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A pregação fiel da palavra: Marca distintiva de uma igreja verdadeira

Posted: 12 May 2010 10:23 AM PDT


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Por: João Ricardo

A nossa época é marcada pela crise na pregação da Palavra de


Deus, ironicamente a mídia televisiva, radiofônica e impressa tem
divulgado pregações, cd’s, dvd’s e livros com pregações têm
abarrotado as livrarias de modo geral. Ainda, assim, olhamos em
nossa volta e percebemos que a pregação continua ausente em
nossa época. Por que tudo isso? O púlpito está perdido em nossa
época.

Há um grito desesperado no coração dos crentes. Eles pedem uma


Igreja verdadeira. Onde está esta Igreja? Ora, esta igreja só pode
ser achada quando o púlpito ressoa a trombeta de Deus, ou como
coloca Paulo, quando a loucura de Deus se manifesta! A pregação
é a marca distintiva da Igreja. Esta marca era usada pelos
reformadores para identificar uma Igreja verdadeira. Mas, em
nossa época tornar-se difícil de encontrar um púlpito fiel, e o que
dizer de uma igreja verdadeira.

Alguém poderá perguntar: é realmente necessária a pregação? Por


que vocês presbiterianos dão tanta importância à pregação?
Porque ela é o divisor de águas entre o céu e o inferno. Chapell
nos lembra algo interessante sobre isso:

“Sabemos serem insuficientes nossas habilidades para uma tarefa


de tão amplas conseqüências. Reconhecemos que o nosso coração
não é puro o bastante para guiar outros à santidade. Uma honesta
avaliação de nossa perícia inevitavelmente nos leva à conclusão de
que não temos eloqüência ou sabedoria capazes de lavar as
pessoas da morte para a vida.”[1]

Nos dias de hoje o sermão é desprezado pela Igreja de Cristo com


tanta facilidade que C.H.Spurgeon chgou afirmar o seguinte: “A
apatia está por toda a parte. Ninguém se preocupa em verificar se o que está sendo pregado é verdadeiro ou falso. Um
sermão é sermão, não importa o assunto; só que, quanto mais curto, melhor”[2] As palavras de Spurgeon ressoam em
nossa época, pois, na verdade tal negligência têm ocorrido em nossos dias, por isso, precisamos encarar este assunto
com mais seriedade. Neste breve estudo falaremos sobre a Pregação Fiel como a marca distintiva da verdadeira Igreja.

Pois, a Igreja sem pregação assemelha-se a corpo sem alma, ela não tem vida. Ela tem barulho, choro e gritos – como
acontece em um funeral – mas muitos têm atribuído isso ao Espírito Santo, todavia, não percebem que o Espírito age
com e por meio da palavra.

I - A História da Pregação – Sua Majestade e Glória

Não podemos falar sobre este assunto sem entendermos como a História da Igreja o encarou, ou seja, como a Igreja viu
a questão da pregação fiel da palavra? No texto que lemos Paulo valorizava a pregação oferecendo conotações
dramáticas. O que é a pregação? Stott nos diz que é “a ênfase exclusiva do cristianismo”[3].

Por onde começar a nossa peregrinação histórica da pregação? Dargan nos indica que tal procura deve ser vista no
próprio cristo, pois, o “Fundador do cristianismo, pessoalmente, foi o primeiro dos seus pregadores...”[4]. Os
evangelhos apresentam cristo como indo e “proclamando as boas-novas de Deus” (Mc.1.14; 1.39; Mt.4.17; 4.23; 9.35).

Somos informados pelas Escrituras que os apóstolos davam prioridade à pregação da Palavra em Atos 6.4.

Os pais apostólicos insistiram nesta mesma temática – a pregação fiel da palavra – conforme vemos no relato de Justino
Mártir:

E no dia chamado Domingo, todos quantos moram nas cidades ou no interior reúnem-se juntos num só lugar, são lidas
as memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas, por tanto tempo quanto possível; depois, tendo terminado o
leitor, o presidente instrui verbalmente, e exorta à imitação dessas coisas virtuosas. Em seguida, todos nos colocamos
de pé e oramos e, conforme dissemos antes, ao terminarem as nossas orações são trazidos pão, vinho e água, e o
presidente, de modo semelhante, oferece orações e ações de graças, segundo a sua capacidade, e o povo concorda
dizendo amém.[5]

Outro pai apostólico chamado Tertuliano diz basicamente a mesma verdade sobre a pregação da palavra no dia do
Senhor. Mas, penso que não existe pregador mais proeminente na história da Igreja do que o João Chryssostomos –
conhecido como o Boca de Ouro – bispo na Igreja Grega; os historiadores dizem que pregação de Chryssostomos
possuía quatro características basilares que veio a tornar-se padrão para a pregação fiel;

1. Era uma pregação Bíblica.

2. Interpretação simples e direta.

3. Aplicação prática.

4. Era destemida em suas colocações.

Na realidade ele “era mártir do púlpito, pois foi principalmente sua pregação fiel que provocou o seu exílio”[6]. No
período dos reformadores e dos puritanos a pregação recebeu tamanha importância, a ponto de o bispo Latimer dizer:
“A Palavra de Deus é semente para ser lançada no campo de Deus” e “o pregador é o semeador”, o título deste sermão
era “Mão no Arado”, durante um momento de sua pregação Latimer , faz uma pergunta inusitada: “Quem é o bispo e
prelado mais diligente em toda a Inglaterra, que supera todos os demais no exercício do seu cargo? ...Vocês querem
saber quem é? – é o Diabo. É ele o pregador mais diligente entre todos dos demais”, ele prosseguiu:

Nunca está ausente da sua diocese; nunca está longe de sua comunidade eclesiástica; você nunca o achará
desocupado; sempre está na sua paróquia; mantém resistência a todo tempo; você nunca o achará indisponível... Onde
o Diabo está em residência e está com seu arado em andamento, ali: fora os livros e vivam as velas! Fora as Bíblias e
vivam os rosários! Fora a luz do evangelho e viva a luz das velas – até mesmo ao meio-dia! [...] vivam as tradições e as
leis dos homens! Abaixo as tradições de Deus e sua santíssima Palavra! [...] portanto vocês, prelados que não pregam,
aprendam com o Diabo: a serem diligentes no exercício do seu cargo [...] Se vocês não quiseram aprender de Deus,
nem de homens bons, a serem diligentes no cargo, aprendam do Diabo.[7]

Ou seja, se somos preguiçosos para estudarmos a Palavra de Deus para aplicar, pregar e defendê-la, se não pregamos e
expomos a Palavra de Deus aos homens somos inimigos da causa do evangelho. E a pregação é o único veículo pelo
qual o mundo pode encontrar salvação.

Então, pregue a Palavra, pois, a pregação continua sendo majestosa e é nosso dever pregar com autoridade singular
sem reservas, sem medo, e crendo que Deus tem usado este método para salvar pecadores como declarou Paulo no
texto que citamos acima.

II – A Pregação Fiel é Aquela que Expõe o Texto

Algumas pessoas dizem que tudo o que vemos na Igreja nos Domingos à noite deve ser caracterizado como pregação;
todavia, a autêntica pregação é aquela que expõe o texto, conhecida como pregação expositiva. Ela deve ser uma
prática na vida daqueles que sobem ao púlpito; temos visto que, muitos preferem pregar temática ou topicamente. Por
quê? Bem, porque é mais fácil pregar em cima de um tema; geralmente os teólogos sistemáticos pregam desta forma;
trabalham temas na Igreja no Domingo à noite – não estou dizendo que a pregação não deva Ter um tema – o que
estou dizendo é que o texto não pode ser exposto com a pressuposição doutrinária que se deve abordar.

Deixe-me explicar: Imagine que você quer pregar sobre a trindade. Então, lança mão do texto de Gênesis 1.1 para
fundamentar a doutrina; a primeira pergunta a ser feita é: Moisés estava pensando na Trindade quando escreveu este
texto, especialmente no uso do substantivo plural elohim? E se formos sinceros diremos que não, logo o texto não
serve, mas isso anula a doutrina? Não. Agora você prepara um estudo sobre o assunto, e começa com João 14.23 –
“viremos e faremos nele morada” cristo está falando de uma Trindade? Sim. Então eu posso agora compreender Gênesis
1.1 – ali vejo, pelo escopo de toda a revelação, a forma embrionária da Trindade.

A pregação expositiva ela se concentra apenas no texto que é lido. Por que é tão difícil pregar expositivamente? Porque
exige mais do pregador:

1. Exige conhecimento histórico: o contexto da passagem deve ser levado em consideração.

2. Exige conhecimento do texto original e de sua gramática

3. Exige conhecimentos de exegese e hermenêutica.

4. Exige muita leitura – manuais de exegese, manuais de interpretação, comentários bíblicos.

5. Exige conhecimento dos sistemas doutrinários: credos, confissões, teologias sistemáticas.

A Igreja sempre pregou expositivamente? Esta é uma grande pergunta. A resposta é afirmativa, pois vemos isso no dia
de Pentecostes que o sermão de Pedro foi expositivo, veja como está estruturado o sermão:

I – Jesus de Nazaré foi um homem aprovado por Deus.

* Em Sua vida
* Em Sua morte
* Em Sua Ressurreição
* Em Sua ascensão aos Céus.

II - Jesus recebeu o Espírito santo e derramou o que vocês vêem e ouvem .

III – Deus fez a este Jesus, Que vocês crucificaram, Senhor e Cristo.
IV – Aplicação

* Arrependam-se
* Sejam batizados em o nome de Jesus Cristo.

V – Promessas:

* Remissão dos pecados


* Dom do Espírito Santo
* Inclusão dos Filhos
* E muitos que estão longe, tantos quantos o nosso Deus chamar.[8]

Outro texto neotestamentário que nos apresenta uma pregação expositiva é Atos 7 – conhecido como o sermão de
Estevão. Este tipo de sermão sempre esteve presente na vida da Igreja desde os seus primórdios, o sermão do monte
que Cristo proferiu é expositivo.

Por que pregar expositivamente? Penso que a pregação expositiva nos oferece algumas verdades fundamentais:

1. Restaura a pregação da crise.

2. Anula os métodos subjetivistas (místicos)

3. Restaura a autoridade da Bíblia

4. Restaura a vida da Igreja.

Estas quatros realidades são manifestadas quando pregamos expositivamente. Isso implica em algumas coisas.
Primeiro, nos mostra que a crise na pregação de hoje é o resultado da nossa negligência, pois, não estamos pregando a
Bíblia fielmente. Esquecemos do que Paulo nos diz em 1 Coríntios 4.1-2 nossa pregação deve ser fiel; em segundo lugar,
os métodos subjetivos deve ser rejeitados quando pregamos expositivamente a palavra, um exemplo disso, é o uso que
muitos fazem de João 14.6, e dizem que vêem ali três coisas:

Caminho – indica a lei de Deus.


Verdade – Indica que o mundo é uma mentira
Vida – indica a Pessoa de Cristo.

Esta abordagem do texto é subjetiva, e ignora a exegese do texto. Jesus não está dizendo três coisas distintas, mas ele
está usando uma figura chamada Tríade Sinonímica. Isto quer dizer que Cristo estava dizendo uma única coisa: Eu sou o
caminho vivo e verdadeiro. Então não adiante pegar este texto para fazer uma pregação de três pontos!

Quando pregamos expositivamente restauramos a autoridade da Bíblia, estamos dizendo ao nosso povo que todas as
nossas idéias derivam da Bíblia. Ou seja, a pregação expositiva diz que a Bíblia continua sendo o padrão absoluto em
um mundo pós-moderno. Por que dizemos isso? É porque sabemos que nem “todas as respostas que a igreja
proporciona por meio dos seus pregadores proclamam boas-novas. Algumas simplesmente abandonaram toda
esperança de encontrar uma fonte da verdade que tenha autoridade.” A Bíblia se torna o centro do culto e da vida do
crente quando é confrontado expositivamente pelo texto sagrado no Domingo à noite. “Tal pregação apresenta a voz de
autoridade que não procede do homem e assegura respostas não sujeitas a fantasias culturais”.[9] A Bíblia recebe
plenamente a autoridade quando pregamos fielmente as Escrituras.

A pregação expositiva também oferece vida para a Igreja. A lei de Deus quando é ensinada oferece vida e vivifica a
alma (Sal. 119.25; João 6.68). A pregação é a palavra de Cristo à Igreja; é nosso dever pregar expondo a Bíblia.

III – A Pregação Fiel está Compromissada com a Suficiência da Bíblia como Palavra de Deus

Como identificar uma Igreja verdadeira? Bem, temos visto que a pregação fiel da palavra é a principal marca de uma
Igreja verdadeira. Não é qualquer pregação, note é a pregação fiel. Ou seja, ela deve ser fiel a revelação de Deus. Isso
nos leva para o principio da Reforma chamado de Sola Scriptura (somente as Escrituras).

Todo sermão deve refletir a crença incontestável de que a Bíblia é a única fonte de autoridade na vida da Igreja. Os que
não crêem assim podem até pregar, mas não são pregadores fiéis a Bíblia, e assim, a Igreja que pastoreiam não pode
ser classificada como Igreja verdadeira.

O que estamos querendo dizer é que a pregação expositiva condena toda prática e doutrina que suplanta as Escrituras
por meio de novas revelações ou tradições humanas. O “assim diz o SENHOR” das Escrituras é o imperativo da pregação
expositiva. Bíblia e somente Bíblia e nada de revelações, supostamente produzidas pelo Espírito Santo!

A pregação fiel é o principal meio de graça da Igreja de Cristo, ou seja, Cristo fala a sua Igreja somente por meio dela,
pois, ela é a Palavra de Cristo – Hebreus 1.1; no entendimento presbiteriano a pregação é o “mais excelente meio pelo
qual a graça de Deus é comunicada aos homens...”[10].

As nossas experiências espirituais não podem de forma alguma anular a Palavra proclamada de Deus (2 Pedro 1.15-
21) , é exatamente isso que nos diz Pedro, ele que teve uma tremenda experiência no monte da Transfiguração, mas
não usou esta experiência para sufocar a palavra profética que estava sendo anunciada.
A pregação expositiva quebra toda tradição anti-bíblica; não há meios pelo qual possamos ser pregadores fiéis e
mantermos tradições que não tem apoio na Bíblia. Os nossos e credos devem ser analisados a luz da Palavra de Deus. O
fundador do presbiterianismo na Inglaterra Thomas Cartwright era um bom Anglicano, todavia, decidiu fazer uma série
de pregações expositivas no livro de Atos e descobriu que o governo da Igreja primitiva era o sistema de governo
presbiteriano, então, ele rompeu com sua tradição Anglicana e iniciou o presbiterianismo Inglês.[11]

A pregação fiel reconhece que a Escritura é plenamente suficiente em tudo o que afirma, pois, é assim que nos ensina
Paulo em 2 Timóteo 3.15-17. A pregação expositiva deve estar compromissada com a verdade da suficiência da Palavra
de Deus.

IV – A Pregação Fiel Restaura o Culto

Como saber se a Igreja que freqüentamos é verdadeira? Devemos olhar para o culto! O culto é o reflexo de como
tratamos a pregação; ou é o resultado da pregação. A pregação torna o culto o que ela é.

A pregação expositiva é simples. Logo o culto deve ser simples. A pregação expositiva é clara; cada ato litúrgico deve
ser claro; a pregação expositiva é bíblica; tudo no culto deve Ter sanção bíblica. A pregação expositiva é prática, então,
o culto deve prático; a pregação expositiva visa a glória de Deus e por conseqüência o culto deve manifestar plenamente
essa glória de Deus.

A pregação ocupa o lugar central no culto que prestamos a Deus. A reforma litúrgica só torna-se possível se a pregação
estiver neste lugar central. Josías nos tempos do Antigo Testamento fez uma reforma radical no culto porque a Lei de
Deus fora achada e lida! A Reforma Protestante foi a reforma do culto mediante a Proclamação da Palavra. A palavra
reforma o culto.

Calvino ao falar sobre a primazia da pregação no culto, em seu manual eclesiástico, diz que a “pregação da Palavra
deveria ser o elemento essencial do culto público e a tarefa primordial e central do ministério pastoral”.[12] E ainda
Calvino diz que “Satanás tenta destruir a igreja fazendo desaparecer a pregação Pura.”[13], ele ainda costumava dizer
que:

“os sinais pelos quais a igreja é reconhecida são a pregação da Palavra e a observância dos sacramentos, pois estes,
onde quer que existam, produzem fruto e prosperam a benção de Deus. Eu não estou dizendo onde quer que a Palavra
seja pregada os frutos imediatamente apareçam; mas que onde quer que seja recebida e habite por algum tempo, ela
sempre manifesta a sua eficácia”[14]

Então, se desejamos saber se estamos em uma Igreja verdadeira devemos de fato olhar como a pregação afeta o culto!
Um culto onde os homens não são reverentes, não ouvem a pregação da Palavra como elemento Central (Veja: Neemias
8), este culto não foi restaurado pela Pregação. E por quê? Porque fala-se da Palavra, mas não se prega ela fielmente!
Em muitos cultos a Palavra é usada como apêndice, pois, o Teatro, o coral, a coreografia, as palmas, o conjunto de
Louvor tornam-se o centro do culto, remove-se a pregação e coloca-se o entretenimento. A pregação dura apenas
alguns minutos, e é tratada de forma subjetiva e a mensagem é triunfalista! “Deus vai mudar sua sorte”, “Deus me
revelou que a tua vitória vai chegar”; e assim, eles chamam isso de pregação. Isso não é a pregação que caracteriza a
verdadeira Igreja.

A pregação fiel restaura o culto porque coloca Deus no lugar de Deus, e o homem no lugar de homem. Onde o pecado é
confrontado, os deveres são exigidos, onde a santidade é exposta, onde o inferno é mostrado, onde a graça é
manifestada na proclamação temos uma Igreja verdadeira. O culto verdadeiro é reflexo de uma pregação fiel. A Igreja
que ama a pregação expositiva é uma Igreja preparada para enfrentar o mundo; se amamos a pregação expositiva
vamos inevitavelmente amar o culto a Deus.

Conclusão

Diante do que já temos exposto o que podemos aprender e aplicar para nossas vidas? Que conclusões podemos tirar de
tudo isso que falamos?

1. Nunca despreze a Pregação: A história do cristianismo nos alerta para a majestade da pregação e sua glória.

2. Entenda que a Igreja Verdadeira valoriza a Pregação expositiva: Para identificar se aquela Igreja é verdadeira
avalie sua pregação, se ela não expõe fielmente os ensinos da Bíblia, saiba que ali não há Igreja alguma.

3. Apegue-se a verdade de que a Igreja Verdadeira está comprometida com a suficiência da Palavra de Deus:
Línguas, profecias e revelações ou tradições humanas não podem silenciar a voz do púlpito!

4. Se uma pregação em uma Igreja não restaura o culto, então, ali não temos uma Igreja verdadeira: A Igreja
Verdadeira terá a preocupação de que tudo o que for realizado no culto deve ser ordenado, por um
mandamento explícito, exemplo histórico e inferência bíblica. A Igreja que está comprometida com a pregação
expositiva terá profundo amor para com o culto a Deus e visará somente a glória de Deus!

Sobre o autor: João Ricardo é professor do Seminário Presbiteriano Fundamentalista do Brasil.


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Notas:
[1] CHAPELL, Brayan. Pregação Cristocêntrica – Restaurando o sermão expositivo: Um guia prático e teológico para a pregação bíblica, São
Paulo: Cultura Cristã, 1ªEdição, 2002,p.17.
[2] Apud, MARCARTHUR, JR, John. Com Vergonha do Evangelho – Quando a Igreja se Torna como o Mundo, São Paulo: FIEL, 2ª edição,
2004, p. 5
[3] STOTT, John. Eu Creio na Pregação, São Paulo: Vida, 2003, p.15
[4] DARGAN, E.C. History of Preaching, p.7, vol. II In: STOTT, John. Eu Creio na Pregação, São Paulo: Vida, 2003, p.17.
[5] MÁRTIR, Justino. Primeira Apologia, Cap. 67, In: Ante-nicene Fathers, p.
[6] SCHAFF, Philip (org.). The Nicene and Post-Nicene Fathers, p. 22, vol. 9.
[7] Works of Hugh Latimer, p.59-78, vol, 1.
[8] SMITH, Morton H. Systenatic Theology, Vol. 2, Estados Unidos da América: Greenville Seminary Press, 1994, p.563
[9] CHAPEL, Bryan. Pregação Cristocêntrica – Restaurando o sermão expositivo: Um guia prático e teológico para a pregação bíblica, São
Paulo: Cultura Cristã, 1ªEdição, 2002,p.11
[10] ANGLADA, Paulo R.B. Introdução à Pregação Reformada, Pará: 2006, p.66
[11] LLOYD-JONES, David Martyn. O Puritanismo e Suas Oringens, São Paulo: PES, p.23.
[12] MERLE D’AUBIGNÉ, J.H. History of the Reformation in the Time of Calvino, Vol. 7, Albany, Oregon: Ages,1998, 82.
[13] CALVINO, João. Institutas da Religião Cristã, 4.1.2, São Paulo: Cultura Cristã, 2007.
[14] Ibid, 4.1.10.

Fonte: [ Eleitos de Deus ]


Foto: Calvino pregando em Genebra
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Condene o falso ensino


Posted: 12 May 2010 01:10 AM PDT
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Por: Martyn L. Jones

Note a maneira pela qual o falso ensino é


denunciado no Novo Testamento, e a linguagem
empregada com relação aos falsos mestres.
Observem, em particular, o modo como o nosso
Senhor o faz. Pois todo o clima da opinião atual é
completamente avesso a isso. Acho divertido
notar, nas resenhas de livros, que um ponto
quase sempre salientado é se o escritor foi
inteiramente positivo ou não. Nunca devemos ser
negativos; nunca devemos criticar outros
conceitos. Isso é considerado como sub-cristão. O
que importa é o espírito. Portanto, jamais
devemos criticar, e muito menos denunciar
qualquer coisa. Os conceitos totalmente
divergentes devem ser considerados como
"percepções" valiosas que apontam na direção da
verdade.

O fato é que, naturalmente, em nosso errôneo entendimento do Novo Testamento e do seu ensino, estamos exaltando
uma espécie de gentileza e polidez, que não há como encontrar ali, nem mesmo no Senhor Jesus Cristo. Vejam, por
exemplo, o que Ele diz em Mateus 7:15-27. Diz Ele que há falsos mestres que Ele só pode comparar com "lobos vestidos
de ovelhas". Não se pode imaginar castigo mais severo. Ele Se refere a homens que negam a verdade, mas dão a
impressão de que a pregam. Ele nos põe de sobreaviso contra eles. São "falsos profetas", "falsos mestres", pessoas que
alegam que Lhe pertencem e que dizem: Senhor, Senhor, não temos feito isto, isso e aquilo em Teu nome? Ele
responde que eles são mentirosos e que no grande dia do juízo Ele lhes dirá: "Nunca vos conheci"! Jamais Lhe
pertenceram. Não se pode imaginar ensino mais forte que esse.

Ou vejam o que Ele ensina em Mateus 24:24-26. Ali Ele emite uma advertência muito importante para os Seus
seguidores e para todos os cristãos através dos séculos: "Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão
grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito. Portanto,
se vos disserem: eis que ele está no deserto, não saiais: eis que ele está no interior da casa, não acrediteis". Aqui Ele
nos adverte dos mestres falsos e enganosos. Mais uma vez, a linguagem é muito forte.

Em Efésios 4 vemos a mesma coisa. Aí está este grande apóstolo, cheio do espírito de amor e, lembremo-nos, "falando
a verdade em amor" (VA); mas, como vimos, a linguagem que ele emprega é, "que não sejamos mais meninos
inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia nos enganam
fraudulosamente...". Isso é falar "a verdade em amor". Inclui denunciar esses falsos mestres na Igreja e mostrar
claramente que espécie de gente eles são e que espécie de coisas eles fazem. Ele os descreve como animais predatórios
que ficam à espera para "enganar". Falar a verdade em amor inclui uma clara exposição do erro e de tudo o que possa
ser nocivo aos "bebês em Cristo".

O apóstolo utiliza linguagem ainda mais,forte em seu discurso de despedida dos presbíteros da igreja de Éfeso: "Olhai
pois por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que
ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos
cruéis, que não perdoarão ao rebanho; e que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas,
para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de
admoestar com lágrimas a cada um de vós" (Atos 20:28-31). Essa é a linguagem! "Lobos"! "Lobos cruéis"! Em 2
Coríntios 11:13-15 ele os chama de "falsos apóstolos" parecidos com o diabo, que "se transfigura em anjo de luz". Em
Gaiatas 1:8 ele diz: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho... seja anátema", isto
é, seja amaldiçoado.

Tudo isso vem sob o título, "falando a verdade em amor". Por que essa linguagem é abominada hoje, e é considerada
como sub-cristã? Porque desapareceu a idéia da verdade como algo que se pode definir, e a estamos substituindo por
uma flébil e sentimental idéia de unidade e comunhão. Em Filipenses 3:18-19 o apóstolo escreve: "Porque muitos há,
dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. Cujo fim é a
perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas". Essas pessoas
estavam na Igreja e se apresentavam como mestres da verdade do evangelho, mas o apóstolo não hesita em denunciá-
las como "inimigos da cruz de Cristo". Por quê? Porque estavam negando esta doutrina essencial nalgum ponto.

Devemos falar a verdade em amor acerca dessas pessoas para que os "meninos" na fé sejam protegidos da sua nefanda
influência. Os termos empregados com relação a tais pessoas são extraordiná¬rios em sua força e em sua variedade.
Ele fala de "filosofias e vãs sutilezas"; "tradição dos homens" (Colossenses 2:8); "clamores vãos e profanos" (1 Timóteo
6:20); palavras que "roem como gangrena (câncer)" (2Timóteo 2:17). O apóstolo Pedro fala em termos igualmente
fortes de "fontes sem água" (2 Pedro 2:17). São os que parecem ter algo, porém na realidade não têm nada. O que há
em seu evangelho? Qual é o seu conteúdo? Insistem em tagarelar sobre o amor; entretanto, de que amor falam? Onde
está a sua salvação? Qual o sentido dos termos que empregam?

Observem também a linguagem usada por Judas. Examinem a linguagem usada nas cartas às igrejas, em Apocalipse,
capítulos 2 e 3.0 Novo Testamento fala de pessoas levadas a extraviar-se pela "operação do erro" e de pessoas que
acreditam na "mentira" (2 Tessalonicenses 2:11). Nele os falsos profetas são classificados como "cães", como pessoas
que ensinam e proferem "heresias de perdição", cujos caminhos são perniciosos, pessoas "mentirosas". Ele se refere ao
falso ensino como gangrena, como câncer que corrói os órgãos vitais. Esse é o ensino do Novo Testamento. Tudo isso,
no entanto, é abominado hoje em dia, e é considerado como sendo uma completa negação do espírito de amor e de
comunhão, de fato uma negação do espírito de Cristo.

Noutras palavras, este ensino moderno sobre a unidade afastou--se tanto do Novo Testamento que qualquer elemento
polêmico presente na pregação e no ensino da verdade lhe causa aversão. Como digo, é-nos dito que jamais devemos
ser negativos, que sempre devemos ser positivos. O homem admirado é o que diz: não sou polemista, sou
simplesmente um pregador do evangelho! Alguns evangelistas e outros crentes conservadores são elogiados por aqueles
que são muito liberais em sua teologia porque não "atacam" o liberalismo e o modernismo. É isso que é objeto de
admiração. E o elemento polêmico é tido como uma negação do espírito cristão. Nunca devemos criticar; sempre
devemos ser bondosos e afáveis. Concordo que sempre devemos ser bondosos e afáveis, que sempre devemos "falar a
verdade em amor". Contu¬do, sempre devemos "falar a verdade em amor". Devemos, como o faz o Novo Testamento,
"batalhar pela fé". Devemos expor o erro e denunciá-lo, em vez de só querer agradar os homens. O Novo Testamento
está repleto desse ensino, como já provei.

Foi isso que se fez no tempo da Reforma. É isso que se faz sempre nos tempos de avivamento e renovação, porque em
tais ocasiões há um retorno ao Novo Testamento. O erro é desmasca¬rado, exposto e denunciado. Isso foi feito,
igualmente, no tempo dos puritanos. Nestes dias em que a "gentileza", a "atitude amiga" e a "comunhão" são elevadas
à posição suprema às custas da verdade, lembremos que a exortação dirigida aos mestres e aos crentes
neotestamentários não foi que eles deviam estar prontos a concordar com qualquer coisa por amor da unidade e da
comunhão. A exortação dirigida a eles em 1 Coríntios 16:13-14é: "Vigiai, estai firmes na fé: portai-vos varonilmente, e
fortalecei-vos. Todas as vossas coisas sejam feitas com caridade (ou amor)". Devemos ser varonis, devemos ser fortes,
devemos permanecer firmes na fé que temos. Devemos saber que temos um alicerce debaixo dos nossos pés, e
devemos saber o que ele é. Não devemos cavalgar nuvens; não devemos ficar no ar; devemos "estar firmes" num
fundamento sólido, reconhecível, definível. Somos exortados a "batalhar energicamente pela fé" (VA) (Judas 3).

Em 2 João se nos diz que não devemos receber em casa, nem "saudar" a um falso mestre, e que fazê-lo é "ter parte nas
suas más obras" (versículos 10-11). Em 2 Tessalonicenses 2:15 o apóstolo utiliza estas palavras: "Então, irmãos, estai
firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa". Tradições ensinadas
verbalmente e por escrito! Algo definível, algo concreto, algo claro, algo que é inconfundível. Isso foi escrito a pessoas
como os tessalonicenses, a cristãos novos na fé. E por essa fé temos que batalhar energicamente, com toda as nossa
forças, com todo o nosso poder.

Em Ti to 3:10-11 o apóstolo resume tudo de novo numa declaração por demais importante: "Ao homem herege, depois
de uma e outra admoestação, evita-o. Sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo
condenado". Não devemos ser "gentis" e "amistosos" com ele. Se ele persistir em ser um herege depois da primeira e
da segunda admoestação, devemos rejeitá-lo. Ele é um perigo para a Igreja, e nós temos que excluí-lo. Esse é o claro e
explícito ensino do Novo Testamento, em toda parte. Naturalmente, tudo isso é inteiramente inevitável, em vista da
natureza da verdade concernente à salvação, e da natureza da unidade que impera na Igreja. Contudo, isso está muito
longe do atual ensino popular que, não somente tolera a doutrina de homens que negam o claro ensino do Novo
Testamento concernente à Pessoa e obra do nosso Senhor, mas até os exalta e os elogia como cristãos notáveis, dignos
da emulação dos crentes novos.

Fonte: [ Blog Martyn L. Jones ]


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