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STELLA MARIS BORTONI-RICARDO 0 professor pesquisador roducao 4 pesquisa qualitativa Série Estratégias de Ensino 1. Oensino do espanol no Brasil, Joso Sedycias (org.] 2 eS meter ferme ofessor Clecio Bunzen & Marcia Mendongs [orgs] 3 Generos caalisadores — tetra professor, Inés Signorin [org] Muito além da gramitica — por Ensinaro brasil — resposas de professones de lingua matera, Celso Ferranexh Semintica para a educagdo basica, Celso Ferrarezt 16, A sentenca ea palavra — estudo introdutério, Ronaldo de Oliveira Batista Coisas gue todo p 22, Diciondrios escolar — politicas, formas Orlene Licia de Sabsia Carvalho & Mat 23. Inglés em escolas publcas nto funciona? Diogenes Candid de Lima 2M. Diciondrios na teoriae Claudia Xatara, Cleci Reg ca, dane: hiphop, Ana Lica Sia Souza wisar no labirinto — a tese, ume desafo possivel, 34, MalhiplasHnguagens para o ensino médio, Ckécio Bunsen & Marcia Mendonga orgs.) 0 Salma Tans Muchal [PUC-SP] Dedico este livro lhos, a meus netos _ a meus filho: Soca 9s NOS eM ba ns gt ee smionasanseen ‘Pe van. 2 Regu Megas see aomn 51-9262 | 5061-1522 | 5061-8075 | Fax [11] 2589-9263 ‘wovm paraboladitorialcombr ‘ema parabolaaparabolaedtorialcom br ‘Todos 0 deitos reservados Nenhoma parte esta aba pode ser ‘eproduaée ov transmis por uaiqer fom eiou quiet ‘eos elec ov mecca Incund otocopae aveeok oe ‘aqua em qualquer sist ou bance de dado se perms ot esctito da Fadia Edo Uda, (SON; 978-85.68456-89-1 _Tedligto = 3*eimpressho: abil de 2013 Postulados do paradigma interpretativista © inicio dos anos 1920, um grupo de pensadores, entre os quais devemos nomear Theodor Adorno (1903-1969) e Jirgen Habermas (*1929-), se rei- ne na chamada Escola de Frankfurt e apresenta as ico de Comte & mo que se constituiu nessa época em torno de ou- , como Ernst Mach (*1838-+1916) e Rudolf Carnap (1891-1970), permitindo a emergéncia de um paradigma alterna- tivo para se fazer ciéncia: o paradigma interpretativista. Ao desenvolver uma filosofia positivista, Auguste Comte (*1798- -+1857) propés que as ciéncias sociais e humanas deveriam usar os mesmos métodos e os mesmos princfpios epistemol6gicos que guiam pesquisa das ciéncias exatas. A reagiio a essa postura veio, entdo, icio do século XX. Argumentavam os criticos de Comte e de seus seguidores que a compreensao nas ciéncias sociais nao poderia negligenciar o contexto sécio-hist6rico, como, por exemplo, o grande acto do desenvolvimento da tecnologia, que alterou as rotinas 1980, 109) afirma: encontra o campo anteci- — — acontecimento do mundo exterior, # ser estudado por um observas dor como um fendmeno natural... um pequeno mundo integral, um cosmos, iluminado de significado a partir de seu interior pelos seres humanos que incessantemente o criam e conduzem como forma e condigao da sua autorrealizagtio. Na mesma linha de pensamento, rejeitando a sociologia posi- tivista fragmentéria, baseada na metodologia das pesquisas de sur veys (Ievantamentos), Silverman (1972, p. 4) assim apresenta o foco da sociologia: Nosso foco € particularmente o mundo partilhado de significados so- ciais, por meio dos quais a acao social (entendida no sentido de Weber ‘05 motivos dos outros) é gerada e rocuramos, entender as regras ificados nas agoes, expresses, zes- tos e pensamentos dos outros. ‘Segundo o paradigma interpretativista, surgido como uma al- ternativa ao positivismo, nado ha como observar o mundo indepen- dentemente das priticas sociais e significados vigentes. Ademais, e principalmente, a capacidade de compreensio do observador est enraizada em seus proprios significados, pois ele (ou ela) nao é um relator passivo, mas um agente ativo. Esse ¢ outros postulados do paradigma qualitativo serdo retomados ao longo deste livro em nossa reflexo sobre a pesquisa qualitativa e, muito particularmen- te, sobre a pesquisa etnografica, + Na Area da pesquisa educacional, o paradigma positivista, de natureza quantitativa, sempre teve maior prestigio, acompanhando ‘© que ocorria nas ciéncias sociais em geral. No entanto, as escolas, € especialmente as salas de aula, provaram ser espagos privilegia- dos para a conducao de pesquisa qualitativa, que se constréi com base no interpretativismo. Nos proximos capitulos, vamos aprofundar essa reflexdo, espe- cialmente a que os professores poderdo conjugar com seu trabalho pedagégico. O docente que consegue associar o trabalho de pesqui- saa seu fazer pedagégico, tornando-se um professor pesquisador de sua propria pratica ou das praticas pedagégicas com as quais ae ee ————— convive, estar no caminho de aperfeigoarse profissionalmente, desenvolvendo uma melhor compreensao de suas agdes como me- diador de conhecimentos e de seu processo interacional com os educandos. Vai também ter uma melhor compreensio do proceso de ensino e de aprendizagem. stéo...oqueé que Sob a denominacdo interpretativismo, podemos encontrar um conjunto de métodos e praticas empregados na pesquisa qualitativa, tais como: pesquisa etnografica, observagao participante, estudo de caso, interacionismo simbélico, pesquisa fenomenolégica e pesquisa construtivista, entre outros. Interpretativismo é uma boa denomina- 3 OE {g8o geral porque todos esses métodos tém em comum um compro- miso com a interpretagiio das agdes sociais e com o significado que fas pessoas conferem a essas agdes na vida social (cf. Erickson, 1990). {A pesquisa quantitativa procura estabelecer relagoes de causa © consequéncia entre um fendmeno antecedente, que ¢ a varidvel explicagio, também chamada de varidvel independente, e um fend- meno consequente, que é a varidvel dependente. Jé a pesquisa qua- litativa ndo se propée testar essas relagdes de causa e consequéncia ‘entre fenémenos, nem tampouco gerar leis que podem ter lum alto grau de generalizagao. A pesquisa qualitativa procura en- tender, interpretar fendmenos soc: 9s em um contexto. Didrio de bordo “Na pesquisa quantitativa, trabalha-se com varidveis procurando ‘estabelecer uma relacéo entre elas. A varidvel dependente é a que éexplicada; a varidvel independente é a explicagao. Na pes- quisa qualitativa, nao se procura observar a influéncia de wna varidvel em outra. © pesquisndor esté interessado em ui pro como 0s atores sociais envolvidos nesse processo 0 ppercebem, ou seja: como o interpretam. é Para que essas diferengas fiquem mai ‘exemplo: pode-se conduzir uma pesquisa quant ‘a relagdo entre o grau de escolaridade dos pais e o desempenho de alunos em testes de interpretagio de leitura, como o SAEB. A pesqui- sa sera delineada para verificar se hé de fato uma correlagao entre ‘os dois fendmenos. O grau de escolaridade dos pais sera a variavel lependente, s mais baixos de ridade e esse problema tende a se perpetuar na medida em que seus filhos tenderdo a ter um desempenho escolar ‘Uma pesquisa como essa, de nat complementada com uma pesquisa qu por exemplo. A motivagdio para se iva voltada para o mesmo problema racionais da mé di alunos no pais na ” social. O problema corpo ¢ forma a cada minuto da ago educativa em sala de aula. Uma pesquisa qu a no microcosmo da sala de aula, que se volte para a observagao do processo de aprendizagem da leitura como e por que algumas criangas avangam no proceso, enquanto egligenciadas ou se desinteressam do trabalho condu- + — Didrio de bordo ' pense numa sala de aula em uma escola de periferia frequen: tada por ovens provenientes de jaralia de baixa rend, lma- gine os lunos recebendo vm texto para leturn e discuss 0, 0s problemas de compreensio do texto que poderio fat surgi, sea porque o tema néio faz parte do universo 10s mais sobre os beneficios de se conjugar uma 9 deles, seja por outras razbes. Para refl pesquisa qui ae uma pesquisa quanti vejamos ou exemplo. Podemos partir da seguinte questo de pesquisa: as Sera que os alunos de ensino médio em uma escola onde os professores de todas as disciplinas atuam como agentes letradores vao se sair melhor no ENEM do que os alunos de uma escola onde o trabalho com a leitura compreensiva ¢ de responsabilidade exclu- siva do professor de lingua portuguesa? Entendemos por agentes letradores professores que constroem uma mediagao de maneira a facilitar para os alunos uma leitura compreensiva dos textos didé- ticos de suas disciplins Podemos delinear uma pesquisa quantitativa para responder a essa pergunta escolhendo duas escolas em fungaio do compromis- so dos professores com o desenvolvimento de habilidades de leitura dos alunos. Em uma das escolas, esse compromisso é assumido por todos os professores. Na outra, os professores acreditam que a res- ponsabilidade no desenvolvimento de habilidades de compreensao dos textos lidos é exclusiva do professor de portugués. Na linguagem das varidvels, o compromisso dos professores com a compreensio da Jeitura 6 a varidvel explicagtio, ou independente. O desempenho dos alunos no ENEM éa varidvel explicada, ou dependente. Uma pesqui- sa qualitativa voltada para esse mesmo tema vai deter-se na andlise sistematica do processo de tratamento de textos didaticos nas duas escolas, verificando como os professores trabalham a atribuigao de significados aos textos e como professores e alunos percebem esse trabalho e interpretam as ages que esto relacionadas a ele. Diario de borde Pense em ui tema que pode ser desenvolvido por meio de uma pesquisa quantitativa. No projeto, vocé vai relacionar dois fato- res, por exemplo, a formaciio de professores de biologia em nivel superior e a aprendizagem dos alunos de biologia nas aulas. Registre a hipotese principal que vai funcionar como guia de sua pesquisa. Em sequida, descreva uma pesquisa qualitative sobre o mesino problema, que poderd complementara pesqui- Ode pesquisa foi desenvolvida por Patricia Vieira da Silva Pereira. ’ sa quantitativa anterior, na medida em que poderd revelar dados da interagiio dos professores de biologia cont os seus alunos, que nao apareceriam nos resultados quantitativos da primeira pesquisa. No inicio do século XX, os princfpios da pesquisa pos! de natureza quantitativa j4 estavam bem consolidados, espe mente em ciéncias exatas, ou ciéncias da natureza. No entan alguns pesquisadores colocaram em diivida os pressupostos des se tipo de pesquisa para as ciéncias do homem — manas ou sociais. Um deles foi o polonés Bronislaw Malinowski (*1884-#1942), que era aluno de antropologia na Universidade de Oxford. Ele foi enviado por seus mestres para as [has Trobriand, hoje oficialmente denominadas como Ilhas Kiriwina, Papua Nova Guiné, no Oceano Pacifico, onde permaneceu um longo perfodo. Durante sua permanéncia entre os habitantes da itha, que eram considerados pelos colonizadores britanicos como um povo primitivo, ele procurou descrever 0 modo de vida na- quela cultura, Procurou também entender as crengas € a visio de mundo daquele povo, combinando um longo periodo de ob- servagdo participante com conversas ¢ entrevistas. Procedendo assim, Malinowski foi capaz de desenvolver uma teoria sobre 0 conhecimento cultural implicito dos trobriandenses, do qual eles proprios nao tinham muita consciéncia porque estavam comple- tamente imersos na propria cultura, Em suma, 0 jovem antropé- logo conseguitt construir uma interpretagao da percepcao que os habitantes das ilhas tinham de seus valores culturais, seus cos- uadas na tumes, suas crengas, seus ritos, enfim, conseguiu ter acesso as perspectivas interpretativas daquele povo em relagao a sua vida em sociedade, & sua espiritualidade e a todos os demais aspectos constitutivos de sua cultura, que ele descreveu no livro Argona tas do Pacifico Ocidental, publicado em 1922. O relat6rio da pesquisa de Malinowski foi considerado por muitos como acientifico, por faltar-he a objetividade, que é um dos preceitos bi ” eee Mas outros pen ram que aquela experiéncia representava uma maneira alternativa de tra- balhar com o conhecimento, maneira essa que era, em esséncia, tativista e, por isso mesmo, podia levar em conta também as impressées subjetivas do pesquisador: Desde entio, outros pesquisadores adotaram ivas. Entre eles, devemos citar Margareth Mead (*1901-+1978) da Universidade de Columbia, a quem se atribui a primeira monografia etnografica, produ- zida em 1928. Depois da Segunda Guerra Mundial, um namero maior muito diferentes das comunidades urbanas europeias, mas sim para am- bientes educacionais. Esses pesquisadores foram diretament fetnografia foi cunhado por antropdlogos no final do século XIX para se referirem a monografias 5 quo vinnam sendo escrta sobre os modos devia de cs * povos até entdo desconhecidos na cultura ocidental Dy, we A palavra se compde de dois radicais do grego: eth- W noi, que em grego antigo 10s" egraphos que quer dize conduzir sua pesquisa, oetnégrafo participa durante extensos perio- ria da comunidade que esté estudando, obsefvando -ontece; fazendo perguntas e reunindo todas as infor- mages que possam desvelar as caractertsticas daquela cultura, que 6.0 seu foco de estudo, Hoje em dia, as pesquisas qualitativas, espe- cialmente as pesquisas conduzidas em instituigdes, como presidios ou escolas, nfo sto necessariamente desenvolvidas por extensos perlodos de tempo. Quando owvimos meng a “pesquisas et devernos entender que se trata de vista, que fez uso de métodos desen- volvidos na tradigSo etnogréfice, como a observagao, especialmente erence aria ear geen sa eerie das também neste livro as referéncias a “etapas", “procedimentos” e Antes de concluirmos esta revisio das raizes intelectuais da pesquisa qualitativa, vamos ainda mencionar dois pesquisadores: ‘d Geertz (*1926-+2006) e Dell Hymes (*1927-42009 ). O trabalho de Geertz teve inicio a partir dos anos 1960 e ficou lo como/antropologia simbélica, Para ele o estudo das se variadas formas simbél as de cultura podem pro- ver ao pesquisador uma visio da légica dessa cultura do ponto de vista de seus membros. Em seu principal livro A interpretagdo das cuituras (1973), Geertz argumenta que “ LB nal sustentado em redes de nomen um a nifeados que ele rope tee; o etudo da culura & em essencia 0 Dry oO" estudo dessas res; para ele a leita da cultura era como altura detestos. A proposito compare essas ideias de Geertz com as ideias de Paulo Freire sobre a leitura do mundo ea leitura das palavras. nguista de formagio antropol que, a partir de 1962, estabeleceu as bases programaticas de uma iva denominada etnografia da co- municagao, voltada para a analise dos padrdes do comportamen- em uma cultura (cf. Saville-Troike, 1982). Pode- Dell Hymes é um dimensao da pesquisa qual conceito edu: portante: a competéncia comu- nicativa. A competéncia comunicativa permite ao falante saber ferlocutores em quais- sunstancias. 0 principal componente na proposta de Dell Hymes é a inclu- sto da nogio de adequagao no ambito da competéncia lingui lingua, o falante nao sé aplica as regras estru- dessa lingua para obter sentengas bem formadas, como tam- bém observa normas de adequagao definidas em sua cultura. a. indo faz uso d Mase — —— a em tambon | PUT 5 vai-se ampliando & medida que se ampliam também o Ty 2, A competéncia comunicativa de qi E 0 101 de ambientes em que ela interage e as tar > fas comunicativas que tem de desempenhar nes- a we ses ambientes. Mas & na escola que o individuo tem Oo sf. p q di a oportunidade de desenvolvé-la de forma sistem pro ‘essor es ulsa or @ de agregar novos recursos comunicativos que the permitirao construir sentengas bem formadas. Sentencas bem formadas sao. sentengas de acordo com o sistema da lingua. Nao devemos enten- der esse conceito como sendo sentengas que seguiram todas as exig@ncias da gramatica normativa Quer saber mais sobre competéncia comunicativa e recursos co- municativos? Quer entender melhor a diferenga entre o conceito de sentengas bem formadas e o conceito de correcdo gramatical de acordo com a gramatica normativa? Entéo leiao lvro de Si Maris Bortoni-Ricardo, Educacéo em lingua materna, Pardbola Edi 1 2004, em especial o capitulo 6: “Competéncia co- municativa”. Quando o aluno avanga do ensino fundamental para 4 0 ensino médio, carrega consigo uma competéncia comunicativa bem desenvolvida. Mas no ambito de cada disciplina que compoe a , nas sucessivas fases da escolarizacéo, el : Je conhecer novas areas de saber e incorporar dessas areas, que agregara a seu acervo de recursos comunicativos. A forma como os professores de cada introduzem novos conceitos e terminologias, apoiando- { lustragbes, em experimentagdo laboratorial ou em outros E | b ( ssim como os pesquisadores que pesquisam cul estranhas a sua, os pesquisadores, em especial os e 5 grafos que se propéem a interpretar as agdes que tem. 7 Jugar em uma escola ou em uma sala de aula come- ‘cam seu trabalho de pesquisa procurando responder a trés perguntas: 1. O que esta acontecendo aqui? 2. O que essas agdes significam para as pessoas envolvidas ne- si as perspectivas interpretativas dos las? Ou seja, a agentes envolvidos nessas ages? 3. Como essas agées que tém lugar em um microcosmo como | a sala de aula se relacionam com dimensoes de natureza @ macrossocial em diversos nfveis: 0 sistema local em que 7 a escola esti inserida, a cidade e a comunidade nacional? (Erickson, 1990) Quando se voltam para a anilise da eficiéncia do trabalho peda- g6gico, esses pesquisadores esto mais interessados no processo que no produto, Também nao esto a busca de fendmenos que + status de uma varidvel explicagao, mas sim dos significados que os ato- envolvidos no trabalho pedagégico conferem as suas agbes, recursos é um bom tema para a conduc de pesquisas quali vas em sala de aula, Pode-se pesquisar, por exemplo, como os pro- rmagBes a conhecimentos ante res, inclusive os relacionados as rotinas de vida dos alunos. F um trabalho dessa natureza que a etndgrata Shirley Brice-Heath, professora da Univ ide de Stanford, desenvolveu com os ali nos de ciencias nas escolas em que ela e seus alunos de um curso de formagao de professores trabalharam, como veremos nos cap! tulos subsequentes (Brice-Heath, 1983). Conforme explica 0 etnégrafo Frederick Erickson (1990), a ta~ . refa da pesqui zagao social e cultural, locais e nao locais, relacionam-se as atiy ao wages. Dessa forma, é tarefa da pesqui- sa qualitativa de sala de aula construire aperfeicoar teorias sobre a onganizagao soci da vida em sala de aula, que € 0 con- texto por exceléncia para a apr livro, vamos nos fam m a conduzir pesqui ‘Mas antes de passar a discussao desses procedimentos, comen- taremos rapidamente duas pesquisas que se tornaram modelos. Na década de 1970, a etnégrafa norte-americana Shirley Brice-Heath conduziu uma importante etnografia em comuni mapas, cartas, papéis de Parede etc., em atividades e eventos em sua vivéncia social, Seu foco de pesquisa foram os modos de falar e de aprender de criangas em lade branca, rural, de classe trabalhadora, e uma ‘comunidade de classe média urbana, etnicamente mista. Ela exami- nou a interagdo de adultos e criangas e de criangas entre si na escola, na rua, em pracinhas e outros espacos ptiblicos.. Como professora de linguistica e de antropologia em um curso de formacao de pro- fessores de uma faculdade, transformou seus alunos em verdadeiros etnégrafos, levando-os a entender as maneiras como as criangas li davam com artefatos de letramento em suas familias e comunidades. induziu a adogao, em salas de aula das escolas locais, res aos alunos, que facilitassem sua aprendiza- ‘gem da lingua. Os estagiarios, j4 investidos na fungao de etn voltaram-se para a observagaio de como as criangas const narrativas, como interpretavam recomendagdes e perguntas feitas pelos professores, entre outros aspectos, Os estagidrios e as criangas a 1" atengo a tragos da proniineia los quais siio marcas identitarias entrevistavam, Iam também col como livros de receita, fotograf observar como as conhecimento tra Reais Os dados que recolhiam, como depoimentos ¢ hi eram datilografados pela professora e foram compondo um alunos, além de melhorarem muito seu desempenho na aprenderam a falar sobre modos de obter ¢ ver jes nao s6 fizeram uso de métodos de pesqui final do projeto, estava radligao local em um cién magoes, como aprenderam a falar sobre cles. Didrio de bordo ; mento é geralmente empregado para indicar um ido por meio da esc’ |, ou entdo nos refer tura de letramento. Nas comunidades sociais, convivem culturas ramento associadas a diferentes atividades: sociais, cientif- iosas, profissionais etc. Também existem manifestacoes letradas associadas & cultura popu! por exemplo. Uma cultura de letramento é constituida de praticas sociais em que {as pessoas se apoiam em textos escritos e lidos ou lidos e preservados ng meméria. Outra pesquisa de natureza etnografica que se tornou um mo- delo é a que foi conduzida pela professora de Harvard, Courtney dos anos 1980. Cazden (1988) focalizou as di- mensées de continuidade e descontinuidade entre o lar e a escola na vida das criangas, dando atengao especial aos processos intera- cionais em sala de aula. Assim como Brice-Heath, ela mostra que certos grupos sociais desenvolvem em casa atividades de letramen- toafins as atividades das escolas. Quando isso acontece, a transi¢ao das criancas do lar para a escola é mais facilitada. Cazden também divulgou o conceito de andaimes, proposto originalmente pelo psicélogo americano Jerome Bruner com base na teoria vigotskyana. 1 Ou audivel que um membro mais ex- inte de uma cultura presta a um aprendiz, em qualquer ambiente social, ainda que o termo seja ‘mais empregado no ambito do discurso de sala de aula, Na tradigao do discurso de sala de aula, os and: ‘mes so associados &s iniciagbes de um evento de fala pelo professor e a suas avaliag6es das respostas dos alunos. Uma ca- racteristica basica do proceso de andaimes é 0 estabelecimento de uma atmostera positiva entre professor e alunos, por meio de agdes simples, como a de se ouvirem e se ratificarem mutuamente, ‘como aprendemos na pedagogia de Paulo Freire. Cf., entre outros Um trabalho de andaime, ou andaimagem, pode tomar a for: ma de um preficio a uma pergunta, de sobreposigao da fala do professor a do aluno, auxiliando-o na elaboragao de seu enuncia- do, de sinais de retorno, comentarios, reformulacdes, reelabora- 640 e parafrase e, principalmente, expansao do seu turno de fala. Todas essas estratégias dao ao aluno a oportunidade de “recon. ceptualizar” o seu pensamento original, seja na dimensao cogni- tiva seja na dimensao formal (Bortoni-Ricardo & Sousa, 2006). Carden (1988) associa a reconceptualizagaio ao turno de fala do professor reservado a avaliagdo, mas alerta para o fato de que “ — esse turno no deve ser apenas um veredito sobre a corregio ou 4 incorresiio da contribuigio do aluno, Antes, é uma oportunidade de induzi-lo a novas formas de pensar, de analisar, de categorizar: Segundo a autora, hé uma diferenga crucial entre ajudar um al adar uma resposta e ajudé-lo a at 1 produzir respostas corretas e pertinentes em ina e em qualquer situacdo de sala de aula. ‘A andlise desse processo em sala de aula pode-se constituir em um bom tema para uma pesquisa qualitativa, baseada na observagao. Cazden enfatizou também a necessidade de reproduzir na escola el mentos da cultura original das criangas, como cantigas, jogos, ch tegracaio das dimensdes Didrio de bordo } Vocé pote pensar na interacio entre professor e alunos em uina Sala de aula do ensino fundamental ou uma sala de aula do ensino médio de qualquer disciplina, procurando identificar estratégias do professor que se caracterizam como andaimes, pois faciizarn ao aluno uma melhor compreensio do que te esti sendo apresentado. Outra possibilidade é observar andaimes construidos pelos alunos entre si quando x y estiio fazendo um trabalho conjunto No comego dos anos 1980, dois aspectos na didatica de sala de aula ganharam relevancia, especialmente, em paises indu: lizados: a interacao professor-aluno e a qualidade do processo de aprendizagem. Essas duas tendéncias motivaram os professores a criar o habito de investigar seu prdprio trabalho pedagégico, visan- do identificar a melhor forma de apresentar um assunto ou t6pico de aula e a acompanhar o processo de aprendizgent dos s. Eles comecaram a investigar suas préprias turmas e a trocar pena ° ae Ihes permitiu identificarem achados equivalen- tes ou contraditérios. A medida que aprofundavam essa experiéncia, comegaram a desenvolver pesquisa cientifica e a escrever monogra- 45 fias ¢ estudos de caso, em que descreviam suas estratégias. Surgia assim a énfase na figura do professor pesquisador, cujos trabalhos so de ensino-aprendizagem (Kamberelis & Dimitriadis, 2005). Reflita e responda: 1) 0 que significa ser un professor pesquisador 2) Que aspectos de sua acho pedagagica constituem pro- blemas que mereceriam investigaciio? 3) Que beneficios a investigacito desses problemas pocte trazer a seu trabalho? Nao se esqueca de registrar suas respostas! ., Sobre o professor pesquisador lela as seguintes ‘obras: O papel da pesquisa na formacao e na pritica dos professores, organizada por Marli André, @ O professor e a pesquisa, coordenada por Menga Ludke. 0 professor pesquisador nao se vé apenas como um usuario de conhecimento produzido por outros pesquisadores, mas se pro- poe também a produzir conhecimentos sobre seus problemas pro- fissionais, de forma a melhorar sua pratica. O que distingue um professor pesquisador dos demais professores é seu compromisso de refletir sobre a prépria pratica, buscando reforcar e desenvolver aspectos positivos e superar as proprias deficiéncias. Para isso ele se mantém aberto a novas ideias ¢ estratégias. Um problema que se pode apresentar ao professor pesquisador € como conciliar suas atividades de docéncia com as atividades de pesquisa. Uma forma de contornar esse problema é adotar métodos de pesquisa que possam ser desenvolvidos sem prejuizo do traba- Iho docente, como o uso de um didrio de pesquisa, Escrever em um 46 didrio é uma pritica muito familiar aos professores ¢ & possivel fa zer anotagbes entre uma atividade e outra, sem que isso tome muito tempo, O diario também é uma antiga pritica de letramento bem consolidada em nossas culturas. Um exemplo citado por Altrichter er al. (1993) so as Confissdes de santo Agostinho. Outro exemplo vem do trabalho de Malinowski, jé comentado. Esse pesquisador fez uso © contetido de didrios dessa natureza. Os textos mais comuns que sao incorporados aos didrios sio descritivos de experién- cias que o professor deseja registrar, antes que se esquega de de- as de atividades, descrigdes de eventos, reprodugdes de , informagdes sobre gestos, entoacdo © expressdes fa- . Esses detalhes podem ser muito importantes. Falas do proprio professor ou de outra pessoa devem ser reproduzidas as sequéncias interpretativas, que contém interpretagées, avalia- ‘goes, especulagées, ou seja, elementos que vo permitir ao autor desenvolver uma teoria sobre a ago que esta interpretando. is detalhes que voltem & memoria. 0 cluir também |notas teéricas, que ajudem o pro- fessor a construir sua teoria, bem como notas sobre a sua me- todologia j4 posta em pratica, ou propostas para uma atividade futura. E aconselhavel que, ao escrever um diario, seja manual- mente, seja no computador, o autor deixe uma margem razodvel a esquerda, onde poderd acrescentar observagées ou lembretes. Note-se ainda que o professor pesquisador pode tomar notas s multaneamente as suas atividades ou ap6s o trabalho; no pri- meiro caso, ele vai precisar desenvolver algumas estratégias de abreviagao para agilizar a escrita. ar ‘Volte aos registros sobre temas que poderiia ser objeto de inves- tigacao em sua pratica docente, que vocé elaborou nesse dic rio de bordo. Escolha um desses temas e faca observacée: permitindo uma ope- racionalizacdo do processo aciio-reflexao-acao, como se demonstra na figura 4. Vocé vera mais sobre essa questo nos capitulos subsequentes. NOVAS EIAs Teoma PARAAGHO Kaan praicn PHTTTOHTTTT As rotinas da pesquisa qualitativa' E ste capitulo trataré de 0 objetivo da pesquisa qualitativa em sala de aula, em espetial a etnografia, 6 o desvelamento do que est dentro da “caixa preta” no dia a dia dos ambientes escolares, identificando processos que, por serem atores que deles participam. tumam-se tanto &s suas rotinas que tém dificuldade de perceber os padrdes estruturais sobre os quais essas rotinas e praticas se assen- tam ou —o que é mais sério — tém dificuldade em identificar os sig- nificados dessas rotinas e a forma como se encaixam em uma matriz, social mais ampla, matriz. essa que as condiciona, mas é também por elas condicionada. ‘nas da pesquisa quali rrabalho do professor pes- O objeto de sua pesquisa: perguntas exploratérias A pesquisa que podem con: ia-se com perguntas exploratérias sobre temas ir problemas de pesquisa. E muito importan- 7 Bssas rotinas da. pesquisa qualitatva baselam-se no trabalho de Frederick Erickson (1990), “9 te que o pesquisador reflita sobre tais temas, para ae de i a fase, i ii a ajar-se na pesquisa. Ness: les, e avalie a importancia de eng: i pesquisador poder postular perguntas exploratorias. Para oe elas, ele se baseia em sua experiencia e em leituras especializa sem razodvel clareza do que vamos pesquisar: Um pro- cedimento que pode ajudar na definigao do problema de cena condugao de uma pequena pesquisa piloto, na qual o pesquisa iS icar-se de que suas perguntas exploratérias sao pertinentes APESQUI: 0. ~€ porque Na evolugo do processo investigat6rio, as perguntas ae do sujei {sfio e modificagdes. De fato, na metodo- torias estao sujeitas a revisao e mc ad logia qualitativa, especialmente na que se vale de procediment LL Dn BETAS OA PESQUISA QUALITATIVA ctnograficos para a geragio de registros, no hé uma divis ni- da entre as fases iniciais de planejamento e observacio e as lates seg e an: . registros tornam-se dados, por Costumamos chamar essa fase de anilise dos dados, A’ qualqu momento, se o pesquisador perceber que precisa modificar Perguntas exploratérias ou obter mais dados em dimensio do problema que esta investigando, poder for possivel retornar ao campo. fazé-lo, se Ihe Um objetivo geral para sua pesquisa Para que o pesquisador tenha mais clareza sobre seu problema de Pesquisa, ¢ aconselhavel que procure explicitar em um ema © © objetivo geral de sua pesquisa. Supondo que stia pergunta exploratoria seja: Ser que 0 processo de aprendizagem na disciplina “X” se beneficiard de estratégias verbais e ndo verbais que a profes- Sora vai-empregar sempre que qualquer aluno toma a palavra Para fazer perguntas ou trazer contribuigées? O obj geral da pesquisa podera ser postulado assim: Investigar as acdes responsivas em que a professora da disciplina “X” se engaja quando os alunos tomam 6 turne de fala, individualmente ou de forma coletiva, ‘Sena postulacio de suas perguntas exploratérias e de seu objetivo eral forem empregadas palavras ou expressées cujo significado pode geral que vocé acabou de ler, apare- Ce @ expresso “agdes responsivas”, que vai merecer uma d ‘operacional: Por ages responsivas entendemos, no ambito desta pes- quisa, todo 0 comportamento verbal ou nio verbal que a pro- fessora assume em resposta a qualquer intervengio dos alu- nos, que também podem ser verbais ou nao verbais. Objetivos especificos Além do objetivo geral, podem ser postulados também alguns ob- jetivos especificos, que contribuem para apontar ao pesqui hos que vai percorrer ao longo do seu trabalho. Veja alguns exe de objetivos especificos relacionados ao objetivo geral ja postulado. 1. Investigar a postura fisica da professora no momento de suas agdes responsivas. 2. Observar se a professora faz contato visual com o alu- no que fez a intervencio. 3. Observar se a professora menciona o nome do aluno. 4, Observar os movimentos da professora durante suas ages responsivas, inclusive movimentos de locomo- fo na sala de aula. 5. Observar se as intervengdes mais frequentes dos alu- nos so individuais ou coletivas. 6. Observar os momentos da dindmica de sala de aula que favorecem a intervengao dos alunos. 7. Observar se os alunos trocam ideias entre si, construin- do um piso paralelo de fala antes de suas intervengdes. 8. Observar se ha intervenes solidérias em que um alu- no completa ou ratifica a intervengao de um colega. 9. Observar se em sua ago responsiva a professora aco- Ihe positivamente, por palavras, expressio facial e ges- tos, as intervencdes dos alunos. 10. Observar se 0 componente verbal da agiio responsiva inclui apreciagao positiva da intervengao e uma expan- sao da mesma. 11. Observar se as acdes responsivas da professora permi- tem a reconceptualizacéo da questo pelo aluno. s2 12, Observar como se processam as reconceptualizagies que os alunos realizam mediante uma agio responsiva positiva da professora, 13, Observar se as ages responsivas geram estratégias de trabalho entre os alunos como, por exemplo, a tomada de notas em seus cadernos. Assercées Aconstrugao detalhada dos objetivos — geral e especificos —e de definigdes vai facilitar o passo seguinte, que € a geraciio de asse1 Na pesqui Jo se levantam hipoteses como Pesquisa quantitativa, mas ¢ aconselhavel elaborar assergdes correspondam aos objetivos. A assergdo é um enunciado afirma no qual o pesquisador antecipa os desvelamentos que a pe: poder trazer. Por exemplo, em relacdio aos objetivos que podem-se gerar varias assercdes como as seguintes: Asseredo relacionada ao objetivo geral processo de aprendizagem na de estratégias verbais e nao verbais po: Assergoes relacionadas a alguns dos objetivos especificos 1. A postura fisica acolhedora da prof sigdo frontal em relago ao aluno que pretada por ele como um estimulo a sua . Para munirem-se de maior confianga quanto a perti A corregao de suas intervengées, os alunos tender: ideias entre si em voz baixa, construindo um piso pai de fala, antes de suas intervengdes em voz al As intervengées solidarias de colegas, mé vengao inicial de um aluno, vaio contrib » iante uma para que ‘nas iniciais da pesquisa qu: assim: Definigao do problema de pesquisa: perguntas | >| J da pes Postulagao dos objetivos: geral e especificos Geragdo de assergies: > Didrio de bordo Elabore perguntas exploratorias relacionadas a um problema ASSERCOES NAO CONFIRMADAS T.- Uma duvida sobre as asserc6es. Zz P.-Assercoes? J.-E, Se uma assergdo nao for confirmada, ela mesmo a= sim vai para a pesquisa, mastrando por que nao foi confirmada, ‘ouela. P.- Do ponto de vista metodolégico... T. tem uma questao essencialmente me- todoldgica. Sua questao, A., era uma questao mais de natureza epistemal 0u seja, como ¢ ou... qual a relagao do pesquisador com o conhecimer ‘uma pergunta que é metodolég) assergdes, construiu, t€ tudo bonit ‘gente conseguiu coletar indicam que est4 desconfirmada, Metodologicamer ‘sa a assergo desconfirmada jela assergdo tem convém que no se ‘com a informacao d 54 Z| lar, © projeto curricular da escola, certo? Entio al vocé, ‘voo# comega dizendo quais as suas asseredes ¢ depois: quais as suas asseredes que se confirmaram e qual a que ficou desc @ talvez, se for uma assergao forte, se for uma asser¢éio muito baseada dencias anteriores na literatura, vale a pena ela ser retomada pelo mesmo ‘Generalizado para todas as outras salas de aula do mundo, do A pesquisa... a pesquisa qualitativa interpretativista é mais para ger ‘certo? Gerarmos teorias. is da pesquisa qualitativa po- dem ser representadas assi Definigdo do problema de pesquisa: perguntas | > explorat Gerapto de | assersoes | Diario de bordo ' Elabore perguntas exploratorias relacionadas a um problema de pesquisa qualitativa que voce podert desenvolver. Postule sew objetivo geral e os ol especificos. Trabathe a geracio de assercies relacionadas a casia objetivo roposto, ‘Se houver necessidade de esclarecer algum termo f " empregado, elabore defi racionais para ees. «2 ‘Se uma assergao nao for confirmada, ela mesmo as a.a pesquisa, mostrando por que n&o foi confirmada, ‘est4 desconfirmada, Metodologicamente convém que no: $2.4 asserco desconfirmada entre, mas com a informacdo de que ela foi des- x 54 voc® comega dizendo quais as suas assergdes e depois vocé diz q ‘ais as suas asseredes que se confirmaram e qual a que ficou et for uma Tombros sam pose ss deve dar subsidios suficientes pre E »| Saviaarere Referéncias bibliograficas ‘Attest, F. & Conpemasin, Mabel. Leitura teoria, avaliagao e desenvolvimento. Porto ‘Alegre: Artes Médicas, 1987, Aurmiciren, HL, Posen. P. & Sowext, B, Teachers Investigate their Work. Londres-Nova York: Routledge, 1993. ‘Awone, M. (org.). O papel da pesquisa na formagdo e na pritica dos professores. Campi- nas: Papirus, 2001 __. 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