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O sentido social do suicídio no trabalho

Selma Venco* & Margarida Barreto**

Resumo
Este artigo objetiva debater a ocorrência, na sociedade, de suicídios com vínculo
explícito ou suposto com o trabalho. Se, ao longo da história, tais fatos eram
registrados entre ocupações que lidavam cotidianamente com situações difíceis
como bombeiros, policiais, carcereiros e enfermeiros, mais recentemente estes
têm sido observados em ocupações diferenciadas, quais sejam: as expostas a
lógicas de gestão pautadas pela individualização na avaliação, pela organização
do trabalho, regulada crescentemente pela máxima qualidade da produção e pelo
intenso processo de terceirização. Tais fenômenos têm evidenciado precarização
e degradação das condições de trabalho como causa do surgimento de novas
patologias e, entre elas, o suicídio, no trabalho.
Palavras-chave: suicídio, trabalho, organização do trabalho, reestruturação
produtiva.

Abstract
This article aims to discuss the occurrence of suicides link to work. If, through
history, such events were recorded between occupations dealing with difficult
situations such as firefighters, policemen, prison guards and nurses, more
recently they have been observed in different occupations exposed to the logics
of individualization management guided by evaluation, work organization,
governed increasingly by the highest production quality and intense process of
outsourcing. Such processes have shown instability and deterioration of working
conditions as the cause of the emergence of new diseases and suicide in the
workplace.
Key words: Suicide, work, organization of work, restructuring process.

*
SELMA VENCO é Socióloga do trabalho, pós-doutora em sociologia do trabalho - Laboratoire
Genre, travail et Mobilités, Université Paris X e Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Departamento
de Sociologia, Universidade Estadual de Campinas. Professora do programa de pós-graduação,
Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP).

**
MARGARIDA BARRETO é Médica do trabalho, doutora em Psicologia Social PUC/SP.
Vice-coordenadora do Núcleo de Estudos Psicossociais da Dialética Exclusão Inclusão Social –
NEXIN/PUC/SP.

1
O suicida

Não restará na noite uma só estrela.


Não restará a noite.
Morrerei e comigo irá a soma
Do intolerável universo.
Apagarei medalhas e pirâmides,
Os continentes e os rostos.
Apagarei a acumulação do passado.
Farei da história pó, do pó o pó.
Estou a olhar o último poente.
Ouço o último pássaro.
Lego o nada a ninguém.

Jorge Luis Borges

propriedades passavam ao poder dos


reis. Deste modo tanto os reis como a
igreja usufruíram do suicídio (Brown,
2002).
Retrocedendo à Grécia antiga, observa-
se que a morte voluntária não era
considerada um ato condenável,
contanto que existissem boas razões
para fazê-lo. Em Sócrates encontramos
um bom exemplo da questão ética:
durante seu longo julgamento repudia a
possibilidade de fugir e se livrar da
prisão. Após horas de julgamento e
possível condenação, ele reflete: “Já era
tempo, para mim, de morrer e livrar-me
de trabalhos”.
Em Hamlet o suicídio surge como uma
questão moral. Sua atitude inicial de
confronto o faz retroceder e evitar o
Suicídio é uma palavra de origem latina, estigma de suicida. Sua maneira de agir
cujo significado está, ainda hoje, reflete, em certa medida, as
relacionado à auto-eliminação, à considerações que já existiam sobre o
autodestruição, ao auto-assasinato e ao ato desde a Antiguidade, culminando
auto-homicídio. Historicamente, o com as ponderações do cristianismo
suicídio na Europa cristã vincula-se às sobre o suicídio ao final da Idade
atrocidades praticadas pelo Estado e Média. O movimento iluminista discute
pelas religiões, que além de punirem o as mortes heróicas, como as de
suicida pós-morte, pregando o Lucrécia, Cleópatra, Catón, Bruto,
impedimento da ascensão ao paraíso, Casio, Séneca e outros. Neste último, o
transformavam a vida dos seus suicídio, segundo Brown (2002) “supõe
familiares em um rosário de vergonha e uma dissolução do corpo social e
desespero, à medida que suas simbólico”. É a partir do século XVII

2
que o tema da loucura penetra os atos As mudanças na economia, associadas
suicidas, contraditoriamente, pelas mãos às novas configurações do trabalho,
dos pesquisadores. O suicida passou a ocorreram paralelamente às
ser julgado como aquele que morre transformações na forma de organizar e
violentamente. administrar tanto o Estado como o
mundo do trabalho. Os novos regimes e
Seguramente a disseminação da peste
as regras impostas impactaram a
por toda a Europa contribuiu para
construção do Eu e do Outro, alterando
sensibilizar e levar à reflexão sobre o
a imagem da identidade de si. Novos
valor da vida e a “consciência da morte”
discursos foram acrescidos à história
(Brown, 2002), apesar de ainda
do suicídio, em presença de um mundo
transversar o imaginário de muitos, o
em constante mutação, indiferente à dor
mito do romantismo e paixão, como são
do outro, que estimula o consumismo
considerados os suicídios de Chatterton
e do protagonista Werther de Goethe. desenfreado enquanto aumenta o
desemprego, o que certamente cria um
No primeiro, a sociedade é acusada
sentimento de incerteza e vazio,
como perpetradora da morte sendo
gerando novos casos de suicídios.
Chatterton sua vítima (idem, 2002).
Apesar disso, continua o silêncio no que
Wether, de temperamento enfermo e
se refere ao mundo do trabalho como
amor não correspondido (mesmo que
possível causa de suicídio. Afinal, o
em romance) criou o mito que atravessa
suicídio se prepara em silêncio,
os nossos dias: falar do suicídio
conforme Camus (2009).
estimularia novos suicídios.
Hoje, o suicídio se inscreve no campo
Na Inglaterra, até 1870, as leis do
dos transtornos mentais (angústias,
confisco às propriedades do suicida
depressão, alterações de
permaneciam vigentes. E, até 1961, o
comportamento, bipolaridade entre
suicídio frustrado poderia culminar em
outros) adquirindo o status de patologia.
cárcere para o sobrevivente (Lipko e
Se na Antiguidade, o seu significado
Dumeynieu, 2004). Na França, por
estava relacionado à “morte voluntária”,
exemplo, o suicida era amarrado pelos
atualmente o suicídio continua sendo
pés e arrastado pelas ruas. Seu corpo era
sustentado por crenças e mitos que se
queimado e atirado em um coletor de
alimentam do corpo biológico para
lixo localizado em via pública.
explicar o que nos angustia. Importam-
Chegamos ao século XXI com novos nos, de fato, as verdadeiras causas que
significados para o suicídio e tendo a envolvem um suicídio.
biologia como aliada para o
Nesse sentido, este artigo tem como
conhecimento do corpo, favorecendo o
objetivo discutir o suicídio e sua relação
surgimento de novas tipologias criadas
com o trabalho, tendo como referência
pelo médico e criminólogo italiano
os acontecidos recentemente nas
Lombroso, as quais especificam loucos
empresas francesas. A hipótese que
e assassinos a partir das características
orienta esse texto pauta-se na concepção
físicas.
de que a organização do trabalho e suas
O discurso do suicídio, ao longo da revisitadas formas de gestão, baseadas
história da humanidade, traz uma na concorrência e na introjeção de
multiplicidade discursiva que o torna, práticas individualizantes crescentes,
de alguma forma, um conceito encontram-se na base de sustentação da
polissêmico.

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decisão do suicídio ocasionado pelo foram registradas 6.780 mortes e após
trabalho. sete anos, atingiu-se a cifra de 8.800
suicídios. Ou seja, houve um
Suicídio e trabalho: fenômeno de tipo
crescimento de 4,0 para 4,7 mortes por
novo?
100 mil habitantes, apesar dos sub-
Émile Durkheim, em sua obra clássica registros que cercam este tipo de morte.
O suicídio, analisa as relações entre É consenso entre os pesquisadores
indivíduo e sociedade focalizando o brasileiros relacionar a gênese do
suicídio como fato social. Nessa suicídio aos processos psíquicos, apesar
perspectiva, os diferentes graus de de alguns estudiosos mostrarem um
deterioração social resultariam em risco maior de suicídio em algumas
vivências individuais e coletivas mais profissões, como, por exemplo, o
árduas. Maurice Halbwachs indicava, já médico. Na França, alguns autores
em 1930, que as razões para o suicídio indicam grupos ocupacionais mais
vinculadas ao trabalho não residiam propensos ao suicídio. Historicamente a
apenas no desemprego, nas falências, concentração ocorria nas profissões
mas, sobretudo, na existência de um pouco qualificadas, às quais, segundo
sentimento obscuro de opressão que Durand (2004), as empresas ou as
recaía sobre os operários. Tal percepção chefias exigem muita rapidez, havendo
transposta à atualidade é observada no um desnível entre a velocidade de
ocorrido na empresa Francetélécom – a execução e a responsabilidade intrínseca
maior empresa do setor de ao trabalho. Além destas, outras
telecomunicações na França e que comumente expostas a situações
emprega cerca de 102.000 trabalhadores cotidianas difíceis, a exemplo de
naquele país – que registrou quatro policiais, bombeiros etc., bem como os
suicídios na empresa, em 2004, e, entre pequenos agricultores que, mais
janeiro de 2008 e janeiro de 2010, recentemente, frequentemente se vêem
contabilizou 34 suicídios no trabalho. cercados por dívidas; estes suicídios se
As estatísticas são ainda pouco precisas deslocam também em direção a setores
na França para mensurar a relação entre diferenciados como “hospitais, escolas,
suicídio e trabalho. Se, por um lado, os canteiro de obras, indústrias eletrônicas,
números de suicídio na França oscilam serviços bancários, novas tecnologias,
entre 11 e 12.000 ao ano desde 1975, serviços comerciais de empresas
por outro, os vinculados ao trabalho multinacionais etc.” (Dejours e Bègue,
parecem ocupar maior destaque nos 2009, p.8); e, assistimos ainda, ao
últimos anos. suicídio de trabalhadores que ocupam
cargos mais elevados na pirâmide
As estatísticas revelam que as pessoas hierárquica.
que cometem suicídio na França são
majoritariamente homens e com idade Em outro enfoque encontramos o
entre 45 e 54 anos. No estudo realizado movimento sindical e alguns
na Baixa-Normandia, 70% dos casos pesquisadores latinos (Finazzi, 2009;
foram de pessoas que trabalhavam há Orellano, 2005) que mostram e
mais de 5 anos na empresa (Gournay et denunciam as evidências do nexo causal
al, 2004). entre as condições de trabalho, as
reestruturações e situações de
No Brasil, as análises epidemiológicas desemprego, e a conduta suicida.
sobre o suicídio assinalam o seu
crescimento na sociedade. Em 2000

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Precariedade no trabalho: uma pista na socialização do trabalho, mas,
para compreender os suicídios? igualmente, cortar o ‘cordão umbilical’
que os une à sociedade (2009, p.45).
A precariedade nas relações de trabalho
tem mobilizado sociólogos e A patologia do medo instaurada nos
economistas a fim de decifrá-la ambientes de trabalho induz à condutas
enquanto característica intrínseca ao de dominação e ou de submissão,
mundo do trabalho atual. É possível instaurando-se um clima de permanente
afirmar, apoiando-se em Cingolani competição, tanto individual quanto
(2005) que tal termo não era recorrente coletivo, suportável pela perspectiva da
nos estudos até os anos 1970. Em 1974, manutenção do emprego (Pezé, 2001,
Magaud (apud Cingolani, 2005) irá Alonzo, 2000).
conceituá-la como a compra do O mal-estar no trabalho, o medo do
trabalho fora das regras estabelecidas; desemprego são segundo Luciano
em 1978, Robert Linhart irá Vasapollo (2005, p.45): o processo que
compreendê-la como um processo de precariza a totalidade do viver social’ e
trabalho que visa dividir a classe para Castel: “o desatrelamento dos
operária. antigos pertencimentos’(1998, p.133).
Entretanto, a precariedade pode ser Segundo Orellano (2005) o trabalhador
compreendida de forma mais ampla. frente à crise e ao desemprego sente-se
Conforme Robert Castel (1998), ela confuso, indeciso, perturbado, perdido e
vincula-se à efemeridade do vínculo desvinculado, fatores estes que
empregatício, marcado pelo crescimento promoveriam tirar a vida com mais
dos contratos temporários, tempo facilidade.
parcial, estágios e outras formas mais Este contexto de instabilidade
flexíveis de contratação. Tal processo é configura-se como campo fértil para a
marcado pela degradação da condição instalação de patologias do medo, cujas
salarial, alimenta a vulnerabilidade características de angústia frente às
social e se configura, paulatinamente, incertezas são equivalentes às
em um estado generalizado de vivenciadas pela situação de
insegurança que afeta mesmo os que desemprego. Cabe destacar que não
possuem vínculo empregatício formal. obstante as situações de trabalho sejam
A partir da conceituação de Robert concretas e idênticas, estas são vividas
Linhart (1978) e a de Beaud e Pialoux de formas diferenciadas pelos
(1999), é possível refletir que o trabalho indivíduos, de acordo com suas
temporário, como característica presente trajetórias pessoais. Nessa perspectiva, a
na situação de precariedade, exerce psicanalista Marie Pezé observa que é
papel importante na tentativa de irreal supor que trabalhadores consigam
fragilizar o coletivo, intensificar o desvencilhar-se de sua história de vida,
trabalho e individualizar deixando-a “atada a um cinto no
comportamentos, com vistas a vestiário da empresa” para exercer sua
neutralizar a mobilização coletiva e atividade (2001, p. 30).
generalizar o silêncio. Perspectiva A racionalização do trabalho é
reafirmada por Danièle Linhart, que estreitamente ligada às condições em
analisa a condição dos trabalhadores se que se dá, à medida que atua
encontrarem em uma situação de perder permanentemente na dominação do
não somente um modo de vida onde os capital sobre o trabalho, respaldando-se
coletivos exercem um papel importante

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em novas tecnologias voltadas para o próprio indivíduo. Tal perspectiva prega
aperfeiçoamento do controle dos medidas para gerar o estresse pautando-
movimentos e da produtividade dos se em técnicas de relaxamento,
trabalhadores. Esses fatores expressam- respiração etc.; a segunda perspectiva se
se em relações de trabalho num inscreve no campo estruturalista e
contexto socioeconômico neoliberal, imputa ao ato do suicídio uma
resultando em desemprego e fragilidade individual, oriunda de bases
precarização do trabalho. Como genéticas ou hereditárias. Tal análise
elucidam Zune e Pichault (2000, apud considera essencialmente a presença de
Dessus, 2002, p. 40), ocorre hoje um histórico prévio de patologias desta
“novo contrato psicológico”, que natureza, nas quais o trabalho é
imputa exclusivamente aos próprios compreendido como ‘um revelador das
indivíduos a responsabilidade de falhas’ (idem, p.26).
conseguirem um emprego, bem como E, por fim, a terceira abordagem, por
adotar atitudes no trabalho guiadas pela eles denominada de ‘sociogenética’,
capacidade de integração, amabilidade e analisa os aspectos sociais vinculados
engajamento com a empresa. ao trabalho, tais como a gestão e a
As características da empresa dita organização do trabalho, como fatores
moderna impõem o alcance de metas de ‘descompensação psicológica’(op.cit.
sempre variáveis, a intensificação do p.25,26).
trabalho, ausência de orientações claras As análises que evocam a centralidade
e de formação específica para uma nova do trabalho na vida dos indivíduos e,
organização do trabalho e ou para a conforme Dejours e Bégue, na
utilização de novas tecnologias. Tais ‘construção e na estabilização da
fatores configuram um tipo de identidade e da saúde mental’ (p.29) são
precariedade subjetiva onde cada reforçadas pelas situações de
trabalhador não encontra os meios desestabilização do trabalhador frente
necessários para realização da sua ao desemprego.
atividade, e pela atitude da gerência:
cada um, dentro da empresa é um ator O mundo do trabalho atual e o
responsável de sua própria sorte suicídio como patologia laboral
(Linhart, 2009, p.79). O que dá razão e sentido ao viver pode
Suicídio e trabalho: quais constituir-se em razão para morrer,
abordagens? como refletia Camus. O trabalho,
enquanto atividade humana, dá sentido
Christophe Dejours, psicanalista, e à vida, fortalecendo a identidade e a
Florence Bègue, psicóloga do trabalho dignidade de trabalhador. Os novos
(2009) sistematizaram três abordagens modelos de gestão adotados pelas
que aportam elementos para se empresas associados às reestruturações
compreender a vinculação entre suicídio e downsizing (redução de pessoas)
e trabalho: a primeira, marcada pelo frequentes, aumentaram a insegurança e
estresse, associa as perturbações consequentemente o nível de auto-
biológicas e psíquicas ao ambiente. Na exigência ante o medo de perder o
concepção dos autores, esta emprego por não ser avaliado
compreensão sofreu um deslocamento
adequadamente, o que, de forma direta,
de análise à medida que o foco
aumenta o nível de sujeição frente às
transfere-se do ambiente para a forma
como o estresse é gerenciado pelo

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quadro se acrescenta o incremento de L’ÉDUCATION NATIONAL ET DE LA
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