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Alguns personagens importantes na história da Lógica Matemática

Tendo em vista as nossas finalidades, vamos pensar na Lógica como o estudo do “raciocínio correto”,
ou seja o estudo dos processos usados para se obter conclusões a partir de, necessariamente, fatos ou
suposições. Na nossa disciplina, faremos uso da Lógica para demonstrar teoremas e para inferir (deduzir)
resultados corretos que possam ser aplicados na teoria que iremos desenvolver.
Na nossa brevíssima história da Lógica, falamos de alguns personagens importantes, de algumas de
suas contribuições no desenvolvimento da Lógica Matemática e observamos que alguns desses personagens
contribuíram, também, para o desenvolvimento de várias áreas da Matemática. Sendo assim, sugerimos que, a
partir do roteiro abaixo, você pesquise mais sobre esses personagens. Conhecer um pouco de suas vidas e de
suas contribuições ajuda-nos entender melhor a magia e o encantamento da Matemática !

Período Clássico (séc. IV a.C. – séc. XIX)


(± 390 a.C. a ± 1840 d.C.)
O estudo das formas gerais do pensamento, sem preocupação com seu conteúdo, chama-se Lógica e
as raízes da Lógica encontram-se na antiga Grécia. Aristóteles é considerado o criador da Lógica como
ciência, mas essa concepção tem um pouco dos filósofos Sócrates e Platão. Esse primeiro período é também
conhecido como Período Aristotélico, o que mostra a influência das idéias de Aristóteles.
Platão (± 428 a. C.-347 a. C.): Discípulo de Sócrates, Platão é uma das referências do pensamento ocidental.
Em nenhum dos seus famosos Diálogos Platão trata expressamente da Lógica, contudo a Lógica já se
encontrava presente na Academia (escola fundada por ele, em Atenas), nos últimos anos de Platão.
Aristóteles de Estagira (±384 a. C.-322 a. C.): Filósofo grego e discípulo de Platão, Aristóteles, um dos
maiores pensadores de todos os tempos, sistematizou e definiu a Lógica, constituindo-a como uma ciência
autônoma. Foram várias as contribuições de Aristóteles para o desenvolvimento da Lógica. Dentre elas,
podemos destacar:
• a separação da validade formal do pensamento e do discurso da sua verdade material (argumentos
podem ser convincentes, embora não sejam corretos);
• o estudo dos mecanismos do pensamento dedutivo;
• a identificação dos conceitos básicos da Lógica;
• a introdução de letras para denotar termos;
• a criação de termos, até hoje utilizados, como: “válido”, “não-válido”, “contraditório”, “particular”,
“universal”.
Os escritos de Aristóteles foram reunidos por seus seguidores em uma obra denominada Organon, que
significa “Instrumento da Ciência”. A matriz aristotélica da Lógica persiste até os dias de hoje.
Euclides de Alexandria (325 a.C.-265 a.C.): Euclides de Alexandria, provável freqüentador da academia de
Platão, não teve papel no desenvolvimento da Lógica, propriamente dito. Mas com sua obra Os Elementos,
texto usado nas escolas por aproximadamente 2.000 anos, foi o grande divulgador do Método Axiomático.
Crisipo de Soles (280 a.C.-206 a.C.): Homem de vasta produção (750 livros), Crisipo fez notáveis
contribuições para o desenvolvimento da Lógica. Estudou proposições regidas pelos conectivos e, ou,
se...então. Tinha clareza do papel desempenhado pela negação na Lógica. É reconhecido hoje como o
grande precursor do Cálculo Proposicional.

Platão[1] Aristóteles[1] Euclides[1] Crisipo[2]

UFMS / CCET / DMT DISCIPLINA: Álgebra I - 2006 Profa. Sonia Regina Di Giacomo
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Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646-1716): Embora Leibniz tenha vivido no
chamado Período Clássico da Lógica, seus trabalhos tiveram pouca influência
nesse Período e só foram apreciados e conhecidos no século XIX . Leibniz tentou
aplicar à Lógica o modelo de calculo algébrico da sua época, pois para ele o
raciocínio era um cálculo suscetível de ser efetuado por uma máquina organizada
para esse fim (mecanização da Lógica dedutiva). Em 1694, Leibniz inventou uma
calculadora que além de somar, podia subtrair, multiplicar, dividir e extrair
raízes quadradas. Leibniz, foi o precursor da Lógica Matemática moderna.
(Observação: A primeira máquina de somar foi inventada por Blaise Pascal, em
1642)
Leibniz[1]

Curiosidade: Você sabe o que é um afresco ? Pensou besteira, não é ? Afresco é uma técnica de pintura
feita em paredes ou tetos rebocados, enquanto a argamassa ainda está úmida. E o que isso tem a ver com a
Matemática ou a Lógica? O artista renascentista italiano Rafael Sanzio (1483-1520) pintou o afresco “A
Escola de Atenas”, uma de suas mais admiradas obras (veja uma reprodução abaixo). Nela Rafael dispôs
figuras de sábios de diferentes épocas, alguns deles ligados ao desenvolvimento da Matemática, como se
fossem colegas de uma mesma academia (nos detalhes, destacamos alguns desses sábios).

Platão[3]
Sócrates[3]

A Escola de Atenas[3]

Zenão[3]

Ptolomeu (de costas) [3]


Pitágoras[3] Euclides[3]
Se você quiser conhecer um pouco mais sobre Platão, sobre Aristóteles, sobre a Academia (escola
fundada por Platão), sobre o Liceu (escola fundada por Aristóteles) e outros filósofos, visite o seguinte site:
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/academia/
Lá você poderá ver, em destaque, as figuras do afresco A Escola de Atenas que representam os sábios
Alcebíades, Aristóteles, Averroés, Diógenes, Epicuro, Euclides, Heráclito, Parmênides de Elea, Pitágoras de
Samos, Platão (pintado a semelhança de Leonardo da Vinci), Ptolomeu, Sócrates, Xenofonte, Zenão e
Zoroastro.

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Período Moderno (séc. XIX – princípio do séc. XX)
(± 1840 a ± 1910)
A passagem do século XVIII para o século XIX marca o início de um novo tempo na História da
Matemática, e, em meados do século XIX, uma verdadeira revolução aconteceu na Lógica. Investigadores de
formação matemática conceberam uma forma de transformar a Lógica numa Álgebra e assim a Lógica passou
a ser vista como um cálculo algébrico. Foi no final do século XIX que a Lógica Matemática, que nasceu do
propósito de justificar (logicamente) a Aritmética, deu gigantescos passos no sentido da formalização dos
conceitos e dos processos demonstrativos. Esse período, caracterizado pela ligação entre a Lógica e a
Matemática, é conhecido, também, como Período Booleano.
Augustus De Morgan (1808-1871): Nascido na Índia, logo se mudou para a Inglaterra. Escreveu trabalhos
sobre os fundamentos da Álgebra, da Lógica e da Teoria das Probabilidades. Foi o primeiro a introduzir o
termo e tornar rigorosa a idéia da Indução Matemática, em 1838, no artigo Induction (Mathematics).
George Boole (1815-1864): A criação da Lógica Matemática é atribuída ao inglês George Boole. Em sua obra
Mathematical Analysis of Logic, publicada em 1847, a Lógica foi tratada, pela primeira vez, como um
cálculo de símbolos algébricos. Boole converteu a Lógica em um tipo de Álgebra fácil e simples. Essa
Álgebra, hoje conhecida como Álgebra Booleana, foi fundamental para o desenho dos circuitos dos
computadores modernos e tem aplicações nas ligações telefônicas. No entanto a Lógica Booleana estava
limitada ao raciocínio proposicional, e, somente mais tarde, com o desenvolvimento dos quantificadores, é
que a Lógica formal pode ser aplicada ao raciocínio matemático, em geral.
Friedrich Wilhelm Karl Ernst Schröder (1841-1902): O alemão Schröder desenvolveu importantes
trabalhos em Álgebra, em Lógica e em Teoria dos Conjuntos. Foi ele quem, praticamente, deu forma
acabada à Lógica de Boole.
Giuseppe Peano (1858-1932): O matemático italiano Giuseppe Peano teve grande importância no
desenvolvimento da Lógica. O simbolismo de Peano e seus axiomas, dos quais dependem construções
rigorosas da Álgebra e da Análise, representam a mais notável tentativa do século de reduzir a Aritmética
comum a um cálculo lógico. Muito da simbologia da Matemática se deve a Peano e a sua escola.
Diferentemente do pensamento geral da época, para Peano, os enunciados em Matemática deveriam ser
deduzidos partir de premissas, e não obtidos por intuição.

De Morgan[1] Boole[1] Schroeder[1] Peano[1]

Friedrich Ludwig Gottlob Frege (1848-1925): O primeiro a apresentar o


cálculo proposicional na sua forma moderna, Frege ocupa um lugar de
destaque no desenvolvimento da Lógica. Foram inúmeros os conceitos e as
inovações, muitas delas revolucionárias, introduzidos por ele. Por exemplo, foi
ele quem introduziu a função proposicional, o uso de quantificadores e a
formação de regras de inferência primitivas. A ele se deve uma conceituação
mais exata da teoria aristotélica sobre sistema axiomático, assim como uma
clara distinção entre lei e regra, entre linguagem e metalinguagem. Frege
tentou provar que toda a Matemática é pura Lógica. As idéias de Frege
influenciaram outros nomes importantes no desenvolvimento da Lógica, como,
por exemplo, Russel e Hilbert.
Frege[1]
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Período Contemporâneo ( séc. XX até os nossos dias)
( a partir de ±1910)

A intenção de obter as verdades da Aritmética a partir de um sistema lógico foi uma preocupação
do Período Moderno e do início do Período Contemporâneo, e é no Período Contemporâneo que a resposta
definitiva a essa expectativa é dada. No Período Contemporâneo assistimos, também, à expansão e
diversificação da Lógica Matemática, e ao aparecimento de novos ramos no estudo da Lógica.

David Hilbert (1862-1943): Matemático e filósofo alemão, Hilbert poderia ter sido relacionado como um
personagem do Período Moderno, uma vez que iniciara sua carreira em 1884. Hilbert foi um ilustre
representante da tendência axiomática e também tinha o sonho de construir toda a Matemática usando um
conjunto finito de verdades, a partir das quais todo o conhecimento poderia ser deduzido logicamente.
Contribuiu em vários campos da Matemática e é considerado uma importante figura de transição entre os
séculos XIX e XX. Em 1900, depois de muito analisar as pesquisas feitas no final do século XIX, durante
sua participação no Congresso de Paris, Hilbert apresentou vinte e três problemas, os quais, acreditava ele,
ocupariam a atenção dos matemáticos do século XX. Depois desse congresso, os matemáticos se agruparam
em duas escolas, conforme suas linhas de pensamento: os formalistas, liderados por Hilbert, e os logicistas,
liderados por Russel.

Bertrand Arthur William Russell (1872-1970): Filósofo, matemático e ativista político britânico, Russell é
considerado um dos maiores logicistas do século XX. Acreditava que todas as verdades matemáticas - e não
apenas as da Aritmética, como pensava Frege, poderiam ser deduzidas a partir de umas poucas verdades
Lógicas, e todos os conceitos matemáticos reduzidos a uns poucos conceitos lógicos primitivos. Sua obra
"Principia Mathematica", escrita de 1910 a 1913, em colaboração com Alfredo North Whitehead, tornou-se
referência na Lógica Matemática. Outro trabalho famoso é "Introdução à Filosofia da Matemática"
(Introduction to Mathematical Philosophy), escrita em 1916 enquanto Russel esteve na prisão.

Kurt Gödel (1906-1978): Lógico tcheco, naturalizado americano, Gödel demonstrou, em 1931, que não é
possível construir uma teoria axiomática dos números que seja completa, conforme pretendia Hilbert. Em
outras palavras, Gödel mostrou que se um sistema que seja consistente, isto é, que não entre em
contradição, representa a Aritmética e usa um número razoável de axiomas, então esse sistema é
incompleto, ou seja, existem verdades da Aritmética que não podem ser demonstradas ou contestadas
nesse sistema. Esse resultado é o famoso Teorema da Incompletude de Gödel, um dos resultados mais
importantes da Lógica.

Alfred Tarski (1902-1983): Nascido na Polônia, Tarski emigrou para os Estados Unidos em 1939. Seus
trabalhos constituíram o alicerce das modernas teorias Lógicas. A teoria de modelos foi, em grande parte,
criada por Tarski. Segundo contam, em 1960, ao abrir as sessões de um congresso internacional de Lógica,
em Stanford, Tarski, tendo em mãos os resumos das conferências programadas, afirmou: “Antes, tudo era
mais fácil – pois tudo estava por fazer. Tanto se fez, porém, que não mais consigo acompanhar as novas
idéias e me vejo perdido diante de muitas comunicações que serão aqui apresentadas nos próximos dias.”

Hilbert[1] Russel[1] Gödel[1] Tarski[1]

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Vertentes dos fundamentos da Matemática do final do século XIX, início
do século XX

Logicismo(Frege, Russell): A tese dessa vertente é que a Matemática é um ramo da Lógica: toda a
Matemática é conseqüência de princípios puramente lógicos.

Formalismo (Hilbert): A proposta dessa vertente é que a Matemática é fundamentada por sistemas formais
cujo único requisito é a consistência. A proposta formalista considera a Matemática como um sistema
autônomo.

Intuicionismo (Brouwer): A característica fundamental dessa vertente é o construtivismo: a Matemática é


uma atividade humana fundamentada em processos construtivos, sendo assim todo objeto matemático tem
sua existência expressa por construção.

Uma classificação da Lógica

Lógica Clássica
Hoje em dia, a chamada Lógica Clássica é a Lógica Proposicional e de Predicados. É regida pelos Princípios
da Identidade, da Contradição e do Terceiro Excluído, entre outros.

Extensões da Lógica Clássica


São aquelas que adicionam um vocabulário novo, novos teoremas e inferências válidas à Lógica Clássica, mas
mantêm todos os teoremas originais. Dessa forma, complementam de algum modo a Lógica Clássica,
estendendo o seu domínio.
Exemplos:
Lógica Modal (estuda as conexões entre os enunciados tendo em conta a sua modalidade);
Lógica Deôntica (estuda os enunciados normativos sob o ponto de vista lógico).

Lógicas Não-Clássicas
Lógicas caracterizadas por abolirem um ou mais princípios da Lógica Clássica.
Exemplos:
Lógicas Paracompletas e Lógicas Intuicionistas (abolem o Princípio do Terceiro Excluído);
Lógicas Paraconsistentes (abolem o Princípio da Contradição);
Lógicas Não-Aléticas (abolem o Terceiro Excluído e o da Contradição);
Lógicas Não-Reflexivas (abolem o Princípio da Identidade);
Lógicas Polivalentes (permite representar valores intermediários entre os valores verdadeiro e falso
da Lógica Clássica).

Figuras extraídas de:


[1] http//www-history.mcs.st-andrews.ac.uk/history/index.html (Acesso em 19/03/06)
[2] http://www.pensament.com/filoxarxa/filoxarxa/Crisipo.htm (Acesso em 19/03/06)
[3] http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/academia/ (Acesso em 19/03/06)

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