Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
2
1 – Direitos Fundamentais
1
MORAES, Alexandre de. Direitos Humanos Fundamentais. São Paulo : Atlas, 1997. p. 39.
2
FARIAS, Edilsom Pereira de. Colisão de Direitos – A honra, a intimidade, a vida privada e a imagem versus a liberdade de expressão e
informação. 2. ed. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2000. p. 66.
3
A Constituição brasileira de 1988 classifica os direitos
fundamentais conforme o seu conteúdo, referindo-se à natureza do bem
protegido e do objeto de tutela. Em consonância com tal critério, tem-se
os direitos fundamentais divididos em cinco grupos:
3
FARIAS, Edilsom Pereira de. op. cit. p. 67
4
Os direitos individuais, são divididos pela doutrina nos
seguintes grupos: direito à vida, direito à intimidade, direito à igualdade,
direito de liberdade e direito de propriedade. Tais direitos representam
vários princípios que visam a proteção da dignidade da pessoa humana.
Disposto no art. 1º, inc. III da Constituição Federal, este direito conduz e
fundamenta a interpretação e aplicação de todos os demais direitos
fundamentais.
4
SILVA, José Afonso da. Op. cit., p. 106.
5
autônoma. Nesse sentido defende-se uma nova concepção sobre esses
direitos, pela qual:
5
CAMPELO DE SOUZA, Rabindranath V. A. O direito geral de personalidade. Coimbra: Ed. Coimbra, 1995, p. 91-93 e 203-359.
6
LEITE, Rita de Cássia Curvo. Os Direitos da Personalidade. In: SANTOS, Maria Celeste Corediro Leite. Biodireito: ciência da vida, os
novos desafios. São Paulo: Revista dos Tribunis, 2001. 374 p. (p. 151)
6
da personalidade com o intuito de se erigir a dignidade da pessoa
humana.
7
FRANÇA, Limongi R. Instituições de Direito Civil. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 1994. p. 1037.
8
SZANIAWSKI, Alimar. Direitos da Personalidade e sua tutela. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1993. p. 15.
7
extrapatrimoniais, intransmissíveis ou indisponíveis, impenhoráveis,
imprescritíveis, irrenunciáveis, vitalícios e necessários e, enfim ,
ilimitados.
9
LEITE, Rita de Cássia Curvo. op. cit. p. 157-160.
8
em algumas situações específicas, estes manifestar-se-ão de forma
relativa para salvaguardar interesses superiores.
10
BITTAR, Carlos Alberto. Os Direitos da Personalidade. 5 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 2002. p. 63-64.
9
“À identificação taxativa e ao desmembramento dos
direitos da personalidade se opõe a consideração de
que a pessoa humana – e, portanto, sua personalidade
– configura um valor unitário, daí decorrendo o
reconhecimento, pelo ordenamento jurídico, de uma
cláusula geral de tutela a consagrar a proteção integral
da personalidade, em todas as suas manifestações,
tendo como ponto de confluência a dignidade da pessoa
humana”11.
11
MORAES, Maria Celina Bodin de. op. cit. p. 174.
10
Em conseqüência de tal discussão é que tem ocorrido a
ascendência da teoria da proporcionalidade ou da razoabilidade,
objetivando evitar a aplicação muito rígida dos direitos previstos no art.
5º da Constituição Federal quando a ofensa se justificar pela proteção de
valor maior, também garantido constitucionalmente.
12
SARMENTO Daniel. A ponderação de interesses na Constituição. In:MOTTA Sylvio; DOUGLAS, William. Direito Constitucional..
11.ed. rev., ampl. e atual. Rio de Janeiro: Impetus, 2002. p. 20-22.
13
ALMEIDA, Silmara Juny de Abreu Chinelato. Exame de DNA, filiação e direitos da personalidade. In: LEITE, Eduardo de Oliveira
(Coord.). Grandes temas da atualidade – DNA como meio de prova da filiação. Rio de Janeiro: Forense, 2000. 390 p. (p. 359).
12
ponto de vista valorativo, entre a utilidade do exercício
do direito, por parte de seu titular e as conseqüências
que outros têm que suportar.
(...)
14
MORAES, Maria Celina Bodin. op. cit. p. 193.
ÁVILA, Humberto Bergmann. A Distinção entre Princípios e Regras e a Redefinição do Dever de Proporcionalidade, In: Revista da Pós-
15
Graduação da Faculdade de Direito da USP, Porto Alegre, Síntese, nº 1, Coleção Acadêmica 9, p. 27-54, 1999.
13
No caso em análise, verifica-se a presença interativa dos três
elementos. Quanto à adequação, é certo que tanto o acesso à intimidade
do pai, como ao segredo resultante da opção da mãe, é meio adequado
para se obter a verdadeira paternidade. Relativamente à necessidade,
esta se evidencia em face da importância da identidade genética para o
futuro de uma pessoa em suas relações pessoais e sociais. Por fim, a
proporcionalidade confirma-se por ser a medida, a menos gravosa em
relação aos direitos envolvidos, salvaguardando assim os direitos de
personalidade do filho e por conseqüência os direitos patrimoniais.
16
COSTA JÚNIOR, Paulo José da. O transplante do coração face ao Direito Penal Brasileiro. RT 389/395, p. 396.
17
ÁVILA, Humberto Bergmann. op cit. p. 50.
14
2.2 – Colisão de direitos fundamentais
18
FARIAS, Edílson Pereira de. Colisão de Direitos: a honra, a intimidade, a vida privada e a imagem versus a liberdade de expressão e
informação. 2. ed. atual. Porto Alegre: S.A Fabris, 2000. p. 116.
15
direitos), mas perante um choque, um autêntico
conflito de direitos”19.
19
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional. 5. ed. Coimbra: Almedina, 1991. p. 657.
20
CASTRO, Mônica Neves Aguiar da Silva. Honra, imagem, vida privada e intimidade, em colisão com outros direitos. Rio de Janeiro:
Renovar, 2002. p. 96.
21
CASTRO, Mônica Neves Aguiar da Silva. op. cit., p. 97.
16
Tal critério consiste na aplicação daquele que é considerado
por Canotilho22 como o princípio dos princípios: o princípio da
proporcionalidade.
22
CANOTILHO, J.J. Gomes. Op. cit., p. 658.
23
FIGUEIREDO, Lúcia Valle. Curso de Direito Administrativo. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 1994. p. 46.
17
prática e da proporcionalidade, dentre outros,
fornecidos pela doutrina”.24
24
FARIAS, Edilsom Pereira de. op. cit. p. 122.
18
Silveira, Octavio Gallotti e Moreira Alves; vencidos,
Ministros Francisco Rezek, Relator, Carlos Mário da
Silva Velloso, Sepúlveda Pertence e Ilmar Galvão”.25
Note-se que aqui, não está em jogo o afeto, aspecto que pode
perfeitamente estar resolvido no âmbito da família socioafetiva, o que ora
se discute é a questão da verdadeira identidade, em sede de direito
fundamental. É nesse aspecto que se evidencia a indisponibilidade da
paternidade biológica, pois esta se apresenta relacionada ao direito ao
nome de ascendência e descendência , ou seja, ao direito da
personalidade, que é ao mesmo tempo indisponível, irrenunciável
imprescritível e intransmissível.
28
PERLINGIERI, Pietro. Perfis do Direito Civil, Rio de Janeiro, Renovar, 1997. p. 177.
20
CPC – art. 339: “Ninguém se exime do dever de
colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento
da verdade”.
(...)
30
ALMEIDA, Silmara Juny de Abreu Chinelato e. op. cit. p. 350.
22
Art. 227: “É dever da família, da sociedade e do
Estado assegurar à criança e ao adolescente, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão”.
31
VIANA, Rui Geraldo de Camargo. A família e a filiação. São Paulo: USP, 1996. Tese apresentada ao Concurso de professor titular de
Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
23
concernentes à origem biológica de uma pessoa, podem ser legalmente
ocultados da mesma.
32
MORAES, Walter de. Adoção e Verdade. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1974, p. 133 es.
33
WELTER, Belmiro Pedro. Possibilidade de condução coercitiva do investigando para fazer exame genético. Revista de Direito Privado.
São Paulo: RT, nº 8, out.-dez./2001. p. 22-25.
24
CF – art. 226, § 7º: “Fundados nos princípios da
dignidade da pessoa humana e da paternidade
responsável, o planejamento familiar é livre decisão do
casal, competindo ao Estado propiciar recursos
educacionais e científicos para o exercício desse direito,
vedada qualquer forma coercitiva por parte de
instituições oficiais ou privadas”.
25
bens jurídicos de maior expressão constitucional: o direito à intimidade da
mãe, à integridade física do pai ou à identidade do filho.
CONCLUSÃO
34
MARTINS, José Renato Silva e ZAGANELLI, Margareth Vetis.Recusa à realização do exame de DNA na investigação de paternidade:
Direito à intimidade ou direito à identidade? In: LEITE, Eduardo de Oliveira, Grandes temas da atualidade – DNA como meio de prova da
filiação. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2000. p. 151-162. (p.160)
26
A família é uma organização que sobrevive às mudanças
históricas, políticas e econômicas da humanidade, persistindo na função
de sua estrutura inabalável, responsável pela construção do indivíduo e
pela transmissão da cultura. Entretanto, tais mudanças provocam, através
dos tempos, um novo desenho de seus contornos.
27
como vive aquele que lhe deu a vida e que por não querer ou não poder,
não o reconheceu como filho.
28
BIBLIOGRAFIA
30