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Análise e compreensão da experiência valorativa - o que são valores? Qual é a diferença entre um juízo de facto e um juízo de valor? Respostas a estas questões e a outras.
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Os Valores – Análise e Compreensão da Experiência Valorativa
Juízos de facto e juízos de valor
Quando descrevemos o que aconteceu sem qualquer interpretação ou
apreciação por parte do sujeito, emitimos juízos de facto. A nossa relação com a realidade é, porém, muito complexa e com muita frequência emitimos apreciações dos acontecimentos, manifestando as nossas preferências; neste caso fazemos juízos de valor. Podemos sintetizar esta distinção no seguinte quadro: Juízos de facto (de realidade) Juízos de valor (de apreciação) Exemplos: Exemplos: A Guernica foi pintada por A Guernica é o quadro mais Picasso. belo de Picasso. Platão foi um filósofo grego. O amor é o mais belo de Lisboa é a capital de todos os sentimentos. Portugal. Lisboa é a cidade mais encantadora de Portugal. descrevem o que é indicam uma apreciação descrições neutras e impessoais da relativamente a um dever ser realidade; objectivos; verificáveis; susceptíveis de serem verdadeiros interpretações parciais e subjectivas; ou falsos relativos; discutíveis; expressam opções de natureza emotiva /afectiva.
Os juízos de valor traduzem, portanto, preferências e apreciações,
implicam avaliações e expressam a relação dos indivíduos com uma ordem ideal, isto é, com o que a realidade deve ser (para fazer apreciações é preciso um padrão: ex: o juízo de valor «a Guernica é o quadro mais belo de Picasso» supõe uma comparação com um padrão de belo).
Conceito e tipos de valores
Distinguimos facto e valor e dizemos que facto é aquilo que ocorre. Mas, que entendemos por valor? O conceito de valor pode ter várias acepções: Pode ter um significado técnico: o valor de uma mercadoria (conceito fundamental em economia política, em que o valor é estabelecido no decorrer do processo de troca); o valor de uma incógnita (como no caso de uma equação matemática). Pode ter um significado afectivo: o valor das coisas que nos merecem estima (que valor atribuímos à amizade?); Que é que torna algo desejável senão o valor que lhe atribuímos? (como no caso de um objecto sem valor económico mas de que gostamos). Pode ter um significado moral: quando atribuímos valor a um comportamento; é o caso da coragem em frente ao perigo, da solidariedade (o valor das acções de solidariedade social), da beleza de um gesto, do altruísmo e do egoísmo. Em todas estas situações o valor resulta da relação estabelecida entre o indivíduo e os objectos. Como tal, podemos dizer que: Valor é uma qualidade potencial resultante da apreciação que um indivíduo ou sociedade faz acerca de um objecto, de uma acção, ou de um ser real ou ideal em função da presença ou ausência de algo que é desejável ou digno de estima. Não se trata, contudo, de qualidades sensíveis e já existentes nos objectos, tais como o peso, a forma, a cor, as dimensões, etc., e que caracterizam a própria existência desses objectos, mas de qualidades potenciais, que são atribuídas por alguém em certas circunstâncias. É claro que a apreciação pode resultar dessas qualidades sensíveis, mas ainda assim só nos casos em que um ser humano as apreciar ou preferir. Por isso, o conceito de valor é sempre referido a um sujeito que avalia; por exemplo, a beleza de um quadro não se identifica com o próprio quadro mas com o juízo que é emitido sobre ele. É a partir desta relação valorativa que estabelecemos qualidades especiais a que nos referimos no plural – os valores. Os valores são muito importantes na vida humana, pois constituem padrões de orientação fundamentais para a nossa acção. A nossa experiência valorativa pode realizar-se em diferentes campos; podemos organizá-la nos seguintes tipos de valores: Valores materiais Valores espirituais Vitais – referentes à saúde, Ético-políticos – referentes ao robustez, resistência física relacionamento com os outros: Do agradável e do prazer - lealdade, honestidade, solidariedade referentes às sensações de prazer e Estéticos – referentes à apreciação satisfação da harmonia e beleza, elegância. Económicos – bens de consumo: Religiosos – referentes à nossa dinheiro, habitação, vestuário, relação com o sagrado e o alimentação sobrenatural