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Gestão Internacional e Logística

Curso de Especialização em
Gestão Estratégica de Logística

Professor
Osvaldo Maria de Souza Junior
facitos@uol.com.br
PLANO DE ENSINO

Disciplina:
Gestão Internacional e Logística

Curso:
Especialização em Gestão Estratégica em Logística

Carga Horária:
15 horas-aula

Objetivos:
• Analisar as etapas da gestão internacional no contexto atual
• Propiciar uma visão dos processos para acesso a mercados
• Proporcionar uma visão sistêmica da atividade logística no comércio exterior

Ementa:
Princípios da gestão internacional, comércio exterior e logística

Critérios de avaliação:
Trabalhos em grupo – 20 pontos
Avaliação individual com consulta – 80 pontos

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Bibliografia:
Básica
• LUDOVICO, Nelson: Logística Internacional um enfoque em comércio exterior –
São Paulo: Saraiva, 2007.
• LANZANA, Antonio Evaristo Teixeira ...(et al.): gestão de negócios internacionais
organizadores Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos, Miguel Lima, Simão Silber
– São Paulo, 2006
• SOUZA JUNIOR, Osvaldo Maria: Volta às Origens – Jornal Valor Econômico – capa
e pag. B7 – São Paulo, 10-09-2002
• SOUZA JUNIOR, Osvaldo Maria: Prova de Resistência – Revista Exame – pags. 16 e
17 – São Paulo, 02-10-2002
Complementar
• DORNIER, Philippe-Pierre...(et al.): Logística e Operações Globais.
• LAMBERT, Douglas (et al). Harvard Business Review on Supply Chain Management
– Boston, 2006.

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Professor
Osvaldo Maria de Souza Junior

Formação:
Administrador – Habilitação em Comércio Exterior – FCG - UNA
Liderança – Haggai Institute – USA
Especialista em Gestão Empresarial - AIEC
Logística e Cadeia de Suprimentos – CEPEAD – UFMG (mi – mestrado)
Doctors Ministry – FTSA (em curso)

Atuação profissional:

Posições Atuais:

Presidente do Comitê de Agronegócios da AMCHAM MG – American Chamber of


Commerce de Minas Gerais
Membro do Conselho Consultivo da AMCHAM MG - American Chamber of Commerce de
Minas Gerais
Diretor da ASAP Consultoria Ltda
Professor do Haggai Institute Brasil

Posições Anteriores:
Coordenador de Exportação, Importação e Entreposto Industrial da Thonson Tube Belo
Horizonte
Presidente da Comissão de Comércio Exterior do Centro das Industrias das Cidades
Industriais de Minas Gerais
Consultor e Professor nas áreas de Exportação e Importação da Fundação Dom Cabral
Gerente de Comércio Exterior do Grupo SHARP (Facit S/A)
Presidente do Comitê de Comércio Exterior da AMCHAM MG - American Chamber of
Commerce de Minas Gerais
Professor Convidado de Logística Internacional – Pós Graduação – UFOP – Universidade
Federal Ouro Preto
Gerente da Área de Acesso a Mercados e Relações Internacionais – SEBRAE MG

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
1.1 A Empresa e a Dependencia do Comércio Exterior
1.2 A Empresa e a Gestão Internacional
1.2.1 O Caso FACIT
1.3 A Decisão de Participação no Mercado Internacional
1.3.1 As primeiras indagações
1.3.2 Mas o que efetivamente exportar ?
1.3.3 Embalagem
1.3.4 Concorrência
2 ACESSO A MERCADOS - O PAÍS DE DESTINO
2.1 A Conquista e a Diversificação de Mercados
2.2 A Qualidade como Elemento para o Incremento dos Negócios
2.3 Aumento da Atividade Econômica e a Geração de Empregos
2.4 Canais para Acesso a Mercados - Brasil
2.4.1 Venda Direta
2.4.2 Venda Indireta Equiparada a Exportação
2.5 Canais para Acesso a Mercados - Exterior
3 A LOGÍSTICA
3.1 O Incoterm
3.2 Transporte – Conceito
3.2.1 Modais de Transporte
3.2.2 A Decisão sobre os Modais de Transporte
3.2.3 Atividades Primárias da Logística
3.3 Frete – Conceito
3.3.1 Transporte Marítimo – cálculo
3.3.1.1 Transporte Marítimo Pagamento
3.3.2 Transporte Aéreo
3.3.3 Frete Aéreo Pagamento
3.3.4 Transporte Fluvial
3.3.5 Transporte Rodoviário
3.3.6 Transporte Ferroviário
3.3.7 A Atividade Logística para a Internacionalização.

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4 PROVIDÊNCIAS PARA A EMPRESA EXPORTAR
4.1 Considerações de Caráter Geral
4.2 SRF – Secretaria da Receita Federal
4.2.1 Habilitação no SICOMEX
4.3 CAMEX
4.4 SECEX – Secretaria de Comércio Exterior
4.5 Incentivos Fiscais
4.5.1 Drawback
4.5.2 Proex
4.5.3 Seguro de Crédito à Exportação
5 CAMBIO
5.1 Crédito Documentário no Comércio Internacional
5.1.1. Pagamento Antecipado
5.1.1.1. Dinâmica do Pagamento Antecipado
5.1.2 Cobrança Documentária
5.1.3 Crédito Documentário que esteja no Banco
5.2 Fechamento de Câmbio
5.3 Negociação de Documentos

6 DESPACHO ADUANEIRO

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1 INTRODUÇÃO
Historicamente, podemos ver que grandes nações conseguiram elevado nível de
desenvolvimento através da prática e contínua presença no mercado internacional. Em um
mundo globalizado, a presença no mercado internacional é de vital importância para o
desenvolvimento de cada nação. Vendendo ou comprando produtos e serviços, tais práticas
geram oportunidades de crescimento e desenvolvimento tecnológico. Muitas vezes, a
participação da empresa no mercado mundial torna-se essencial para sua sobrevivência,
garantindo-lhe o acesso à novas tecnologias, seja através da importação de serviços,
equipamentos e/ou matéria prima, seja na busca constante de seu aprimoramento técnico e
mercadológico – fatores-chave para uma sólida atuação em um mercado internacional, cada
dia mais competitivo.
Nos dias de hoje, os negócios são definidos em um ambiente global. Uma empresa no interior
do Brasil, já pensa em utilizar matéria-prima mais barata oriunda da Ásia, além de colocar
seus produtos em outro continente. A falta de investimentos na infra-estrutura logística em
nosso país, forçam empresas a realizarem ações mais complexas – e estruturadas – a fim de
manterem seus níveis de competitividade, a exemplo de indústrias no nordeste comprarem
milho argentino, ao invés de comprar milho do Goiás. Na porta da fazenda o produto é
competitivo, mas quando encontra a falta de investimento em infra-estrutura, os elevados
custos logísiticos colocam, muitas vezes, o produto do agronegócio em desvantagem – seja
em função do frete, do seguro e/ou de outros elementos.

Em um mundo globalizado, reforçam as características inerentes a este fenômeno, sem


resistência, os avanços nas cadeias de gerenciamento de suprimentos, aliados à TI; a elevada
concorrência entre os países; a pressão para eliminação das travas para o comércio; a
diminuição de subsídios e acesso fácil em qualquer parte do mundo. E, no Brasil, para se ter
sucesso nesse mundo, existem algumas demandas que devem ser trabalhadas com afinco:
compromisso dos governos e redução de custos e tributos.

Neste contexto, as tendências se consolidam com o aumento da competitividade,


principalmente dos produtos chineses, com desenvolvimento acelarado das tecnologias, no
campo e na cidade.
O cenário o qual o Brasil está inserido, como player global frente à expansão do comércio
mundial, conta com uma participação pouco expressiva daquele país; ou seja, menos de 1,2
%, nas relações de trocas internacionais, apesar de ter alcançado a cifra de US$ 228,9 bilhões
em suas transações comerciais com o exterior em 2006.

Porcentagem de participação do Brasil nas Exportações e Importações mundiais de 1950 a


2006:

6
Participação % do Brasil nas Exportações e Importações Mundiais

1950 a 2006

Variação (%) Anual das Exportações e Participação (%) das Exportações no PIB
1950 a 2006

Fig 1: Fonte: Exportações brasileiras: SISCOMEX e SECEX; Importações brasileiras: SISCOMEX e MF/SRF

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EXPORTAÇÃO BRASILEIRA POR FATOR AGREGADO - 1964 a 2008
Participação % sobre o Total Geral

Fonte e elaboração: MDIC/SECEX.

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1.1 A Empresa e a Dependência do Comércio Exterior
No momento atual, são fatores que corroem a competitividade brasileira nos mercados: os
juros, os entraves logísticos, o câmbio, a burocracia e outros. Tais elementos também influem
negativamente o acesso e a manutenção dos negócios no mercado globalizado.

A decisão de busca do mercado internacional para operação de compra ou venda, envolve


uma série de atitudes e providências por parte da empresa, uma vez que são necessárias
habilidades gerenciais, maturidade, conhecimento do mercado, controle dos custos, qualidade
aprimorada, estratégias bem definidas, capacitação de gestão na cadeia de suprimentos,
capacitação para atividade de compra e venda, conhecimento dos canais de distribuição,
condições de assumir e avaliar riscos, consolidação gradual das práticas de gestão, dentre
outros.

As empresas não podem esperar a taxa de câmbio se tornar favorável para uma decisão de
busca do mercado internacional, nem a danosa política de jutos elevados que atrai uma
entrada de fluxos especulativos, além de minar o esforço e a capacidade de investimento do
empresário. A infra-estrutura é outra condição que, em certos mercados, fomenta a
competitividade; exemplo disso, a soja americana, que, em certos momentos, é mais barata na
porteira da fazenda do que a brasileira, mas, quando chega ao porto, seu preço é corroído pela
falta de infra-estrutura no Brasil, para escoamento da safra agrícula.

As questões burocráticas, parte da esfera do comércio exterior, são práticas inerentes às


providências e atividades para exportação e importação no ambiente nacional, com os Órgãos
intervenientes (CAMEX, Decex, SRF, Bacen, ANVISA, MAAb, IBAMA, dentre outros),
agentes logísticos e prestadores de serviço. O Brasil ainda tem muito a fazer no que tange a
desburocratização, apesar dos avanços com a implantação do SISCOMEX – Sistema
Integrado de Comércio Exterior – nas várias esferas de Governo – tanto federal quanto
estadual e, até mesmo, municipal, quando se trata da exportação de serviços.

Na importação, muitas vezes a prática do subfaturamento gera vultosos prejuizos à economia


nacional, seja na concorrência desleal a empresas idôneas, seja na menor arrecadação de
impostos – uma constante no país, que é apontado pelas estatísticas como uma das mais
elevadas cargas tributárias do mundo. A empresa que deseja importar tem que se habilitar
junto às autoridades competentes apresentando uma vasta documentação, atestando a
capacidade financeira e que esteja legalmente habilitada à prática de importação de acordo
com as exigências legais. A Secretaria da Receita Federal deverá divulgar em um futuro
próximo, na rede mundial, vários dados estatísticos inerentes às operações de importação. O
objetivo é viabilizar a realização de pesquisas, com o intuito de subsidiar estudos de mercado
e de certa maneira, coibir a concorrência desleal, indícios de sonegação fiscal, valor de
mercadorias e mercados de origem.

Identificar os fornecedores no exterior requer capacidade técnica e gerencial, domínio das


normas e padrões internacionais, diga-se INCOTERMS, que veremos com detalhes, sobre os
direitos e obrigações das partes. A forte política de substituição das importações, defendido
por vários governos, tornaram as empresas muito voltadas ao mercado interno, resultando
duas consequências: falta de motivação para busca do mercado internacional e entrada

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gradativa de produtos de baixo custo e valor agregado, como por exemplo, os chineses. O
recente incremento de 35% da TEC – Tarifa Externa Comum incidentes sobre as importações
de calçados e texteis será discutido na Câmara de Comércio Exterior e levado aos parceiros do
Mercosul. Informações do mercado indicam que os parceiros já acenaram com um apoio a
esta recente medida.

Para fins de operação de exportação direta, a empresa também necessita se habilitar junto às
autoridades brasileiras, apresentando uma vasta documentação e seguindo as orientações dos
Órgãos intervenientes no comércio exterior brasileiro. Existem alguns casos em que a
empresa poderá exportar utilizando outros meios, que não a exportação direta, principalmente
através de Comerciais Exportadoras, onde a legislação considera como venda equiparada a
exportação.

No caso de Minas Gerais, envolvendo exportações via Comerciais Exportadoras, o Estado


tem sempre mais espaço para progredir, principalmente no que tange aos procedimentos do
estabelecimento produtor, para com o estabelecimento exportador, e local de despacho da
mercadoria, por ser Minas Gerais um Estado mediterrâneo. Detalhes dessa parte serão
abordados posteriormente.

Minas Gerais saiu na frente e desde 2007 começou um trabalho pioneiro dirigido pelo Estado
de Minas Gerais – CENTRAL EXPORTA MINAS, pois integra as principais entidades com
expertise para colaborar com o setor privado no desenvolvimento dos negócios internacionais.
Desde consultoria na área operacional, logística, administrativa, cambial e até mesmo na
pesquisa de mercado para desenvolvimento de novos mercados, além de trabalho pioneiro em
inteligencia comercial. A CENTRAL EXPORTAMINAS tem acesso exclusivo a banco de
dados no exterior, de maneira a facilitar a execução de uma “desk research” por parte das
empresas mineiras. Nesse esforço inédito no país, somam-se ao Estado o SEBRAE, FAEMG,
FIEMG, dentre outros que colaboram nesse esforço.

1.2 A Empresa e a Gestão Internacional


Para uma organização atingir o mercado externo, muitas vezes esse processo se dá através de
uma ação indireta, ou seja, através de uma Comercial Exportadora. Uma cooperativa agro-
pecuária do interior do Estado de Minas Gerais, em 2001, constatou que 31 de seus 33
produtos eram encontrados em redes latinas de supermercados nos Estados Unidos, resultado
de ação direta de Trading Companies, pois a mesma nunca havia exportado seus produtos de
maneira direta. Hoje, essa empresa já estabelceu representantes e exporta diretamente os seus
produtos, após realização de ações de adequação de embalagem, atendendo vários preceitos
legais do país de destino.

Existem casos de empresas que, depois de avanços importantes no mercado nacional, decidem
ampliar sua área de atuação mercadológica; sendo assim, se preparam, organizadamente,
realizam diagnósticos, definem estratégias e avançam junto ao mercado internacional (já
conhecendo o potencial de seu produto, os números do mercado, os concorrentes e as
estratégias de atuação). A participação em feiras internacionais colabora na verificação das
ações empreendidas pela concorrência, assim como na identificação de possíveis parceiros
em outros mercados – neste caso, requere-se organização, conhecimento dos custos,

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elaboração de lista de preços, definição de prazos de entrega, catáloogos bem elaborados e em
outras línguas.

Há também vários casos de sucesso de empresas que demandaram a necessidade de ampliação


de acesso a mercados junto a Órgãos e Entidades de Classe, e com apoio técnico de
capacitação, organização interna, adequação de produto, adequação de embalagem e estudo
de mercado com diagnósticos e pesquisas bem elaboradas, conseguiram acessar ao mercado
internacional. No Brasil, há várias organizações apoiadoras: APEX – Agência de Promoção
de Exportação e Investimentos (realiza feiras, missões e eventos especiais), o SEBRAE –
Serviço Brasileiro de Apoio À Micro e Pequena Empresa (realiza projetos de capacitação,
ajuda a planejar a empresa, comércio justo, colabora na orientação de acesso ao crédito,
realiza rodadas de negócios, apoia eventos como feiras e missões empresariais, apoia projetos
setoriais e territoriais, atua em inúmeras frentes, tem uma capilaridade ímpar atingindo o
empreendedor inclusive em pequenas cidades), MRE – Ministério das Relações Exteriores
(Através dos Serviço de Promoção Comercial das Embaixadas brasileiras no exterior idenifica
oportunidades de negócios), as Federações de Comércio e Indústria em todos as Unidades da
Federação têm atuação de apoio para a empresa que deseja exportar

As empresas que desejam conquistar e se manter no mercado internacional, têm que estar
preparadas, pois a gestão de negócios internacionais superam a complexidade dos modelos
organizacinais voltados somente no mercado interno. A operação ´´além-fronteiras``, requer
da organização competência gerencial, pois além de todos os elementos presentes em
operações nacionais, requer da mesma um bom conhecimento das questões relacionadas à
qualidade, às questões aduaneiras, cambiais, logísticas, administrativas, dentre outras.

Produtos que compreendem a necessidade de parcerias no exterior para prestarem assistência


técnica, devem capacitar seus parceiros, investir em ferramentas, estoques, além de demandar
um volume de capital maior, pois este mesmo parceiro tem uma colaboração decisiva a fim de
orientar as alterações de produtos, mudança e adequação à embalagem e legislação vigente no
país de destino.

O mercado internacional é atraente, pois para alguns segmentos ele se mostra mesnos
sucetíveis às variações sazonais do mercado interno e as variações políticas. O sonho de toda
indústria é ter cada vez mais um horizonte de sua programação de produção firme e linear,
gerando conforto na gestão do caixa, materiais, pessoal, dentre outras. O comércio mundial se
apresenta hoje:

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Evolução das exportações mundiais de 1950 a 2006:

11.000

10.000

9.000

8.000

7.000

6.000

5.000

4.000

3.000

2.000

1.000

Fig. 2: Fonte: Exportações brasileiras: SISCOMEX e SECEX; Importações brasileiras: SISCOMEX e MF/SRF.

O mercado mundial é atraente em função de ser crescente, apesar das oscilações esporádicas,
mas é cada dia mais competitivo. Neste contexto há produtos que enfrentam uma
concorrência desleal com países que subsidiam seus produtores a exemplo do leite, carne e
outros produtos. No agronegócio, por exemplo, o Brasil é um país extremamente competitivo
tanto na soja, quanto na carne, no leite, mas as questões logísticas, falta estrutura para
armazenagem e distribuição, elevados juros, taxa cambial desfavorável, subsídios vultosos
dos países ricos, barreiras não-tarifárias e vários outros têm dificultado a ampliação dos
volumes de exportação a passos mais largos. Mas até a porteira da fazenda o produtor rural
brasileiro tem mostrado competencia e eficiência, há ganhos de produtividade em vários
segmentos. O Brasil tem que se preparar para acusações, que na verdade se revertem em
barreira não tarifárias, como as de ecologicamente incorreto, trabalho infantil, trabalho
escravo, dentre outras mazelas que infelizmente se registram ocorrências, mas há um enorme
esforço da sociedade organizada em erradicar atividades com essas características.

1.2.1 – O Caso FACIT


O caso FACIT trata-se de um case interessante para efeito de estudo de caso e foi objeto de
estudo na disciplina de Logística e Cadeia de Suprimentos no Mestrado em Administração da
UFMG no ano de 2006.

A FACIT é foi uma empresa que surgiu na Suécia no século XVI e que produzia móveis e
teve uma longa trajetória no cenário internacional. No ano de 1952 ela se instalou no Brasil
apenas com uma Rede de Distribuição, com a importação de máquinas de escritório
produzidos pela matriz estrangeira. Já em 1961 ela instala a sua primeira fábrica no Brasil
para aprodução de máquinas de escrever e calculadoras mecanicas.

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Em 1986 a FACIT do Brasil tem 85% do seu capital braisleiro adquirida pelo grupo SHARP,
então sob o comando do empresário Mathias Macline, com objetivo de reforçar a presença
dos produtos SHARP, na área de escritório, então com forte presença da FACIT seja com
produtos mecânicos, elétricos e eletrônicos. A aquisição não teve o resultado esperado uma
vez que a estrutura interna de gestão SHARP não aproveitou a oportunidade que esta
operação apresentava. Em 1995 os empregados adquirem o controle acionário do Grupo
SHARP, mas não tomam as atitudes e ações necessárias que o momento comercial e de
mercado que a empresa se encontrava. Em 1998 a empresa encerra suas atividades em Juiz de
Fora depois da ganhar o prêmio Minas Exporta duas vezes por Diversificação de Mercado, na
época uma iniciativa da Faundação Dom Cabral, CACEX/Banco do Brasil e Diário do
Comércio.

Em 1999 um grupo de 30 funcionários tentam um esforço para reiniciar as atividades da


empresa. Auxiliados por um Consultor da Área internacional a empresa começa a empreender
esforços de reconquista de alguns mercados no exterior.

Cronologia do retorno da FACIT ao mercado internacional:

O reinício em 1999:

ƒ Primeiras vendas no mercado interno com parcerias


ƒ A tentativa de retorno à exportação
ƒ A terceirização da área de comércio internacional
ƒ As primeiras operações

O ano 2000 – as primeiras operações:

Após o início em 99 com US$ 50.000,00, as exportações da FACIT atingem US$


120.000,00/ano
ƒ EUA
ƒ América Latina
ƒ África

2001 - O ano dos grandes negócios:


ƒ Baixo custo de produção
ƒ Condição favorável do dólar
ƒ Capacidade de mobilização de pessoal
ƒ Exportações atingem US$ 1.200.000,00

2002 – Problemas de qualidade:


ƒ Na virada do ano as reclamações começam a chegar
ƒ “Recall”
ƒ A jornada dos reparos em campo
ƒ A solução dos problemas
ƒ O esforço da retomada

2003 – A volta por cima:


ƒ A inevitável perda de mercados
ƒ Não se capacitou na área técnica

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ƒ Não adotou estratégias a longo prazo
ƒ Permanece um volume de vendas

2004 – Conseqüência das retomada: O efeito chicote

¾ Objetivo: revisar alguns conceitos estudando suas aplicações em uma caso prático e
verificar o efeito chicote na cadeia de suprimentos;
¾ Constatação: O caso FACIT onde a falta de colaboração do cliente final, trouxe como
conseqüência um elevado estoque junto ao atacadista
¾ São vários os artigos que encontramos na literatura referente a SCM – Supply Chain
Management que apontam a existência do efeito chicote ou amplificação da demanda.
¾ Esse efeito não foi identificado recentemente - Disney e Towill (Int. J. Production
Economics 101, 2006, 2-18) registram a existência do efeito chicote na cadeia de
suprimentos desde no mínimo no início do século 20
¾ Wheatly, Malcolm fala que o efeito chicote é um fenômeno de estudo em todas as
universidades
¾ “ A SCM tem que ser colaborativa” (Dr. Ricardo S Martins – CEPEAD – UFMG)
¾ Fiala, P. em seu artigo “Information sharing in supply chains” aponta que a melhoria
do fluxo de informações entre os elos, torna a cadeia de suprimentos mais colaborativa
e consequentemente mais lucrativa
¾ “Efeito chicote na cadeia de suprimentos” Lee, Padmanabhan e Whang relatam como
as distorções de informação na SCM podem impactar na cadeia de suprimentos
levando a uma ineficiência nefasta na cadeia de suprimentos: excessivo investimento
em estoque.
¾ Peter Adrian : “Freqüentemente as oscilações de demanda resultará em uma louca
perturbação na fábrica que tem que comprar e expedir mais matéria prima e
reprogramar a produção”
¾ Siem, Thomas F. descreve que a qualidade da informação é tudo.
¾ Towill, D.R. mostra que a redução do efeito chicote na cadeia de suprimentos pode ser
obtida focando nos erros de estoque e nas fontes de informação.
¾ O caso FACIT (Operações realizadas pela Trading FACITRADE) a ocorrência do
efeito chicote, que por falta de colaboração do consumidor final e principalmente por
tomada de decisão em formação de estoque por demanda ocorrida no passado, essa
última levou a um elevado nível de estoque no atacadista localizado em Rotterdam –
Holanda, que se perpetua até os dias de hoje.
¾ uma transação SPOT influenciou os elos da cadeia de suprimentos em tomada de
decisão na formação de um estoque estratégico.
¾ Lee, Padmanabhan e Whang apontam que demandas passadas não devem ser
utilizadas para se fazer uma programação de compras

Fatos constatados pela governança:


¾ Em 2001 o atacadista holandês ATRA International ganhou uma concorrência de
7.042 máquinas de escrever mecânicas marca FACIT para o Ministério da Educação
na Etiópia;
¾ Todas as máquinas foram fornecidas com erro de projeto gerando: insatisfação do
cliente final, custos elevadíssimos ao atacadista e ao fabricante e o elo entre a fábrica e
o atacadista.

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Ações:
¾ Troca de fabricante entre 2002 e 2003:
¾ A FACITRADE do Brasil e a ATRA da Holanda começaram um trabalho com um
novo fornecedor de origem alemã OLYMPIA, cujos produtos seriam fornecidas por
sua unidade fabril localizada em Puebla a 19 Kms da Cidade do México, que passaria
a fornecer as máquinas intermediadas pela FACITRADE e seriam estocadas em
Rotterdam cujo destino seria basicamente a Etiópia, nessa época o maior comprador
mundial de máquinas de escrever mecânicas;

A SCM de dava com a seguinte estrutura:

Os conceitos:

¾ Conceito e aplicação:
¾ O EFEITO CHICOTE É A DISTORÇÃO NA PERCEPÇÃO DA DEMANDA AO
LONGO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NA QUAL OS PEDIDOS PARA O
FORNECEDOR TÊM VARIÂNCIA DIFERENTE DA VARIÂNCIA DAS VENDAS
PARA O COMPRADOR.
¾ As empresas podem combater efetivamente esses efeitos pelo total entendimento das
causas fundamentais. A escolha das empresas é claro: ou o efeito chicote a paralisa ou
a empresa encontra um caminho para vencê-lo. A fim de reduzir este efeito a ATRA
por sua vez teve que manter uma atitude extremamente agressiva de vendas de
maquinas, principalmente no teclado aramaico

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O Efeito Chicote no Caso FACIT:

Gráfico 1 ‐ Efeito Chicote
9.000
8.000
7.000 Compra de Máquinas 
Atra Holland 
6.000
5.000
Venda de Máquinas  e 
4.000 Faturamento 
3.000
2.000 Estoque de Máquinas 
1.000 em Rotterdam  ‐
Holanda 
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006

ƒ Conclusões:
ƒ Troca de fabricante entre 2002 e 2003:
▪ Algumas causas e conseqüências do efeito chicote na cadeia de
suprimentos são claras no case da FACITRADE;
▪ Vemos notoriamente que uma política de compras feita com base em
vendas de anos anteriores não podem balizar a programação compras;
▪ A perspectiva de venda do teclado aramaico não se cumpriu e o
atacadista permanece ainda hoje com elevado estoque de maquinas com
teclado aramaico;
▪ Destaque de conceito: Towill, D.R. em seu artigo “On the bullwhip and
inventory variance produced by na ordering policy”, 06-01, 2003,
Omega – “O efeito chicote é um novo termo (mas não um novo
fenômeno) cunhado por Lee et al. Se refere a um cenário onde os
pedidos tendem a ter grandes flutuações nas vendas para o comprador
e a distorção se propaga contra corrente e de maneira amplificada.
▪ Aplicação de ½ milhão de dólares.

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1.3 A Decisão de Participação no Mercado Internacional

1.3.1 As primeiras indagações

A decisão de participar do mercado internacional deve ser objeto de análise e reflexão, pela
governança da organização e que requer estudos , diagnósticos e a vocação para uma mudança
inclusive cultural, no seio da empresa. Os questionamentos são vários:

$ O produto tem chances no competitivo mercado mundial ?


$ Como será a aceitação do produto ?
$ Que modificações o mercado deve demandar ?
$ Que investimentos seriam necessários ?
$ Que certificações são requeridas ?
$ Como exportar ?
$ Que canal deverá ser utilizado ?
$ E o seguro no comércio internacional ?
$ Quem paga o transporte na exportação ?
$ Quem são os competidores ?
$ Quais são os preços praticados no exterior ?
$ Que volume vende meus concorrentes ?
$ Quais são os riscos em uma operação de exportação ?
$ Como realizar um pós-venda no mercado internacional ?
$ Como agradar ao cliente no exterior ?

As respostas para todas estas peguntas podem estruturar uma estratégia de penetração e
principalmente, manutenção no mercado internacional. Devem ser pensadas, estruturadas e
discutidos, a ponto de se verificar os riscos e as consequencias da decisão tomada.

1.3.2 Mas o que efetivamente exportar ?

A decisão e a definição, sobre o produto a ser exportado, são também parte das primeiras
indagações necessárias, por parte da empresa. O produto atual atende aos quesitos de
qualidade, segurança e vai ao encontro dos costumes no país de destino ?

O produto tem o tamanho ideal ? A cor, o tamanho, o estilo que agradam no Brasil, agradarão
o consumidor no exterior ?

A análise criteriosa do produto é fundamental para se produzir exatamente ou o mais próximo


possível daquilo que o consumidor, além fronteira, deseja.

1.3.3 Embalagem

A embalagem é muito importante e ser previamente estudada, pois a rigor existem dois tipos
de embalagem, que são importantes no processo de finalização do produto. Primeiramente a
embalagem final, aquela que será a vista no produto lá fora. A embalagem deve seguir

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rigorosamente os padrões estabalecidos pela legislação no país de venda, como tipo de
etiqueta, dizeres, cores, tudo detalhadamente identificado anteriormente, exigencias legais,
descrição, tudo deve ser observado. A outra embalagem que deve ser bem estudada é a
externa, que além de fornecer os dados e informações requeridas pelas legislações, tanto
interna quanto externa, deve proteger o conteúdo de danos físicos, humidade, furto, além de
fazer a mercadoria chegar intacta no destino final.

1.3.4 Concorrência

Conhecer o seu adversário, esse é o dever de todo empreendedor que anseia pelo mercado
externo. Há casos inclusive de se desenvolver um relacionamento de cooperação, formação de
uma joint-venture para se fazer frente a outros concorrentes. A empresa deverá analisar se há
algum diferencial que se possa levar em conta, ou ser destacado. Há verba para propaganda e
divulgação na ponta ?? Como será o pós-venda ? Assistência técnica ?? Como os concorrentes
estã se portando ?

2 – ACESSO A MERCADOS – O PAÍS DE DESTINO


Quando há uma decisão sobre a decisão de participção no mercado exterior, a grande pergunta
é para onde exportar ? Geralmente se pensa nos Estados Unidos que é o maior comprador de
produtos brasileiros, o que vem sendo ameaçado pelo forte crexcimento do mercado chinês.
Uma boa peqsquisa de mercado poderia definir os principais mercados para o produto de uma
dada organização. A partir de informações disponíveis nos vários sites brasileiros, de
entidades de apoio ao comécio exterior, a empresa poderá saber os volumes, preços médios e
quantidades e qual produto está sendo vendido e para que mercados. Existem atualmente
ferramentas muito eficientes na obtenção dessas informações. São várias as entidades de
apoio às empresas, dentre alguns poderíamos relacionar as seguintes:

Informação sobre os Mercados:


- Ministério das Relações Exteriores;
- Câmaras de Comércio;
- Associações Comerciais;
- CENTRAL EXPORTAMINAS
- Federações de Comércio e indústria;
- SEBRAE;
- Missões Empresariais;
- Feiras Internacionais;
- Publicações especializadas;
- Comerciais Exportadoras;
- Nações Unidas.

18
2.1 A Conquista e a Diversificação de Mercados

A busca de novos mercados consumidores se traduz em uma excelente estratégia comercial a


longo prazo, considerando que a empresa já possui um bom desempenho no mercado
doméstico. As oscilações frutos de concorrência internacional, em um mundo globalizado, das
próprias alterações em função de políticas econômicas, falta de foco, capacitação,
sazanolidade, taxas de juros, câmbio, políticas públicas, alteração em legislações, alteração
do custo de commodities utilizadas como matéria prima, concorrências públicas, todos esses
fatores influenciam no desempenho comercial das empresas, exportadoras ou não.

Um bom momento para a empresa buscar o mercado internacional é justamente quando seus
negócios têm boa sustentação no mercado interno. Erra o empresário que buscar o mercado
externo apenas quando o mercado interno não atende aos anseios de resultado da organização
ou em declínio de resultados econômicos e financeiros. No momento de franco desempenho é
justamente o momento de se aspirar a dedicar parte da produção ao mercado externo, mesmo
que com baixa lucratividade, mas objetivando ganhar experiência e maturidade na gestão do
comércio com o exterior.

2.2 A Qualidade como Elemento para o Incremento dos Negócios

Em função do elevado nível de competitividade e rapidez que a informação circula no


mercado interncional, a qualidade passa ter uma função básica na conquista de mercados, mas
muito mais importante na manutenção e sustentabilidade da operação de participação do
mercado externo. Em função da busca e contínua necessidade de aprimoramento técnico, a
empresa passa a experimentar um novo patamar de qualificação, implementa novas
metodologias, acessa novas tecnologias e passa a criar diferenciais que poderão inclusive
sobressair no próprio mercado interno. Não só criando um diferencial de competitividade,
mas cria-se um referencial de qualidade que agrega valor por participar do mercado
internacional.

2.3 Aumento da Atividade Econômica e a Geração de Empregos

A incursão de uma empresa no mercado internacional, muitas vezes, muda a história da


empresa. Ela passa a ter uma atuação abrangente e passa a se relacionar com novos mercados
que alteram significamente a organização como um todo. Com o aumento dos negócios, são
gerados novos empregos, diretos e indiretos, novas oportunidades que alteram sobremaneira
uma micro ou macro região.

2.4 Canais para Acesso a Mercados - Brasil

2.4.1 Venda Direta


A venda direta é quando a empresa produtora e ou vendedora fatura suas vendas diretamente
ao cliente no exterior. Esse canal de exportação requer da empresa uma estrutura comercial e
administrativa, tanto para desenvolver estratégias e políticas de acessoa a mercados, quanto

19
para executar as providências administrativas, controles logísticos, cambiaise pós venda,
inclusive para assessorar a área técnica, para eventual reposição de peças e/ou serviços.

2.4.2 Venda Indireta - Equiparada a Exportação


A venda através de comerciais exportadoras, as vezes, pode apresentar uma ligeira redução
nos ganhos, mas por outro lado transfere à Comercial toda a questão logística, financeira e
cambial. Há comerciais exportadoras especializadas com canais de distribuição estabelecidos
no exterior ou mesmo que atuem em transações pontuais – spot transaction. Cabe à comercial
exportadora contratar o despachante aduaneiro e depois efetuar o procedimetno de
protocolização do Memorando de Exportação, do qual uma das vias deverá ser encaminhado
ao estabelecimento produtor e vendedor. Operação através dessas empresas vêem sendol alvo
de constantes alteração, com uma série de Instruções Normativas, através das quais a Receita
Federal vem atuando com uma forte atuação, no sentido de coibir superposição de CNPJ,
subfaturamento e outras ações. Posteriormente, quando falarmos dos procedimentos
administrativos da exportação, a operação via comercial exportadora será alvo de maiores
detalhes.

Empresas cuja natureza jurídica funcionem nos moldes de uma comercial exportadora, a saber
uma distribuidora, a empresa produtora/vendedora deverá faturar sempre para o recinto
alfandegado, local do desembaraço aduaneiro. Para a mercadoria possa entrar normalmente no
estoque da empresa, os impostos deverão ser recolhidos.

2.5 Canais para Acesso a Mercados - Exterior


Há vários canais para venda dos produtos brasileiros, que são definidos de acordo com a
política comercial da empresa, tipo de produto e destinação. Em ambos os casos, os canais
mais comuns são:

¾ Atacadistas
¾ Distribuidores
¾ Representantes
¾ Agentes

Esses canais também podem ser utilizados tanto pelo estabelecimento produtor/vendedor
quanto pela comercial exportadora

3 A LOGÍSTICA

Diagnosticado a condição de exportador ou importador, no ambito do comércio exterior, um


país com dimensões continentais exige muito mais de uma área de logística, exige uma
governança coordenada e colaborativa. No ambito nacional estudos da UFRJ mostram que as
500 maiores empresas brasileiras gastam perto de R$ 39 bi/ano, e que 80% das empresas se
utilizam de transporte rodoviário.
Conceitualmente, segundo o “Council of Logistics Management” , logística > “é o processo
de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem

20
de matérias primas e estoque durante a produção e produtos acabados, e as informações
relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, visando atender
aos requisitos do cliente”.

A cadeia logística na exportação, a exemplo de uma exportação marítima, apresenta o


seguinte fluxo de materiais:

Fig. 3: Cadeia Logística de Exportação via Marítima

3.1 O Incoterms – International Commercial Terms


É de fundamental importancia os negociadores da empresa conhecerem com detalhes os
termos, obrigações e direitos contidos no INCOTERMS. Baseado nestas práticas
internacionais é que podemos definir os negócios, sabendo os direitos e deveres em cada um
dos termos.

21
INCOTERMS
Termos Internacionais de Comércio

Grupo E Grupo F Grupo C Grupo D


Local de Principal veículo Principal veículo Entregue em
embarque de transporte de transporte local pré-determinado
não pago pelo pago pelo pelo importador
vendedor vendedor

EXW DAF
FCA CFR DES
FAS CIF DEQ
FOB CIP DDU
CPT DDP

EXW (EX Works) - Toda a responsabilidade da carga é do importador. O exportador tem a


obrigação apenas de disponibilizar o produto com Nota Fiscal, Fatura e Romaneio (Packing
List) em seu estabelecimento. A partir deste momento as despesas ou prejuízos com danos
ficam a carga de quem está comprando. Geralmente para se diminuir os riscos é necessário
contratar um operador logístico com atuação internacional.

FCA (Free Carrier) - O importador indica o local onde o exportador entregará a mercadoria,
onde cessam suas responsabilidades sobre a carga, que fica sob custódia do transportador.
Qualquer meio de transporte pode ser utilizado, inclusive o multimodal.

FAS (Free Alongside Ship) - A mercadoria deve ser entregue pelo exportador junto ao
costado do navio, já desembaraçada e totalmente livre para o embarque. As despesas de
carregamento e todas as demais, seguem por conta do importador. Esse Incoterm geralmente
é demandado para transporte marítimo ou hidroviário.

FOB (Free on Board) – esta é a modalidade mais usada em todo o mundo.Cabe ao exportador
entregar a mercadoria já desembaraçada a bordo do navio em porto de embarque indicado
pelo importador, livre de qualquer ônus. Dessa maneira, todas as despesas no país de origem
ficam a cargo do exportador. Todos as demais despesas, tais como frete e seguro, além da
movimentação da carga no destino, correm por conta do importador. Esse Incoterm é restrito
aos transportes marítimo e hidroviário.

CFR (Cost and Freight) – Neste Incoterm, o exportador entrega a carga no porto de destino,

22
assumindo todas as despesas com frete marítimo. A responsabilidade do exportador cessa a
partir do momento em que a mercadoria cruza a murada do navio, o que faz com que o seguro
seja pago pelo importador, assim como o desembaraço no destino, inclusive devolução do
container quando for o caso. Esse Incoterm está restrito aos modais marítimo hidroviário.

CIF (Cost, Insurance and Freight) – Esse Incoterm é também amplamente utilizado por
empresas que já contam com certa experiência no mercado internacional, por sua semelhança
ao CFR, mas o exportador é responsável também pelo valor do seguro, geralmente é feito uma
apólice que contemple embarques futoros e sejam definidos inclusive o valor mínimo por
embarque. O exportador é responsável pela entrega da carga a bordo do navio, no porto de
embarque, com frete e seguro pagos. A modalidade também é restrita aos modais marítimo e
hidroviário.

CPT (Carriage Paid to) - O termo reúne as mesmas obrigações do CFR, ou seja, o exportador
deverá pagar as despesas de embarque da mercadoria e seu frete internacional até o local de
destino designado. A diferença é que pode ser utilizado com relação a qualquer meio de
transporte.

CIP (Carriage and Insurance Paid to) - A modalidade tem as mesmas características do CIF,
onde o exportador arca com as despesas de embarque, do frete até o local de destino e do
seguro da mercadoria até o local de destino indicado. A diferença é que pode ser utilizado
para todos os meios de transporte, inclusive o multimodal.

DAF (Delivered At Frontier) - A carga é empregue pelo exportador no limite de fronteira


com o país importador. Este termo é utilizado principalmente nos casos de transporte
rodoviário ou ferroviário. Esse Incoterm é frequentemente usado por exportadores brasileiros
com paíeses fronteiriços.

DES (Delivered Ex Ship) - O exportador coloca a carga a disposição do importador no local


de destino, a bordo do navio, arcando com todas as despesas de frete e seguro, ficando isento
apenas dos custos de desembaraço. Esse Incoterm é utilizado exclusivamente para transporte
marítimo ou hidroviário.

DEQ (Delivered Ex Quay) - Nesse Incoterm a mercadoria é disponibilizada ao importador no


porto de destino designado, cabendo ao exportador, além de custos de frete e seguro, arcar
com as despesas e gastos com desembarque. O importador é responsável pelos gastos com
desembaraço e demais despesas após este processo.

DDU (Delivered Duty Unpaid) – Empresas com experiência e vivência no mercado


internacional utilizam essa modalidade possibilita o chamado esquema porta-a-porta, que se
apresenta como diferencial de mercado, uma vez que fica a cargo do exportador entregar a
mercadoria no local designado pelo importador, com todas as despesas pagos, excetuando
apenas os pagamentos de direitos aduaneiros, impostos e demais encargos da importação.
Pode ser utilizado para qualquer modalidade de transporte.

DDP (Delivered Duty Paid) - Esse Incoterm é utilizado apenas por empresas mais experientes
no mercado internacional e que também tenha confiança em seu operador logístico. Esse
sistema se apresenta exatamente o oposto do EXW, pois toda a responsabilidade da carga é do
exportador. Ele tem o compromisso de entregar a mercadoria no local determinado pelo

23
importador, pagando inclusive todos impostos, e todas as despesas e encargos de importação.
Essa condição pode ser utilizada com qualquer modalidade de transporte.

3.2 Transporte – conceito


É a atividade logística que permite a movimentação de mercadorias, desde a matéria prima,
material em processamento e de produtos acabados. O transporte carrega de um a dois terços
dos custos logísticos, O transporte é a interface entre os pontos produtores e consumidores e
agrega valor ao produto. A rigor é uma das atividades primárias da logística, bem como
estoques, informações e instalações.

3.2.1 Modais de Transporte:


• Marítimo
• Aéreo
• Fluvial
• Rodoviário
• Ferroviário
• Intermodal

3.2.2 A Decisão sobre os Modais de Transporte


A empresa quanto mais capacitada, mais agrega valor ao seu produto, incluindo a
responsabilidade na contratação de serviços, como o nosso foco é em gestão internacional,
vamos apresentar os aspectos inerentes a área:
• Capacidade de agregar valor/responsabilidades (frete e seguro)
• Análise dos modais possíveis conforme o país de destino/origem
• Conhecimento de todas as exigências quanto a embalagem
• Limitações gravimétricas

3.2.3 Atividades primárias da logística


A empresa que se apresenta capacitada para participar e se manter no mercado internacional
deve ter critérios para escolha do seu operador logístico, podendo as vezes, conforme o porte
poderá ajustar parcerias com intuito de desenvolver soluções logísticas, e não simplesmente
contratar um transportador. Muitas vezes o frete impacta na competitividade da empresa
exportadora e é de vital importancia também na atividade importadora, inclui-se aqui
competencia na gestão do transporte interno, independente de seu modal. As atividades
primárias da logística são fatores chave nas cadeias de suprimentos. Dentre elas destacamos:
transporte, gestão de estoques, governança, estrutura de estoque e distribuição

Neste momento, é importante a análise geral e completa dos custos de todas as fases do
processo. Uma solução logísitca significa ter o produto certo, no local certo e no tempo certo.
É necessário saber avaliar todos os custos envolvidos no processo com a percepção do todo. A
gestão de materiais e controle de estoques têm sido contemplados com tecnologias onde a
melhora de eficiencia, redução de estoques e ganhos financeiros têm sido observados a TI tem

24
se mostrado fundamental nesses processos. No ambiente da logística veremos a seguir sobe os
modais mais usuais de transporte.

3.3 Frete – conceito


Podemos conceituar como frete o preço do transporte, em seus mais variados modais. O valor
que se paga pelo serviço de transporte de referida mercadoria de um local a outro, podendo
esse serviço ser feito a níveis nacional ou internacional.

3.3.1 Transporte marítimo – cálculo


Para calcularmos o frete marítimo, devemos levar em consideração vários fatores, dentre eles
relacionamos:
• Frete: relação de dados gravimétricos e volumétricos (peso e volume)
• Sobretaxas: volume/dimensão e combustivel
• Risco de guerra
• Adicional portuário
• Diferenças cambiais
• Depesas adicionais na origem ou destino
O conhecimento de transporte é chamado de B/L – Bill of Lading.

3.3.1.1 Transporte marítimo – pagamento

• Pré-pago (prepaid) – origem/destino


• A pagar (collect)

3.3.2 Transporte Aéreo


O frete aéreo é calculado tendo como base as características gravimétricas e volumétricas da
carga. Geralmente o operador logístico oferece diferentes preços conforme a evolução do peso
da carga e seu volume. A constância e regularidade das cargas é um fator prepoderante na
obtenção de melhores tarifas.
A carga pode apresentar seu cálculo definido pelo volume, quando a sua correlação com o
peso, apresenta um resultado superior. O calculo é feito pela transofrmação do seu volume em
“peso”, dando “cubagem”:

Comprimento x largura x altura / 6000


=
kg / volume a ser cobrado
O conhecimento de transporte é denominado AWB – Air Way Bill.

3.3.3 Frete Aéreo - pagamento


Fatores relevantes que definem o custo do frete, nos diferentes modais, são eles:
• O tipo de mercadoria
• Peso líquido

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• Peso bruto
• Análise comparativa dos dados volumétricos e gravimétricos
• Valor conforme o INCOTERM negociado entre as partes
• Destino/Origem
• Tempo de transito da embarcação
• Prazo de entrega
• Momento político - adicionais
• Volume de importação e exportação do país (frequencia)

3.3.4 Transporte Fluvial


O transporte fluvial é um modal muito comum e utilizado na Europa e Estados Unidos. No
Brasil temos alguns casos de transportes regionais como no Rio São Francisco, mas o “case”
de sucesso e mais interessante é o escoamento de parte da soja do Mato Grosso, através do
Amazonas, onde a soja é escoada através de barcaças até estações para transbordo a grandes
graneleiros.

Alguns rios no Brasil não favorecem o transporte fluvial por apresentarem reduzido calado e
alguns, grande volume de pedras.

3.3.5 Transporte Rodoviário


O Brasil possui a maior malha rodoviária da América do Sul e em condições sofríveis,
devido aos vários anos sem conservação e poucos investimentos.
Para se desenvolver o cálculo de um transporte rodoviário, além da distância a ser percorrida,
o transporte rodoviário tem vários outros fatores que influenciam diretamente no seu cálculo:
• Tipo de caminhão
• Tipo de carga e suas condições de ambalagem e manuseio
• Análise volumétrica e gravimétrica
• Adicional - Seguro obrigatório (Ad valorem)
• Conservação das estradas
• Equipamentos para descarga no destino
No Brasil a malha pavimentada, que em 1990 era de 139 mil km, cresceu para 165 mil km em
2000. Uma taxa de 1,38% ªª, o que representa apenas 10% da malha total.

O conhecimento de transporte é o CRT

26
3.3.6 Transporte Ferroviário

Fig. 3 Fonte: Ministéio dos Transportes

3.3.7 A Atividade Logística para a Internacionalização

A logística é uma das atividades mais complexas nas operações internacionais, que pode se
tornar mais simples ou de elevado grau de complexidade, considerando os produtos a serem
transportados, a embalagem, características peculiares, origem e destino, bem como o prazo
para se cumprir a entrega de referido produto. A decisão na governança é complexa. Devemos
considerar o custo benefício, confiabilidade, tempo de entrega, TI, dentre outros onde torna-se
fundamental uma visão sistemcia para se analisar caso a caso e suas peculiaridades.

Assim que se tem uma clara definição dos bens a serem transportados, sua características,
suas informações volumétricas e gravimétricas, tempo de entrega, origem, destino, valores
disponíveis para pagamento de frete, seguro e demais características caberá a difícil decisão
da escolha do operador logísitico. Há uma tendencia de fusões, incorporações em função do
elevado grau de competitvidade nessa área.

É importante saber, em função da necessidade, a estrutura a níveis nacional e internacional da


empresa. Relacionar as competências e os recursos dos provedores de soluções logísticas a
saber:

CD’s - Centros de Distribuição: São áreas de armazéns modernos, dotados de recursos para
movimentação, armazenagem e distribuição de cargas. Geralmente essas áreas são dotados de
recursos estruturais e de TI para perfeita movimentação de carga, o objetivo é fazer chegar a
mercadoria no lugar certo e na hora certa.

27
Cross-docking: É o sistema operacional que permite uma mercadoria chegar e dalí, após
cumprimento de atividades de controle e execução, apesar de uma referida origem é destinado
a diferentes destinos. Uma perfeita gestão é necessária, a fim de se dar a destinação certa,
onde a mercadoria é dividida a dois ou mais veículos de transporte de carga, de menor porte,
obetivando a entrega em pontas finais.
Door-to-door – “Porta a Porta”: Quando em uma operação internacional se contempla essa
modalidade, significa maturidade do exportador em função do grau de especialização que essa
modalidade requer.
Multimodal: Prevê-se que é a utilização de mais um modal de transporte.

3.4 Custos Logísticos


Os custos logísticos podem ser calculados em toda a cadeia de suprimentos, mas dependendo
da modalidade da venda, o custo de cada elo da cadeia será de responsabilidade de cada parte,
em acordo com o INCOTERM negociado. A modalidade da venda define quem contrata o
que até onde, sob responsabilidade de quem. A definição da venda define a governança e a
função e obrigação de cada parte.

Considerando o produto, no estoque do estabelecimento do produtor, começa aí a primeira


despesa a incorrer, já para carregar no veículo destinado ao transporte interno, ou transito
interno e externo, conforme cada caso.

A) Seguro;
B) Carregamento da mercadoria ou ovação de container;
C) Transporte interno até a zona alfandegada, destinada a desembaraço;
D) Dsembaraço aduaneiro;
E) Manuseio da carga/estiva;
F) Armazenagem;
G) Descarga no destino;
H) Impostos;
I) Outros.

4 PROVIDÊNCIAS PARA A EMPRESA EXPORTAR


4.1 Considerações de Caráter Geral
Quando uma empresa decide exportar, a primeira análise a ser feita é saber se a atividade
desejada está contemplada no Contrato Social. Assim sendo, o capital integralizado deve
também nortear o volume de negócios que a empresa realiza, apesar das controvérsias, tem
sido o viés da Receita Federal no que tange ao volume de negócios realizados pelo
contribuinte. Com essas bases feitas, a empresa deve se registrar junto às autoridads
competentes, a fim de se cumprir todas exigencias legais. A certificação sempre é um

28
diferencial, principalmente em mercados mais sofisticados. Para realizar operações acima de
US$ 10.000,00 toda empresa exportadora deve utilizar um despachante aduaneiro, que
também encaminha os documentos junto à Receita Federal e acompanha o registro junto ao
SISCOMEX Sistema Integrado de Comércio Exterior, mas analisaremos alguns participantes
no processamento das exportações.

4.2 SRF – Secretaria da Receita Federal


A Secretaria da Receita Federal é o principal Orgão interveniente no comércio exterior
brasileiro, que opera o Sistema Integrado de Comércio Exterior, que é um instrumento que
veio a integrar as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de
comércio exterior – exportação e importação, através de um fluxo computadorizado contendo
informações, que processadas de maneira exclusiva e obrigatória pelo sistema.

Vantagens:
¾ Agilidade
¾ Multiplicação dos pontos de atendimento
¾ Simplificação e padronização de ações no que tange as operações de comércio exterior
¾ Diminuição do fluxo físico de documentos
¾ Entrada e alteração de informes/dados
¾ Redução de custos
¾ Acesso facilitado ao processo
¾ Facilitação no cadastramento de representante legal
¾ Velocidade do sistema

4.2.1 Habilitação no SISCOMEX


Devemos observar o disposto na Instrução Normatica 650 da receita Federal, transcrito
abaixo, e suas posteriores alterações:
Habilitação Ordinária (IN 650)
(para pessoa jurídica que atue habitualmente no comércio exterior, ou seja, que opere am cada
período consecutivo de 6 meses no valor superior a USD 150.000,00 )

A habilitação do responsável legal pela pessoa jurídica, na modalidade ordinária, será feita mediante
requerimento, conforme o modelo constante dos Anexos I e II a esta Instrução Normativa, subscrito
por qualquer das pessoas físicas que atendam aos critérios de qualificação constantes da tabela do
Anexo V à Instrução Normativa RFB nº 568, de 2005, ou seu respectivo representante, à unidade de
jurisdição aduaneira do estabelecimento matriz, instruído com os documentos abaixo relacionados:
SIM NÃO I – Cópia autenticada dos atos constitutivos da pessoa jurídica, ou de
sua última consolidação, e alterações realizadas nos últimos dois anos;
SIM NÃO II – Original da certidão específica da Junta Comercial, contendo o
histórico de todas as alterações dos atos constitutivos da pessoa jurídica,
expedida há, no máximo, noventa dias;

29
SIM NÃO III - Cópia autenticada do documento de identificação do responsável
pela pessoa jurídica, ou do signatário do requerimento, se forem pessoas
diferentes;
SIM NÃO IV - Cópia autenticada instrumento de outorga de poderes para
representação da pessoa jurídica, quando for o caso;
SIM NÃO V - Cópia autenticada do documento de identificação do responsável
pela elaboração da escrituração contábil-fiscal;
SIM NÃO VI – Cópia autenticada do balanço patrimonial relativo ao último
exercício encerrado ou balanço de abertura, e balancete de verificação
relativo ao mês anterior ao da protocolização do requerimento de habilitação, assinados pelo
contador e por pessoa que atenda critério de qualificação constante da tabela do Anexo V à IN
RFB nº 568, de 8 de setembro de 2005;
SIM NÃO VII - Cópia autenticada do demonstrativo de resultados, relativo ao
último período encerrado;
SIM NÃO VIII – Cópia autenticada da prova da integralização ou aumento de
capital que tenha ocorrido nos três anos-calendário anteriores ao do
pedido de habilitação;
SIM NÃO IX - Cópia autenticada dos documentos relativos aos imóveis onde
funcionam o estabelecimento matriz e o principal depósito da requerente:
SIM NÃO a) Cópia autenticada da guia de apuração e lançamento do Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU) ou Declaração do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural (DITR), com os dados cadastrais do imóvel; e
SIM NÃO b) Cópia autenticada da nota fiscal de energia elétrica ou de telefone do
mês anterior ao da protocolização do requerimento;
SIM NÃO X - Cópia autenticada das guias de informação e apuração do Imposto
sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS)
apresentadas ao fisco estadual ou distrital, relativas ao período de que trata o Anexo I-A a este
Ato Declaratório, se for contribuinte desse imposto; e/ou,
SIM NÃO XI - Cópia autenticada das guias de informação e apuração do Imposto
Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) apresentadas ao fisco distrital
ou municipal, relativas ao período de que trata o Anexo I-A, se for contribuinte desse
imposto.
SIM NÃO
XII - Original dos Anexos I e II da IN no. 650/2006, com
reconhecimento de firma

O requerimento de habilitação será instruído também com os Anexos I-A, I-B e I-C ao Ato
Declaratório Executivo COANA no. 3, para atender ao disposto no inciso IV do art. 5o da IN
SRF nº 650, de 2006, contendo as seguintes informações:

30
SIM NÃO I - elementos indicativos da atuação comercial da pessoa jurídica, com as
informações relativas aos três meses imediatamente anteriores à
protocolização do pedido ou, quando se tratar de atividade sazonal, aos
três meses consecutivos de maior movimento a partir do ano-calendário anterior (Anexo I -
A);
SIM NÃO II - informações contábeis resumidas da pessoa jurídica, com a indicação
do saldo das contas no último dia do mês imediatamente anterior ao da
protocolização do pedido (Anexo I - B); e
SIM NÃO III - demonstrativo sumário da origem dos recursos a serem empregados
pela pessoa jurídica, com a projeção do fluxo de caixa para os seis meses
subseqüentes à protocolização do pedido (Anexo I - C).
§ 1º Os demonstrativos referidos nos incisos I a III do caput deverão ser:
I - subscritos por uma das pessoas físicas que atendam aos critérios de qualificação constantes
da tabela do Anexo V à Instrução Normativa RFB nº 568, de 2005 ou seu respectivo
representante, e pelo responsável pela elaboração da escrituração contábil-fiscal quando for o
caso; e
SIM NÃO II - entregues também em meio magnético, em planilha eletrônica,
conforme modelo disponibilizado pela SRF em seu sítio na Internet.
§ 2º Os demonstrativos referidos nos incisos I a III do caput serão disponibilizados sob
formato de aplicativo, capaz de identificar inconsistências no preenchimento assim como
identificar previamente se os valores das estimativas apresentadas são compatíveis com os
dados informados.
§ 3º A revisão das estimativas, a pedido do interessado, deverá ser efetuada mediante
protocolização de requerimento instruído com os documentos referidos nos incisos VI, VII,
VIII, X e XI do art. 2º e os demonstrativos referidos caput do art. 3º.
§ 4º O prazo para conclusão da revisão das estimativas a que refere o § 3º será de dez dias,
contados da data de protocolização, findo o qual, os valores apresentados pelo requerente
consideram-se aceitos, salvo na hipótese referida no 2º do art. 23 da IN SRF nº 650, de 2006.

Observações:
§ 1º Ficam dispensadas da apresentação dos documentos a que se referem os incisos V, VI, e
VII do caput, as pessoas jurídicas optantes pelo regime de Lucro Presumido ou Lucro
Arbitrado, bem como aquelas inscritas no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples).
§ 2º A dispensa de que trata o § 1º aplica-se exclusivamente às pessoas jurídicas que não
possuam escrituração contábil e será suprida pela apresentação do Livro Caixa relativo ao
ano-calendário anterior, revestido das formalidades exigidas pelo Regulamento do Imposto de
Renda.
§ 3º Quando a periodicidade de apresentação dos documentos a que se referem os incisos X e
XI impedir o cumprimento daquelas exigências, as guias de informação poderão ser

31
substituídas pelas cópias do Livro de Apuração do ICMS ou ISS, do mesmo período referido
nesses incisos.
§ 4º A não-apresentação de qualquer um dos documentos relacionados neste artigo deverá ser
justificada por escrito.

ANEXO I
(Instrução Normativa no. 650)

REQUERIMENTO DE HABILITAÇÃO

1.1.1.1.1

1.1.1.1.2 Instruções de Preenchimento

QUADRO I. IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE / INTERESSADO


Deve ser preenchido com os dados da pessoa física ou jurídica interessada.
1. Nome / Nome empresarial / Razão Social (sem abreviações): Preencher com o nome da pessoa
física, com o nome empresarial ou razão social, conforme o caso. Observar a mesma grafia que consta
CPF ou do CNPJ.
2. CPF / CNPJ: Preencher com o número de inscrição no CPF ou CNPJ, conforme o caso.
3. Código da Natureza Jurídica e descrição: Sendo pessoa física, preencher com a expressão
“pessoa física”. Sendo pessoa jurídica, indicar o código da natureza jurídica da requerente, conforme
consta no cartão do CNPJ.
4. Endereço completo do estabelecimento matriz (logradouro, nº, complemento, bairro, cidade,
estado e CEP): Preencher com o endereço completo da pessoa física ou do estabelecimento matriz,
quando pessoa jurídica.
5. Sítio da internet (endereço da página na internet): Preencher com o endereço completo do sítio
da pessoa jurídica na internet. Sendo pessoa física, deixar em branco.
6. Nomes e Telefones de contato (máximo 3): Preencher com até três números de telefone e nome de
pessoa para contato, incluindo o código de área (DDD), no formato (DDD) NNNN.NNNN.
7. Modalidade de habilitação pretendida: Preencher com a modalidade de habilitação pretendida e a
situação que motivou o respectivo enquadramento, conforme art. 2º da Instrução Normativa.

QUADRO II. IDENTIFICAÇÃO DA SUCESSORA


Este quadro só deverá ser preenchido quando se tratar de pedido de habilitação na modalidade restrita,
e na situação em que a pessoa jurídica interessada foi fusionada, cindida ou incorporada. Os dados
devem ser da sucessora ou incorporadora.
1. Nome empresarial / Razão Social (sem abreviações): Preencher com o nome empresarial ou
razão social, conforme consta no CNPJ.
2. CNPJ: Preencher com o número de inscrição no CNPJ.
3. Código da Natureza Jurídica e descrição: Indicar o código da natureza jurídica da sucessora,
conforme consta no cartão do CNPJ.
4. Endereço completo do estabelecimento matriz (logradouro, nº, complemento, bairro, cidade,
estado e CEP): Preencher com o endereço completo do estabelecimento matriz.

32
5. Sítio da internet (endereço da página na internet): Preencher com o endereço completo do sítio
da pessoa jurídica na internet.
6. Nomes e Telefones de contato (máximo 3): Preencher com até três números de telefone e nome de
pessoa para contato, incluindo o código de área (DDD), no formato (DDD) NNNN.NNNN.

QUADRO III. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PERANTE O SISCOMEX


Deve ser preenchido com os dados da pessoa física que será habilitada como
representante da interessada perante o Siscomex. Para pessoas jurídicas só
poderão ser admitidas como tal, as pessoas físicas com a qualificação de
representante indicada na Tabela do Anexo V da IN RFB nº 568, de 2005. Caso
a empresa pretenda habilitar mais de um representante, preencher tantos
quadros quantos forem os representantes (utilizar as funções “copiar” e “colar”).

No caso de pessoa física qualificada como produtor rural, artesão, artista ou


assemelhado, o responsável será o próprio interessado.

Para as demais pessoas físicas, indicar nesse quadro os dados da pessoa física
que atuará como seu representante, que tanto pode ser o interessado como o
despachante aduaneiro por ele escolhido.
1. Nome completo (sem abreviações): Preencher com o nome completo do responsável.
2. CPF: Preencher com o número de inscrição do responsável no CPF.
3. Documento Identidade / Órgão emissor: Preencher com o número da identidade e a sigla do
órgão emissor.
4. Qualificação: Indicar a qualificação do responsável, conforme indicado na Tabela do Anexo V da
IN RFB nº 568, de 2005. Tratando-se de habilitação de pessoa física, deixar o quadro em branco.
5. Endereço completo (logradouro, nº, complemento, bairro, cidade, estado e CEP): Preencher
com o endereço completo do responsável.
6. Endereço eletrônico (“e-mail”): Preencher com o endereço eletrônico do responsável (“e-mail”).
Preencher somente no caso de concordar em receber correspondência da SRF nesse endereço
eletrônico.
7. Telefones de contato (máximo 3): Preencher com até três números de telefone de contato da
pessoa física, incluindo o código de área (DDD), no formato (DDD) NNNN.NNNN.

QUADRO IV. IDENTIFICAÇÃO DO PROCURADOR


Preencher somente quando o pedido for protocolizado por procurador. Deve ser
preenchido com os dados da pessoa física autorizada a pleitear a habilitação em
nome da pessoa física ou jurídica. Nesse caso, é indispensável apresentar o
instrumento de mandato respectivo. O procurador não poderá ser habilitado
como responsável no Siscomex. Preencher os campos conforme instruções de
preenchimento do Quadro III.

1.1.1.2

1.1.1.3 QUADRO XIII. DECLARAÇÃO


Ler atentamente a declaração firmada pelo responsável ou seu procurador.

33
1.1.1.4

1.1.1.5 QUADRO XIV. FIRMA / ASSINATURA


1. Data: Data de protocolização, a ser preenchido pelo servidor da SRF que receber o requerimento.
2. Assinatura: Assinar e reconhecer firma em cartório. A assinatura diante de
servidor da SRF dispensa o reconhecimento da firma.MINISTÉRIO DA
FAZENDA - Secretaria da Receita Federal
REQUERIMENTO DE HABILITAÇÃO

1.1.1.6

1.2 I. IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE/INTERESSADO

1.2.1 1. Nome / Nome empresarial / Razão Social (sem abreviações)

1.2.2 2. CPF/ CNPJ 1.2.3 3. Código da Natureza Jurídica e descrição

4. Endereço completo do estabelecimento matriz (logradouro, nº, complemento, bairro, cidade, estado e CEP)

1.2.4 5. Sítio da internet (endereço da página na internet)

1.2.5

1.2.6 6. Telefones de contato (máximo 3)

7. Modalidade de Habilitação Pretendida

1.3 II. IDENTIFICAÇÃO DA SUCESSORA (Somente na modalidade restrita)

1.3.1 1. Nome empresarial / Razão Social (sem abreviações)

1.3.2 2. CNPJ 1.3.3 3. Código da Natureza Jurídica e descrição

4. Endereço completo do estabelecimento matriz (logradouro, nº, complemento, bairro, cidade, estado e CEP)

1.3.4 5. Sítio da internet (endereço da página na internet)

1.3.5

1.3.6 6. Nomes e telefones de contato (máximo 3)

34
1.4 III. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PERANTE O SISCOMEX

1.4.1 1. Nome completo (sem abreviações)

1.4.2 2. CPF 1.4.3 3. Documento Identidade / Órgão emissor

4. Qualificação

5. Endereço completo (logradouro, nº, complemento, bairro, cidade, estado e CEP)

1.4.4 6. Endereço eletrônico (“e-mail”)

1.4.5

1.4.6 7. Telefones de contato (máximo 3)

1.5 IV. IDENTIFICAÇÃO DO PROCURADOR

1.5.1 1. Nome completo (sem abreviações)

1.5.2 2. CPF 1.5.3 3. Documento Identidade/Órgão emissor

4. Endereço completo (logradouro, nº, complemento, bairro, cidade, estado e CEP)

1.5.4 5. Endereço eletrônico (“e-mail”)

1.5.5

1.5.6 6. Telefones de contato (máximo 3)

1.6 V. DECLARAÇÃO

O requerente ou seu procurador, adiante assinado, declara expressamente, sob as penas da lei, estar autorizado a pleitear a
habilitação em nome da pessoa qualificada no quadro I, e que as informações prestadas são verdadeiras.

1.7 VI. FIRMA / ASSINATURA

1.8 Responsável / Procurador

1. Data: 2. Assinatura:

35
Aprovado pela IN SRF no 650, de 12 de maio de 2006.
ANEXO II

INSTRUÇÃO NORMATIVA NO. 650

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

MODALIDADE ORDINÁRIA

1.8.1.1.1 Instruções de Preenchimento

Observação importante: Este Anexo só deverá ser preenchido por pessoas jurídicas que estejam
pleiteando habilitação na modalidade ordinária.

QUADRO I. DADOS DO RESPONSÁVEL POR TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS


Deve ser preenchido com os dados da pessoa física responsável pelas
transações internacionais. Caso haja, na empresa, mais de uma pessoa
responsável por essas transações, devem ser preenchidos tantos quadros
quantos forem os responsáveis (utilizar as funções “copiar” e colar”).
1. Nome completo (sem abreviações): Preencher com o nome completo do responsável pelas
transações internacionais.
2. CPF: Preencher com o número de inscrição do responsável no CPF.
3. Documento Identidade / Órgão emissor: Preencher com o número da identidade e a sigla do
órgão emissor.
4. Endereço completo (logradouro, nº, complemento, bairro, cidade, estado e CEP): Preencher
com o endereço completo do responsável.
5. Tipo de vinculação com a requerente: Preencher com o tipo de vinculação, conforme o caso
(sócio cotista, sócio administrador, gerente, empregado, prestador de serviço etc).
6. Endereço eletrônico (“e-mail”): Preencher com o endereço eletrônico do responsável (“e-mail”).
Preencher somente no caso de concordar em receber correspondência da SRF nesse endereço
eletrônico.
7. Telefones de contato (máximo 3): Preencher com até três números de telefone de contato da
pessoa física, incluindo o código de área (DDD), no formato (DDD) NNNN.NNNN.

QUADRO II. IDENTIFICAÇÃO DO CONTABILISTA


Deve ser preenchido com os dados da pessoa física responsável pela
escrituração contábil da empresa. O quadro pode ser deixado em branco quando
a empresa não estiver obrigada a manter escrituração contábil. Preencher os
campos conforme instruções de preenchimento do Quadro I.

36
QUADRO III. DADOS DO IMÓVEL DO ESTABELECIMENTO MATRIZ
Preencher com as informações relativas ao imóvel onde funciona o
estabelecimento matriz da requerente.
1. CPF/CNPJ do proprietário: Preencher com o número de inscrição do proprietário do imóvel no
CPF ou CNPJ, conforme o caso.
2. Tipo de posse: Indicar a que título a empresa ocupa o local (propriedade, locação, usufruto, cessão
não-onerosa etc).
3. Número do cadastro no IPTU: Preencher com o número de inscrição do imóvel para fins de
pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).
4. Valor venal (IPTU): Preencher com o valor venal do imóvel, em reais, indicado na Guia de
Lançamento e Apuração do IPTU.
5. Área total do imóvel: Preencher com a área total do imóvel, em metros quadrados.
6. Área utilizada: Preencher com a área do imóvel, em metros quadrados, efetivamente utilizada pela
empresa.
7. Data de início do contrato: Caso a ocupação do imóvel esteja amparada em contrato, público ou
particular, indicar a data de início da sua vigência.
8. Data de término do contrato: Caso a ocupação do imóvel esteja amparada em contrato, público ou
particular, indicar a data de término da sua vigência.
9. Valor do contrato: Caso a ocupação do imóvel esteja amparada em contrato oneroso, indicar o
valor mensal, em reais, pago pela empresa.

QUADRO IV. DADOS DO IMÓVEL DO PRINCIPAL DEPÓSITO


Preencher com as informações relativas ao imóvel onde funciona o principal
depósito da requerente, se for o caso. Para o preenchimento, observar as
instruções do quadro IV.

QUADRO V. ESTRUTURA OPERACIONAL


Preencher com as informações relativas aos empregados e veículos da
empresa.
1. Total: Preencher com o número total de empregados da pessoa jurídica da requerente.
2. Administração: Preencher com o número de empregados alocados na área administrativa da pessoa
jurídica da requerente.
3. Produção: Preencher com o número de empregados alocados na área de produção da pessoa
jurídica da requerente.
4. Vendas: Preencher com o número de empregados alocados na área comercial da pessoa jurídica da
requerente.
5. Folha de pagamento mensal: Preencher com o valor, em reais, da folha de pagamento do último
mês (incluindo todos os encargos).
6. Total: Preencher com a quantidade total de veículos de propriedade da empresa.
7. Automóveis: Preencher com a quantidade de automóveis de propriedade da empresa.
8. Camionetas: Preencher com a quantidade de camionetas de propriedade da empresa.
9. Caminhões: Preencher com a quantidade de caminhões de propriedade da empresa.

37
10. Valor total dos veículos: Preencher com o valor total, em reais, dos veículos de propriedade da
empresa.

QUADRO VI. CLIENTES NO PAÍS


Preencher com as informações relativas aos 3 maiores possíveis clientes da
requerente no país (um quadro para cada cliente).
1. CPF/CNPJ: Preencher com o número de inscrição do cliente no CPF/CNPJ.
2. Nome ou razão social: Preencher com o nome completo ou razão social do cliente.
3. Nome da pessoa de contato: Preencher com o nome da pessoa de contato do cliente.
4. DDD, telefone e fax: Preencher com o número do DDD e do telefone e fax da pessoa de contato.
5. Produto 1: Preencher com o nome do produto de maior valor agregado na comercialização com o
cliente.
6. Marca comercial 1: Preencher com a marca comercial do produto de maior valor agregado na
comercialização com o cliente.
7. Produto 2: Preencher com o nome do 2º produto de maior valor agregado na comercialização com
o cliente.
8. Marca comercial 2: Preencher com a marca comercial do 2º produto de maior valor agregado na
comercialização com o cliente.
9. Produto 3: Preencher com o nome do 3º produto de maior valor agregado na comercialização com
o cliente.
10. Marca comercial 3: Preencher com a marca comercial do 3º produto de maior valor agregado na
comercialização com o cliente.

QUADRO VII. FORNECEDORES NO PAÍS


Preencher com as informações relativas aos 3 maiores possíveis fornecedores
da requerente no país (um quadro para cada cliente). Observar as instruções de
preenchimento do Quadro VI.

QUADRO VIII. CLIENTES NO EXTERIOR


Preencher com as informações relativas aos 3 maiores possíveis clientes da
requerente no país (um quadro para cada cliente).
1. País de localização: Preencher com o nome do país de localização do estabelecimento do cliente no
exterior.
2. Nome ou razão social: Preencher com o nome completo ou razão social do cliente.
3. Nome da pessoa de contato: Preencher com o nome da pessoa de contato do cliente.
4. DDI e código de área, telefone e fax: Preencher com os números do DDI do país, código de área e
do telefone e fax da pessoa de contato.
5. Produto 1: Preencher com o nome do produto de maior valor agregado na comercialização com o
cliente.
6. Marca comercial 1: Preencher com a marca comercial do produto de maior valor agregado na
comercialização com o cliente.

38
7. Produto 2: Preencher com o nome do 2º produto de maior valor agregado na comercialização com
o cliente.
8. Marca comercial 2: Preencher com a marca comercial do 2º produto de maior valor agregado na
comercialização com o cliente.
9. Produto 3: Preencher com o nome do 3º produto de maior valor agregado na comercialização com
o cliente.
10. Marca comercial 3: Preencher com a marca comercial do 3º produto de maior valor agregado na
comercialização com o cliente.

QUADRO IX. FORNECEDORES NO EXTERIOR

1.8.1.2 Preencher com as informações relativas aos 3 maiores possíveis fornecedores da


requerente no exterior (um quadro para cada cliente). Observar as instruções de
preenchimento do Quadro VI.

1.8.1.3

1.8.1.4 QUADRO X. FIRMA / ASSINATURA


1. Data: Data de protocolização, a ser preenchido pelo servidor da SRF que receber o requerimento.
2. Assinatura: Assinar e reconhecer firma em cartório. A assinatura diante de servidor da
SRF dispensa o reconhecimento da firma.MINISTÉRIO DA FAZENDA - Secretaria da
Receita Federal

1.9 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

1.9.1.1.1.1 MODALIDADE ORDINÁRIA

1.10

1.11 I. DADOS DO RESPONSÁVEL POR TRANSAÇÕES


INTERNACIONAIS

1.11.1 1. Nome completo (sem abreviações)

1.11.2 2. CPF 1.11.3 3. Documento


Identidade/Órgão emissor

4. Endereço completo (logradouro, nº, complemento, bairro, cidade, estado e CEP)

5. Tipo de vinculação com a requerente

39
1.11.4 6. Endereço eletrônico (“e-mail”)

1.11.5

1.11.6 7. Telefones de contato (máximo 3)

1.12 II. IDENTIFICAÇÃO DO CONTABILISTA

1.12.1 1. Nome completo (sem abreviações)

1.12.2 2. CPF 1.12.3 3. Documento 1.12.4 4. Número


Identidade/Órgão CRC / Região
emissor

5. Endereço completo (logradouro, nº, complemento, bairro, cidade, estado e CEP)

6. Tipo de vinculação com a requerente

1.12.5 7. Endereço eletrônico (“e-mail”)

1.12.6

1.12.7 8. Telefones de contato (máximo 3)

1.13 III. DADOS DO IMÓVEL DO ESTABELECIMENTO MATRIZ

1.13.1 1. 1.13.2 2. Tipo 1.13.3 3. Nº 1.13.4 4.


CPF/CNPJ de posse Cadastro Valor
Proprietário IPTU Venal
(IPTU)

5. Área total do imóvel (m²) 6. Área utilizada (m²)

7. Data de início do contrato 8. Data de término do contrato 9. Valor mensal do contrato (R$)

40
1.14 IV. DADOS DO IMÓVEL DO PRINCIPAL DEPÓSITO

1.14.1 1. 1.14.2 2. Tipo 1.14.3 3. Nº 1.14.4 4.


CPF/CNPJ de posse Cadastro Valor
Proprietário IPTU Venal
(IPTU)

5. Área total do imóvel (m²) 6. Área utilizada (m²)

7. Data de início do contrato 8. Data de término do contrato 9. Valor mensal do contrato (R$)

1.15 V. ESTRUTURA OPERACIONAL

1.15.1 Quantidade de empregados

1.15.2 1.15.3 2 1.15.4 1.15.5 4 1.15.6 5. Valor da


. . . . folha de pgto mensal
Tot Admin Prod Venda (R$)
al istraç ução s
ão

1.15.7 Quantidade de veículos

1.15.8 1.15.9 7 1.15.10 1.15.11 9 1.15.12 10. Valor total


. . . . dos veículos (R$)
Tot Autom Cam Camin
al óveis ionet hões
as

Aprovado pela IN SRF nº 650, de 12 de maio e 2006.

41
2 MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA
RECEITA FEDERAL

2.1 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

2.2 MODALIDADE ORDINÁRIA

2.3

2.4 VI. CLIENTES NO PAÍS (1º MAIOR)

2.4.1 1. 2.4.2 2. Nome ou razão social


CPF/CNPJ

2.4.3 3. Nome da pessoa de 2.4.4 4. (DDD) Telefone e Fax


contato

5. Produto 1 6. Marca comercial 1

7. Produto 2 8. Marca comercial 2

9. Produto 3 10. Marca comercial 3

2.5 VI. CLIENTES NO PAÍS (2º MAIOR)

2.5.1 1. 2.5.2 2. Nome ou razão social


CPF/CNPJ

2.5.3 3. Nome da pessoa de 2.5.4 4. (DDD) Telefone e Fax


contato

5. Produto 1 6. Marca comercial 1

7. Produto 2 8. Marca comercial 2

9. Produto 3 10. Marca comercial 3

42
2.6 VI. CLIENTES NO PAÍS (3º MAIOR)

2.6.1 1. 2.6.2 2. Nome ou razão social


CPF/CNPJ

2.6.3 3. Nome da pessoa de 2.6.4 4. (DDD) Telefone e Fax


contato

5. Produto 1 6. Marca comercial 1

7. Produto 2 8. Marca comercial 2

9. Produto 3 10. Marca comercial 3

2.7 VII. FORNECEDORES NO PAÍS (1º MAIOR)

2.7.1 1. 2.7.2 2. Nome ou razão social


CPF/CNPJ

2.7.3 3. Nome da pessoa de 2.7.4 4. (DDD) Telefone e Fax


contato

5. Produto 1 6. Marca comercial 1

7. Produto 2 8. Marca comercial 2

9. Produto 3 10. Marca comercial 3

Aprovado pela IN SRF nº 650, de 12 de maio de 2006.

43
3 MINISTÉRIO DA FAZENDA - SECRETARIA DA
RECEITA FEDERAL

3.1 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

3.2 MODALIDADE ORDINÁRIA

3.2.1.1

3.3 VII. FORNECEDORES NO PAÍS (2º MAIOR)

3.3.1 1. 3.3.2 2. Nome ou razão social


CPF/CNPJ

3.3.3 3. Nome da pessoa de 3.3.4 4. (DDD) Telefone e Fax


contato

5. Produto 1 6. Marca comercial 1

7. Produto 2 8. Marca comercial 2

9. Produto 3 10. Marca comercial 3

3.4 VII. FORNECEDORES NO PAÍS (3º MAIOR)

3.4.1 1. 3.4.2 2. Nome ou razão social


CPF/CNPJ

3.4.3 3. Nome da pessoa de 3.4.4 4. (DDD) Telefone e Fax


contato

5. Produto 1 6. Marca comercial 1

7. Produto 2 8. Marca comercial 2

9. Produto 3 10. Marca comercial 3

44
3.5 VIII. CLIENTES NO EXTERIOR (1º MAIOR)

3.5.1 1. País de 3.5.2 2. Nome ou razão social


localização

3.5.3 3. Nome da pessoa de 3.5.4 4. (DDI e Código de Área) Telefone e


contato Fax

5. Produto 1 6. Marca comercial 1

7. Produto 2 8. Marca comercial 2

9. Produto 3 10. Marca comercial 3

3.6 VIII. CLIENTES NO EXTERIOR (2º MAIOR)

3.6.1 1. País de 3.6.2 2. Nome ou razão social


localização

3.6.3 3. Nome da pessoa de 3.6.4 4. (DDI e Código de Área) Telefone e


contato Fax

5. Produto 1 6. Marca comercial 1

7. Produto 2 8. Marca comercial 2

9. Produto 3 10. Marca comercial 3

Aprovado pela IN SRF nº 650, de 12 de maio de 2006.

45
4 MINISTÉRIO DA FAZENDA

Secretaria Secretaria da Receita Federal

4.1 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

4.2 MODALIDADE ORDINÁRIA

4.3 VIII. CLIENTES NO EXTERIOR (3º MAIOR)

4.3.1 1. País de 4.3.2 2. Nome ou razão social


localização

4.3.3 3. Nome da pessoa de 4.3.4 4. (DDI e Código de Área) Telefone e


contato Fax

5. Produto 1 6. Marca comercial 1

7. Produto 2 8. Marca comercial 2

9. Produto 3 10. Marca comercial 3

4.4 IX. FORNECEDORES NO EXTERIOR (1º MAIOR)

4.4.1 1. País de 4.4.2 2. Nome ou razão social


localização

4.4.3 3. Nome da pessoa de 4.4.4 4. (DDI e Código de Área) Telefone e


contato Fax

5. Produto 1 6. Marca comercial 1

7. Produto 2 8. Marca comercial 2

9. Produto 3 10. Marca comercial 3

46
4.5 IX. FORNECEDORES NO EXTERIOR (2º MAIOR)

4.5.1 1. País de 4.5.2 2. Nome ou razão social


localização

4.5.3 3. Nome da pessoa de 4.5.4 4. (DDI e Código de Área) Telefone e


contato Fax

5. Produto 1 6. Marca comercial 1

7. Produto 2 8. Marca comercial 2

9. Produto 3 10. Marca comercial 3

4.6 IX. FORNECEDORES NO EXTERIOR (3º MAIOR)

4.6.1 1. País de 4.6.2 2. Nome ou razão social


localização

4.6.3 3. Nome da pessoa de 4.6.4 4. (DDI e Código de Área) Telefone e


contato Fax

5. Produto 1 6. Marca comercial 1

7. Produto 2 8. Marca comercial 2

9. Produto 3 10. Marca comercial 3

4.7 X. FIRMA / ASSINATURA

4.8 Responsável / Procurador


1. Data: 2. Assinatura:

Aprovado pela IN SRF no 650, de 12 de maio de 2006.

47
4.3 CAMEX – Câmara de Comércio Exterior
A CAMEX tem a função da gestão das normas e legislações do comércio exterior brasileiro.
Atua na promoção e na proteção dos exportadores brasileiros quando analisa salvaguardas
para defender os interesses nacionais, contra a concorrência predatória. Atua pois
influenciando nas alíquotas de impostos de importação e exportação. Resolve sobre as
concessões de áreas de livre comércio , zonas francas, ZPE’s, acordos e convênios
internacionais.

4.4 SECEX – Secretaria de Comércio Exterior

Competências
I - formular propostas de políticas e programas de comércio exterior e estabelecer normas
necessárias à sua implementação;
II - propor medidas, no âmbito das políticas fiscal e cambial, de financiamento, de
recuperação de créditos à exportação, de seguro, de transportes e fretes e de promoção
comercial;
III - propor diretrizes que articulem o emprego do instrumento aduaneiro com os objetivos
gerais de política de comércio exterior, bem como propor alíquotas para o imposto de
importação, e suas alterações;
IV - participar das negociações em acordos ou convênios internacionais relacionados com o
comércio exterior;
V - implementar os mecanismos de defesa comercial; e
VI - apoiar o exportador submetido a investigações de defesa comercial no exterior.

Autoriza a emissão das Licenças de Importação e Exportação. Tem a função fiscalizadora dos
pesos, preços e medidas dos produtos, nas operações de comércio exterior. Fornece todas as
estatísticas envolvendo os números das exportações e importações.

Na parte de negociações internacionais:

O DECOM tem entre suas atribuições a participação em negociações internacionais


pertinentes à sua esfera de atuação, elaborando posições técnicas para a delegação brasileira
presente nas negociações nos foros internacionais.
A participação do DECOM se dá em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores.
MERCOSUL | ALCA | OMC
MERCOSUL - Mercado Comun do Sul
O DECOM atualmente coordena as negociações na área de defesa comercial para a
elaboração de regulamentos comuns de salvaguardas, dumping e subsídios no Mercosul.
A adoção de uma política comercial comum se insere nos propósitos estabelecidos no Tratado
de Assunção para a consolidação do MERCOSUL, e se faz acompanhar da coordenação das
posições comerciais no tema, nos fóruns econômicos comerciais, regionais e internacionais.
Além de adicionar elementos de credibilidade ao processo de consolidação da união aduaneira
do MERCOSUL perante a OMC, a conformação completa dos instrumentos comuns de
política comercial tem implicações sobre os interesses dos exportadores brasileiros no
comércio intra-zona.

48
A defesa comercial do MERCOSUL frente a terceiros países envolve a definição de uma
política comum de salvaguardas, bem como a defesa contra importações de produtos a preços
de dumping ou subsidiados, que causem dano à produção doméstica do MERCOSUL.
O MERCOSUL já dispõe de um Regulamento Comum de Salvaguardas e dos Marcos
Normativos: (1) do Regulamento Comum Relativo à Defesa contra Importações Objeto de
Dumping Provenientes de Países Não-Membros do MERCOSUL e (2) do Regulamento
Comum Relativo à Defesa contra Subsídios Concedidos por Países Não-Membros do
MERCOSUL.

Em dezembro de 1996, foi aprovado o Regulamento Comum sobre Salvaguardas do


MERCOSUL, o qual foi incorporado à legislação nacional por meio do Dec. 2.667/98.
O Conselho do Mercado Comum - CMC aprovou, em dezembro de 1997, (Decisão no 11/97)
o “Marco Normativo do Regulamento Comum relativo à Defesa Contra Importações Objeto
de Dumping Provenientes de Países Não-Membros do MERCOSUL” e em junho de 2000, o
“Marco Normativo do Regulamento Comum sobre Subsídios e Medidas Compensatórias”
(Decisão n.º 29/00).

O Marco Normativo constitui um referencial de harmonização da interpretação do Acordo


Antidumping e de Subsídios e Medidas Compensatórias da OMC, bem como dos
procedimentos de investigação a serem adotados pelos Estados Partes. Nesse sentido,
representa uma convergência das legislações nacionais, e, portanto, uma etapa do processo de
construção de uma política antidumping e de subsídios comum do MERCOSUL. Ressalte-se,
assim, que o Marco Normativo não constitui um Regulamento, à medida que não contempla
procedimentos comuns de investigação nem tampouco processo decisório comum.

Fonte: Site Oficial MDIC/Secex

OMC - Organização Mundial do Comércio

No âmbito da OMC, são realizadas reuniões semestrais dos Comitês de Práticas Antiduming,
o Comitê de Subsídios e Medidas Compensatórias e o Comitê de Salvaguardas, nas quais se
discutem temas tais como: revisão das legislações nacionais de implementação dos Acordos e
das medidas aplicadas, bem como aspectos controversos da interpretação e implementação
dos Acordos.

Em novembro de 2001 foi realizada uma reunião ministerial em Doha, Catar, quando foi
lançada a nona rodada de negociações multilaterais desde a criação do GATT, primeira no
âmbito da OMC, que deve se encerrar em 1º de janeiro de 2005.
Na área de defesa comercial foram abertas duas frentes de negociação. A primeira, no âmbito
do Grupo Negociador de Regras, acordou-se negociar, com objetivo de clarificar e aprimorar,
as disciplinas previstas nos Acordos Antidumping e sobre Subsídios e Medidas
Compensatórias, preservando-se, porém, os conceitos básicos, princípios e efetividade desses
Acordos e seus instrumentos e levando-se em conta as necessidades dos Membros em
desenvolvimento e de menor desenvolvimento. Definiu-se que, em fase inicial, os Membros
deverão indicar os dispositivos que desejam clarificar/aprimorar, os quais serão negociados
em fase subseqüente. Não houve mandato para negociação do Acordo sobre Salvaguardas.

49
A segunda frente de negociações relaciona-se aos temas de implementação. Essa discussão se
refere à forma como estão sendo implementados os acordos negociados na Rodada Uruguai.
As questões sobre subsídios foram discutidas nas reuniões regulares do respectivo comitê, e
as questões sobre dumping estão sendo discutidas no âmbito do Grupo de Trabalho sobre
Implementação do Comitê sobre Práticas Antidumping.
Essas negociações são de maior interesse dos países em desenvolvimento, inclusive o Brasil.

O Brasil tem utilizado os instrumentos de defesa comercial com vistas à defesa dos produtores
domésticos afetados por importações a preços de dumping e, em menor medida, de produtos
objeto de subsídios. Por outro lado, também tem tido suas exportações prejudicadas pela
aplicação, nem sempre compatível com as regras previstas na OMC, dessas medidas por
diversos países. Diante de tal cenário, a posição brasileira tem sido de defender que tais
instrumentos são relevantes e que devem ser preservados, cabendo, porém, o seu
aprimoramento com vistas à redução de possibilidade de utilização discricionária dos mesmos
pelos Membros.

Assim, de uma forma geral, as propostas apresentadas pelo Brasil tendem a refletir a prática
brasileira. Adicionalmente, abordam questões em relações às quais já se detectou, em função
de problemas ocorridos na condução das investigações que afetam as exportações brasileiras,
a necessidade de aprimoramento das regras existentes, com vistas a garantir maior
transparência e menor discricionariedade das autoridades investigadoras

Fonte: Site Oficial MDIC/Secex

ALCA - Área de Livre Comércio das Amérias


Na Associação de Livre Comércio das Américas (ALCA), o Departamento contribui na
formulação da posição brasileira, com vistas à apresentação de propostas no Grupo de
Negociação sobre Subsídios, Antidumping e Medidas Compensatórias, bem como no Grupo
de Negociação de Acesso a Mercados, neste último formulando as posições para a negociação
do Capítulo sobre Salvaguardas da ALCA.

Fonte: Site Oficial MDIC/Secex

TEC – Tarefa Externa Comum

Como previsto no Tratado de Assunção, a partir de 01/01/95, os quatro Estados Partes do


MERCOSUL adotaram a Tarifa Externa Comum (TEC), com base na Nomenclatura Comum
do MERCOSUL (NCM), com os direitos de importação incidentes sobre cada um desses
itens.
Segundo as diretrizes estabelecidas, desde 1992, a TEC deve incentivar a competitividade dos
Estados Partes e seus níveis tarifários devem contribuir para evitar a formação de oligopólios
ou de reservas de mercado. Também foi acordado que a TEC deveria atender aos seguintes
critérios: a) ter pequeno número de alíquotas; b) baixa dispersão; c) maior homogeneidade
possível das taxas de promoção efetiva (exportações) e de proteção efetiva (importação); d)
que o nível de agregação para o qual seriam definidas as alíquotas era de seis dígitos.
A aprovação da TEC também incluiu alguns mecanismos de ajuste das tarifas nacionais,
através de Listas de Exceções, com prazos definidos para convergência aos níveis da TEC.

50
A TEC foi implantada no Brasil pelo Decreto 1.343, de 23/12/94, e a legislação que efetuou
alterações no Brasil está indicada no arquivo a seguir:
TEC - LEGISLAÇÃO NO BRASIL
A partir de 01/01/2007, entrou em vigor no Brasil a nova versão da Nomenclatura Comum do
Mercosul (NCM) adaptada à IV Emenda do Sistema Harmonizado de Designação e
Codificação de Mercadorias, aprovada pelo Conselho de Cooperação Aduaneira (SH-2007).

A adaptação à IV Emenda do Sistema Harmonizado, assim como a correspondente Tarifa


Externa Comum (TEC), foi aprovada pelo Grupo Mercado Comum, por sua Resolução 70/06,
e publicada no Brasil pela Resolução CAMEX 43, de 22/12/2006. Esta Resolução da
CAMEX incorporou também as modificações da NCM e da TEC decididas no âmbito do
Mercosul pelas Resoluções GMC 42/06 e 68/06.
Importa destacar que de 1997 até 31/12/2003, houve um acréscimo temporário nas alíquotas
da Tarifa Externa Comum, que se iniciou em 3 pontos percentuais em 1997, depois reduzido
para 2,5 pontos percentuais a partir de 01/01/2001, e de 1,5 ponto percentual a partir de
01/01/2002, conforme Decisões do Conselho do Mercado Comum 15/97, 67/00, 06/01 e
21/02.

Com base na Decisão CMC 38/05, permanece autorizada, até 31/12/2008, a manutenção de
lista de exceções à TEC, com até 100 códigos tarifários por cada Estado Parte do Mercosul,
podendo ser alterada a cada seis meses, em até 20% dos códigos. Pelas Decisões CMC 39/05,
13/06 e 27/06, foi autorizado adotar, no decorrer de 2006 e 2007, alíquotas diferenciadas para
Bens de Informática e Telecomunicações (BIT).
Para facilitar a tarefa dos operadores comerciais, disponibiliza-se a TEC completa em Word.
Em Excel registra-se exclusivamente os códigos tarifários da NCM a 8 dígitos, além das
seguintes listas:

Lista de Exceções à TEC - lista brasileira de exceções à TEC, cujas alíquotas estão
assinaladas com o sinal "#" na TEC.
Lista de Exceções à TEC para Bens de Informática e Telecomunicações – lista brasileira de
exceções para alguns códigos de BIT, cujas alíquotas estão assinaladas com o sinal "§" na
TEC.

Reduções temporárias por questões de desabastecimento - lista de códigos NCM que estão
com redução de tarifas de importação, no âmbito da Resolução GMC 69/00, cujas alíquotas
assinalamos com o símbolo "**", em coluna específica criada nas versões da TEC em Excel.
Universo de BK e BIT - listas indicando os códigos que o Mercosul classifica como Bens de
Capital (BK) e Bens de Informática e de Telecomunicações (BIT) .

Universo Automotivo - listas indicando os códigos que o Mercosul classifica como


integrantes da Política Automotiva do Mercosul , incluindo Veículos e Partes e Peças. A
correlação para o SH-2007 foi efetuada pelo DEINT/SECEX/MDIC. Cabe destacar que
alguns códigos indicados como Partes e Peças não são exclusivos do Setor Automotivo.
"Ex"tarifários vigentes de BK e BIT - listas de BK e BIT que estão com redução tarifária
temporária, para 2%, concedidos a título de "ex" tarifários. Para facilitar os filtros, foram
disponibilizadas 2 listas no mesmo arquivo: a primeira com os "ex" tarifários simples e a
segunda com os Sistemas Integrados (SI), contendo os "ex" e os títulos desses Sistemas

Fonte: Site Oficial MDIC/Secex

51
> Classificação Fiscal ou Nomenclatura
A começar pela Nota Fiscal a empresa deverá fazer modificações, quando necessário, para
que possa ser incluída uma coluna para classificar todos os produtos do “line-up” da empresa.
Essa classificação é importante, para efeitos de especificidade de cada ítem. Na importação a
classificação deve ser feita de maneira bastante criteriosa, pois inconsistências poderão gerar
pesadas multas para o importador.
No Brasil dois instrumentos para classificação de acordo com as Nomenclaturas ou
Classificações Fiscais - NCM ou Naladi - que ordenam e codificam as mercadorias de acordo
com sua natureza e características. A Portaria 02/92 da Secretaria de Comércio Exterior
(Secex) dá os tratamentos administrativos das operações, de acordo com o tipo de produto e o
mercado a que se destina.
A classificação fiscal retrata por códigos as mercadorias de acordo com sua natureza e
características, para posicionar cada produto dentro de sua classificação numérica,
relacionando as informações básicas necessárias à transação comercial, como incidência de
impostos, contingenciamentos, acordos internacionais e normas administrativas. Neste caso os
produtos são classificados por códigos numéricos de 8 dígitos, considerando que os 6
primeiros acompanham a nomenclatura internacional (Sistema Harmonizado). Como
salientado acima, na importação os produtos devem ser classificado com máximo critério e
rigor possíveis, a fim de se evitar um enquadramento de maneira errônea, trazendo
consequências custosas para o importador.

4.4 Incentivos Fiscais

Pela própria condição de endividamento de nosso país e falta de recursos, os poucos


incentivos fiscais praticados no Brasil, quase que se limitam a isenção e imunidade tributária
de alguns impostos. A elavada carga tributária em toda a cadeia de produção, sempre deixa
resíduos de impostos que vão onerar o produto final destinado a exportação. Em conjunto
com os problemas conjunturais, falta de infra-estrutura, temos o resultado de um custo Brasil,
que aliados o baixo desempenho da moeda americana, colocam os produtos brasileiros em
difícil condição de competição no mercado internacional.

Neste contexto se encaixam conhecidos impostos: IPI, ICMS, Pis e Cofins, que não fazem
parte da estrutura de preços dos produtos destinados ao mercado externo, seja direta ou
indiretamente. No caso do ICMS é importante a empresa fazer o memorando de exportação
que deve ser feito e protocolado junto a Secretaria de Estado da Fazenda, conforme a lei que
fixa os prazos e documentos necessários em cada Unidade da Federação.

52
4.4.1 Drawback
Nosso país conta ainda com o sistema de DRAWBACK, que no Brasil ele é apresentado em 2
versões: suspensão e isenção; a restituição já teve sua base legal, mas pouquíssimo usado. A
maioria esmagadora utiliza a modalidade suspensão, que permite que a empresa importe
matéria prima, partes ou sub-conjuntos que virão a compor um produto final cujo destino seja
o mercado externo.
Existem prazos e condições para que o mesmo seja autorizado, isso é feito através do Pedido
de Drawback. Uma estrutura de custos deverá ser apresentada, bem como os números
previstos de exportação em dado tempo. O prazo inicial para que a empresa comprove a
exportação é de 1 ano e pode ser prorrogado por igual períiodo, mas podem ser previstos
casos de produtos com longo processo de fabricação, com prazos superiores. Quando da
chegada dos insumos importados a empresa importadora deverá entrar com um Termo de
Responsabilidade.
Drawback tem suas condições estabelecidas no Regulamento Aduaneiro e na Portaria 4/97 da
Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Após submeter e tendo a aprovação a empresa
realiza a importação com suspenção de tributos, produz os produtos e realiza a exportação,
efetuando a compravação da exportação e efetuando a baixa no sistema e respectivo Ato
Concessório. O controle e autoridade para conceder, verificar os lançamentos, e efetivamente
acompanhar a evolução do cumprimento do Ato Concessário cabe ao Decex.
Utilizando este benefício a empresa exclui dos custos da importação:

> II - Imposto de Importação,


> IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados,
> ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias
> AFRMM - Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante

Publicação no site oficial do MDIC:

O que é o Drawback Eletrônico?


O Regime de Drawback, criado pelo Decreto-Lei 37/66, é a desoneração de impostos na
importação vinculada a um compromisso de exportação. A Secretaria de Comércio Exterior
concebeu sistemática informatizada para controle dessas operações denominada Sistema
Drawback Eletrônico, implantada no dia 01.11.2001, que opera em módulo próprio integrado
ao SISCOMEX, para permitir o controle ágil e simplificado daquelas operações.

Objetivo do Projeto
O novo Sistema constitui notável avanço na operacionalização do regime, integrando-se ao
SISCOMEX nas vertentes de importação e exportação. Além de agilizar e modernizar o
sistema, a nova sistemática facilita o acesso ao regime, conferindo maior segurança ao
controle dessas operações.

Quais são as normas de drawback?


No âmbito da SECEX, as normas vinculadas às operações de drawback estão reproduzidas na
Portaria Secex n.o. 35, de 24 de novembro de 2006. Sugerimos consultar serviço de
Consolidação das Portarias Secex (Drawback). Esta consolidação tem por base o Título II da
Portaria Secex n.o. 35, de 24 de novembro de 2006, que abrange os artigos 48 a 155, com as
alterações efetuadas por Portarias Secex posteriores (indicadas entre parênteses).

53
"A consolidação destina-se a facilitar a consulta dos interessados, não substituindo a
legislação publicadano Diário Oficial da União."

Parceria
A concepção e definição das regras negociais do módulo DRAWBACK é da responsabilidade
da Secretaria de Comércio Exterior e o SERPRO desenvolveu o Sistema em sua base
tecnológica.

Funções do Módulo
• Registro do Drawback em documento eletrônico, com todas as etapas (solicitação,
autorização, consultas, alterações, baixa) informatizadas.
• Tratamento Administrativo automático nas operações parametrizadas.
• Acompanhamento das Importações e Exportações vinculadas ao sistema de Drawback
eletrônico.

Requisitos Operacionais
São os mesmos recursos exigidos para acessar o Siscomex Exportação.

Vantagens do Projeto
Para as empresas:
• agilização / automaticidade / eficiência / redução de custos / simplificação Para o
Governo:
• redução de custos / segurança / agilidade

Habilitação de usuário
A habilitação para o acesso ao Sistema Drawback Eletrônico será concedida aos
representantes legais das empresas, autorizados a operar na exportação, não sendo necessário
nenhuma providência para os atuais usuários habilitado no Perfil Exportados do Siscomex.

Acesso ao Sistema Drawback Eletrônico


As transações do Sistema Drawback Eletrônico estão disponibilizadas na Rede SERPRO e
podem ser acessadas como opção do Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX.

Fonte: Site Oficial MDIC/Secex

4.4.2 Proex
O Brasil ainda conta com um sistema de apoio financeiro ao exportador que muitas vezes
pode decidir um negócio. Todo exportador, devidamente qualificado segundo as exigencias
informadas pelo Banco do Brasil, poderá nos casos de venda a prazo com carta de crédito a
prazo e de Banco considerado de primeira linha, poderá sacar o valor da exportação deduzido
juros de nível internacional, e cada produto, quanto mais processo/valor agregado, maior o
prazo que será contemplado apenas com o desconto desses juros, após o referido embarque e

54
apresentação de documentos em perfeita ordem e totalmente enquadrado nas condições
especificadas na carta de crédito, o exportador terá seu valor creditado pelo Banco do Brasil.

4.4.3 Seguro de Crédito à Exportação


Existem empresas no mercado que atuam na área de seguro de crédito a exportação. São
mecanimos que atendem baisicamente a grandes empresas, em função das exigências e
garantias demandadas, do volume de negócios e do cadastro dos clientes no exterior,
geralmente cobrem um percentual do valor exportado. É dinâmico e tem sofrido alterações
nos últimos anos. Infelizmente, não tem sido um instrumento para melhoria do desempenho
das exportações brasileiras, ou que supere a falta de uma taxa cambial que viesse
definitivamente alavancar as vendas do comércio exterior brasileiro.

5 CÂMBIO
5.1 Crédito Documentário no Comércio Internacional

5.1.1 Pagamento Antecipado

É conhecido no mercado como “advanced payment”, “cash in advance”, “down payment” ou


“payment in advance by wire transfer” Antes de realizar qualquer operação é importante que
o exportador faça um contato com seu Banco, de preferência com Banco que opere em
câmbio, a fim de obter um limite operacional a fim de efetuar as operações e vejas os cartões
de assinatura junto a área de câmbio, negociar os custos das despesas e o valor a ser pago por
cada contrato de câmbio e providencie todos os documentos, conforme normas do Banco
Central do Brasil.
O pagamento antecipado é a modalidade de pagamento desejada por todo exportador, e
muitas vezes ela é necessária para operações iniciais de pequena monta. Geralmente nos casos
em que o exportador “é comprado”, quando o cliente no exterior identifica o produto e seu
fornecedor e tem muito interesse na compra, geralmente o importador estrangeiro não se opôe
em realizar o crédito antecipadamente.

5.1.1.1 Dinâmica do Pagamento Antecipado

1) O exportador emite uma Fatura Proforma (veremos modelo posteriormente) com todos
os detalhes da operação e dados bancários, inclusive o SWIFT do Banco escolhido no
Brasil para o fechamento do câmbio;
2) O importador de posse da Fatura Proforma envia a remessa através de uma ordem de
pagamento, utilizando um Banco no exterior para enviar o numerário para o Banco no
Brasil, indicado pelo exportador;
3) O exportador identifica a Ordem de Pagamento e efetua o fechamento do câmbio (Tipo
01 – exportação de mercadorias);
4) O crédito em reais é feito na conta corrente do exportador;

55
5) Após o término da produção o exportador confecciona os documentos de exportação e
realiza a exportação.

OBS.: A) Até pouco tempo era necessário, em operações de pagamento antecipado, o


exportador fazer a vinculação de contrato de câmbio à operação realizada.
B) No caso de operação via Comercial Exportadora, essa deverá fazer o Memorando de
exportação en enviar uma via ao estabelecimento produtor.
C) Atualmente é interessante efetuar o fechamento de câmbio, via internet, pois as
tarifas são bem inferiores, se comparado às realizadas na mesa operadora de câmbio do
Banco.

5.1.2 Cobrança Documentária

A cobrança documentária quando é feita a vista, ela também é conhecida por várias
terminologias: sight draft, payment at sight, Cash Against Documents; no caso de operações a
prazo, a operação é conhecida como: time draft, payment at X days, X days after goods
receipt. Em ambos os casos as terminologias devem ser apontadas na Fatura Proforma, em
campo destinado a isso.

Essas operações são reguladas pela CCI – Câmara de Comercio Internacional através das
URC – Uniform Rules of Collection, onde são estabelecidos as responsabilidades de cada um,
funções e procedimentos. Na prática, o exportador apresenta ao Banco no Brasil todos os
documentos, no número de vias, sem rasuras ou emendas, para que sejam enviados ao Banco
no exterior, indicado pelo importador. Chegando no destino, o Banco no exterior (Banco
Cobrador) notifica o importador para que ele efetue o pagamento no caso de uma operação a
vista ou firma o saque/promissória, conhecido como draft, no caso de operações a prazo.
Vencida esta etapa o Banco Cobrador libera a documentção para o importador realizar o
desembaraço. Essa modalidade não favorece ao exportador pela falta de garantia. A falta de
garantia tanto pode ser do importador, quanto riscos políticos, ou seja do país.

Quando da liquidação, ou pagamento por parte do importador, o Banco Cobrador avisa ao


Banco no Brasil, sobre o crédito referente a operação, que por sua vez avisa ao exportador que
deverá efetuar o fechamento de câmbio e receber os reais correspondentes à operação.

5.1.3 Crédito Documentário ou Carta de Crédito


As operações comerciais internacionais amparadas por crédito documentário, mas comumente
conhecidas por carta de crédito ou L/C – Letter of Credit, dão mais segurança pelo fato do
documento representar uma obrigação bancária de pagamento, sob certas condições que são
descritas no corpo da carta de crédito. É imprescindível que o exportador seja bem
assessorado na interpretação da carta de crédito e se houver alguma condição que não seja
exequível, ou que o exportador não tenha condições de cumprir, deve-se solicitar uma emenda
a esse documento, que deve ser feito antes do embarque da mercadoria, principalmente no que
tange a prazo de embarque, prazo de negociação de documentos, descrições claras,
especificações, dentre outros detalhes, mas sempre considerando a necessidade de se cumprir
todas as exigencias presentes na L/C.
A Letter of Credit pode ser a vista ou a prazo. Sugere-se que antes de solicitar a L/C ao
importador, que o exportador contate o Banco no Brasil, no sentido de indicar Bancos no país

56
do importador que possam conferir chave de assinatura, ou que tenha correspondente no
Brasil, sob risco de se ampliar o tramite bancário, seja para remessa de documentos, seja para
disponibilização dos recursos envolvidos na transação. É importante que a carta de crédito
seja IRREVOGÁVEL, e em casos iniciais, até mesmo confirmada por Banco de primeira
linha, ou PRIME BANK. No caso da L/C ser irrevogável, a mesma só poderá ser cancelada se
houver acordo e entendimento entre as partes envolvidas. Pelas normas internacionais, é
considerado uma garantia real de pagamento, uma vez que o Banco emitente da L/C, leva
consigo algum risco porventura existente na operação.

No caso de L/C a prazo, a mesma sendo emitida por Banco de primeira linha, o exportador,
conforme o produto, poderá postular junto ao Banco do Brasil efetuar a operação através do
PROEX, que é um excelente instrumento para recebimento antecipado ao vencimento descrito
no corpo da L/C. Em o produto se enquadrando na operação de PROEX, o exportador deverá
fazer um cadastro, apresentar algumas certidões negativas e após a realização do embarque, o
exportador apresenta os documentos junto ao Banco do Brasil em torno de 5 a 7 dias após o
embarque, o exportador recebe o valor da L/C descontado as taxas e os juros internacionais.
De fato é um excelente instrumento de apoio ao exportador, mas infelizmente não compensa o
atual nível do dólar frente ao real.

São vários os presentes e intervenientes em uma operação como a descrita acima:


¾ importador/tomador (applicant) – é a figura do cliente no exterior que se submete ao
banco no exterior e mediante crédito, o provisão do valor da L/C, solicita a abertura da
carta de crédito;
¾ banco emitente/instituidor (issuing bank) – é o banco que emite a carta de crédito em
favor do exportador, de acordo com a solicitação do tomador ou importador. Cabe a esse
banco se assegurar da capacidade de pagamento do tomador e exigir do mesmo as devidas
garantias;
¾ banco avisador (advising bank) – é o banco que por solicitação do banco emitente, leva ao
conhecimento do exportador a existencia do documento de crédito e suas condições. Não
responsabilidade formal do mesmo, como garantidor ou avalista da operação;
¾ banco negociador (negotiating bank) – é o banco que cumpre o crédito da operação
comercial, de posse da documentção exigida no documento de crédito, efetua o
pagamento do valor da transação ao beneficiário;
¾ exportador (beneficiary) - é o exportador da mercadoria ou serviço que tem a obrigação
de apresentar os documentos solicitados, no documento de crédito, recebendo o valor
mencionado na L/C.

5.2 Fechamento de Câmbio


Como já resumimos anteriormente, quando da realização de uma operação de exportação ou
importação com cobertura cambial, temos que efetuar o fechamento de câmbio, sendo o tipo
01 – exportação, 02 – importação e 03 na exportação de serviços.
Pode haver entrada ou saída de produtos, sem a correspondente remessa financeira, em casos
previstos em lei, inclusive ítens que possam ser caracterizados como amostras.
Atualmente com o advento da rede mundial de computadores, o fechamento de câmbio via
internet tem se mostrado prático, rápido e com tarifas bem mais atrativas do que as operações
conduzidas pela mesa de câmbio, equipe do banco que cuida do fechamento do câmbio, onde

57
realizamos o fechamento da operação com a definição das taxas e custos, local e data de
crédito e demais procedimentos alusivos a esta operação.
O Banco Central do Brasil é o Órgão regulador dessas operações, que tem procurado a cada
dia agilizar mais essas transações bancárias.
É possível realizar o fechamento de câmbio para ingresso dos reais para o exportador, quando
do recebimento do aviso de crédito informado pelo Banco, ou em outras condições principais
que veremos a seguir:

A) Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC)


O exportador tendo uma operação realizada como cliente no exterior, com todas as
condições compatíveis e possíveis de atendimento já firmadas e estabelecidas, poderá
realizar um ACC – Adiantamento sobre Contrato de Câmbio, que consite em obter
previamente os recursos e com a possível data de embarque dos seus produtos.
A empresa tem obviamente que ter um cadastro que possibilite essa operação, uma vez
que garantias são demandadas pelo sistema financeiro em todas os locais do mundo. Após
análise de todo o processo o banco poderá adiantar ao exportador até 100% do valor da
operação. Após efetuado o embarque da mercadoria e prontos os documentos, o
exportador os apresentará no banco que fará a cobrança e liquidação da operação. Na
entrega dos documentos far-se-á a vinculação definitiva do contrato de câmbio,
anteriormente celebrado, face aos documentos apresentados.

B) Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE)


É uma operação muito frequente nas operações de exportação no Brasil. Neste caso o
exportador realiza o embarque e apresenta toda a documentção junto aos Banco, que sobre
as condições estabelecidas, faz o repasse dos reais e efetivo crédito.

5.3 Negociação de Documentos


São vários os documentos necessários para se efetuar a exportação de bens e serviços. Com
relação a exportação de serviços inclusive há algumas controvérsias quanto a cobrança de
imposto sobre serviços, demandado por algumas prefeituras. Mas as operações em que o
serviço é realizado no domicílio do importador no exterior, a operação é isenta do imposto, ao
contrário de serviços realizados no Brasil a empresas no exterior. É absurdo exportar
impostos, mas é o que ocorre neste segundo caso.

A) Fatura Comercial (Commercial Invoice)


Na marioria das vezes esse documento é originado pela Fatura Proforma (Proforma
Invoice), que após enviado ao importador e tendo ele aceitado todas as condições, ele abre
o documento de crédito e quando do embarque essa proforma dá origem à Fatura
Comercial. Este é um dos principais documentos, pois nele devem estar contidos todos os
dados do exportador, importador, bancos envolvidos, prazo de entrega, forma de
pagamento, local de origem, destino, locais de embarque e desembarque, descrição
completa dos bens ou serviços, dados gravimétricos e volumétricos, preço unitário, total,
etc. Geralmente emitido em inglês ou na língua das partes – feito na língua do cliente no
exterior é um diferencial;
B) Conhecimento de Embarque
É o documento que consta os dados do embarque da mercadoria, definindo a embarcação,
dados do produto, data de emissão, data provável de chegada, dentre outras informaçãos.

58
No embarque marítimo o conhecimento é especificado como Bill of Lading, no caso de
transporte aéreo – Air Way Bill e no caso de transporte rodoviário – CRT.

C) Romaneio (Packing List)


O romaneio é um documento importante pois relaciona todos os produtos, objeto do
embarque, como quantidade, dados gravimétricos, dados volumétricos. O padrão de
língua feito na Fatura Comercial deve ser seguido no Packing List, por questão prática.
Quando o importador não exige um certo nível de detalhamento, o exportador deve ter o
zêlo de especificar e detalhar os ítens exportados de maneira a facilitar o trabalho, tanto da
fiscalização, como principalmente do cliente no exterior, para que a conferencia seja feita
de maneira prática e facilitada.

D) Seguro (insurance)
Se o exportador já está agregando valor ao material exportado, realizando a venda com
uma modalidade que contemple o pagamento do seguro na origem, é bom sinal. Há duas
opções básicas neste caso, ou o exportador abre uma apólice junto a sua Corretora ou
Seguradora de confiança e ou contrata o seguro através de apólices abertas por prestadores
de serviço como, despachantes aduaneiros. Em caso de operação frequentes é interessante
que a empresa exportadora abra sua própria apólice e especifique os prazos e condições de
envio de documentos, pagamentos, etc.

E) Saque (draft)
Como vários documentos de exportação, este também é conhecido por outros nomes: além
de saque, letra, letra de câmbio, cambial e em inglês draft. Deve-se especificar os dados
do importador e exportador com o valor da operação por extenso, moeda, prazo e
condições, além de requerer assinatura e identificação dos envolvidos no documento.

F) Certificado de Origem (Certificate of Origin)


Existem três tipos principais de certificado de origem, há um dos mais demandados o
ALADI – Associação Latino Americana de Integração que é emitido por entidades de
classe como Federação das Indústrias, Federação do Comércio, que visa atestar a origem
da mercadoria. Ele é preenchido pelo exportador e contempla os dados da operação,
exportador, importador, produto, etc. Existe o Formulário A – emitido pelo Banco do
Brasil para fins de comprovação de origem junto ao SGP – Sistema Geral de Preferencias
nos Estados Unidos, que renovou recentemente o prazo para beneficiar produtos
brasileiros, quando exportados aos Estados Unidos. Há o certificado de origem para
produtos texteis, quando da exportação de texteis para a Comunidade Econômica
européia.

G) Certificado Fitossanitário
Quando exportamos produtos alimentícios, uma série de certificados são exigidos, tanto
pelo Governo do país importador, quanto por nossas autoridades no ãmbito do comércio
exterior. A casos que inclusive é necessário a certificação o local de manejo ou produção
desses produtos. Este certificado pode ser emitido sob a chancela do Ministério da
Agricultura, ANVISA, conforme o cada caso. É importante o exportador se informar a
partir do importador os níveis de exigências e até mesmo de tolerancia para certas
substancias. Exemplo: castanha do pará = o nível permitido de aflatoxina na Europa é bem
menor que o nível permitido pelas autoridades brasileiras, se a mercadoria chegar em
porto europeu com níveis acima do permitido, a mercadoria é devolvida e nesse caso, o

59
exportador arcará com custos elevados de devolução e submeterá o produto novamente
aos Órgãos intervenientes no comércio exterior brasileiro.

6 Despacho Aduaneiro
O despacho aduaneiro, nas operações de comércio exterior, é o procedimento regular em que
a autoridade fiscal exerce sua competencia de modo a efetuar o desembaraço aduaneiro, dos
produtos destinados ao exterior. Existem várias condicionantes quanto ao nível de exigencia
de providencias, documentos, controle, restrições de acordo com cada tipo de produto.
Há países que exigem certificações especiais. Há produtos que demandam autorizações de
Órgãos outros, que não a Receita Federal, tais como: ANVISA, MARA, Ministério da
Agricultura, MEC, dentre outros.

O primeiro documento fiscal que a empresa tem que produzir é a Nota Fiscal de Exportação,
que deverá sair em nome do cliente no exterior e vias de regra, isento dos seguintes impostos:
ICMS, IPI, PIS e COFINS. Quando da venda através de Comercial Exportadora, que é uma
venda equiparada a exportação, a indústria fabricante ou vendedora para a Comercial
Exportadora, deverá providenciar duas notas fiscais: uma para o estabelecimento alfandegado
onde será realizado o desembaraço aduaneiro e outra em nome da Comercial Exportadora,
que por sua vez emitirá uma terceira nota fiscal em nome do cliente no exterior. No corpo da
Nota Fiscal do estabelecimento produtor/vendedor deverá contar ainda o número da RE
(Registro da Exportação), número do ADE – Ato Declaratório Executivo que é a publicação
da autorização de funcionamento do recinto alfandegado, onde será realizado o desembaraço
aduaneiro.

O segundo documento, que na verdade é feito cocomitante à Nota Fiscal é o RE – Registro da


Exportção que é a entrada dos dados da operação junto ao SISCOMEX – Sistema Integrado
de Comércio Exterior da Receita Federal, com todos os dados da exportação.
A mercadoria sendo deslocada do fabricante/vendedor ao recinto alfandegado, é gerado a
partir da RE , a DDE – Declaração de Despacho de Exportação, que é o documento que o
despachante aduaneiro apresenta ao Auditor Fiscal do Tesouro Nacionao – AFTN, a fim de
dar prosseguimento ao desembaraço da mercadoria e seguir para a embarcação devida.

Ocorrendo o desembaraço da mercadoria, o agente de cargas procede com a emissão do


conhecimento de embarque, que neste ponto poderá já estar emitido. O despachante
aduaneiro efetua todos os pagamentos alusivos à exportação e a mercadoria é destinada
efetivamente ao embarque.

Após a realização do embarque, a autoridade do Ministério da Fazenda atesta a sua


realização, e em alguns casos, representa a transposição de fronteira. Feita a averbação do
embarque, estará concluído o processo.

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