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1. Olhares estrangeiros
Comparativamente s idades dos homens, a pesquisa em artes, no Brasil, vive a
sua infncia. Essa comparao leva em conta a relativa maturidade alcanada
por
outras
reas
de
investigao,
especialmente
marcante
partir
do
artstico
como
parte
integrante
de
sistemas
complexos
de
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teorias e mtodos consolidados para subsidiar tal ao. Outros campos de saber das
cincias humanas j tm corpos tericos e metodolgicos sustentveis.
Os pesquisadores em artes recorrem a teorias estrangeiras, adaptando-as,
mutilando-as, mas tambm ampliando-as e modificando sua abrangncia e seu
campo de ao. Em outro ngulo, teorias concebidas para abordarem outros objetos
so foradas ao exlio, com vistas a socorrer a infncia dos estudos em artes.
As cincias sociais, por exemplo, investigaram, experimentaram e puseram
prova vrias teorias cientficas. Os autores clssicos nessas cincias (Durkheim,
Marx e Weber) consolidaram teorias e mtodos especficos que norteiam a
construo
de
conhecimentos.
Igual
perspectiva
verifica-se
nos
estudos
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contudo,
indagar
se
essa
ausncia
de
teorias
especficas
em
sua
complexidade
e,
com
isso,
estabelecer
patamares
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pesquisa
em
artes,
experincia
torna-se
elemento
diferenciador,
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objetiva do
pesquisador em sua
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com
evento
sonoro.
Elas
conseguiram
desenvolver
uma
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outras so postas em templos das artes, com vistas a preservar a distncia entre
o artista e o apreciador, em ato de contemplao; outras enfatizam os aspectos
processuais do ato educativo e formativo; outras (a maioria) so fabricadas em
srie, em processo altamente industrializado, com vistas ao consumo; outras se
dirigem ao lazer e recreao. Cada uma dessas possibilidades corresponde a
processos materiais distintos de prticas sociais, que podem ser artesanais,
comerciais ou industriais. No tocante ao destino e s prticas culturais, podem
ser
individuais,
coletivos,
religiosos,
ritualsticos,
contemplativos
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