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O capítulo discute diferentes abordagens para seleção de conteúdos históricos no ensino, incluindo a história como narrativa de eventos, análise de estruturas e novas perspectivas como a história cultural. Também debate a relação entre história nacional e mundial, e a importância da história local e do cotidiano.
Descrizione originale:
Fichamento do texto "Conteúdos históricos - Como selecionar", do livro "Ensino de História: Fundamentos e Métodos", de Circe Bittencourt
Titolo originale
BITTENCOURT, Circe. [2008] Cap_4 - Conteúdos Históricos - Como Selecionar
O capítulo discute diferentes abordagens para seleção de conteúdos históricos no ensino, incluindo a história como narrativa de eventos, análise de estruturas e novas perspectivas como a história cultural. Também debate a relação entre história nacional e mundial, e a importância da história local e do cotidiano.
O capítulo discute diferentes abordagens para seleção de conteúdos históricos no ensino, incluindo a história como narrativa de eventos, análise de estruturas e novas perspectivas como a história cultural. Também debate a relação entre história nacional e mundial, e a importância da história local e do cotidiano.
BITTENCOURT, Circe. Ensino de Histria: Fundamentos e Mtodos. So Paulo: Cortez, 2008.
Captulo 4 Contedos histricos: como selecionar?, pp. 137-179.
1. Contedos tradicionais ou contedos significativos? (pp. 137-139)
1.1. Para trabalhar com contedos significativos se tem que levar em conta os interesses do pblico escolar, acompanhar a produo historiogrfica e os problemas pedaggicos contemporneo. 2. Contedos escolares e tendncias historiogrficas. (pp. 139-155) 2.1. A seleo de contedos depende de nossa concepo de histria. 2.1.1. Histria como narrativa de eventos 2.1.1.1. Singularidade e irrepetibilidade do fato histrico. 2.1.1.2. Narrativa das aes dos personagens, de modo a reviver o passado. 2.1.1.3. Privilgio da histria poltica nacional. 2.1.1.4. Neutralidade e objetividade do trabalho do historiador. 2.1.1.5. um modelo bastante criticado, mas que tem mrito de abrir espao para a interpretao. 2.1.1.5.1. Benjamin: experincias. 2.1.1.5.2. Ricouer: experincias passadas que podem criar identidades, despertar empatia. 2.1.1.5.3. Portanto, h semelhanas e diferenas com a narrativa ficcional. 2.1.1.5.3.1. A histria problematizao.
narra
acontecimentos
que
precisam
de
explicao
2.1.1.5.3.1.1. Uma responsabilidade diversa daquela que conduz a fico.
2.1.1.5.3.2. No ensino de Histria se trata de ir alm de despertar o interesse dos alunos pelo passado: apontar para questionamentos de interpretao. 2.1.2. Histria como anlise de estruturas. 2.1.2.1. Escola dos Annales: considerao das mentalidades coletivas e da organizao produtiva, numa perspectiva macro-histrica. 2.1.2.2. Marxismo: estudo das estruturas e dinmicas das sociedades humanas, numa vinculao dialtica entre passado e presente. 2.1.2.2.1. Apesar das semelhanas com os Annales, buscam uma cincia histrica global. 2.1.2.2.2. No ensino, o marxismo predominou at os anos 1970, e ainda mantm-se como base da organizao dos contedos, na forma dos modos de produo. 2.1.2.2.3. Mas, recentemente, sofreu crticas que geraram uma renovao interna. 2.1.2.2.3.1. Thompson: a classe social uma formao cultural e econmica. 2.1.2.2.3.2. Expanso da concepo de poder: outras esferas para alm do Estado. 2.1.2.2.3.3. Histrias dos vencidos: os personagens soterrados. 2.1.2.3. Nova Histria: desdobramento dos Annales, com a multiplicao de objetos e abordagens. 2.1.2.4. Nova Histria Cultural: aproximao com a Antropologia, na dc. de 1980. 2.1.2.4.1. Incorporao de povos sem escrita na histria. 2.1.2.4.2. Impacto do ps-estruturalismo (Foucault, sobretudo). 2.1.2.4.2.1. Renovao da Histria das Mentalidades, da Ideias e da Poltica. 2.1.2.4.3. Enfrentamento do problema da relao entre macro e micro-histria. 2.1.2.4.3.1. Alis, esse um dos grandes desafios contemporneos para a historiografia e para o ensino de histria.
2.1.2.5. Histria do Tempo Presente (Histria Imediata).
2.1.2.5.1. Retomada da Histria Poltica como forma de comprometimento do historiador com a realidade em que vive. 2.1.2.5.2. Libertao do fato em relao ao seu imediato, pela ideia de durao. 2.1.2.5.3. Proposta de uma metodologia e de conceitos que sejam capazes de efetivar a retrica da relao passado-presente. 2.1.2.5.3.1. P.ex.: precaues com anacronismos e evolucionismos. 3. Histria nacional ou histria mundial. (pp. 155-164) 3.1. Uma espcie de culto globalizao parece ter tornado obsoleto o ensino da histria nacional. 3.1.1. Impera uma viso de atraso do local ante a modernidade do mundo. 3.2. Proposta recente de uma Histria Integrada. 3.2.1. A macro-histria (desenvolvimento do capitalismo) virou a lgica explicativa da condio nacional. 3.2.1.1. Ganhou vulto nos anos 1960/70, com a teoria da dependncia. 3.2.2. At agora no foi feira uma reviso sobre como tratar os conflitos internos e os agentes locais sem jogar fora o contexto mundial ou operar um reducionismo mecanicista. 3.3. Da a importncia das renovaes dos anos 1970 para o ensino de histria. 3.3.1. Tem ficado mais claro como as outras histrias participam da histria europeia, e como isso afeta a nossa compreenso do local. 3.3.2. E como o estudo das diferentes regies do pas tem afetado a nossa compreenso do local. 3.3.2.1. Afinal, grosso modo, o que se apresenta como histria nacional a histria de So Paulo. 3.3.3. Tambm, a histria da Amrica do Sul num mbito regional, e no sob a gide do imperialismo. 4. Cotidiano e Histria Local. (pp. 164-172) 4.1. Preocupao com o cotidiano em que se veem as tenses sociais, as formas de luta improvisadas e as resistncias e organizaes diferenciadas das institucionais. 4.1.1. Papel fundamental de Thompson, Ginzburg, Le Roy Ladurie, Duby, Agnes Heller; no Brasil: Joo Jos Reis, Laura de Mello e Souza. 4.1.2. Veja-se a monumental empreitada da Histria da vida privada. 4.2. No ensino, isso possibilitou visualizar as aes dos homens comuns: o cotidiano no s alienao. 4.3. Mas vale distinguir: memria local e histria local. 4.3.1. Memria o meio pelo qual chegamos histria local. 4.3.1.1. Como tal ela: 4.3.1.1.1. uma relao coletiva com o passado de uma comunidade. 4.3.1.1.2. Opera uma seleo e eliminao. 4.3.1.1.3. Realiza omisses. 4.3.1.1.4. As relaes variam de acordo com idade, sexo, ocupao, origem etc. 4.3.2. A histria, por outro lado, desmonta essa naturalizao da memria. 4.4. Tambm preciso cuidado com o conceito de espao. 4.4.1. Milton Santos: lugar uma produo histrica relacionada s relaes de produo. 4.4.1.1. Cada lugar expresso singular de um cruzamento de relaes. 4.4.1.2. Fraes pertencentes a uma totalidade: relacionar o lugar a outros lugares.
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