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As irradiações do Princípio do Poluidor-Pagador

O desenvolvimento de uma consciência ambiental deságua na ubiquidade dos


preceitos ambientais e em sua influência sobre outros institutos que outrora não
compreendiam de modo pleno a visão protetiva do meio ambiente. Um dos principais
precussores dessa inserção do pensamento ambiental em todas as esferas de pensamento
e produção humana é o Princípio do Poluidor-Pagador, um dos princípios mais
abrangentes da matéria ambiental.

A expressão que poluidor-pagador foge de sua função meramente semântica, não


representando a possibilidade de se desencumbir de responsabilidades socioambientais
pelo pagamento de taxas, como se representasse compra do direito de poluir. O sentido do
princípio é extremamante amplo e, para que possamos entendê-lo, precisamos observar
seu prisma teleológico, observando os dizeres de MARCELO ABELHA RODRIGUES, que
entende a expressão como a mera ponta de um iceberg.

Partindo da concepção elaborada por CELSO ANTÔNIO PACHECO FIORILLO, o


Princípio do Poluidor-Pagador apresenta fuções preventiva e repressiva, tomado partido
em uma proteção completa do equilíbrio ambiental. Da análise destas funções realizadas
pelo indigitado princípio podemos entender sua importância para guarda socioambiental.

Pela trato preventivo das condições ambientais, o princípio irradia-se e torna-se


exemplo claro da ubiquidade do Direito Socioambiental, ao regular não só as práticas que
vão de encontro à vida e suas interações com o meio, como também as políticas públicas
responsáveis pela sua implementação. Assim, por meio de sua manisfestação preventiva,
atua no combate às externalidades negativas socioambientais - transferência dos custos
negativos das atividades empreendedoras à toda sociedade - praticadas pelos
empreendedores que utilizam do recursos naturais e repassam o custo do impacto
ambiental resultante para a sociedade. Por determinação preventiva do Princípio do
Poluidor-Pagador deve-se direcionar as políticas econômicas para a busca pela
internalização dos custos socioambientais do empreendimento, de modo que o poluidor
passe a arcar com a usurpação de qualidade ambiental e não exista o custeio social do
produto por quem não os utiliza. Vale ressaltar a visão de CRISTIANI DERANI e MARCELO
ABELHA RODRIGUES ao indicar que é possível o repasse dessa internalização ao
consumidor final, observando os ditames do art. 4º, VII, LPNMA, que determinar a
contribuição do consumidor pela utilização de recursos ambientais, em respeito ao
Princípio do Usuário-Pagador:

ART 4º - A POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE


VISARÁ:

VII- À IMPOSIÇÃO, AO POLUIDOR E AO PREDADOR,


DA OBRIGAÇÃO DE RECUPERAR E/OU INDENIZAR OS DANOS
CAUSADOS E, AO USUÁRIO, DA CONTRIBUIÇÃO PELA
UTILIZAÇÃO DE RECURSOS AMBIENTAIS COM FINS
ECONÔMICOS.
Compreende, também, a responsabilidade do causador de degradação ambiental pela
prevenção e correção na fonte, impondo ao empreendedor o implemento de técnicas que
militem pela redução de riscos ambientais, em observação ao que determina as Diretivas
da União Européia ao afirmar que as “pessoas naturais ou jurídicas, sejam regidas pelo
direito público ou pelo direito privado, devem pagar os custos das medidas que sejam
necessárias para eliminar a contaminação ou para reduzi-la ao limite fixado pelos padrões
ou medidas equivalentes que assegurem a qualidade de vida, inclusive os fixados pelo
poder público competente”, em respeito ao Princípio da Contabilização dos Custos, e a
educação em prol do uso de tecnologias que diminuam a degradação ambiental,
resultando em menos internalização de custos.

Quanto ao aspecto repressivo, em respeito à letra do art. 225, §3º, CF e arts. 4º, VII
e 14, §1º, LPNMA-6938/81, ocorrido o dano, visa a aplicação do Princípio do Poluidor-
Pagador a sua reparação plena, tendo aqui uma acepção de responsabilização civil, fugindo
do aspecto penal ou administrativo, com todos os seus desdobramentos. O poluidor,
seguindo os ensinamentos de LUÍS PAULO SIRVINSKAS, dever arcar com os prejuízos
causados ao meio ambiente da forma mais ampla possível, recaindo sobre este a
responsabilidade objetiva, a prioridade na reparação específica do dano ambiental e a
solidariedade para suportar os danos causados ao meio ambiente.

Deste modo, podemos entender a amplitude deste princípio diretor, que se desfaz em
outros, como o Princípio da Prevenção e da Precaução, e sua influência e importância não
só na matéria estritamente ambiental, mas na elaboração de políticas sociais e protetivas,
para que possamos, por fim, realizar com completude a determinação constitucional de
proteção da sadia qualidade de vida para as presentes e futuras gerações.

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