumidade e decoro” da Administração Pública, conforme leciona o Professor Júlio Fabbrini
Mirabete, em sua Obra Manual de Direito Penal III, 19ª edição, página 295. Não custa nada
acreditar que um dia teremos uma Administração Pública livre e longe desses canalhas que
utilizam-se do cargo para locupletar-se com o dinheiro do povo. Mais cedo ou mais tarde esses
modelos de peculato, concussão, corrupção, prevaricação, desvio de rendas e verbas públicas, terão
a força necessária para fazer com que os privilégios daqueles que utilizam casas cedidas pelo
Estado, segurança particular, pessoal para cuidar do cloro da piscina, levar filhos na escola, usar
veículos oficiais para fazer compras, passear, levar a mulher no salão de beleza, utilizar
funcionários públicos como pedreiros e cortadores de grama, ao invés de trabalharem em prol da
sociedade, e muito mais, tudo isso possa acabar, porque um dia a sociedade será mais vigilante,
haverá mais cobranças e o mundo será mais justo. Vi tantos bandidos que faziam tudo isso e hoje
ocupam grandes patentes. Mas um dia a casa cai e essa Ditadura acaba!
Agora vamos direto ao assunto, pois precisamos falar sobre Administração Pública. Assim, desde
logo, mister se faz trazer a colação o exato sentido da expressão Administração Pública, o qual é
fornecido pela doutrina administrativista, sendo um dos seus maiores expoentes, o Professor Hely
Lopes Meirelles, que ensina:
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para
consecução dos objetivos do Governo;
Em sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral;
Em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços
próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade.
Numa visão global, a Administração é, pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à
realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas.