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O documento discute a importância do ato de ler segundo Paulo Freire. Ele acredita que a "leitura" do mundo precede a leitura das palavras e que compreender textos envolve perceber as relações entre o conteúdo e o mundo real. Ele também destaca a importância de alfabetizar adultos usando suas próprias experiências e vocabulário.
O documento discute a importância do ato de ler segundo Paulo Freire. Ele acredita que a "leitura" do mundo precede a leitura das palavras e que compreender textos envolve perceber as relações entre o conteúdo e o mundo real. Ele também destaca a importância de alfabetizar adultos usando suas próprias experiências e vocabulário.
O documento discute a importância do ato de ler segundo Paulo Freire. Ele acredita que a "leitura" do mundo precede a leitura das palavras e que compreender textos envolve perceber as relações entre o conteúdo e o mundo real. Ele também destaca a importância de alfabetizar adultos usando suas próprias experiências e vocabulário.
Segundo o autor, linguagem e realidade trabalham juntas. A compreenso
de um texto alcanada atravs da percepo das relaes entre o texto e o contedo, por sua leitura crtica. No decorrer de sua existncia, Paulo Freire relata os diferentes momentos do ato de ler, sendo a leitura do mundo antecedida pela leitura da palavra. Na infncia, a leitura se dava a partir da percepo do ambiente em que o cerca; as partes da casa, os sons da natureza, o comportamento dos animais, a linguagem dos mais velhos, que repassavam suas histrias de vida, os sons das almas penadas e a prpria passagem do tempo. A percepo do mundo imediatos. Sua leitura serviu para a diminuio de temores recorrentes da ignorncia, mas no o tornando prematuramente crescido. Os pais desempenharam papel importante em sua alfabetizao, unindo a leitura do mundo com a leitura da palavra, e posteriormente sua professora mostrou-lhe que o aprendizado desta no significa a ruptura com a primeira. O autor observa que a compreenso crtica da importncia do ato de ler veio a ele constitudo atravs de sua pratica, no qual o texto realmente lido e no apenas engolido. O texto deve ser proposto curiosidade dos alunos de maneira dinmica e viva, em que os alunos aprendiam a significao profunda do objeto e no apenas memorizavam mecanicamente sua descrio. Ainda segundo Paulo Freire, a insistncia na quantidade de leituras sem o aprofundamento em sua compreenso, mecanicamente memorizados, destoa da viso mgica da palavra escrita. Situao igualmente observada em escritas enfadonhas, mostrando que qualidade no significa quantidade de pginas escritas. E ainda haviam textos longos que por aspectos de sua sintaxe estritamente ligados ao bom gosto da linguagem como Gilberto Freire, Lins do Rego, Graciliano Ramos e Jorge Amado, prendiam o leitor e ainda incentivava comentrios sobre as necessrias diferenas entre o portugus de Portugal e o portugus do Brasil. Sobre a alfabetizao de adultos, o autor destaca sua viso deste como a de um ato poltico e de conhecimento e por isso mesmo, como um ato criador, em que o alfabetizado, assim como ele, capaz de sentir a caneta, perceber a caneta, de dizer a caneta, mas de tambm escrever a caneta, e consequentemente, de ler a caneta. Aonde a alfabetizao a criao ou montagem da expresso escrita da expresso oral, que no pode ser feita pelo educador, e sim criada pelo alfabetizado. Em concluso, o autor reafirma que a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele, e que a leitura da palavra no apenas precedida pela leitura do mundo, mas por sua transformao, atravs de nossa prtica consciente. Paulo Freire insiste que as palavras que organizam o programa de alfabetizao deveriam vir do universo vocabular dos grupos populares, do seu dia a dia, carregadas da significao de sua experincia existencial e no a do educador, e assim possibilitaria aos grupos populares que esse conjunto de representaes de situaes concretas acarrete em uma leitura da leitura anterior do mundo, antes da leitura da palavra.