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Conceito:
É a extinção da pretensão (exigibilidade) de um direito material violado, tendo em vista o decurso do(s)
prazo(s) previsto(s) em lei.
Características:
- o prazo prescricional tem início, em regra, a partir da lesão ao direito ou da ciência da lesão pelo
prejudicado, e não ao direito em si (exemplificar com a questão de prescrição das férias). Art. 189 CCB.
Entretanto, a prescrição bienal trabalhista, excepcionalmente, não começa a fluir da lesão, e sim da
extinção do contrato.
- As hipóteses de prescrição e os respectivos prazos só podem ser criados por lei, sendo vedado aos
particulares criá-los ou modificá-los. Art. 192 CCB. Neste sentido, não se aplica o princípio da condição
mais benéfica, isto é, os prazos legais não podem ser alterados sequer em benefício do trabalhador.
- Art. 11 da CLT.
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Os prazos fixados em anos devem ser contados repetindo-se o mesmo dia e mês no ano
correspondente. Assim, se o termo inicial foi fixado em 01.01.2007, o prazo de um ano completa-se, para
fins de contagem, em 01.01.2008.
Questão:
(A) um ano para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear os últimos
cinco anos de seu contrato de trabalho.
(B) um ano para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear
os últimos quatro anos de seu contrato de trabalho.
(C) dois anos para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear os últimos
quatro anos de seu contrato de trabalho.
(D) dois anos para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear os últimos
cinco anos de seu contrato de trabalho.
(E) um ano para ingressar com reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, podendo pleitear
os dez anos de seu contrato de trabalho.
Neste caso, a actio nata (início da prescrição) incidiria em cada parcela especificamente lesionada, de
forma que a prescrição contar-se-ia a partir do vencimento de cada prestação periódica resultante do
direito protegido por lei.
Exemplos:
Para a teoria civilista não interessa o título jurídico instituidor da parcela, e sim se a mesma é de trato
sucessivo ou não. Assim:
- parcelas de ato único (aquelas que não se desdobram no tempo, como a compra e venda)
submetem-se à prescrição total.
Argumenta-se ainda que toda cláusula contratual ajustada estaria protegida por lei, tendo em vista o
disposto no art. 468 da CLT (vedação à alteração contratual lesiva). Assim, a prescrição seria sempre
parcial.
- FGTS – 30 anos – art. 23, §5º, Lei 8.036/90; Súmula 362 do TST
A decadência é a perda de um direito potestativo pelo decurso de prazo fixado em lei ou em contrato.
Enquanto a prescrição está ligada aos direitos prestacionais (de um lado, uma pretensão, do credor, e
de outro, uma obrigação, do devedor), a decadência envolve o exercício de direito potestativo.
A decadência extingue o próprio direito, ao contrário da prescrição, que extingue apenas a pretensão
(exigibilidade), mantendo intacto o direito.
As hipóteses e prazos decadenciais são fixados não só pela lei, mas também pela vontade das partes.
Entretanto, os prazos decadenciais previstos em lei não podem ser alterados pela vontade das partes.
Exemplo: prerrogativa de propositura de inquérito judicial para apuração de falta grave de empregado
estável, nos termos do art. 853 da CLT.
Actio nata: critério segundo o qual a prescrição tem início com o nascimento do direito de ação, e não a
partir do direito em si.
Observe-se que há casos específicos em que o direito de ação nasce depois da lesão em si, no momento
em que foi reconhecido o direito a determinada parcela.
OJ 344 – TST
- Gratificações semestrais
Tratando-se de pedido de diferença de gratificação semestral que teve seu valor congelado,
a prescrição aplicável é a parcial. (ex-OJ nº 46 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996)
- Complementação de aposentadoria
I. A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos.
II. Tratando-se de pedido de diferença de gratificação semestral que teve seu valor congelado, a prescrição aplicável é
a parcial.
III. Nas prestações de pagamento sucessivo, a prescrição será parcial e contada do vencimento de cada uma delas.
IV. É vintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado
o prazo de dois anos após o término do contrato de trabalho.