O desenvolvimento dos mtodos diretos para se determinar as estruturas
cristalinas e moleculares se deve principalmente aos cientistas Herbert A. Hauptman e Jerome Karle, vencedores do Prmio Nobel de 1985. Sabe-se que o uso da difrao de raios-X a fim de determinar as estruturas cristalinas era conhecido desde o incio do sculo passado, entretanto havia limitaes tecnolgicas e prticas que s puderam ser superadas com o passar dos anos no quais Herbert e Jerome desenvolveram os atuais programas de computadores que processam milhares de dados de intensidade de raios-X podendo elucidar as estruturas cristalinas. O processo de estudar as estruturas cristalinas pela difrao de raios-X basicamente busca medir as dimenses da clula unitria, analisar as simetrias existentes, determinar as distancias entre os tomos, encontrar o fator de empacotamento, entre outros. Esse estudo preciso das estruturas cristalinas s possvel porque os raios-X possuem comprimentos de onda com valores prximos das distancias entre os planos cristalogrficos que so entre 0,05 a 0,25 nm, assim, quando um feixe de raios-X se encontra com um slido cristalino podem serem produzidos diversos picos reforados de radiao com vrias intensidades sendo possvel verificar os diferentes resultados para cada tipo de estrutura e assim determina-lo. A prtica mais utilizada denominada mtodo dos ps, onde se utiliza uma amostra em p com inteno de que exista uma orientao aleatria de vrios cristais garantindo que algumas das partculas estejam orientadas em relao ao feixe de raios-X satisfazendo as condies da lei de Bragg. Mtodos mais modernos fazem uso de um difratmetro de raios-X que possui um contador de radiao no qual possibilita detectar o ngulo e a intensidade do feixe difratado para amostras em p.
CALLISTER, W. D., Cincia e Engenharia de Materiais: Uma. Introduo. John Wiley & Sons, Inc., 2002. VAN VLACK, L. H. Princpio de cincia dos materiais. Edgar Blucher, 1984.