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Curso de Especialização em
Gestão Estratégica de Logística
Professor
Osvaldo Maria de Souza Junior
facitos@uol.com.br
PLANO DE ENSINO
Disciplina:
Gestão Internacional e Logística
Curso:
Especialização em Gestão Estratégica em Logística
Carga Horária:
15 horas-aula
Objetivos:
• Analisar as etapas da gestão internacional no contexto atual
• Propiciar uma visão dos processos para acesso a mercados
• Proporcionar uma visão sistêmica da atividade logística no comércio exterior
Ementa:
Princípios da gestão internacional, comércio exterior e logística
Critérios de avaliação:
Trabalhos em grupo – 20 pontos
Avaliação individual com consulta – 80 pontos
1
Bibliografia:
Básica
• LUDOVICO, Nelson: Logística Internacional um enfoque em comércio exterior –
São Paulo: Saraiva, 2007.
• LANZANA, Antonio Evaristo Teixeira ...(et al.): gestão de negócios internacionais
organizadores Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos, Miguel Lima, Simão Silber
– São Paulo, 2006
• SOUZA JUNIOR, Osvaldo Maria: Volta às Origens – Jornal Valor Econômico – capa
e pag. B7 – São Paulo, 10-09-2002
• SOUZA JUNIOR, Osvaldo Maria: Prova de Resistência – Revista Exame – pags. 16 e
17 – São Paulo, 02-10-2002
Complementar
• DORNIER, Philippe-Pierre...(et al.): Logística e Operações Globais.
• LAMBERT, Douglas (et al). Harvard Business Review on Supply Chain Management
– Boston, 2006.
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Professor
Osvaldo Maria de Souza Junior
Formação:
Administrador – Habilitação em Comércio Exterior – FCG - UNA
Liderança – Haggai Institute – USA
Especialista em Gestão Empresarial - AIEC
Logística e Cadeia de Suprimentos – CEPEAD – UFMG (mi – mestrado)
Doctors Ministry – FTSA (em curso)
Atuação profissional:
Posições Atuais:
Posições Anteriores:
Coordenador de Exportação, Importação e Entreposto Industrial da Thonson Tube Belo
Horizonte
Presidente da Comissão de Comércio Exterior do Centro das Industrias das Cidades
Industriais de Minas Gerais
Consultor e Professor nas áreas de Exportação e Importação da Fundação Dom Cabral
Gerente de Comércio Exterior do Grupo SHARP (Facit S/A)
Presidente do Comitê de Comércio Exterior da AMCHAM MG - American Chamber of
Commerce de Minas Gerais
Professor Convidado de Logística Internacional – Pós Graduação – UFOP – Universidade
Federal Ouro Preto
Gerente da Área de Acesso a Mercados e Relações Internacionais – SEBRAE MG
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1.1 A Empresa e a Dependencia do Comércio Exterior
1.2 A Empresa e a Gestão Internacional
1.2.1 O Caso FACIT
1.3 A Decisão de Participação no Mercado Internacional
1.3.1 As primeiras indagações
1.3.2 Mas o que efetivamente exportar ?
1.3.3 Embalagem
1.3.4 Concorrência
2 ACESSO A MERCADOS - O PAÍS DE DESTINO
2.1 A Conquista e a Diversificação de Mercados
2.2 A Qualidade como Elemento para o Incremento dos Negócios
2.3 Aumento da Atividade Econômica e a Geração de Empregos
2.4 Canais para Acesso a Mercados - Brasil
2.4.1 Venda Direta
2.4.2 Venda Indireta Equiparada a Exportação
2.5 Canais para Acesso a Mercados - Exterior
3 A LOGÍSTICA
3.1 O Incoterm
3.2 Transporte – Conceito
3.2.1 Modais de Transporte
3.2.2 A Decisão sobre os Modais de Transporte
3.2.3 Atividades Primárias da Logística
3.3 Frete – Conceito
3.3.1 Transporte Marítimo – cálculo
3.3.1.1 Transporte Marítimo Pagamento
3.3.2 Transporte Aéreo
3.3.3 Frete Aéreo Pagamento
3.3.4 Transporte Fluvial
3.3.5 Transporte Rodoviário
3.3.6 Transporte Ferroviário
3.3.7 A Atividade Logística para a Internacionalização.
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4 PROVIDÊNCIAS PARA A EMPRESA EXPORTAR
4.1 Considerações de Caráter Geral
4.2 SRF – Secretaria da Receita Federal
4.2.1 Habilitação no SICOMEX
4.3 CAMEX
4.4 SECEX – Secretaria de Comércio Exterior
4.5 Incentivos Fiscais
4.5.1 Drawback
4.5.2 Proex
4.5.3 Seguro de Crédito à Exportação
5 CAMBIO
5.1 Crédito Documentário no Comércio Internacional
5.1.1. Pagamento Antecipado
5.1.1.1. Dinâmica do Pagamento Antecipado
5.1.2 Cobrança Documentária
5.1.3 Crédito Documentário que esteja no Banco
5.2 Fechamento de Câmbio
5.3 Negociação de Documentos
6 DESPACHO ADUANEIRO
5
1 INTRODUÇÃO
Historicamente, podemos ver que grandes nações conseguiram elevado nível de
desenvolvimento através da prática e contínua presença no mercado internacional. Em um
mundo globalizado, a presença no mercado internacional é de vital importância para o
desenvolvimento de cada nação. Vendendo ou comprando produtos e serviços, tais práticas
geram oportunidades de crescimento e desenvolvimento tecnológico. Muitas vezes, a
participação da empresa no mercado mundial torna-se essencial para sua sobrevivência,
garantindo-lhe o acesso à novas tecnologias, seja através da importação de serviços,
equipamentos e/ou matéria prima, seja na busca constante de seu aprimoramento técnico e
mercadológico – fatores-chave para uma sólida atuação em um mercado internacional, cada
dia mais competitivo.
Nos dias de hoje, os negócios são definidos em um ambiente global. Uma empresa no interior
do Brasil, já pensa em utilizar matéria-prima mais barata oriunda da Ásia, além de colocar
seus produtos em outro continente. A falta de investimentos na infra-estrutura logística em
nosso país, forçam empresas a realizarem ações mais complexas – e estruturadas – a fim de
manterem seus níveis de competitividade, a exemplo de indústrias no nordeste comprarem
milho argentino, ao invés de comprar milho do Goiás. Na porta da fazenda o produto é
competitivo, mas quando encontra a falta de investimento em infra-estrutura, os elevados
custos logísiticos colocam, muitas vezes, o produto do agronegócio em desvantagem – seja
em função do frete, do seguro e/ou de outros elementos.
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Participação % do Brasil nas Exportações e Importações Mundiais
1950 a 2006
Variação (%) Anual das Exportações e Participação (%) das Exportações no PIB
1950 a 2006
Fig 1: Fonte: Exportações brasileiras: SISCOMEX e SECEX; Importações brasileiras: SISCOMEX e MF/SRF
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EXPORTAÇÃO BRASILEIRA POR FATOR AGREGADO - 1964 a 2008
Participação % sobre o Total Geral
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1.1 A Empresa e a Dependência do Comércio Exterior
No momento atual, são fatores que corroem a competitividade brasileira nos mercados: os
juros, os entraves logísticos, o câmbio, a burocracia e outros. Tais elementos também influem
negativamente o acesso e a manutenção dos negócios no mercado globalizado.
As empresas não podem esperar a taxa de câmbio se tornar favorável para uma decisão de
busca do mercado internacional, nem a danosa política de jutos elevados que atrai uma
entrada de fluxos especulativos, além de minar o esforço e a capacidade de investimento do
empresário. A infra-estrutura é outra condição que, em certos mercados, fomenta a
competitividade; exemplo disso, a soja americana, que, em certos momentos, é mais barata na
porteira da fazenda do que a brasileira, mas, quando chega ao porto, seu preço é corroído pela
falta de infra-estrutura no Brasil, para escoamento da safra agrícula.
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gradativa de produtos de baixo custo e valor agregado, como por exemplo, os chineses. O
recente incremento de 35% da TEC – Tarifa Externa Comum incidentes sobre as importações
de calçados e texteis será discutido na Câmara de Comércio Exterior e levado aos parceiros do
Mercosul. Informações do mercado indicam que os parceiros já acenaram com um apoio a
esta recente medida.
Para fins de operação de exportação direta, a empresa também necessita se habilitar junto às
autoridades brasileiras, apresentando uma vasta documentação e seguindo as orientações dos
Órgãos intervenientes no comércio exterior brasileiro. Existem alguns casos em que a
empresa poderá exportar utilizando outros meios, que não a exportação direta, principalmente
através de Comerciais Exportadoras, onde a legislação considera como venda equiparada a
exportação.
Minas Gerais saiu na frente e desde 2007 começou um trabalho pioneiro dirigido pelo Estado
de Minas Gerais – CENTRAL EXPORTA MINAS, pois integra as principais entidades com
expertise para colaborar com o setor privado no desenvolvimento dos negócios internacionais.
Desde consultoria na área operacional, logística, administrativa, cambial e até mesmo na
pesquisa de mercado para desenvolvimento de novos mercados, além de trabalho pioneiro em
inteligencia comercial. A CENTRAL EXPORTAMINAS tem acesso exclusivo a banco de
dados no exterior, de maneira a facilitar a execução de uma “desk research” por parte das
empresas mineiras. Nesse esforço inédito no país, somam-se ao Estado o SEBRAE, FAEMG,
FIEMG, dentre outros que colaboram nesse esforço.
Existem casos de empresas que, depois de avanços importantes no mercado nacional, decidem
ampliar sua área de atuação mercadológica; sendo assim, se preparam, organizadamente,
realizam diagnósticos, definem estratégias e avançam junto ao mercado internacional (já
conhecendo o potencial de seu produto, os números do mercado, os concorrentes e as
estratégias de atuação). A participação em feiras internacionais colabora na verificação das
ações empreendidas pela concorrência, assim como na identificação de possíveis parceiros
em outros mercados – neste caso, requere-se organização, conhecimento dos custos,
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elaboração de lista de preços, definição de prazos de entrega, catáloogos bem elaborados e em
outras línguas.
As empresas que desejam conquistar e se manter no mercado internacional, têm que estar
preparadas, pois a gestão de negócios internacionais superam a complexidade dos modelos
organizacinais voltados somente no mercado interno. A operação ´´além-fronteiras``, requer
da organização competência gerencial, pois além de todos os elementos presentes em
operações nacionais, requer da mesma um bom conhecimento das questões relacionadas à
qualidade, às questões aduaneiras, cambiais, logísticas, administrativas, dentre outras.
O mercado internacional é atraente, pois para alguns segmentos ele se mostra mesnos
sucetíveis às variações sazonais do mercado interno e as variações políticas. O sonho de toda
indústria é ter cada vez mais um horizonte de sua programação de produção firme e linear,
gerando conforto na gestão do caixa, materiais, pessoal, dentre outras. O comércio mundial se
apresenta hoje:
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Evolução das exportações mundiais de 1950 a 2006:
11.000
10.000
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
Fig. 2: Fonte: Exportações brasileiras: SISCOMEX e SECEX; Importações brasileiras: SISCOMEX e MF/SRF.
O mercado mundial é atraente em função de ser crescente, apesar das oscilações esporádicas,
mas é cada dia mais competitivo. Neste contexto há produtos que enfrentam uma
concorrência desleal com países que subsidiam seus produtores a exemplo do leite, carne e
outros produtos. No agronegócio, por exemplo, o Brasil é um país extremamente competitivo
tanto na soja, quanto na carne, no leite, mas as questões logísticas, falta estrutura para
armazenagem e distribuição, elevados juros, taxa cambial desfavorável, subsídios vultosos
dos países ricos, barreiras não-tarifárias e vários outros têm dificultado a ampliação dos
volumes de exportação a passos mais largos. Mas até a porteira da fazenda o produtor rural
brasileiro tem mostrado competencia e eficiência, há ganhos de produtividade em vários
segmentos. O Brasil tem que se preparar para acusações, que na verdade se revertem em
barreira não tarifárias, como as de ecologicamente incorreto, trabalho infantil, trabalho
escravo, dentre outras mazelas que infelizmente se registram ocorrências, mas há um enorme
esforço da sociedade organizada em erradicar atividades com essas características.
A FACIT é foi uma empresa que surgiu na Suécia no século XVI e que produzia móveis e
teve uma longa trajetória no cenário internacional. No ano de 1952 ela se instalou no Brasil
apenas com uma Rede de Distribuição, com a importação de máquinas de escritório
produzidos pela matriz estrangeira. Já em 1961 ela instala a sua primeira fábrica no Brasil
para aprodução de máquinas de escrever e calculadoras mecanicas.
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Em 1986 a FACIT do Brasil tem 85% do seu capital braisleiro adquirida pelo grupo SHARP,
então sob o comando do empresário Mathias Macline, com objetivo de reforçar a presença
dos produtos SHARP, na área de escritório, então com forte presença da FACIT seja com
produtos mecânicos, elétricos e eletrônicos. A aquisição não teve o resultado esperado uma
vez que a estrutura interna de gestão SHARP não aproveitou a oportunidade que esta
operação apresentava. Em 1995 os empregados adquirem o controle acionário do Grupo
SHARP, mas não tomam as atitudes e ações necessárias que o momento comercial e de
mercado que a empresa se encontrava. Em 1998 a empresa encerra suas atividades em Juiz de
Fora depois da ganhar o prêmio Minas Exporta duas vezes por Diversificação de Mercado, na
época uma iniciativa da Faundação Dom Cabral, CACEX/Banco do Brasil e Diário do
Comércio.
O reinício em 1999:
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Não adotou estratégias a longo prazo
Permanece um volume de vendas
¾ Objetivo: revisar alguns conceitos estudando suas aplicações em uma caso prático e
verificar o efeito chicote na cadeia de suprimentos;
¾ Constatação: O caso FACIT onde a falta de colaboração do cliente final, trouxe como
conseqüência um elevado estoque junto ao atacadista
¾ São vários os artigos que encontramos na literatura referente a SCM – Supply Chain
Management que apontam a existência do efeito chicote ou amplificação da demanda.
¾ Esse efeito não foi identificado recentemente - Disney e Towill (Int. J. Production
Economics 101, 2006, 2-18) registram a existência do efeito chicote na cadeia de
suprimentos desde no mínimo no início do século 20
¾ Wheatly, Malcolm fala que o efeito chicote é um fenômeno de estudo em todas as
universidades
¾ “ A SCM tem que ser colaborativa” (Dr. Ricardo S Martins – CEPEAD – UFMG)
¾ Fiala, P. em seu artigo “Information sharing in supply chains” aponta que a melhoria
do fluxo de informações entre os elos, torna a cadeia de suprimentos mais colaborativa
e consequentemente mais lucrativa
¾ “Efeito chicote na cadeia de suprimentos” Lee, Padmanabhan e Whang relatam como
as distorções de informação na SCM podem impactar na cadeia de suprimentos
levando a uma ineficiência nefasta na cadeia de suprimentos: excessivo investimento
em estoque.
¾ Peter Adrian : “Freqüentemente as oscilações de demanda resultará em uma louca
perturbação na fábrica que tem que comprar e expedir mais matéria prima e
reprogramar a produção”
¾ Siem, Thomas F. descreve que a qualidade da informação é tudo.
¾ Towill, D.R. mostra que a redução do efeito chicote na cadeia de suprimentos pode ser
obtida focando nos erros de estoque e nas fontes de informação.
¾ O caso FACIT (Operações realizadas pela Trading FACITRADE) a ocorrência do
efeito chicote, que por falta de colaboração do consumidor final e principalmente por
tomada de decisão em formação de estoque por demanda ocorrida no passado, essa
última levou a um elevado nível de estoque no atacadista localizado em Rotterdam –
Holanda, que se perpetua até os dias de hoje.
¾ uma transação SPOT influenciou os elos da cadeia de suprimentos em tomada de
decisão na formação de um estoque estratégico.
¾ Lee, Padmanabhan e Whang apontam que demandas passadas não devem ser
utilizadas para se fazer uma programação de compras
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Ações:
¾ Troca de fabricante entre 2002 e 2003:
¾ A FACITRADE do Brasil e a ATRA da Holanda começaram um trabalho com um
novo fornecedor de origem alemã OLYMPIA, cujos produtos seriam fornecidas por
sua unidade fabril localizada em Puebla a 19 Kms da Cidade do México, que passaria
a fornecer as máquinas intermediadas pela FACITRADE e seriam estocadas em
Rotterdam cujo destino seria basicamente a Etiópia, nessa época o maior comprador
mundial de máquinas de escrever mecânicas;
Os conceitos:
¾ Conceito e aplicação:
¾ O EFEITO CHICOTE É A DISTORÇÃO NA PERCEPÇÃO DA DEMANDA AO
LONGO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NA QUAL OS PEDIDOS PARA O
FORNECEDOR TÊM VARIÂNCIA DIFERENTE DA VARIÂNCIA DAS VENDAS
PARA O COMPRADOR.
¾ As empresas podem combater efetivamente esses efeitos pelo total entendimento das
causas fundamentais. A escolha das empresas é claro: ou o efeito chicote a paralisa ou
a empresa encontra um caminho para vencê-lo. A fim de reduzir este efeito a ATRA
por sua vez teve que manter uma atitude extremamente agressiva de vendas de
maquinas, principalmente no teclado aramaico
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O Efeito Chicote no Caso FACIT:
Gráfico 1 ‐ Efeito Chicote
9.000
8.000
7.000 Compra de Máquinas
Atra Holland
6.000
5.000
Venda de Máquinas e
4.000 Faturamento
3.000
2.000 Estoque de Máquinas
1.000 em Rotterdam ‐
Holanda
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Conclusões:
Troca de fabricante entre 2002 e 2003:
▪ Algumas causas e conseqüências do efeito chicote na cadeia de
suprimentos são claras no case da FACITRADE;
▪ Vemos notoriamente que uma política de compras feita com base em
vendas de anos anteriores não podem balizar a programação compras;
▪ A perspectiva de venda do teclado aramaico não se cumpriu e o
atacadista permanece ainda hoje com elevado estoque de maquinas com
teclado aramaico;
▪ Destaque de conceito: Towill, D.R. em seu artigo “On the bullwhip and
inventory variance produced by na ordering policy”, 06-01, 2003,
Omega – “O efeito chicote é um novo termo (mas não um novo
fenômeno) cunhado por Lee et al. Se refere a um cenário onde os
pedidos tendem a ter grandes flutuações nas vendas para o comprador
e a distorção se propaga contra corrente e de maneira amplificada.
▪ Aplicação de ½ milhão de dólares.
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1.3 A Decisão de Participação no Mercado Internacional
A decisão de participar do mercado internacional deve ser objeto de análise e reflexão, pela
governança da organização e que requer estudos , diagnósticos e a vocação para uma mudança
inclusive cultural, no seio da empresa. Os questionamentos são vários:
As respostas para todas estas peguntas podem estruturar uma estratégia de penetração e
principalmente, manutenção no mercado internacional. Devem ser pensadas, estruturadas e
discutidos, a ponto de se verificar os riscos e as consequencias da decisão tomada.
A decisão e a definição, sobre o produto a ser exportado, são também parte das primeiras
indagações necessárias, por parte da empresa. O produto atual atende aos quesitos de
qualidade, segurança e vai ao encontro dos costumes no país de destino ?
O produto tem o tamanho ideal ? A cor, o tamanho, o estilo que agradam no Brasil, agradarão
o consumidor no exterior ?
1.3.3 Embalagem
A embalagem é muito importante e ser previamente estudada, pois a rigor existem dois tipos
de embalagem, que são importantes no processo de finalização do produto. Primeiramente a
embalagem final, aquela que será a vista no produto lá fora. A embalagem deve seguir
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rigorosamente os padrões estabalecidos pela legislação no país de venda, como tipo de
etiqueta, dizeres, cores, tudo detalhadamente identificado anteriormente, exigencias legais,
descrição, tudo deve ser observado. A outra embalagem que deve ser bem estudada é a
externa, que além de fornecer os dados e informações requeridas pelas legislações, tanto
interna quanto externa, deve proteger o conteúdo de danos físicos, humidade, furto, além de
fazer a mercadoria chegar intacta no destino final.
1.3.4 Concorrência
Conhecer o seu adversário, esse é o dever de todo empreendedor que anseia pelo mercado
externo. Há casos inclusive de se desenvolver um relacionamento de cooperação, formação de
uma joint-venture para se fazer frente a outros concorrentes. A empresa deverá analisar se há
algum diferencial que se possa levar em conta, ou ser destacado. Há verba para propaganda e
divulgação na ponta ?? Como será o pós-venda ? Assistência técnica ?? Como os concorrentes
estã se portando ?
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2.1 A Conquista e a Diversificação de Mercados
Um bom momento para a empresa buscar o mercado internacional é justamente quando seus
negócios têm boa sustentação no mercado interno. Erra o empresário que buscar o mercado
externo apenas quando o mercado interno não atende aos anseios de resultado da organização
ou em declínio de resultados econômicos e financeiros. No momento de franco desempenho é
justamente o momento de se aspirar a dedicar parte da produção ao mercado externo, mesmo
que com baixa lucratividade, mas objetivando ganhar experiência e maturidade na gestão do
comércio com o exterior.
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para executar as providências administrativas, controles logísticos, cambiaise pós venda,
inclusive para assessorar a área técnica, para eventual reposição de peças e/ou serviços.
Empresas cuja natureza jurídica funcionem nos moldes de uma comercial exportadora, a saber
uma distribuidora, a empresa produtora/vendedora deverá faturar sempre para o recinto
alfandegado, local do desembaraço aduaneiro. Para a mercadoria possa entrar normalmente no
estoque da empresa, os impostos deverão ser recolhidos.
¾ Atacadistas
¾ Distribuidores
¾ Representantes
¾ Agentes
Esses canais também podem ser utilizados tanto pelo estabelecimento produtor/vendedor
quanto pela comercial exportadora
3 A LOGÍSTICA
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de matérias primas e estoque durante a produção e produtos acabados, e as informações
relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, visando atender
aos requisitos do cliente”.
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INCOTERMS
Termos Internacionais de Comércio
EXW DAF
FCA CFR DES
FAS CIF DEQ
FOB CIP DDU
CPT DDP
FCA (Free Carrier) - O importador indica o local onde o exportador entregará a mercadoria,
onde cessam suas responsabilidades sobre a carga, que fica sob custódia do transportador.
Qualquer meio de transporte pode ser utilizado, inclusive o multimodal.
FAS (Free Alongside Ship) - A mercadoria deve ser entregue pelo exportador junto ao
costado do navio, já desembaraçada e totalmente livre para o embarque. As despesas de
carregamento e todas as demais, seguem por conta do importador. Esse Incoterm geralmente
é demandado para transporte marítimo ou hidroviário.
FOB (Free on Board) – esta é a modalidade mais usada em todo o mundo.Cabe ao exportador
entregar a mercadoria já desembaraçada a bordo do navio em porto de embarque indicado
pelo importador, livre de qualquer ônus. Dessa maneira, todas as despesas no país de origem
ficam a cargo do exportador. Todos as demais despesas, tais como frete e seguro, além da
movimentação da carga no destino, correm por conta do importador. Esse Incoterm é restrito
aos transportes marítimo e hidroviário.
CFR (Cost and Freight) – Neste Incoterm, o exportador entrega a carga no porto de destino,
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assumindo todas as despesas com frete marítimo. A responsabilidade do exportador cessa a
partir do momento em que a mercadoria cruza a murada do navio, o que faz com que o seguro
seja pago pelo importador, assim como o desembaraço no destino, inclusive devolução do
container quando for o caso. Esse Incoterm está restrito aos modais marítimo hidroviário.
CIF (Cost, Insurance and Freight) – Esse Incoterm é também amplamente utilizado por
empresas que já contam com certa experiência no mercado internacional, por sua semelhança
ao CFR, mas o exportador é responsável também pelo valor do seguro, geralmente é feito uma
apólice que contemple embarques futoros e sejam definidos inclusive o valor mínimo por
embarque. O exportador é responsável pela entrega da carga a bordo do navio, no porto de
embarque, com frete e seguro pagos. A modalidade também é restrita aos modais marítimo e
hidroviário.
CPT (Carriage Paid to) - O termo reúne as mesmas obrigações do CFR, ou seja, o exportador
deverá pagar as despesas de embarque da mercadoria e seu frete internacional até o local de
destino designado. A diferença é que pode ser utilizado com relação a qualquer meio de
transporte.
CIP (Carriage and Insurance Paid to) - A modalidade tem as mesmas características do CIF,
onde o exportador arca com as despesas de embarque, do frete até o local de destino e do
seguro da mercadoria até o local de destino indicado. A diferença é que pode ser utilizado
para todos os meios de transporte, inclusive o multimodal.
DDP (Delivered Duty Paid) - Esse Incoterm é utilizado apenas por empresas mais experientes
no mercado internacional e que também tenha confiança em seu operador logístico. Esse
sistema se apresenta exatamente o oposto do EXW, pois toda a responsabilidade da carga é do
exportador. Ele tem o compromisso de entregar a mercadoria no local determinado pelo
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importador, pagando inclusive todos impostos, e todas as despesas e encargos de importação.
Essa condição pode ser utilizada com qualquer modalidade de transporte.
Neste momento, é importante a análise geral e completa dos custos de todas as fases do
processo. Uma solução logísitca significa ter o produto certo, no local certo e no tempo certo.
É necessário saber avaliar todos os custos envolvidos no processo com a percepção do todo. A
gestão de materiais e controle de estoques têm sido contemplados com tecnologias onde a
melhora de eficiencia, redução de estoques e ganhos financeiros têm sido observados a TI tem
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se mostrado fundamental nesses processos. No ambiente da logística veremos a seguir sobe os
modais mais usuais de transporte.
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• Peso bruto
• Análise comparativa dos dados volumétricos e gravimétricos
• Valor conforme o INCOTERM negociado entre as partes
• Destino/Origem
• Tempo de transito da embarcação
• Prazo de entrega
• Momento político - adicionais
• Volume de importação e exportação do país (frequencia)
Alguns rios no Brasil não favorecem o transporte fluvial por apresentarem reduzido calado e
alguns, grande volume de pedras.
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3.3.6 Transporte Ferroviário
A logística é uma das atividades mais complexas nas operações internacionais, que pode se
tornar mais simples ou de elevado grau de complexidade, considerando os produtos a serem
transportados, a embalagem, características peculiares, origem e destino, bem como o prazo
para se cumprir a entrega de referido produto. A decisão na governança é complexa. Devemos
considerar o custo benefício, confiabilidade, tempo de entrega, TI, dentre outros onde torna-se
fundamental uma visão sistemcia para se analisar caso a caso e suas peculiaridades.
Assim que se tem uma clara definição dos bens a serem transportados, sua características,
suas informações volumétricas e gravimétricas, tempo de entrega, origem, destino, valores
disponíveis para pagamento de frete, seguro e demais características caberá a difícil decisão
da escolha do operador logísitico. Há uma tendencia de fusões, incorporações em função do
elevado grau de competitvidade nessa área.
CD’s - Centros de Distribuição: São áreas de armazéns modernos, dotados de recursos para
movimentação, armazenagem e distribuição de cargas. Geralmente essas áreas são dotados de
recursos estruturais e de TI para perfeita movimentação de carga, o objetivo é fazer chegar a
mercadoria no lugar certo e na hora certa.
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Cross-docking: É o sistema operacional que permite uma mercadoria chegar e dalí, após
cumprimento de atividades de controle e execução, apesar de uma referida origem é destinado
a diferentes destinos. Uma perfeita gestão é necessária, a fim de se dar a destinação certa,
onde a mercadoria é dividida a dois ou mais veículos de transporte de carga, de menor porte,
obetivando a entrega em pontas finais.
Door-to-door – “Porta a Porta”: Quando em uma operação internacional se contempla essa
modalidade, significa maturidade do exportador em função do grau de especialização que essa
modalidade requer.
Multimodal: Prevê-se que é a utilização de mais um modal de transporte.
A) Seguro;
B) Carregamento da mercadoria ou ovação de container;
C) Transporte interno até a zona alfandegada, destinada a desembaraço;
D) Dsembaraço aduaneiro;
E) Manuseio da carga/estiva;
F) Armazenagem;
G) Descarga no destino;
H) Impostos;
I) Outros.
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diferencial, principalmente em mercados mais sofisticados. Para realizar operações acima de
US$ 10.000,00 toda empresa exportadora deve utilizar um despachante aduaneiro, que
também encaminha os documentos junto à Receita Federal e acompanha o registro junto ao
SISCOMEX Sistema Integrado de Comércio Exterior, mas analisaremos alguns participantes
no processamento das exportações.
Vantagens:
¾ Agilidade
¾ Multiplicação dos pontos de atendimento
¾ Simplificação e padronização de ações no que tange as operações de comércio exterior
¾ Diminuição do fluxo físico de documentos
¾ Entrada e alteração de informes/dados
¾ Redução de custos
¾ Acesso facilitado ao processo
¾ Facilitação no cadastramento de representante legal
¾ Velocidade do sistema
A habilitação do responsável legal pela pessoa jurídica, na modalidade ordinária, será feita mediante
requerimento, conforme o modelo constante dos Anexos I e II a esta Instrução Normativa, subscrito
por qualquer das pessoas físicas que atendam aos critérios de qualificação constantes da tabela do
Anexo V à Instrução Normativa RFB nº 568, de 2005, ou seu respectivo representante, à unidade de
jurisdição aduaneira do estabelecimento matriz, instruído com os documentos abaixo relacionados:
SIM NÃO I – Cópia autenticada dos atos constitutivos da pessoa jurídica, ou de
sua última consolidação, e alterações realizadas nos últimos dois anos;
SIM NÃO II – Original da certidão específica da Junta Comercial, contendo o
histórico de todas as alterações dos atos constitutivos da pessoa jurídica,
expedida há, no máximo, noventa dias;
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SIM NÃO III - Cópia autenticada do documento de identificação do responsável
pela pessoa jurídica, ou do signatário do requerimento, se forem pessoas
diferentes;
SIM NÃO IV - Cópia autenticada instrumento de outorga de poderes para
representação da pessoa jurídica, quando for o caso;
SIM NÃO V - Cópia autenticada do documento de identificação do responsável
pela elaboração da escrituração contábil-fiscal;
SIM NÃO VI – Cópia autenticada do balanço patrimonial relativo ao último
exercício encerrado ou balanço de abertura, e balancete de verificação
relativo ao mês anterior ao da protocolização do requerimento de habilitação, assinados pelo
contador e por pessoa que atenda critério de qualificação constante da tabela do Anexo V à IN
RFB nº 568, de 8 de setembro de 2005;
SIM NÃO VII - Cópia autenticada do demonstrativo de resultados, relativo ao
último período encerrado;
SIM NÃO VIII – Cópia autenticada da prova da integralização ou aumento de
capital que tenha ocorrido nos três anos-calendário anteriores ao do
pedido de habilitação;
SIM NÃO IX - Cópia autenticada dos documentos relativos aos imóveis onde
funcionam o estabelecimento matriz e o principal depósito da requerente:
SIM NÃO a) Cópia autenticada da guia de apuração e lançamento do Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU) ou Declaração do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural (DITR), com os dados cadastrais do imóvel; e
SIM NÃO b) Cópia autenticada da nota fiscal de energia elétrica ou de telefone do
mês anterior ao da protocolização do requerimento;
SIM NÃO X - Cópia autenticada das guias de informação e apuração do Imposto
sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS)
apresentadas ao fisco estadual ou distrital, relativas ao período de que trata o Anexo I-A a este
Ato Declaratório, se for contribuinte desse imposto; e/ou,
SIM NÃO XI - Cópia autenticada das guias de informação e apuração do Imposto
Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) apresentadas ao fisco distrital
ou municipal, relativas ao período de que trata o Anexo I-A, se for contribuinte desse
imposto.
SIM NÃO
XII - Original dos Anexos I e II da IN no. 650/2006, com
reconhecimento de firma
O requerimento de habilitação será instruído também com os Anexos I-A, I-B e I-C ao Ato
Declaratório Executivo COANA no. 3, para atender ao disposto no inciso IV do art. 5o da IN
SRF nº 650, de 2006, contendo as seguintes informações:
30
SIM NÃO I - elementos indicativos da atuação comercial da pessoa jurídica, com as
informações relativas aos três meses imediatamente anteriores à
protocolização do pedido ou, quando se tratar de atividade sazonal, aos
três meses consecutivos de maior movimento a partir do ano-calendário anterior (Anexo I -
A);
SIM NÃO II - informações contábeis resumidas da pessoa jurídica, com a indicação
do saldo das contas no último dia do mês imediatamente anterior ao da
protocolização do pedido (Anexo I - B); e
SIM NÃO III - demonstrativo sumário da origem dos recursos a serem empregados
pela pessoa jurídica, com a projeção do fluxo de caixa para os seis meses
subseqüentes à protocolização do pedido (Anexo I - C).
§ 1º Os demonstrativos referidos nos incisos I a III do caput deverão ser:
I - subscritos por uma das pessoas físicas que atendam aos critérios de qualificação constantes
da tabela do Anexo V à Instrução Normativa RFB nº 568, de 2005 ou seu respectivo
representante, e pelo responsável pela elaboração da escrituração contábil-fiscal quando for o
caso; e
SIM NÃO II - entregues também em meio magnético, em planilha eletrônica,
conforme modelo disponibilizado pela SRF em seu sítio na Internet.
§ 2º Os demonstrativos referidos nos incisos I a III do caput serão disponibilizados sob
formato de aplicativo, capaz de identificar inconsistências no preenchimento assim como
identificar previamente se os valores das estimativas apresentadas são compatíveis com os
dados informados.
§ 3º A revisão das estimativas, a pedido do interessado, deverá ser efetuada mediante
protocolização de requerimento instruído com os documentos referidos nos incisos VI, VII,
VIII, X e XI do art. 2º e os demonstrativos referidos caput do art. 3º.
§ 4º O prazo para conclusão da revisão das estimativas a que refere o § 3º será de dez dias,
contados da data de protocolização, findo o qual, os valores apresentados pelo requerente
consideram-se aceitos, salvo na hipótese referida no 2º do art. 23 da IN SRF nº 650, de 2006.
Observações:
§ 1º Ficam dispensadas da apresentação dos documentos a que se referem os incisos V, VI, e
VII do caput, as pessoas jurídicas optantes pelo regime de Lucro Presumido ou Lucro
Arbitrado, bem como aquelas inscritas no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples).
§ 2º A dispensa de que trata o § 1º aplica-se exclusivamente às pessoas jurídicas que não
possuam escrituração contábil e será suprida pela apresentação do Livro Caixa relativo ao
ano-calendário anterior, revestido das formalidades exigidas pelo Regulamento do Imposto de
Renda.
§ 3º Quando a periodicidade de apresentação dos documentos a que se referem os incisos X e
XI impedir o cumprimento daquelas exigências, as guias de informação poderão ser
31
substituídas pelas cópias do Livro de Apuração do ICMS ou ISS, do mesmo período referido
nesses incisos.
§ 4º A não-apresentação de qualquer um dos documentos relacionados neste artigo deverá ser
justificada por escrito.
ANEXO I
(Instrução Normativa no. 650)
REQUERIMENTO DE HABILITAÇÃO
1.1.1.1.1
32
5. Sítio da internet (endereço da página na internet): Preencher com o endereço completo do sítio
da pessoa jurídica na internet.
6. Nomes e Telefones de contato (máximo 3): Preencher com até três números de telefone e nome de
pessoa para contato, incluindo o código de área (DDD), no formato (DDD) NNNN.NNNN.
Para as demais pessoas físicas, indicar nesse quadro os dados da pessoa física
que atuará como seu representante, que tanto pode ser o interessado como o
despachante aduaneiro por ele escolhido.
1. Nome completo (sem abreviações): Preencher com o nome completo do responsável.
2. CPF: Preencher com o número de inscrição do responsável no CPF.
3. Documento Identidade / Órgão emissor: Preencher com o número da identidade e a sigla do
órgão emissor.
4. Qualificação: Indicar a qualificação do responsável, conforme indicado na Tabela do Anexo V da
IN RFB nº 568, de 2005. Tratando-se de habilitação de pessoa física, deixar o quadro em branco.
5. Endereço completo (logradouro, nº, complemento, bairro, cidade, estado e CEP): Preencher
com o endereço completo do responsável.
6. Endereço eletrônico (“e-mail”): Preencher com o endereço eletrônico do responsável (“e-mail”).
Preencher somente no caso de concordar em receber correspondência da SRF nesse endereço
eletrônico.
7. Telefones de contato (máximo 3): Preencher com até três números de telefone de contato da
pessoa física, incluindo o código de área (DDD), no formato (DDD) NNNN.NNNN.
1.1.1.2
33
1.1.1.4
1.1.1.6
4. Endereço completo do estabelecimento matriz (logradouro, nº, complemento, bairro, cidade, estado e CEP)
1.2.5
4. Endereço completo do estabelecimento matriz (logradouro, nº, complemento, bairro, cidade, estado e CEP)
1.3.5
34
1.4 III. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PERANTE O SISCOMEX
4. Qualificação
1.4.5
1.5.5
1.6 V. DECLARAÇÃO
O requerente ou seu procurador, adiante assinado, declara expressamente, sob as penas da lei, estar autorizado a pleitear a
habilitação em nome da pessoa qualificada no quadro I, e que as informações prestadas são verdadeiras.
1. Data: 2. Assinatura:
35
Aprovado pela IN SRF no 650, de 12 de maio de 2006.
ANEXO II
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
MODALIDADE ORDINÁRIA
Observação importante: Este Anexo só deverá ser preenchido por pessoas jurídicas que estejam
pleiteando habilitação na modalidade ordinária.
36
QUADRO III. DADOS DO IMÓVEL DO ESTABELECIMENTO MATRIZ
Preencher com as informações relativas ao imóvel onde funciona o
estabelecimento matriz da requerente.
1. CPF/CNPJ do proprietário: Preencher com o número de inscrição do proprietário do imóvel no
CPF ou CNPJ, conforme o caso.
2. Tipo de posse: Indicar a que título a empresa ocupa o local (propriedade, locação, usufruto, cessão
não-onerosa etc).
3. Número do cadastro no IPTU: Preencher com o número de inscrição do imóvel para fins de
pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).
4. Valor venal (IPTU): Preencher com o valor venal do imóvel, em reais, indicado na Guia de
Lançamento e Apuração do IPTU.
5. Área total do imóvel: Preencher com a área total do imóvel, em metros quadrados.
6. Área utilizada: Preencher com a área do imóvel, em metros quadrados, efetivamente utilizada pela
empresa.
7. Data de início do contrato: Caso a ocupação do imóvel esteja amparada em contrato, público ou
particular, indicar a data de início da sua vigência.
8. Data de término do contrato: Caso a ocupação do imóvel esteja amparada em contrato, público ou
particular, indicar a data de término da sua vigência.
9. Valor do contrato: Caso a ocupação do imóvel esteja amparada em contrato oneroso, indicar o
valor mensal, em reais, pago pela empresa.
37
10. Valor total dos veículos: Preencher com o valor total, em reais, dos veículos de propriedade da
empresa.
38
7. Produto 2: Preencher com o nome do 2º produto de maior valor agregado na comercialização com
o cliente.
8. Marca comercial 2: Preencher com a marca comercial do 2º produto de maior valor agregado na
comercialização com o cliente.
9. Produto 3: Preencher com o nome do 3º produto de maior valor agregado na comercialização com
o cliente.
10. Marca comercial 3: Preencher com a marca comercial do 3º produto de maior valor agregado na
comercialização com o cliente.
1.8.1.3
1.10
39
1.11.4 6. Endereço eletrônico (“e-mail”)
1.11.5
1.12.6
7. Data de início do contrato 8. Data de término do contrato 9. Valor mensal do contrato (R$)
40
1.14 IV. DADOS DO IMÓVEL DO PRINCIPAL DEPÓSITO
7. Data de início do contrato 8. Data de término do contrato 9. Valor mensal do contrato (R$)
41
2 MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA
RECEITA FEDERAL
2.3
42
2.6 VI. CLIENTES NO PAÍS (3º MAIOR)
43
3 MINISTÉRIO DA FAZENDA - SECRETARIA DA
RECEITA FEDERAL
3.2.1.1
44
3.5 VIII. CLIENTES NO EXTERIOR (1º MAIOR)
45
4 MINISTÉRIO DA FAZENDA
46
4.5 IX. FORNECEDORES NO EXTERIOR (2º MAIOR)
47
4.3 CAMEX – Câmara de Comércio Exterior
A CAMEX tem a função da gestão das normas e legislações do comércio exterior brasileiro.
Atua na promoção e na proteção dos exportadores brasileiros quando analisa salvaguardas
para defender os interesses nacionais, contra a concorrência predatória. Atua pois
influenciando nas alíquotas de impostos de importação e exportação. Resolve sobre as
concessões de áreas de livre comércio , zonas francas, ZPE’s, acordos e convênios
internacionais.
Competências
I - formular propostas de políticas e programas de comércio exterior e estabelecer normas
necessárias à sua implementação;
II - propor medidas, no âmbito das políticas fiscal e cambial, de financiamento, de
recuperação de créditos à exportação, de seguro, de transportes e fretes e de promoção
comercial;
III - propor diretrizes que articulem o emprego do instrumento aduaneiro com os objetivos
gerais de política de comércio exterior, bem como propor alíquotas para o imposto de
importação, e suas alterações;
IV - participar das negociações em acordos ou convênios internacionais relacionados com o
comércio exterior;
V - implementar os mecanismos de defesa comercial; e
VI - apoiar o exportador submetido a investigações de defesa comercial no exterior.
Autoriza a emissão das Licenças de Importação e Exportação. Tem a função fiscalizadora dos
pesos, preços e medidas dos produtos, nas operações de comércio exterior. Fornece todas as
estatísticas envolvendo os números das exportações e importações.
48
A defesa comercial do MERCOSUL frente a terceiros países envolve a definição de uma
política comum de salvaguardas, bem como a defesa contra importações de produtos a preços
de dumping ou subsidiados, que causem dano à produção doméstica do MERCOSUL.
O MERCOSUL já dispõe de um Regulamento Comum de Salvaguardas e dos Marcos
Normativos: (1) do Regulamento Comum Relativo à Defesa contra Importações Objeto de
Dumping Provenientes de Países Não-Membros do MERCOSUL e (2) do Regulamento
Comum Relativo à Defesa contra Subsídios Concedidos por Países Não-Membros do
MERCOSUL.
No âmbito da OMC, são realizadas reuniões semestrais dos Comitês de Práticas Antiduming,
o Comitê de Subsídios e Medidas Compensatórias e o Comitê de Salvaguardas, nas quais se
discutem temas tais como: revisão das legislações nacionais de implementação dos Acordos e
das medidas aplicadas, bem como aspectos controversos da interpretação e implementação
dos Acordos.
Em novembro de 2001 foi realizada uma reunião ministerial em Doha, Catar, quando foi
lançada a nona rodada de negociações multilaterais desde a criação do GATT, primeira no
âmbito da OMC, que deve se encerrar em 1º de janeiro de 2005.
Na área de defesa comercial foram abertas duas frentes de negociação. A primeira, no âmbito
do Grupo Negociador de Regras, acordou-se negociar, com objetivo de clarificar e aprimorar,
as disciplinas previstas nos Acordos Antidumping e sobre Subsídios e Medidas
Compensatórias, preservando-se, porém, os conceitos básicos, princípios e efetividade desses
Acordos e seus instrumentos e levando-se em conta as necessidades dos Membros em
desenvolvimento e de menor desenvolvimento. Definiu-se que, em fase inicial, os Membros
deverão indicar os dispositivos que desejam clarificar/aprimorar, os quais serão negociados
em fase subseqüente. Não houve mandato para negociação do Acordo sobre Salvaguardas.
49
A segunda frente de negociações relaciona-se aos temas de implementação. Essa discussão se
refere à forma como estão sendo implementados os acordos negociados na Rodada Uruguai.
As questões sobre subsídios foram discutidas nas reuniões regulares do respectivo comitê, e
as questões sobre dumping estão sendo discutidas no âmbito do Grupo de Trabalho sobre
Implementação do Comitê sobre Práticas Antidumping.
Essas negociações são de maior interesse dos países em desenvolvimento, inclusive o Brasil.
O Brasil tem utilizado os instrumentos de defesa comercial com vistas à defesa dos produtores
domésticos afetados por importações a preços de dumping e, em menor medida, de produtos
objeto de subsídios. Por outro lado, também tem tido suas exportações prejudicadas pela
aplicação, nem sempre compatível com as regras previstas na OMC, dessas medidas por
diversos países. Diante de tal cenário, a posição brasileira tem sido de defender que tais
instrumentos são relevantes e que devem ser preservados, cabendo, porém, o seu
aprimoramento com vistas à redução de possibilidade de utilização discricionária dos mesmos
pelos Membros.
Assim, de uma forma geral, as propostas apresentadas pelo Brasil tendem a refletir a prática
brasileira. Adicionalmente, abordam questões em relações às quais já se detectou, em função
de problemas ocorridos na condução das investigações que afetam as exportações brasileiras,
a necessidade de aprimoramento das regras existentes, com vistas a garantir maior
transparência e menor discricionariedade das autoridades investigadoras
50
A TEC foi implantada no Brasil pelo Decreto 1.343, de 23/12/94, e a legislação que efetuou
alterações no Brasil está indicada no arquivo a seguir:
TEC - LEGISLAÇÃO NO BRASIL
A partir de 01/01/2007, entrou em vigor no Brasil a nova versão da Nomenclatura Comum do
Mercosul (NCM) adaptada à IV Emenda do Sistema Harmonizado de Designação e
Codificação de Mercadorias, aprovada pelo Conselho de Cooperação Aduaneira (SH-2007).
Com base na Decisão CMC 38/05, permanece autorizada, até 31/12/2008, a manutenção de
lista de exceções à TEC, com até 100 códigos tarifários por cada Estado Parte do Mercosul,
podendo ser alterada a cada seis meses, em até 20% dos códigos. Pelas Decisões CMC 39/05,
13/06 e 27/06, foi autorizado adotar, no decorrer de 2006 e 2007, alíquotas diferenciadas para
Bens de Informática e Telecomunicações (BIT).
Para facilitar a tarefa dos operadores comerciais, disponibiliza-se a TEC completa em Word.
Em Excel registra-se exclusivamente os códigos tarifários da NCM a 8 dígitos, além das
seguintes listas:
Lista de Exceções à TEC - lista brasileira de exceções à TEC, cujas alíquotas estão
assinaladas com o sinal "#" na TEC.
Lista de Exceções à TEC para Bens de Informática e Telecomunicações – lista brasileira de
exceções para alguns códigos de BIT, cujas alíquotas estão assinaladas com o sinal "§" na
TEC.
Reduções temporárias por questões de desabastecimento - lista de códigos NCM que estão
com redução de tarifas de importação, no âmbito da Resolução GMC 69/00, cujas alíquotas
assinalamos com o símbolo "**", em coluna específica criada nas versões da TEC em Excel.
Universo de BK e BIT - listas indicando os códigos que o Mercosul classifica como Bens de
Capital (BK) e Bens de Informática e de Telecomunicações (BIT) .
51
> Classificação Fiscal ou Nomenclatura
A começar pela Nota Fiscal a empresa deverá fazer modificações, quando necessário, para
que possa ser incluída uma coluna para classificar todos os produtos do “line-up” da empresa.
Essa classificação é importante, para efeitos de especificidade de cada ítem. Na importação a
classificação deve ser feita de maneira bastante criteriosa, pois inconsistências poderão gerar
pesadas multas para o importador.
No Brasil dois instrumentos para classificação de acordo com as Nomenclaturas ou
Classificações Fiscais - NCM ou Naladi - que ordenam e codificam as mercadorias de acordo
com sua natureza e características. A Portaria 02/92 da Secretaria de Comércio Exterior
(Secex) dá os tratamentos administrativos das operações, de acordo com o tipo de produto e o
mercado a que se destina.
A classificação fiscal retrata por códigos as mercadorias de acordo com sua natureza e
características, para posicionar cada produto dentro de sua classificação numérica,
relacionando as informações básicas necessárias à transação comercial, como incidência de
impostos, contingenciamentos, acordos internacionais e normas administrativas. Neste caso os
produtos são classificados por códigos numéricos de 8 dígitos, considerando que os 6
primeiros acompanham a nomenclatura internacional (Sistema Harmonizado). Como
salientado acima, na importação os produtos devem ser classificado com máximo critério e
rigor possíveis, a fim de se evitar um enquadramento de maneira errônea, trazendo
consequências custosas para o importador.
Neste contexto se encaixam conhecidos impostos: IPI, ICMS, Pis e Cofins, que não fazem
parte da estrutura de preços dos produtos destinados ao mercado externo, seja direta ou
indiretamente. No caso do ICMS é importante a empresa fazer o memorando de exportação
que deve ser feito e protocolado junto a Secretaria de Estado da Fazenda, conforme a lei que
fixa os prazos e documentos necessários em cada Unidade da Federação.
52
4.4.1 Drawback
Nosso país conta ainda com o sistema de DRAWBACK, que no Brasil ele é apresentado em 2
versões: suspensão e isenção; a restituição já teve sua base legal, mas pouquíssimo usado. A
maioria esmagadora utiliza a modalidade suspensão, que permite que a empresa importe
matéria prima, partes ou sub-conjuntos que virão a compor um produto final cujo destino seja
o mercado externo.
Existem prazos e condições para que o mesmo seja autorizado, isso é feito através do Pedido
de Drawback. Uma estrutura de custos deverá ser apresentada, bem como os números
previstos de exportação em dado tempo. O prazo inicial para que a empresa comprove a
exportação é de 1 ano e pode ser prorrogado por igual períiodo, mas podem ser previstos
casos de produtos com longo processo de fabricação, com prazos superiores. Quando da
chegada dos insumos importados a empresa importadora deverá entrar com um Termo de
Responsabilidade.
Drawback tem suas condições estabelecidas no Regulamento Aduaneiro e na Portaria 4/97 da
Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Após submeter e tendo a aprovação a empresa
realiza a importação com suspenção de tributos, produz os produtos e realiza a exportação,
efetuando a compravação da exportação e efetuando a baixa no sistema e respectivo Ato
Concessório. O controle e autoridade para conceder, verificar os lançamentos, e efetivamente
acompanhar a evolução do cumprimento do Ato Concessário cabe ao Decex.
Utilizando este benefício a empresa exclui dos custos da importação:
Objetivo do Projeto
O novo Sistema constitui notável avanço na operacionalização do regime, integrando-se ao
SISCOMEX nas vertentes de importação e exportação. Além de agilizar e modernizar o
sistema, a nova sistemática facilita o acesso ao regime, conferindo maior segurança ao
controle dessas operações.
53
"A consolidação destina-se a facilitar a consulta dos interessados, não substituindo a
legislação publicadano Diário Oficial da União."
Parceria
A concepção e definição das regras negociais do módulo DRAWBACK é da responsabilidade
da Secretaria de Comércio Exterior e o SERPRO desenvolveu o Sistema em sua base
tecnológica.
Funções do Módulo
• Registro do Drawback em documento eletrônico, com todas as etapas (solicitação,
autorização, consultas, alterações, baixa) informatizadas.
• Tratamento Administrativo automático nas operações parametrizadas.
• Acompanhamento das Importações e Exportações vinculadas ao sistema de Drawback
eletrônico.
•
Requisitos Operacionais
São os mesmos recursos exigidos para acessar o Siscomex Exportação.
Vantagens do Projeto
Para as empresas:
• agilização / automaticidade / eficiência / redução de custos / simplificação Para o
Governo:
• redução de custos / segurança / agilidade
Habilitação de usuário
A habilitação para o acesso ao Sistema Drawback Eletrônico será concedida aos
representantes legais das empresas, autorizados a operar na exportação, não sendo necessário
nenhuma providência para os atuais usuários habilitado no Perfil Exportados do Siscomex.
4.4.2 Proex
O Brasil ainda conta com um sistema de apoio financeiro ao exportador que muitas vezes
pode decidir um negócio. Todo exportador, devidamente qualificado segundo as exigencias
informadas pelo Banco do Brasil, poderá nos casos de venda a prazo com carta de crédito a
prazo e de Banco considerado de primeira linha, poderá sacar o valor da exportação deduzido
juros de nível internacional, e cada produto, quanto mais processo/valor agregado, maior o
prazo que será contemplado apenas com o desconto desses juros, após o referido embarque e
54
apresentação de documentos em perfeita ordem e totalmente enquadrado nas condições
especificadas na carta de crédito, o exportador terá seu valor creditado pelo Banco do Brasil.
5 CÂMBIO
5.1 Crédito Documentário no Comércio Internacional
1) O exportador emite uma Fatura Proforma (veremos modelo posteriormente) com todos
os detalhes da operação e dados bancários, inclusive o SWIFT do Banco escolhido no
Brasil para o fechamento do câmbio;
2) O importador de posse da Fatura Proforma envia a remessa através de uma ordem de
pagamento, utilizando um Banco no exterior para enviar o numerário para o Banco no
Brasil, indicado pelo exportador;
3) O exportador identifica a Ordem de Pagamento e efetua o fechamento do câmbio (Tipo
01 – exportação de mercadorias);
4) O crédito em reais é feito na conta corrente do exportador;
55
5) Após o término da produção o exportador confecciona os documentos de exportação e
realiza a exportação.
A cobrança documentária quando é feita a vista, ela também é conhecida por várias
terminologias: sight draft, payment at sight, Cash Against Documents; no caso de operações a
prazo, a operação é conhecida como: time draft, payment at X days, X days after goods
receipt. Em ambos os casos as terminologias devem ser apontadas na Fatura Proforma, em
campo destinado a isso.
Essas operações são reguladas pela CCI – Câmara de Comercio Internacional através das
URC – Uniform Rules of Collection, onde são estabelecidos as responsabilidades de cada um,
funções e procedimentos. Na prática, o exportador apresenta ao Banco no Brasil todos os
documentos, no número de vias, sem rasuras ou emendas, para que sejam enviados ao Banco
no exterior, indicado pelo importador. Chegando no destino, o Banco no exterior (Banco
Cobrador) notifica o importador para que ele efetue o pagamento no caso de uma operação a
vista ou firma o saque/promissória, conhecido como draft, no caso de operações a prazo.
Vencida esta etapa o Banco Cobrador libera a documentção para o importador realizar o
desembaraço. Essa modalidade não favorece ao exportador pela falta de garantia. A falta de
garantia tanto pode ser do importador, quanto riscos políticos, ou seja do país.
56
do importador que possam conferir chave de assinatura, ou que tenha correspondente no
Brasil, sob risco de se ampliar o tramite bancário, seja para remessa de documentos, seja para
disponibilização dos recursos envolvidos na transação. É importante que a carta de crédito
seja IRREVOGÁVEL, e em casos iniciais, até mesmo confirmada por Banco de primeira
linha, ou PRIME BANK. No caso da L/C ser irrevogável, a mesma só poderá ser cancelada se
houver acordo e entendimento entre as partes envolvidas. Pelas normas internacionais, é
considerado uma garantia real de pagamento, uma vez que o Banco emitente da L/C, leva
consigo algum risco porventura existente na operação.
No caso de L/C a prazo, a mesma sendo emitida por Banco de primeira linha, o exportador,
conforme o produto, poderá postular junto ao Banco do Brasil efetuar a operação através do
PROEX, que é um excelente instrumento para recebimento antecipado ao vencimento descrito
no corpo da L/C. Em o produto se enquadrando na operação de PROEX, o exportador deverá
fazer um cadastro, apresentar algumas certidões negativas e após a realização do embarque, o
exportador apresenta os documentos junto ao Banco do Brasil em torno de 5 a 7 dias após o
embarque, o exportador recebe o valor da L/C descontado as taxas e os juros internacionais.
De fato é um excelente instrumento de apoio ao exportador, mas infelizmente não compensa o
atual nível do dólar frente ao real.
57
realizamos o fechamento da operação com a definição das taxas e custos, local e data de
crédito e demais procedimentos alusivos a esta operação.
O Banco Central do Brasil é o Órgão regulador dessas operações, que tem procurado a cada
dia agilizar mais essas transações bancárias.
É possível realizar o fechamento de câmbio para ingresso dos reais para o exportador, quando
do recebimento do aviso de crédito informado pelo Banco, ou em outras condições principais
que veremos a seguir:
58
No embarque marítimo o conhecimento é especificado como Bill of Lading, no caso de
transporte aéreo – Air Way Bill e no caso de transporte rodoviário – CRT.
D) Seguro (insurance)
Se o exportador já está agregando valor ao material exportado, realizando a venda com
uma modalidade que contemple o pagamento do seguro na origem, é bom sinal. Há duas
opções básicas neste caso, ou o exportador abre uma apólice junto a sua Corretora ou
Seguradora de confiança e ou contrata o seguro através de apólices abertas por prestadores
de serviço como, despachantes aduaneiros. Em caso de operação frequentes é interessante
que a empresa exportadora abra sua própria apólice e especifique os prazos e condições de
envio de documentos, pagamentos, etc.
E) Saque (draft)
Como vários documentos de exportação, este também é conhecido por outros nomes: além
de saque, letra, letra de câmbio, cambial e em inglês draft. Deve-se especificar os dados
do importador e exportador com o valor da operação por extenso, moeda, prazo e
condições, além de requerer assinatura e identificação dos envolvidos no documento.
G) Certificado Fitossanitário
Quando exportamos produtos alimentícios, uma série de certificados são exigidos, tanto
pelo Governo do país importador, quanto por nossas autoridades no ãmbito do comércio
exterior. A casos que inclusive é necessário a certificação o local de manejo ou produção
desses produtos. Este certificado pode ser emitido sob a chancela do Ministério da
Agricultura, ANVISA, conforme o cada caso. É importante o exportador se informar a
partir do importador os níveis de exigências e até mesmo de tolerancia para certas
substancias. Exemplo: castanha do pará = o nível permitido de aflatoxina na Europa é bem
menor que o nível permitido pelas autoridades brasileiras, se a mercadoria chegar em
porto europeu com níveis acima do permitido, a mercadoria é devolvida e nesse caso, o
59
exportador arcará com custos elevados de devolução e submeterá o produto novamente
aos Órgãos intervenientes no comércio exterior brasileiro.
6 Despacho Aduaneiro
O despacho aduaneiro, nas operações de comércio exterior, é o procedimento regular em que
a autoridade fiscal exerce sua competencia de modo a efetuar o desembaraço aduaneiro, dos
produtos destinados ao exterior. Existem várias condicionantes quanto ao nível de exigencia
de providencias, documentos, controle, restrições de acordo com cada tipo de produto.
Há países que exigem certificações especiais. Há produtos que demandam autorizações de
Órgãos outros, que não a Receita Federal, tais como: ANVISA, MARA, Ministério da
Agricultura, MEC, dentre outros.
O primeiro documento fiscal que a empresa tem que produzir é a Nota Fiscal de Exportação,
que deverá sair em nome do cliente no exterior e vias de regra, isento dos seguintes impostos:
ICMS, IPI, PIS e COFINS. Quando da venda através de Comercial Exportadora, que é uma
venda equiparada a exportação, a indústria fabricante ou vendedora para a Comercial
Exportadora, deverá providenciar duas notas fiscais: uma para o estabelecimento alfandegado
onde será realizado o desembaraço aduaneiro e outra em nome da Comercial Exportadora,
que por sua vez emitirá uma terceira nota fiscal em nome do cliente no exterior. No corpo da
Nota Fiscal do estabelecimento produtor/vendedor deverá contar ainda o número da RE
(Registro da Exportação), número do ADE – Ato Declaratório Executivo que é a publicação
da autorização de funcionamento do recinto alfandegado, onde será realizado o desembaraço
aduaneiro.
60