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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

ANDRÉIA SILVA
CAIO BIZ MALASSISE
DANIEL JOSÉ DA SILVA
FERNANDO HENRIQUE GOMES ZUCATELLI

RELATÓRIO DE BASES EXPERIMENTAIS DA CIÊNCIA

SANTO ANDRÉ
2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

ANDRÉIA SILVA
CAIO BIZ MALASSISE
DANIEL JOSÉ DA SILVA
FERNANDO HENRIQUE GOMES ZUCATELLI

EXPERIÊNCIA 1 – RAIO ATÔMICO

Trabalho apresentado como


avaliação parcial da
disciplina de Bases
Experimentais de Ciência do
BC&T da UFABC.

Orientador: Profª Raquel

SANTO ANDRÉ
2009
Sumário

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................3
2. OBJETIVOS......................................................................................................................5
3. PARTE EXPERIMENTAL...............................................................................................5
3.1. Materiais ....................................................................................................................5
3.2. Métodos.....................................................................................................................5
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................6
5. CONCLUSÃO.................................................................................................................11
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................12
7. ANEXOS .........................................................................................................................13
Anexo 1 - Questões de verificação .......................................................................................13
Anexo 2 – Dados da experiência ..........................................................................................18
Anexo 3 – Paquímetro ..........................................................................................................18
Anexo 4 – Desvio-padrão e a curva Normal de Gauss ........................................................19
3

1. INTRODUÇÃO
O estado sólido é “uma fase da matéria na qual uma substância possui tanto
forma definida quanto volume definido”. (KOTZ, 2006)
Microscopicamente, a estrutura dos sólidos consiste em sistemas cristalinos
que são constituídos por até 14 possíveis retículos cristalinos, estas estruturas são
denominadas de Rede de Bravais - que publicou seus trabalhos sobre essas
estruturas e suas possíveis geometrias espaciais em 1848 – destaca-se nessa
experiência a célula cúbica simples, cúbica de face centrada, e a de corpo centrado,
que se organizam em um padrão que se repete na formação da estrutura
macroscópica. (FERRARESI, 1970; KOTZ, 2006).
Para conseguir propor uma estrutura atômica é necessário utilizar-se de
métodos e medições macroscópicas e a partir delas estimar as medidas
microscópicas. Para tanto, utiliza-se de conceitos físicos, como a medição de volume
do líquido deslocado pela massa do sólido, que proporciona uma correlação com
estrutura do átomo, o que torna possível a verificação das estruturas atômicas
propostas.
Outra forma de calcular o volume de um sólido é a parti der seu volume,
através de medições de sua forma macroscópica, utilizando instrumentos de
medição dimensional. Um instrumento largamente utilizado em medições
dimensionais mecânicas – em que há contato do instrumento com a peça medida –
é o paquímetro, (ilustração no anexo 3).
Entretanto, como todo instrumento é construído de componentes reais, o
instrumento está sujeito a imperfeições e estas dão origens a erros. (BALBINOT e
BRUSAMARELLO, 2006), estes erros podem ser interpretados como variações
estatísticas das variáveis medidas.
A principal medida estatística para os valores centrais de uma distribuição é a
média ( x ), todavia, a média, é somente uma medida de posição, ela é a soma dos
valores observados divididos pelo número de elementos observados.
1 n
x= ⋅ ∑ xi (1.1) (BALBINOT e BRUSAMARELLO, 2006, p.40).
n i =1
Contudo, resumir um conjunto de dados a um único elemento de posição “(...)
esconde toda a informação sobre a variabilidade [distribuição] do conjunto de
observações.” (BUSSAB, 2006 p.37), dessa forma, para visualizar a distribuição dos
4

valores observados, utilizam-se outras medidas estatísticas, as medidas de


dispersão. “Estas servem para indicar o quanto os dados se apresentam dispersos
em torno da região central. Caracterizam, portanto, o grau de variação existente no
conjunto de valores” (COSTA NETO, 1977 p.25).
As principais medidas de dispersão são: a amplitude (R), a variância (var; s2;
σ 2 ) o desvio-padrão (dp; s; σ ) e o coeficiente de variação (cv).
Os cálculos de variância e desvio-padrão para uma população de dados usam
o denominador n, para amostras de dados utiliza-se o denominador (n-1).
(BALBINOT e BRUSAMARELLO, 2006).
“A variância de um conjunto de dados é, por definição, a média dos quadrados
das diferenças dos valores em relação à sua média” (COSTA NETO, 1977 p.26), i.e.:
n
2
∑ (x i −x )
σ 2 ( x) = σ 2 = i =1
População (1.2) (COSTA NETO, 1977)
n
n
2
∑ (x i −x )
s 2 ( x) = s 2 = i =1
Amostra (1.3) (BALBINOT e BRUSAMARELLO, 2006)
n −1
“Como a variância é uma medida de dimensão igual ao quadrado da dimensão
dos dados, (...) [ela] pode causar problemas de interpretação” (BUSSAB, 2006 p.38),
Dessa forma, utiliza-se o desvio-padrão como a raiz da variância:

dp ( x) = var( x) 2 (1.4) (BUSSAB, 2006),

Reescrevendo (1.4) em (1.2) e (1.3):


n
2
∑(x i −x )
σ = σ2 = i =1
População (1.5) (BALBINOT e BRUSAMARELLO, 2006)
n
n
2
∑ (x i −x )
s = s2 = i =1
Amostra (1.6) (BALBINOT e BRUSAMARELLO, 2006)
n −1
“O desvio-padrão se expressa na mesma unidade da variável, sendo, por isso,
d maior interessa que a variância nas aplicações práticas” (COSTA NETO, 1977
p.28).
5

2. OBJETIVOS
O objetivo desta experiência é determinar os raios atômicos dos metais
alumínio, ferro e cobre e seu arranjo cristalino. Também é objetivo desta experiência
conhecer diferentes métodos de medição e usar ferramentas estatísticas para
interpretação dos dados coletados.

3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1. Materiais
Nos experimentos foram utilizados os seguintes equipamentos e materiais:
balança semi-analítica; barbante; fita crepe; garrafa PET, cortada em sua seção
cilíndrica uniforme; paquímetro analógico com resolução de 0,02 mm; pedaços de
metais – alumínio (um cilindro e um paralelepípedo), cobre (um cilindro e um
paralelepípedo) e ferro – elemento principal do aço carbono – (um paralelepípedo),
proveta de plástico de 500 mL e uma régua de 30 cm.

3.2. Métodos
Inicialmente as cinco peças de metal foram pesadas.
Foram feitas medidas de suas dimensões – altura, largura e profundidade para
paralelepípedos e, altura e diâmetro para os cilindros – sendo que para cada
equipamento (régua e paquímetro) foram feitas cinco medidas alternadas entre os
componentes do grupo.
Para medir o volume dos corpos de metal a partir do deslocamento da coluna
d’água na garrafa PET, foi primeiramente adicionado água até aproximadamente
metade da sua altura, e circundou-se a garrafa com o barbante na altura da lâmina
d’água para medir a circunferência da garrafa de maneira que o barbante ficasse
reto, e o comprimento do barbante necessário para circundar a garrafa foi
determinado utilizando a régua. Na fita crepe colada verticalmente no exterior da
garrafa foi marcada a altura inicial da lâmina de líquido, as peças metálicas foram
introduzidas uma por vez, e a altura final da lâmina marcada também na fita, a
diferença de altura foi determinada com o uso da régua.
Foram adicionadas cerca de 300 mL de água à proveta, corpos de metal foram
mergulhados um a um, de forma lenta e com a proveta inclinada, para evitar que a
6

água espirrasse. Foram tomados o volume inicial e final na escala da proveta,


determinando sua diferença.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para reduzir o erro de cálculo dos volumes a partir das medições, as medições
foram realizadas cinco vezes e foi calculada a média desses valores e o desvio-
padrão da amostra, pois os dados coletados por medição dimensional são amostras
de toda a superfície do sólido – população de dados.
Nas tabelas seguintes, são apresentadas as medidas laterais obtidas no
experimento para cada pedaço metálico, junto com a média e desvio-padrão
calculado conforme as equações (1.1) e (1.6).

Tabela 1 – Medidas do paralelepípedo de alumínio, média e desvio-padrão das medidas em (mm)

Paralelepípedo de alumínio

Medidas Laterais
Lado A Lado B Lado C
Paquímetro (mm) Régua (mm) Paquímetro (mm) Régua (mm) Paquímetro (mm) Régua (mm)
31,70 32,00 31,58 32,00 101,18 101,00
31,70 32,00 31,56 32,00 100,86 101,00
31,66 32,00 31,50 32,00 101,10 101,00
31,58 31,00 31,60 31,00 101,00 101,00

31,56 32,00 31,58 32,00 101,08 101,00

Média Média Média Média Média Média


31,64 31,80 31,56 31,80 101,04 101,00

Desvio-padrão Desvio-padrão Desvio-padrão Desvio-padrão Desvio-padrão Desvio-padrão


0,07 0,45 0,04 0,45 0,12 0,00
7

Tabela 2 – Medidas do paralelepípedo de cobre, média e desvio-padrão das medidas em (mm)

Paralelepípedo de cobre

Medidas Laterais
Lado A Lado B Lado C
Paquímetro (mm) Régua (mm) Paquímetro (mm) Régua (mm) Paquímetro (mm) Régua (mm)
31,94 32,00 31,88 32,00 101,32 101,00
31,90 32,00 31,86 32,00 101,18 102,00
31,80 32,00 31,94 32,00 101,54 102,00
31,82 32,00 31,80 31,00 101,10 101,00
31,80 32,00 31,78 32,00 101,50 101,00

Média Média Média Média Média Média


31,85 32,00 31,85 31,80 101,33 101,40

Desvio Padrão Desvio Padrão Desvio Padrão Desvio Padrão Desvio Padrão Desvio Padrão
0,06 0,00 0,06 0,45 0,19 0,55

Tabela 3 – Medidas do paralelepípedo de ferro, média e desvio-padrão das medidas em (mm)

Paralelepípedo de ferro

Medidas Laterais
Lado A Lado B Lado C
Paquímetro Paquímetro Paquímetro
(mm) Régua (mm) (mm) Régua (mm) (mm) Régua (mm)
25,18 25,00 25,26 25,00 101,30 101,00
25,00 25,00 25,22 25,00 101,38 101,00
25,10 25,00 25,10 25,00 101,30 101,00
25,10 24,00 25,20 24,00 101,20 100,00
25,20 25,00 25,16 25,00 101,04 101,00

Média Média Média Média Média Média


25,12 24,80 25,19 24,80 101,24 100,80

Desvio- Desvio- Desvio-


Desvio-padrão padrão Desvio-padrão padrão Desvio-padrão padrão
0,08 0,45 0,06 0,45 0,13 0,45
8

Tabela 4 – Medidas do cilindro de alumínio, média e desvio-padrão das medidas em (mm)

Cilindro de alumínio

Medidas Laterais
Diâmetro Altura
Paquímetro (mm) Régua (mm) Paquímetro (mm) Régua (mm)
32,00 32,00 101,90 101,00
32,60 32,00 102,00 101,00
32,00 32,00 101,62 101,00
32,00 32,00 101,68 102,00
32,04 32,00 101,64 102,00

Média Média Média Média


32,13 32,00 101,77 101,40

Desvio-padrão Desvio-padrão Desvio-padrão Desvio-padrão


0,26 0,00 0,17 0,55

Tabela 5 – Medidas do cilindro de cobre, média e desvio-padrão das medidas em (mm)

Cilindro de cobre

Medidas Laterais
Diâmetro Altura
Paquímetro (mm) Régua (mm) Paquímetro (mm) Régua (mm)
31,70 32,00 101,54 101,00
31,92 31,00 101,28 100,00
31,70 32,00 101,28 101,00
31,78 31,00 101,20 100,00
31,70 32,00 101,14 101,00

Média Média Média Média


31,76 31,60 101,29 100,60

Desvio-padrão Desvio-padrão Desvio-padrão Desvio-padrão


0,10 0,55 0,15 0,55

Na tabela 6 encontram-se os valores de massa de cada sólido de metal


utilizado no experimento.
Tabela 6 – Medidas de massa em kg
Massa (Kg)
Alumínio Cobre Ferro
Paralelepípedo Cilindro Paralelepípedo Cilindro Paralelepípedo
0,27 0,221 0,91 0,711 0,493
9

Nas tabelas 7 e 8 encontram-se, respectivamente, a variação da altura de água


na garrafa PET (∆H) e a variação do volume de água na proveta (∆V).

Tabela 7 – Variação da altura de água em (mm)


∆H Garrafa (mm)
Alumínio Cobre Ferro
Paralelepípedo Cilindro Paralelepípedo Cilindro Paralelepípedo
13 11 13 10 8

Tabela 8 – Variação do volume de água em (mL)


∆V Proveta (ml)
Alumínio Cobre Ferro
Paralelepípedo Cilindro Paralelepípedo Cilindro Paralelepípedo
105 85 105 80 65

Utilizando os dados das tabelas anteriores, considerando π = 3,1415 , a média


das medidas laterais e o perímetro da garrafa PET medido (P=314,5 mm) para
efetuar os cálculos, se obteve valores distintos de volume e densidade de acordo

com o procedimento. Nos paralelepípedos V = La .Lb .Lc ; nos cilindros V = π d ( ( ) 4)⋅ h ;


2

2
na garrafa PET V = π ⋅ (P 2π ) ⋅ (H 2 − H 1 ) e na proveta 1mL = 10 3 mm 3 .
Os valores estão nas seguintes tabelas.

Tabela 9 – Volumes e densidades do paralelepípedo de alumínio de acordo com o procedimento

Paralelepípedo de alumínio

Volumes
3 3 3 3
Paquímetro (mm ) Régua (mm ) Garrafa (mm ) Proveta (mm )
100911,12 102135,24 102326,38 105000,00
Densidades
3 3 3 3
Paquímetro (kg/dm ) Régua (kg/dm ) Garrafa (kg/dm ) Proveta (kg/dm )
2,68 2,64 2,64 2,57

Tabela 10 – Volumes e densidades do paralelepípedo de cobre de acordo com o procedimento

Paralelepípedo de cobre

Volumes
3 3 3 3
Paquímetro (mm ) Régua (mm ) Garrafa (mm ) Proveta (mm )
102802,31 103184,64 102326,38 105000,00
Densidades
3 3 3 3
Paquímetro (Kg/dm ) Régua (Kg/dm ) Garrafa (Kg/dm ) Proveta (Kg/dm )
8,85 8,82 8,89 8,67
10

Tabela 11 – Volumes e densidades do paralelepípedo de ferro de acordo com o procedimento

Paralelepípedo de ferro

Volumes
3 3 3 3
Paquímetro (mm ) Régua (mm ) Garrafa (mm ) Proveta (mm )
64049,16 61996,03 62970,08 65000,00
Densidades
3 3 3 3
Paquímetro (kg/dm ) Régua (kg/dm ) Garrafa (kg/dm ) Proveta (kg/dm )
7,70 7,95 7,83 7,58

Tabela 12 – Volumes e densidades do cilindro de alumínio de acordo com o procedimento

Cilindro de alumínio

Volumes
3 3 3 3
Paquímetro (mm ) Régua (mm ) Garrafa (mm ) Proveta (mm )
82500,33 81548,31 86583,86 85000,00
Densidades
3 3 3 3
Paquímetro (kg/dm ) Régua (kg/dm ) Garrafa (kg/dm ) Proveta (kg/dm )
2,68 2,71 2,55 2,60

Tabela 13 – Volumes e densidades do cilindro de cobre de acordo com o procedimento

Cilindro de cobre

Volumes
3 3 3 3
Paquímetro (mm ) Régua (mm ) Garrafa (mm ) Proveta (mm )
80240,95 78894,95 78712,60 80000,00
Densidades
3 3 3 3
Paquímetro (Kg/dm ) Régua (Kg/dm ) Garrafa (Kg/dm ) Proveta (Kg/dm )
8,86 9,01 9,03 8,89

Utilizando a densidade do sólido, pode-se calcular o valor da aresta da cela


unitária do sistema cúbico simples usando a relação:

nM
a 3 = V cela _ unitária ⇒ a = 3
dN a

Onde a é o tamanho da aresta da cela, n é o número de átomos na cela


unitária, M é a massa molar do metal, d é a densidade do sólido e N a é o Número

de Avogadro (6,023 x 1023).


Em sistema cúbico simples temos n = 1 e vale a relação para ra (raio atômico):

a
ra = (Tabela 20 do Anexo 2)
2
11

Em sistema cúbico de face centrada temos n = 4 e ra (raio atômico) obtido

pela equação:
a
ra = (Tabela 20 do Anexo 2)
2 2
Em sistema cúbico de corpo centrado temos n = 2 e ra (raio atômico)

conforme a equação:

a 3
ra = (Tabela 20 do Anexo 2)
4
Para calcular o raio atômico dos metais, será considerada a densidade do
alumínio (2,68 kg/dm3), cobre (9,01 kg/dm3) e ferro (7,83 kg/dm3) – estes valores
estão marcados destacados nas tabelas para melhor visualização, que são os
valores mais próximos das densidades informadas na Tabela 21 do Anexo 2. As
massas molares: Al = 26,98 g/mol; Cu = 63,54 g/mol e Fe = 55,84 g/mol (massas
molares obtidas na tabela periódica).
Nas tabelas 14, 15 e 16 são apresentados os valores obtidos conforme as
equações para cada tipo de sistema cúbico.

Tabela 14 – Raio atômico do alumínio em (pm)

Raio atômico do alumínio (pm)


(Sistema cúbico simples) (Sistema cúbico de corpo centrado) (Sistema cúbico de face centrada)
127,91 139,57 143,57

Tabela 15 – Raio atômico do cobre em (pm)

Raio atômico do cobre (pm)


(Sistema cúbico simples) (Sistema cúbico de corpo centrado) (Sistema cúbico de face centrada)
113,53 123,87 127,43

Tabela 16 – Raio atômico do ferro em (pm)

Raio atômico do ferro (pm)


(Sistema cúbico simples) (Sistema cúbico de corpo centrado) (Sistema cúbico de face centrada)
113,97 124,35 127,92

5. CONCLUSÃO
Comparando os valores obtidos com os valores informados na tabela 20 do
Anexo 2, conclui-se que o alumínio e o cobre apresentam sistema cúbico de face
centrada, enquanto que o ferro apresenta sistema cúbico de corpo centrado.
12

Conclui-se também que o uso de instrumentos de medição adequados permite


coletar dados de maneira mais condizente com a realidade – exatidão. E a aplicação
de ferramentas estatísticas para analisar os dados obtidos permite minimizar erros
de coleta e até notar se houve algum valor muito distante dos demais. Dessa forma
é possível refinar os dados coletados e usar um valor mais próximo do valor real.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALBINOT, Alexandre; BRUSAMARELLO, Valner J. Instrumentação e
fundamentos de medidas. Rio de janeiro: LTC, 2006. V.1. p. 13-21; 42-44.
BUSSAB, Wilton O.; MORETTIN, Pedro A. Estatística básica. 5.ed. São Paulo:
Saraiva, 2006.
COEFICIENTES de Condutibilidade Térmica. Disponível em
<http://www.construclima.com.br/pdf/02.pdf> Acesso em 18 de mar. 2009
COSTA NETO, Pedro L.O. Estatística. São Paulo: Edgar Blücher, 1977.
DISTRIBUIÇÃO Normal. Disponível em
<http://www.somatematica.com.br/estat/basica/normal.php>. Acesso em 12 de mar.
2009
FERRARESI, D. Fundamentos da Usinagem dos Metais. São Paulo: Edgar
Blücher, 1970. p. 70, 71.
LEE, J. D. Química Inorgânica não tão concisa. São Paulo: Editora Edgar Blücher,
1999. p. 64.
KOTZ, J. C.; TREICHEL P. M. J. Química Geral 1. São Paulo: Thomsom Learning,
2006. p. 492.
PILCHOWSKI, Hans-Ulrich. Cálculo Diferencial e Integral. Disponível em
<www2.dem.inpe.br/hans/6afeira_CDI_C_Manha/CDI_C_Aula01.doc>. Acesso em
17 de mar. 2009
RESISTIVIDADE, Condutividade e Coeficiente de temperatura. Disponível em
<http://www.feiradeciencias.com.br/sala12/12_26.asp>. Acesso em 18 de mar. 2009
SIMMONS, George F. Cálculo com geometria analítica. São Paulo: McGraw-Hill,
1987. v. 1.
SOHN, Ricardo S.T.M. Paquímetro. Disponível em
<http://msohn.sites.uol.com.br/paquimet.htm> Acesso em 20 de mar. 2009.
13

7. ANEXOS
Anexo 1 - Questões de verificação
Questão 1.
Resp: Usando a aplicação do volume do disco para calcular o volume de uma
esfera.
Se a região sob uma curva y=f(x) entre x=a e x=b gira ao redor do eixo x, ela
gera uma figura tridimensional chamada sólido de revolução. A forma simétrica
desse sólido facilita o cálculo de seu volume. (SIMMONS, 1987)

Área plana
Sólido gerado pela Rotação.
y=f(x)
y=f(x)

a b x a b x

dx

dx
Figura 1 – Sólido de revolução. Fonte: PILCHOWSKI [adaptada].

À esquerda está a própria região, junto com uma típica faixa vertical final de
largura dx, cuja base esta no eixo x. Quando a região é girada ao redor do eixo x,
essa faixa gera um disco circular fino com raio y=f(x) e espessura dx. O volume
deste disco é o elemento de volume dV, como o disco é um cilindro, seu volume é a
área da face circular vezes a espessura:
(
dV = πy 2 dx = π a 2 − x 2 dx ) (7.1.1) (SIMMONS, 1987 p.304)
Agora, se o sólido de revolução for preenchido com infinitos discos muito
pequenos como este quando x crescer de x=a até x=b, então se pode somar todos
estes pedaços com a integral definida de a até b da função que forma dV.

∫ dV = ∫ πy dx = π ∫ [ f ( x ) ] dx = π ∫ [ f ( x ) ] dx (7.1.2) (SIMMONS, 1987 p.304)


2 2 2
V =
a
14

Quando a fórmula é aplica a uma esfera, deve-se inicialmente obter a função


f(x) que forma a esfera.

Y
y = a2 − x2

−a a X X
0

Semi-círculo em rotação Sólido gerado pela rotação do


semi-círculo

Figura 2 – Revolução da esfera. Fonte: PILCHOWSKI

Devido a simetria de esfera, pode-se calcular seu volume como sendo uma vez
o volume do sólido de revolução no intervalo de [-a,a] ou, devido a simetria, 2 vezes
o volume do sólido no intervalo [0,a]:
a
a  1 
( 2 2
)
V = 2∫ π a − x dx = 2π  a 2 x − x 3 
3 0
0

 3a 2 a 1a 3   3.0 2 0 1.0 3 
V = 2π  − − −  (7.1.3) (SIMMONS, 1987 p.305) [adaptado]
 3 3   3 3 
2a 3 4πa 3
V = 2π . =
3 3
Sendo a = R , temos o volume da esfera em função do seu raio:
4πR 3
V = (7.1.4)
3
Essa fórmula foi descoberta por Aristóteles na Grécia antiga, na época, já eram
conhecidas as fórmulas para volume de cilindro e cone, utilizando um método
diferente baseado em seus conhecimentos sobre alavancas, mas, este método pode
ser considerado como a essência de integração. (SIMMONS, 1987 Apêndice A.3)
Considerando que o cubo de lado L = φ = 2R possui volume
3
V = L3 ⇒ V = (2 R ) = 8 R 3 . Então a relação entre o volume da esfera e do cubo será:
15

1
4πR 3
Vesf 1 π π
= 3 3 = ⋅ = ⇒ relação < 1 , assim, a esfera não ocupa todo o
Vcubo 8R 3 2 6
espaço reservado pelo cubo, ou seja, há espaços vazios entre as esferas que por
sua implica em espaços vazios na matéria, seja ela sólida ou não.

Questão 2.
Resp: Os valores encontrados para os raios atômicos dos metais na
experiência foram:
Tabela 17 – Raio dos materiais conforme as tabelas 14, 15 e 16.

Metal Raio atômico (pm)


Cobre 127,43
Ferro 124,35
Alumínio 143,57

Já os valores fornecidos na experiência (Tabela 21 do Anexo 2):

Nota-se que para o cobre e o alumínio os valores do experimento


aproximaram-se dos valores fornecidos, sendo as diferenças menores que um
picômetro, enquanto que para o ferro essa diferença foi de 1,65 picômetro.
Essas diferenças podem ser devido ao uso de diferentes técnicas para
determinação do raio atômico, já que técnica de difração de raios-X é a normalmente
utilizada, ao contrário deste experimento onde se utilizou da densidade. Além da
pureza do metal, que neste experimento é desconhecida.
O alumínio e o cobre apresentam sistema cúbico de face centrada, enquanto
que o ferro apresenta sistema cúbico de corpo centrado.

Questão 3.
Resp.: Porque a partir da densidade foi possível calcular o número de átomos
que ocupa um determinado volume, e assim estimar o volume ocupado por cada
átomo e assim seu raio.
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Questão 4.
Tabela 18 – Propriedades dos metais utilizados no experimento.
Alumínio Ferro Cobre
*Número Atômico 13 26 27
*Configuração Eletrônica 3s23p1 3d64s2 3d104s1

*Energia de Ionização I1=578 I1=759 I1=745


(kJ.mol-1) I2=1871 I2=1562 I2=1958
I3=2745 I3=2958 I3=3554
*Ponto de Fusão (ºC) 660,1 1563 1083,4

*Ponto de Ebulição (ºC) 2520 2862 2563

**Condutividade 34,2 10,2 61,7


ekétrica(S.m/mm2)

***Condutividade térmica 175 40 332


K (Kcal / h * m* ºC)

*Fonte: Mahan / Myers, 2005 – [adaptado]


**Fonte: http://www.feiradeciencias.com.br/sala12/12_26.asp
***Fonte: http://www.construclima.com.br/pdf/02.pdf

Questão 5.
Resp: Quanto maior seu raio atômico, maior a facilidade do átomo de um
elemento perder elétrons, e sua condutividade elétrica é maior. A propriedade do
raio atômico relaciona-se com a estrutura cristalina, que é determinante nas
propriedades mecânicas como maleabilidade e dureza dos materiais.

Questão 6.
Resp: A medida de deslocamento da coluna d’água na proveta, na nossa
opinião, deveria ter sido a maneira mais precisa de se determinar o volume. Pois a
proveta praticamente não se deforma com a introdução do sólido e o deslocamento
é grande o suficiente para permitir uma boa visualização, ao contrário da medição na
garrafa PET. Além de eliminar os erros de medição devido às irregularidades dos
sólidos, que foram percebidos nas medições com o paquímetro.
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Todavia, a proveta utilizada era graduada de 5 em 5 mL, dessa forma, valores


intermediários não puderam ser observados com exatidão, fato evidente nas tabelas
de 9 a 13, onde nota-se que todos os volumes obtido pelos outros instrumentos
estão no espaço entre os volumes que seriam lidos na proveta.
Assim, tanto o paquímetro quanto a garrafa foram mais exatos que a proveta
por se aproximarem – cada um 2 vezes – dos valores tabelados de densidade.
Consequentemente se deduz que a escolha de um instrumento de medição está,
entre outros fatores, ligada à resolução que se deseja ter, no caso da proveta,
mesmo tendo outros atributos favoráveis, sua resolução na foi apropriada para a
necessidade do experimento.

Questão 7.
Tabela 19 – Exemplos de tipos de sólidos

Tipos de sólidos Exemplos


Iônico NaCl – cloreto de sódio,
K2SO4 – sulfato de potássio

Metálico Prata, ferro e aço

Molecular H2O – gelo


CO2 – gelo seco

Reticular Grafite, diamante, mica

Amorfo Vidro, polietileno

Questão 8.
Resp: O experimento permitiu compreender os conceitos sobre a estrutura dos
sólidos, usando práticas de medições macroscópicas para observar propriedades
microscópicas. Através do uso de instrumentos de medição, como o paquímetro e a
régua, e relações matemáticas, como volume e densidade, pode-se descobrir como
obter medidas extremamente pequenas (picômetros), a partir de escalas que podem
ser observadas a olho nu (milímetros), utilizando-se de ideias relativamente simples,
como o cálculo de volume do líquido deslocado.
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Dentre outros novos conceitos, destaca-se o entendimento de noções de


estatística, como a média e o desvio-padrão, o qual possibilita, dentro das medidas
de dispersão, analisar a dispersão dos valores ao redor da média dos dados.

Anexo 2 – Dados da experiência


Tabelas com os dados do roteiro:
Tabela 20 – Relações estequiométricas e geométricas dadas no roteiro do experimento.

Tabela 21 – Raios atômicos e densidades dadas no roteiro do experimento.

Anexo 3 – Paquímetro
O paquímetro é um instrumento usado para medir as dimensões lineares
internas, externas e de profundidade de uma peça. Consiste em uma régua
graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor. A figura 3 mostra as
partes de um paquímetro.
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Figura 3 – Esquema do paquímetro


Partes do paquímetro:
1. Orelha fixa.
2. Orelha móvel.
3. Nônio ou vernier (polegada).
4. Parafuso de trava.
5. Cursor.
6. Escala fixa de polegadas.
7. Bico fixo.
8. Encosto fixo.
9. Encosto móvel.
10. Bico móvel.
11. Nônio ou vernier (milímetro).
12. Impulsor.
13. Escala fixa de milímetros.
14. Haste de profundidade.
O cursor ajusta-se à régua e permite sua livre movimentação, com um mínimo
de folga. Ele é dotado de uma escala auxiliar, chamada nônio ou vernier. Essa
escala permite a leitura de frações da menor divisão da escala fixa.

Anexo 4 – Desvio-padrão e a curva Normal de Gauss


Dentre as aplicações do desvio-padrão, há o uso para o cálculo da
probabilidade na distribuição, a um desvio-padrão, encontra-se 68,26% das
observações contidas. A dois desvios-padrões, 95,44% dos dados compreendidos e
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finalmente a três desvios, 99,73%. Conclui-se que quanto maior a variabilidade dos
dados em relação à média, maior a probabilidade de encontrarmos o valor que
buscamos embaixo da normal.

Figura 4 – Curva Normal de Gauss com a posição dos desvios padrão


68,26%  1 desvio. 95,44%  2 desvios. 99,73%  3 desvios.
Fonte: http://www.somatematica.com.br/estat/basica/normal.php.

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