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Introdução sobre as sociedades secretas

As sociedades secretas nasceram praticamente junto com a civilização. Há sete


milênios, o misticismo e a tendência humana pela intriga fomentaram nas sociedades da
Babilônia, do antigo Egito, da Pérsia e da Síria os primeiros grupos de homens
interessados em conhecer os mistérios esotéricos e utilizá-los com propósitos políticos.
Esse esoterismo podia significar a busca da luz ou da escuridão, do céu ou do inferno,
da bondade ou da maldade, da descoberta de conhecimentos para se alcançar as
verdades divinas ou para manipular forças espirituais no plano físico. Nessa dubiedade
de propósitos reside uma das principais razões das
sociedades secretas.
Apesar da aura negativa que circunda muitas delas, as
sociedades secretas não são apenas grupos de pessoas
que se escondem para praticar o mal. Muito pelo
contrário. Boa parte delas surgiu e cresceu com os
propósitos mais elevados que residem na alma humana,
em busca de um conhecimento que revelasse as
verdades eternas e iluminasse os caminhos do homem.
Mas princípios que nasceram puros e sagrados muitas
vezes sofreram distorções ao serem colocados em
prática e resultaram em ações não muito bem vistas,
muitas delas inspiradas na ideia de que os fins
justificam os meios.

A partir das histórias das diferentes sociedades secretas


que já surgiram ao longo dos milênios, podemos definir
basicamente que uma sociedade secreta é composta por © istockphoto.com / Duncan Walker
“iniciados”, isto é, por aqueles que tiveram acesso a
determinados “mistérios”. Esses “homens sábios” acreditam que os segredos revelados
a eles, ou por eles descobertos, não devem ser compartilhados com um mundo
composto de pessoas vulgares e profanas, incapazes de compreender esses “mistérios”.

Foto cortesia de Jahrundert


Gravura com ritual de iniciação na maçonaria no século 18

Embora baseada em aspirações das mais elevadas, essa forma de encarar o mundo tem
levado certas sociedades secretas a desenvolverem práticas de tirania, arrogância e
intolerância, em diferentes graus, com perigosas consequências sociais. Este é o caso da
Ku Klux Klan nos Estados Unidos, por exemplo. Por outro lado, algumas têm
funcionado como núcleos de movimentos sociais que em alguns momentos envolveram-
se em processos de transformação do mundo, como no caso da maçonaria. E, por fim,
muitas continuam a alimentar a nossa imaginação sobre o seu poder e conhecimento,
mesmo quando sua existência ainda é colocada em dúvida (o que pode, na verdade, ser
uma prova de sua eficiência em manter-se secreta), como nos casos do Priorado de Sião
e do Illuminati, ambas popularizadas nos best-sellers “O Código Da Vinci” e “Anjos e
Demônios”, de Dan Brown.

© istockphoto.com / Duncan Walker


As sociedades secretas desde o princípio misturaram misticismo e intrigas

A principal fonte da tradição das sociedades secretas é a religião. Das crenças do antigo
Egito ao cristianismo, os mistérios religiosos alimentaram o surgimento de diversas
sociedades secretas, como a Cabala, ligada aos ensinamentos de Moisés, ou os
Cavaleiros Templários, ordem militar-religiosa formada no século 12 sob benção da
Igreja Católica e que inspiraria tempos depois uma nova sociedade secreta ligada à
maçonaria. Nas próximas páginas, conheça quais são algumas das principais sociedades
secretas, que ironicamente tornaram-se as mais populares do planeta.
Sociedades secretas tupiniquins
Em 1831, surgiu em São Paulo a Bucha, uma “confraria de
camaradas” criada pelo professor alemão Júlio Frank, da
Faculdade de Direito do Largo São Francisco. O principal objetivo
dela era ajudar os estudantes pobres que frequentavam o curso
de Direito e promover encontros e debates literários. Frank trouxe
a tradição das sociedades secretas da Alemanha e todas as
ações da Bucha deveriam ocorrer sob o mais rigoroso sigilo. Só
ingressavam na Bucha alunos escolhidos pelos seus integrantes,
de acordo com os méritos morais e intelectuais que
demonstravam. Ao longo dos anos a Bucha tornou-se uma das
mais poderosas sociedades secretas no país, à medida que seus
membros alcançavam os principais postos governamentais, tanto
no Império como na República. Entre eles, estavam Rui Barbosa,
Barão do Rio Branco, Afonso Pena, Prudente de Morais, Campos
Sales, Rodrigues Alves, Washington Luiz, Júlio Mesquita Filho,
Cândido Mota, Arthur Bernardes, Álvares de Azevedo e Castro
Alves. Além da Bucha, rumores sugeriam a existência de outras
fraternidades em faculdades tradicionais que surgiram com a aura
de sociedades secretas, como a Landsmannschaft, na Escola
Politécnica da USP, e a Jugendschaft, na Escola Paulista de
Medicina.
As mais populares sociedades secretas do
mundo
Maçonaria

Foto cortesia da Raleigh Lodge 770-Memphiss


Vista interna de uma loja maçônica nos Estados Unidos

A maçonaria surgiu na Idade Média como uma associação de trabalhadores de


construções, daí o seu nome que é derivado do termo inglês “mason”, que significa
pedreiro. Ela tornou-se a maior irmandade ou “sociedade secreta” do mundo, com
estimados cinco milhões de integrantes espalhados por todos os cantos do planeta, uma
estrutura com 33 graus hierárquicos e a prática de cerca de 70 rituais. A inspiração para
a maçonaria, segundo alguns pesquisadores, vem da construção do Templo do Rei
Salomão em Jerusalém, no ano de 967 a.C. Os trabalhadores que participaram da
construção, provavelmente uns dos primeiros pedreiros da história, tinham como mestre
Hiram Abiff, que seria o guardião do segredo do templo. Abiff foi sequestrado e ao
recusar-se a revelar o segredo acabou assassinado. Por morrer sem revelar os segredos
de sua profissão Hiram Abiff virou um herói inspirador para os futuros maçons. Mas há
outras versões para a origem da maçonaria que vão de cultos a Isis e Osíris, no antigo
Egito, a seus vínculos com os Cavaleiros Templários. Independente da sua origem, a
maçonaria moderna tem como ideal a defesa da liberdade, da igualdade e da
fraternidade e suas reuniões têm como objetivo o debate intelectual. Apesar de ter
rituais espirituais e ter tido entre seus membros líderes políticos como Benjamin
Franklin e George Washington, nas reuniões da maçonaria não é permitida qualquer
menção à política ou à religião.

Cavaleiros Templários
A Ordem dos Cavaleiros Templários surgiu em
1118, logo após a realização da Primeira
Cruzada que derrotou os muçulmanos,
conquistou Jerusalém e instalou no governo
dessa cidade Godefroi de Bouillon. Ordem
militar-religiosa, seu objetivo principal era
proteger os peregrinos cristãos que iam para a
Terra Santa. Sediados ao lado do Templo de
Salomão, os Templários foram abençoados pelo
Papa e fizeram votos de pobreza, obediência e
castidade. Nas décadas seguintes, no entanto,
eles espalharam-se pela Europa e conquistaram
enorme poder econômico e influência política,
o que os levou a serem vistos como uma
ameaça ao poder da Igreja Católica. As lendas
em torno dos Templários diziam, entre outras
coisas, que eles eram os guardiões do Santo
Graal. Devido ao seu crescente poder
econômico e aos mitos que inspirava, a Ordem
acabou acusada de blasfêmia e por falhar nas
missões na Terra Santa, sendo destruída pelo
rei Filipe 4, da França, com o apoio da Igreja Reprodução
Católica no começo do século 14. Os símbolos
e ideias dos Templários serviram de inspiração para o surgimento séculos depois de
uma ordem maçônica chamada de Ordem Militar, Religiosa e Maçônica Unida do
Templo e de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta, que se proclamou
herdeira dos segredos esotéricos dos Cavaleiros Templários. Os Templários modernos
foram também identificados com o gnosticismo e acusados de envolvimento em várias
conspirações, entre elas a Revolução Francesa. A história dos Templários tem inspirado
inúmeras teorias sobre o envolvimento deles com tramas políticas e religiosas.

Ordem Rosa-Cruz
A Rosa-Cruz é uma irmandade espalhada pelo mundo que apregoa possuir uma
sabedoria esotérica herdada das primeiras civilizações, como a do antigo Egito. Mas é
mais provável que seu surgimento tenha ocorrido no século 16 a partir de livros
atribuídos ao teólogo luterano Johann Valentin Andreae, nos quais ele narra as viagens
de Christian Rosenkreuz entre os séculos 14 e 15. A Rosa-Cruz é uma combinação de
ocultismo e outras crenças e práticas religiosas, que envolvem hermetismo, doutrina
surgida no Egito no começo da Era Cristã, misticismo judaico, gnosticismo cristão e
alquimia. Apesar de atrair importantes intelectuais e cientistas, como Francis Bacon, a
força da Rosa-Cruz caiu dramaticamente durante o Iluminismo. A partir do século 19,
graças à associação com a maçonaria, as sociedades rosacruzes voltaram a ganhar força,
principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Em 1915 surgiu em Nova York a
Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis, fundada por H. Spencer Lewis, que declarava ter
aprendido seus ensinamentos dos rosacruzes europeus e afirmando que era o antigo
Egito o berço da sabedoria deles. Outra vertente maçônica dos rosacruzes surgiu em
Seattle (EUA), em 1909, fundada por Max Heindel, inspirado nos ensinamentos do
teosofista Rudolf Steiner.
As mais misteriosas sociedades secretas
do mundo

Illuminati

© istockphoto.com / xyno

Ela ganhou popularidade por conta do filme “Anjos e Demônios” (2009, direção Ron
Howard), baseado no best-seller homônimo de Dan Brown. Para uma sociedade secreta
isso não deve ser muito bom, mas os mistérios em torno do Illuminati sempre
alimentaram a imaginação popular. Tudo começou em 1776 na Alemanha, quando o
filósofo Adam Weinshaupt criou uma ordem chamada de Illuminati da Baviera. Seu
objetivo era juntar um grupo que conspirasse para libertar o mundo da dominação que
então os jesuítas exerciam sobre a Igreja Católica. Weinshaupt recrutou cinco estudantes
da Universidade de Ingolstadt, onde lecionava, para formar a Sociedade dos Mais
Perfeitos, depois renomeada para Illuminati, ou “os iluminados”. Há dúvidas, entre os
estudiosos, se os ideais radicais defendidos pela ordem foram ou não apoiadas pela
maçonaria. A sociedade se expandiu o que provocou uma violenta repressão do
governo, obrigando Weinshaupt a deixar o país em 1784. Para alguns, isso significou o
fim dos Illuminati, mas para muitos eles se espalharam pelo mundo e continuam a
exercer sua influência, como na Revolução Francesa e na Revolução Russa. Para esses
estudiosos, o poder dos Illuminati é tal que um de seus principais símbolos está
estampado na nota de um dólar, inserido por ordem do presidente Roosevelt, que foi
um dos mais altos membros da maçonaria. Defensores de um governo global, os
Illuminati acreditariam em um mundo com uma só moeda, um único exército e somente
uma religião. Para muitos, sociedades secretas como a Ordem do Crânio e Ossos e o
Clube Bilderberg seriam, na verdade, versões atualizadas dos Illuminati.
Priorado de Sião
Provavelmente, o Priorado de Sião é a
mais eficiente das sociedades secretas
existentes no planeta. Afinal há muitas
dúvidas sobre sua real existência e muita
pouca informação disponível. A única
menção a ela aconteceu em 20 de julho de
1956, numa edição do jornal do governo
francês em que o Priorado aparece como
uma sociedade destinada a estudos e ajuda
mútua entre seus membros. Há muitos
rumores de que o Priorado de Sião teria
uma forte conexão com a ordem dos
Cavaleiros Templários e entre sua missão
estaria proteger a linhagem sagrada de
Jesus Cristo, fato esse explorado em
livros de investigação histórica como “O
Santo Graal e a Linhagem Sagrada”, de © istockphoto.com / Duncan Walker
Michael Baigent, Richard Leigh e Henry
Lincoln, e nos de ficção como “O Código da Vinci”, de Dan Brown. Segundo a versão
de Pierre Plantard, um dos quatro amigos franceses que solicitaram o registro oficial da
sociedade nos anos 1950, o Priorado de Sião teria surgido no final do século 11 em
Jerusalém e ao longo da história teria tido como membros Leonardo da Vinci, Isaac
Newton e Victor Hugo, entre outros.

Ordem do Crânio e Ossos

© istockphoto.com / Lewis Wright

A Universidade de Yale é uma das mais tradicionais e mais importantes dos Estados
Undios, e por isso mesmo uma das preferidas dos homens mais importantes do país. Lá
formaram-se os presidentes George Bush, pai e filho, Gerald Ford e Bill Clinton. É em
Yale que está uma das sociedades secretas mais exclusivas existentes no mundo.
Formada apenas por homens vindos de famílias ricas, a Ordem do Crânio e Ossos é uma
fraternidade estudantil que existe desde 1832. Originalmente nomeada de Irmandade da
Morte, ela é uma das sociedades secretas mais antigas dos Estados Unidos. Em suas
reuniões que acontecem às quintas e domingos, ela inspira-se em rituais maçônicos.
Uma das teorias da conspiração inspiradas na ordem diz que a Agência Central de
Inteligência (CIA) foi fundada por membros da Crânio e Ossos. O filme “O Bom
Pastor” (2006, direção Robert de Niro) retrata esse envolvimento da ordem com esse
fato.

Ordem Hermética da Aurora


Dourada
Vertente de uma das ordens rosacruzes existentes na Grã-Bretanha, a Aurora Dourada é
uma sociedade secreta que surgiu no fim do século 19. Sua missão era colocar em
prática os rituais e ensinamentos da magia como se fosse a verdadeira herdeira dos
mistérios da Ordem Rosa-Cruz. Um dos principais momentos da Aurora Dourada
aconteceu durante a passagem por ela do “bruxo” britânico Aleister Crowley. A rápida
ascensão de Crowley e suas conhecidas rebeldia, excentricidades e práticas de rituais
sexuais provocaram episódios dramáticos que levaram à aparente dissolução do grupo.
Crowley acabou iniciando uma nova sociedade secreta devotada ao ocultismo,
denominada Ordem do Templo do Oriente. Entre os principais membros da Ordem
Hermética da Aurora Dourada estavam o escritor William Butler Yeats, vencedor do
Nobel de literatura de 1924, o astrônomo William Peck e o escritor Brian Stockler,
autor de “Drácula”.

Fonte: http://pessoas.hsw.uol.com.br/sociedades-secretas.htm

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