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2008
Leandro Marques Durazzo
Bolsa: PIBIC/CNPq
Apresentação...........................................................................................................p. 5
Mito e criação.........................................................................................................p. 17
Conclusão..............................................................................................................p. 33
Referências............................................................................................................p. 35
Anexos...................................................................................................................p. 38
Apresentação
Por se valer do conjunto das ciências que estudam o homem, como Durand
(2001, p. 40) enuncia, este trabalho assume claramente um caráter interdisciplinar. É
por meio do ludismo que analisaremos o processo educativo que a cultura grupal
imprime em seus membros, e é por meio desses conhecimentos sobre os grupos
humanos que poderemos compreender a alteridade e o diferente. Gostaríamos de
salientar que nosso trabalho está situado num “carrefour” de abordagens e
tendências teóricas e nosso “objeto e problema da pesquisa” assim o exigem, sendo
uma abordagem fenomenológico-compreensiva. Não obstante, há um grande
esforço reflexivo da nossa parte no sentido de compatibilizar paradigmaticamente os
autores e suas perspectivas teóricas, e não ocultaremos nossa “pretensão
epistemológica” de realizar uma síntese integrativa – e não um “patchwork”.
A prática do RPG, extensivamente vinculada à inter-relação entre os
jogadores e pautada primordialmente na imaginação coletiva do grupo, permitiu
cogitar a hipótese de uma possível sensibilização aos valores diferentes: à
alteridade.
Alteridade: noção e ação social
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RPGista: bem como RPGístico, trata-se de um neologismo que designa alguém/algo referente ao
universo que participa e compartilha da cultura comum do RPG.
Personagens, cenário e narrador: a narrativa em curso
2
Relacionados respectivamente ao pólo técnico e pólo fantasmático, da Escola de Antropopsicanálise
Institucional.
porque é o modo – “modus” – do Outrem, do Outro, que em Si Se
reconheceu o Si-mesmo, o “Selbst” e a pouca do eu, conquanto
necessário viático... Esse “processo de reconciliação” é individual e
social, grupal portanto – das “grupalidades internas” e dos “grupos
externos”, como diz Kaes – e envolve, em termos de educação fática,
não só a perlaboração da sombra individual, mas daquilo que Jung...
chamou de “sombra coletiva” (PAULA CARVALHO; BADIA, 2002, p
238).
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Processo de enfrentamento, confrontação e equalização entre materiais conscientes e
inconscientes; Auseinandersetzung. (PAULA CARVALHO, 1999).
5
A ação cultural “tem sua fonte, seu campo e seus instrumentos na produção simbólica de um grupo”
(TEIXEIRA COELHO, 1988).
do mundo não corresponde a uma regra. O objetivo do trabalho compreensivo,
dessa forma, não é o de resolver os conflitos existentes, mas de criar possibilidades
para que as sensibilidades os resolvam.
Isso deve ficar bastante claro, pois por vezes o “furor pedagogicus”
se traveste como “furor gestionário”... e começa-se a querer
administrar a alteridade, precisamente para reduzi-la na sua
diferença radical e solidão – ainda que seja pelo “orgiasmo”...-, mas
em profundidade, para se resolver contratransferencialmente
problemática interna do gestor que não suporta (sua) a Sombra que
assim se apresenta projeta no o (O)utro refratário às minhas boas
intenções (sic) de ajuda (sic)... Eis aqui que as dimensões da
educação “negativa”, da educação “terapêutica” e do “fratriarcalismo”
(Ortiz-Osés, 1993) devem imantar o sentido da educação fática como
a intervenção problemática (PAULA CARVALHO; BADIA, 2002,
p.238).
Mito e criação
Imagine então o lado interior de uma fortaleza medieval. Então você acabou
de passar da ponte levadiça e você está dentro do primeiro saguão, logo depois que
você entrou da ponte. Você está do lado de dentro, olhando pra fora, olhando pro
lado de fora pela porta. Você vê a parede lateral, de pedra cinza lisa, toda
quadriculada dos blocos de pedra. Dentro da fortaleza têm vários adornos
medievais, flâmulas, estandartes, que estão pegando fogo. Do lado de fora você tem
um fosso, com a ponte levadiça cobrindo, várias pessoas correndo e uma carruagem
correndo em disparada. Dentro do palácio tem um beholder olhando pra cima, na
direção da qual vem caindo um homem com uma espada apontada para baixo.
Questionário:
a) Qual a idéia central de sua estória? Você ficou em dúvida entre duas ou mais
idéias? Quais?
Não. A idéia central da minha história é um palácio medieval sendo atacado
por monstros mágicos e defendido por humanos.
b) Quando você pensou na sua estória, você se lembrou de algum filme ou alguma
leitura?
2) Os elementos que você não gostaria de ter colocado no seu desenho. Por quê?
Não queria ter colocado o refúgio, a idéia inicial não era exatamente ter o
castelo, era uma cena mais ao ar livre. Mas precisando do refúgio foi natural colocar
o castelo no lugar, não causou grande problema. A parte cíclica me incomodou um
pouco, eu acabei tendo que usar a imagem da carruagem, como uma roda. Me
incomodou um pouco essa parte, não precisaria. A carruagem eu coloquei só pra
resolver esse problema, na cena.
e) Se você mesmo tivesse de participar da estória que você escreveu, quem você
seria? O que você faria?
A) Representado por
B) Papel
C) Simbolizado
Pensa num precipício que vem reto, como um planalto, e chega num ponto
que cai. Por esse planalto corre um rio, que chega no precipício e desce. Oposto ao
precipício, na outra metade do papel, tem um outro precipício, igual ao primeiro.
Duas quedas d’água. Embaixo desse precipício tem um rio que vem do horizonte,
bem no centro entre os precipícios. O rio corta a imagem quase ao meio, pois
começa do horizonte (meio da página). Podem ser vistos peixes imersos, não
saltando. No meio do arco que as águas caindo formam, e no horizonte, há meio sol
(não se sabe se nascendo ou se pondo). Na beirada do precipício esquerdo tem um
homem sentado na ponta, onde a água começa a cair, com as pernas balançando.
Nas costas dele há uma espada embainhada. Nas mãos existem cinco cartas de
baralho, que ele olha. Na ponta do outro precipício, bem de frente pro homem, há
um grande dragão verde também sentado bem na ponta, com as patas pendendo
como as do herói, e o longo pescoço recurvado, nas patas cinco cartas de baralho,
que o pescoço recurvado faz se aproximarem do rosto. Do cantinho da boca do
dragão sai uma pequena labareda de fogo (de lado, não para o herói. Como se o
dragão estivesse suspirando).
Estória do desenho
Questionário A.T.9
a) Em torno de que idéia central você construiu sua composição? Você ficou
indeciso entre 2 ou mais soluções? Em caso positivo, quais?
Em torno da idéia de que nem todo herói é nobre, nem todo monstro é burro e
nem todo duelo termina em morte. Não tive dúvida nenhuma.
b) Você foi, por acaso, inspirado por alguma leitura, filme, etc...? Quais?
Fui inspirado por um teste A.T.9 que eu não sei de quem era, mas no qual me
contaram que o herói e o monstro conversavam.
e) Se você mesmo tivesse de participar da cena que você compôs, onde estaria? E
o que faria?
Certamente eu seria o herói. Tentaria ficar amigo do dragão, e convencê-lo a
jogar toda semana.
A) Representado por
Queda: cachoeiras
Espada: espada embainhada
Refúgio: dois precipícios formando um arco
Monstro: dragão
Cíclico: sol nascente
Personagem: herói
Água: cachoeiras
Animal: peixes
Fogo: labareda de fogo do suspiro do dragão
B) Papel
Queda:
Espada:decorativo/ identificar o herói
Refúgio: proporcionar isolamento
Monstro: oposição ao herói
Cíclico: prover luz
Personagem: vencer o monstro
Água: dividir o cenário
Animal: nenhum
Fogo: nenhum
C) Simbolizado