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Trabalho realizado por: Tiago Mestre Nº15 9ºA

Comprimento: 65-72 cm
Nome: Águia de Bonelli, Águia-perdigueira Hieraaetus
fasciatus
Família: Accipitridae.
Espécie: Hieraaetus fasciatus
Habitat: zonas abertas áridas e agressivas
Voo: voa alto em círculos, plana; laborioso
Ninho: estrutura volumosa em penhasco ou rochedo
Ovos: 2; brancos, levemente sarapintados de castanho
Incubação: 42-44 dias
Postura: 1; Fevereiro-Maio
Alimentação: mamíferos, aves

Esta ave de grande porte, com o peito branco e voo rápido, é uma espécie tipicamente predadora,
extremamente eficaz na caça de coelhos, perdizes e pombos. O vale do Douro e seus afluentes, com
as suas influências climatéricas mediterrânicas, constitui um enclave ecológico muito importante
para a Águia de Bonelli. Nesta área encontram-se cerca de 30 casais, que alternam os seus
territórios com os da Águia-real, uma vez que são duas aves fortemente territoriais. À imagem do
que acontece no resto da Península Ibérica, tem-se verificado uma certa regressão no número de
casais desta ave. As principais razões deste declínio parecem ser a electrocussão em postes de
média-tensão e morte por disparo.
Estatuto de Conservação
Europeu: Em perigo.
Nacional (Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (SNPRCN 1990): Rara.
Espanha: Rara.
SPEC: 3 (Espécie com estatuto de conservação desfavorável, não concentrada na Europa).
Protecção legal
Decreto-Lei nº 140/99 de 24 de Abril, Transposição da Directiva Aves (79/409/CEE de 2 de
Abril) - Anexo I e Espécie de Conservação Prioritária no espaço europeu.
Convenção de Berna - Anexo II
Convenção de Bona – Anexo II
CITES – Anexo II/C1

Estatuto Fenológico
A Águia de Bonelli (Hieraaetus fasciatus) é uma ave de rapina pequena da família
Accipitridae com típica coloração branca no peito e na face interior da asa, e escuras no
dorso e face superior das asas. Habita nos continentes, em falésias junto do litoral ou nas
zonas montanhosas e pouco povoadas.
Esta ave vive em média cerca de 3 a 4 anos e é uma exímia caçadora, ágil e determinada.
A sua alimentação é, essencialmente, à base de outras aves, mamíferos médios e lagartos.
Os seus ninhos estão instalados nos buracos das rochas que a mesma aproveita, no início
de Fevereiro, para uma postura de um a três ovos, com uma incubação de 42 a 43 dias.
Actualmente, é uma das espécies mais ameaçadas.
Podendo atingir os 70 cm de comprimento e os 150-180 cm de envergadura, esta é uma espécie imponente
que pode ser observada bem por cima das copas das árvores, patrulhando o solo e o ar de toda a Tapada.

Alimenta-se essencialmente de aves de grande tamanho, tais como, pombos, rolas e gaios, e também de
coelhos, roedores e répteis. Pode atacar outras rapinas de menor envergadura e até mesmo gaivotas.

Na Tapada de Mafra, inicia os seus voos nupciais por volta de Outubro/Novembro, regressando à área de
nidificação onde reconstrói o ninho. Há mais de 15 anos que nidifica no Pinhal da Chanquinha, tendo já
construído 3 ninhos diferentes, todos em árvores (pinheiros-bravos ou mansos de grandes dimensões).

A postura é normalmente feita em meados de Fevereiro, após cerca de 37-40 dias nasce uma cria,
raramente duas. Na TNM só foram detectadas duas crias em 1997 e em 2005.

A cria faz os seus primeiros voos em meados de Maio, começando a ser observada na companhia dos
progenitores por toda a área da Tapada. Por volta do mês de Setembro, é forçada a abandonar a área.

Esta rapina está classificada como Em Perigo, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.
Caracterização morfológica
Águia de tamanho médio, com uma envergadura que varia entre o 1,5 m e 1,8 m, e com peso entre
1500 a 2400 g. Em adulta com plumagem escura nas asas, branca na parte inferior do corpo, e com
mancha branca típica no centro do dorso (bem visível por ter penas muito escuras em redor). Tem uma
banda negra na extremidade da cauda. Os juvenis têm uma plumagem totalmente distinta, com asas
castanho escuras e restante corpo em tons castanho amarelados, cor de mel. Progressivamente, ao
longo de 4 anos, vai adquirindo os padrões da plumagem adulta. Os sexos distinguem-se sobretudo pelo
tamanho, cerca de 20 cm de diferença em termos de envergadura.
Em voo as águias de Bonelli adultas podem confundir-se com outras aves com plumagem branca (ou
claro) no ventre como a Águia-calçada ou a Águia-cobreira. A identificação faz-se sobretudo pela
detecção do contraste entre o branco do ventre e o negro das asas, muito nítido na Águia de Bonelli,
mas também pela mancha branca dorsal e observação do aspecto mais pesado do voo, planando em
círculos comparativamente mais abertos e lentos. A grandes distancias a sua silhueta distingue-se da
Águia-real pelo facto de ter a ponta das asas ligeiramente dobrada para baixo (contrariamente à A.
real).
Distribuição mundial
A Águia de Bonelli possui uma distribuição indo-africana, numa extensa área desde a Indochina, Sul da
Ásia, Médio Oriente, e em África a Norte e Sul do Saara até à bacia do Mediterrâneo. No Paleárctico
Ocidental encontra-se confinada à zona mediterrânica, nomeadamente na Albânia, Bulgária, Chipre,
Croácia, Espanha, França, Grécia, Itália, Portugal e Turquia.
A nível Europeu tem sido assinalada uma drástica redução da população em diversas regiões
nomeadamente França e na metade norte da Península Ibérica.

Distribuição e situação populacional em Portugal


Em Portugal, a Águia de Bonelli nidifica principalmente nas regiões montanhosas e nos vales alcantilados
do nordeste, na Beira Baixa, no Alentejo e nas serras algarvias. Ocorre também de forma dispersa na
faixa litoral centro, em alguns dos pequenos maciços montanhosos cársicos dessa zona. Diversas áreas
do Baixo-Alentejo, nomeadamente as vastas zonas estepárias, são regularmente utilizadas pela espécie
como quartéis de dispersão e invernada de imaturos e sub-adultos.
Em Portugal a população apresenta duas tendências demográficas distintas, no norte e centro litoral
tem vindo a regredir apresentando parâmetros reprodutores muito baixos. Enquanto que no centro
interior, Alentejo e Algarve apresenta alguma estabilidade com parâmetros reprodutores normais, e
inclusive em algumas zonas tem sido detectado a instalação de novos casais.
A população nacional nidificante foi recenseada em 1999 e corresponde a 77-80 casais, que se
encontram distribuídos pelos seguintes núcleos: Bacia do Douro – 30 casais, Estremadura - 4 casais,
Bacia do Tejo – 8-10 casais, Bacias do Sado e Guadiana – 11 casais e Serras do Sudoeste – 24 casais.
Ecologia

A Águia de Bonelli é uma espécie monogâmica, sendo altamente territorial. Ambos os progenitores
cuidam das crias, existindo no entanto uma divisão de tarefas. O macho providencia o alimento durante a
nidificação e a fêmea cuida dos crias. Crias semi-altríciais e nidícolas. Em geral cada casal possui vários
ninhos que utiliza de forma alternada. O processo nidificante decorre entre Janeiro e Junho, produzindo
1 a 2 crias.
Alimenta-se sobretudo de mamíferos de médio porte ( Coelho-bravo) e aves (Perdiz-vermelha e
columbiformes), com menor frequência de répteis. Caça normalmente sozinha podendo também fazê-lo
em pares.
Trata-se de uma espécie características dos ecossistemas mediterrâneos, ocorrendo em zonas de
média e baixa montanha que combinem zonas tranquilas e protegidas em termos de nidificação com
espaços de aproveitamento agro-silvo-pastoril onde se verifique abundância das suas principais presas.
Nidifica em superfícies ou penhascos rochosos, e também em árvores.
Os seus habitats de alimentação preferenciais no nosso país correspondem essencialmente a
formações pré florestais de diferente composição e estrutura (matos esparsos, matagais
mediterrâneos e bosques abertos), mas também outro tipo de habitats dependendo da disponibilidade
de presas (montados de sobro e azinho, olivais, orlas de bosques). Dada a especialização na predação
de aves, nomeadamente columbiformes, também explora zonas peri-urbanas, falésias litorais e
escarpas montanhosas. Fora da época de nidificação recorre também a zonas húmidas, habitats
estepários e outros associados a zonas de relevo suave.
Ameaças
•A colisão e electrocussão em linhas aéreas de distribuição e transporte de energia uma vez que espécie possui muita
actividade em zonas rurais e peri-urbanas, e utiliza frequentemente apoios eléctricos como poiso de caça e dormitório.
•A perseguição humana através do abate a tiro e da utilização de iscos envenenados, motivada por conflitos associados ao seu
comportamento predatório, constitui um importante factor de mortalidade desta espécie.
•A rarefacção das populações de Coelho-bravo provocado pelas epizootias mixomatose e pneumonia viral hemorrágica.
•O abandono e alteração de diversas práticas agro-pecuárias tradicionais, caso da cerealicultura, pastoreio extensivo, pombais
tradicionais conduzem a uma diminuição das populações de presas.
•O desaparecimento das práticas agro-pecuárias tradicionais – abandono dos pombais no Nordeste (Foto António Monteiro)
•A perturbação humana em zonas de nidificação e durante os períodos mais sensíveis, provocada por actividades agro-
silvicolas, actividades cinegéticas, turismo e lazer, conduz a um abaixamento da produtividade da população.
•Os incêndios florestais assumem forte impacte sobre a população devido à perda de habitat em especial nos núcleos
nidificantes do sul do pais onde a espécie nidifica em árvores.
•A degradação dos habitats de nidificação e/ou alimentação devido à construção de infra-estruturas (barragens, parques
eólicos, estradas), instalação de regadios, produção florestal, actividade de extracção de inertes. )
•A mortalidade de juvenis por doenças, nomeadamente devido à Tricomoniose transmitida a partir dos pombos, pode assumir
grande importância para casais muito dependentes desse tipo de alimento.
•A falta de sensibilidade ambiental por parte de alguns sectores da população rural, como caçadores, criadores de gado,
columbófilos, gestores florestais, que vêem nesta espécie um certo entrave para algumas actividades é a causa de conflitos
que levam à perseguição da espécie.
•A falta de conhecimento acerca dos processos da biologia e ecologia da espécie e dos seus factores de ameaça, tem
acarretado problemas em termos de selecção e aplicação das mais adequadas estratégias de conservação.

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