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INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE LAMEGO

PROJECTO DE INVESTIGAÇAO – ACÇAO

Lamego, Junho 2010


INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE LAMEGO

PROJECTO DE INVESTIGAÇAO – ACÇAO

LICENCIATURA EM SERVIÇO SOCIAL PÓS-LABORAL

Disciplina: Contextos do Serviço Social

Docente: Nídia Menezes

AUTORES: Ana Rodrigues n.º 1950

Diana Ferreira n.º 1874

Dora Ferro nº 1904

Emanuel Martins nº 1713

Helena Sousa nº 1885

Joana Araújo nº 1896

Leila Gomes nº 1897

Rui Pinto nº 1730

Sofia Adão n.º 1720

Lamego, Março de 2010


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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE LAMEGO

Índice
Índice.................................................................................................................................3
Introdução..........................................................................................................................4
1.1.- Perspectivas sobre os problemas sociais actuais.......................................................5
I.1.1 Documento 1- Desemprego em Portugal subiu para 7,9% em Dezembro...........5
I.1.2 Documento 2- Envelhecimento da população preocupa Cavaco..........................8
I.1.3 Documento 3 - Envelhecimento populacional....................................................10
I.1.4 Documento 4 - 40 Vítimas de violência doméstica morreram este ano..............13
I.1.5 Documento 5 – 20% da violência doméstica já atinge os homens......................15
Ensaio Critico..................................................................................................................16
2ªparte..............................................................................................................................18
II.1 HIV/SIDA.................................................................................................................19
II.1.1 Documento 6- Lares rejeitam acolher idosos infectados com HIV...................19
II.1.2 Documento 7- Testada nova vacina em 'spray' para o HIV...............................21
II.1.3 Documento 8- Menores seropositivas................................................................23
II.1.4 Documento 9- Cozinheiro despedido por ter HIV.............................................26
II.1.5 Documento 10 – Reportagem TVI Até amanhã ...............................................28
Ensaio Critico .................................................................................................................29
Bibliografia......................................................................................................................33
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Introdução

O presente trabalho de investigação acção que pretendemos elaborar no âmbito


da disciplina de contextos do serviço social tem como objectivo de estudo as
perspectivas sobre os problemas sociais actuais inserindo nas seguintes temáticas,
patologia social, desorganização social, conflitos de valores e comportamento desviado.
Muitos são os autores que tem defendido modelos e correntes que opinam e
perspectivam os problemas sociais actuais com o intuito de lhes cientificado para os
combater e prevenir. O avanço da medicina e da biologia veio contribuir para a
destrinça entre patologia social e problema social. No entanto a patologia social é
encarada como um problema individual ou ainda poderá ser encontrada também no mau
funcionamento institucional, uma vez que o problema é diagnosticado no indivíduo,
identificam-se as características que o diferenciam dos indivíduos normais, pois
considera-se que o comportamento delinquente está nas características fisiológicas,
psicológicas ou biológicas particulares do indivíduo.
No funcionamento institucional há uma preocupação com as deficiências na
socialização provocada por rupturas de valores éticos e morais provenientes da
sociedade envolvente.
Como a sociedade está em constante mutação, a expressão de desorganização
social e desordem materializam muito disso, atingindo a comunidade a nível individual,
familiar e colectivo.
No plano familiar é factor de risco para o crime e violência doméstica, no plano
social ao nível de desemprego.
Tal desorganização social pode estar relacionada com o mundo cada vez mais
multicultural disciplinar e global.

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1.1.- Perspectivas sobre os problemas sociais actuais

I.1.1 Documento 1- Desemprego em Portugal subiu para 7,9% em Dezembro

publicado 30 Janeiro '09

Várias multinacionais anunciaram, ontem, que vão continuar a dispensar trabalhadores;


o desemprego atinge 12.472 milhões de pessoas nos países da Zona Euro
A taxa de desemprego continua a subir em Portugal. Em Dezembro atingiu os 7,9
por cento, menos uma décima do que na Zona Euro, onde chegou aos 8 por cento.
O Governo nota que este dado já era previsível e a CGTP critica o Executivo de
José Sócrates por inactividade.
Desemprego em Portugal subiu para 7,9% em Dezembro
O ministro de Trabalho afirma que o crescimento do desemprego já era esperado pelo
Governo e que exige da sociedade “uma resposta o mais decidida possível”, no sentido
de criar “as oportunidades para que se recuperem estes empregos”.

Já a central sindical CGTP considera que o Governo revela “excesso de contradições e


muitas insuficiências na sua capacidade de acção” para resolver os problemas
relacionados com a crise económica.

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“O nosso Governo (está) a dar sinais sucessivos de estar tolhido na sua acção e cheio de
contradições nas suas propostas”, acrescenta o secretário-geral da CGTP, referindo-se à
“dependência económica e financeira”, às “fragilizações da democracia” e à “afirmação
do social na sociedade”.

Carvalho da Silva teceu esta apreciação após a aprovação do Orçamento Suplementar na


Assembleia da República.

Desemprego atinge 8 por cento na Zona Euro

Os números do desemprego nos 16 países da moeda única cresceram uma décima em


relação a Novembro e 0,8 pontos percentuais em relação ao mesmo mês do ano anterior,
revelou o Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia.

Esta evolução significa que 230 mil pessoas perderam o emprego entre Novembro e
Dezembro do ano passado. Ao todo são já 12.462 milhões os desempregados nos países
da Zona Euro.

A mais elevada taxa desemprego foi registada por Espanha (14,4 por cento) e a mais
baixa na Holanda (2,1 por cento).

O desemprego nos 27 países da União Europeia também subiu, seis décimas face a
Dezembro de 2006, para 7,4 por cento. A falta de emprego atinge um total de 17.911
milhões de pessoas.

Inflação desce para o nível mais baixo da década

A taxa de inflação da Zona Euro deverá ser de 1,1 por cento, de acordo com a
estimativa rápida do Eurostat, o que será o nível mais baixo dos últimos 10 anos.

O índice de preços ao consumidor era, em Dezembro, de 1,6 por cento, o que significa
que a trajectória de desaceleração se mantém.
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Investimento empresarial também está em queda


A intenção de investimento para 2009 está em queda acentuada, de acordo com um
inquérito realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), entre Outubro e Janeiro,
junto de pequenas e grandes empresas.

A “variação prevista para 2009 é a primeira estimativa mais negativa desde o início da
série”, com menos 10,3 pontos percentuais, em comparação com o ano que terminou. O
propósito é comum a pequenas empresas, que “apresentam já fortes diminuições do
investimento”, e a grandes empresas que ponderam em 2009 retrair o investimento.

“A alteração do comportamento do investimento reflecte sobretudo o investimento das


empresas com mais de 250 pessoas ao serviço que passa de um aumento significativo
em 2008 para uma variação negativa em 2009”, refere o INE.

Esta atitude “reflectirá uma reavaliação das intenções de investimento à medida que os
sinais negativos sobre a conjuntura se foram intensificando”, acrescenta.

Os sectores que mais tentam descer o investimento são a indústria extractiva, o


alojamento e restauração. As secções de transportes, armazenagem e comunicações e
actividades financeiras são únicas que esperam aumentar o investimento.

O INE apurou ainda que as empresas recorrem menos ao crédito bancário, às acções e
obrigações e ao auto-financiamento. As empresas recorrem mais a empréstimos do
Estado e a fundos da União Europeia para se financiarem.

Ramalho.P.R (2009 Janeiro 30). Noticias RTP. Desemprego em Portugal subiu para
7,9% em Dezembro publicado30 Janeiro '09 Consultado em 22 de Março, 2010 às 15.30
disponível em http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=99677&visual=3&layout=10

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I.1.2 Documento 2- Envelhecimento da população preocupa Cavaco

O presidente da República considerou ontem que Portugal enfrenta um cenário de


envelhecimento e recessão demográfica que vai "obrigar a pensar seriamente as
políticas de natalidade, de protecção das nossas crianças, de valorização dos nossos
jovens e de qualificação dos activos".

Cavaco Silva, que falava no encerramento do Congresso das Misericórdias Portuguesas,


em Braga, lembrou que, em 2050, "a população idosa e o seu peso relativo na Europa
dos 25 deverá duplicar, subindo dos actuais 20 para 40% do total da população".

"Se estes números representam um grande desafio para a União Europeia, muito maior
o será para Portugal, sobretudo se a tendência demográfica não for acompanhada do
crescimento da riqueza, a um ritmo necessariamente superior ao actual".

Cavaco Silva interrogou-se sobre o modo como o país se vai preparar para o desafio,
"os recursos a afectar a esta realidade e, sobretudo, as reformas que será necessário
empreender para um modelo social sustentável e que confira dignidade ao
envelhecimento".

"Não se trata apenas de pensões! Estamos a falar de um modelo social que passa pela
família, pelos equipamentos da terceira idade, por um sistema de saúde que, também
ele, terá de enfrentar novos desafios colocados pelo envelhecimento", disse.

Tal desafio "não pode repousar exclusivamente sobre a iniciativa do Estados e das
políticas públicas", questionando-se como poderão os cidadãos, as instituições de
solidariedade e as comunidades contribuir para um maior inclusão social dos grupos
mais vulneráveis.

Cavaco Silva lembrou "o capital de experiência e de serviço público" das misericórdias,
que "não pode ser desprezado, especialmente quando os cenários de desenvolvimento
social exigem uma maior mobilização e responsabilização das comunidades".

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A pobreza, a miséria e a exclusão não são fenómenos novos, disse, frisando que "são
novos os contextos em que se desenvolvem", atingindo novos grupos sociais.

O presidente da República apelou ontem às famílias para que "não deixem que os filhos
abandonem a escola, pelo menos antes de terminarem o Ensino Básico ou Secundário".
"É um erro dramático tirar os filhos da escola", alertou Cavaco Silva, lembrando que os
estudos demonstram que os jovens que concluem o secundário têm 60% mais de
possibilidades de emprego.

Falando na Câmara de Vila Verde, insistiu que "retirar uma criança da escola antes do
Básico ou Secundário pode condená-la ao desemprego ou a ter de arranjar um trabalho
desqualificado e frágil". "Aos municípios e aos actores sociais locais cabe um papel
importante no sentido de agir junto de cada família, de cada criança ou jovem, de forma
a que ninguém abandone a escola", insistiu, sublinhado que o Estado tem de apoiar as
famílias com dificuldade em manter os filhos a estudar.

Jornal de Noticias. (2010, 22 de Março) Envelhecimento da População preocupa


Cavaco. Consultado em 22 de Março às 15:30 disponível em
http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=675323

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I.1.3 Documento 3 - Envelhecimento populacional

Há muitos anos que a problemática do envelhecimento da população tem sido abordada,


no entanto o conceito tem evoluído e tem sido encarado de formas diferentes consoante a
cultura de cada povo, mas é no período após a II Guerra Mundial que o envelhecimento
da população começa a preocupar.

Em Portugal, apenas na década de 50 se começa a pensar a problemática e as


consequências possíveis do envelhecimento da população.

No mundo ocidental e sobretudo após a Revolução Industrial desaparece o conceito e


modelo de família, baseado na economia da terra, onde a quantidade de filhos era
sinónimo de riqueza já que representavam mão-de-obra.

Diminuem o número de filhos e o conceito de pessoa idosa altera-se profundamente. A


pessoa idosa perde o seu estatuto, já que importava agora o lucro e a produtividade.

De facto envelhecer há 50 anos não atrás não constituía um problema, era encarado
como um fenómeno natural, não só porque os idosos eram poucos, mas porque tinham
um estatuto social e uma imagem na sociedade diferente da de hoje, já que o ser velho
era sinónimo de sabedoria.

Até 2050, o número de idosos no planeta excederá o de jovens, pela primeira vez na
história da humanidade.

Em 1997, a Organização Mundial de Saúde, introduz o conceito, "Envelhecimento


Activo", baseado no princípio de permitir aos idosos que permaneçam integrados e
motivados na vida laboral e social.

É sem dúvida um conceito com uma grande clareza e que deve ser o pensamento do
futuro.

Com o aumento crescente da esperança média de vida, torna-se urgente proporcionar às


pessoas mais idosas a continuidade nos locais de trabalho, adaptadas às suas

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características e condicionamentos, proporcionar uma velhice calma, saudável e


confortável, dentro das suas possibilidades e integra-los na vida social.

Um grande desafio.

De facto o envelhecimento da população, o decréscimo populacional constitui dos


grandes desafios do século XXI.

O aumento do número de idosos, trará inúmeras consequências, a par da pressão nos


sistemas da saúde e segurança social, mudanças sociais profundas, cuidados de saúde
acrescidos, solidão, pobreza, problemas económicos, exclusão social e cultural, são
alguns dos exemplos.

A estrutura do emprego, terá de ser mais adequada ao envelhecimento da população, de


modo a que os mais velhos vejam incentivos em prolongar a sua actividade profissional
e o façam com prazer e satisfação. Este enorme recurso deverá ser aproveitado e
valorizado.

As actividades culturais, sociais e físicas devem ser estimuladas e a criação de serviços e


equipamentos para os mais velhos, deve ser considerada.

Os próprios edifícios privados e públicos têm de reflectir cada vez mais uma
preocupação com a mobilidade para todos, sobretudo com os mais idosos e com os
indivíduos idosos ou não mas com reduzida mobilidade.

Mas, para mim, o grande desafio passa pela mudança das mentalidades e no sei da
família. Teremos obrigatoriamente de perceber que os mais velhos, com os seus
conhecimentos e valores devem, constituir uma enorme mais valia. Teremos de saber
respeitá-los e valoriza-los e proporcionar-lhes as melhores condições de vida, onde não
caiba solidão, pobreza, abandono e tristeza.

O respeito pelos mais velhos deverá reflectir o desenvolvimento de uma sociedade.

A todos sem excepção desejo um 2008 cheio de conquistas pessoais e profissionais com
muita paz, saúde e amor e já agora com respeito e admiração pelos mais velhos.

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Bom Ano

Teresa Fernandes

Fernandes,T.(2007).(145ed). Jornal de Noticias (Quinta, 27 Dezembro 2007) O


Envelhecimento Populacional. Consultado em 22 de Março às 16h. Disponível em
http://www.onoticiasdatrofa.pt/nt/?
option=com_content&task=view&id=2134&Itemid=138

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I.1.4 Documento 4 - 40 Vítimas de violência doméstica morreram este ano

2008-11-19

Quarenta mulheres perderam a vida, este ano, vítimas de violência doméstica. Esta a
conclusão de um estudo que vai ser apresentado, esta quarta-feira, no Porto, pela União
das Mulheres Alternativa e Resposta.

"O ano de 2008 tem sido um ano negro da violência doméstica em Portugal". A
afirmação é da União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), que hoje
apresenta, no Porto, os dados do Observatório de Mulheres Assassinadas relativos ao
corrente ano, segundo o qual, em 2008, já morreram em Portugal 40 mulheres vítimas
de violência doméstica.

De facto, só em 2004 houve números próximos dos que serão apresentados hoje pela
UMAR. Nesse ano, foram 42 as vítimas mortais da violência doméstica. Em 2005,
foram 36 e, em 2006, foram 37 as mulheres assassinadas pelos seus companheiros ou
descendentes directos. Já no ano passado, o número baixou para 21 vítimas, a maior
parte das quais com mais de 36 anos de idade. Este ano, a faixa etária mais atingida é a
que se situa entre os 25 e os 35 anos de idade.

Segundo a UMAR, as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto são as que registam


maior número de casos de mulheres assassinadas, vítimas de violência doméstica. Só
este ano, já terá havido sete homícios na Grande Lisboa e seis no Grande Porto.

Os Açores surgem em terceiro lugar, com quatro homicídios. Seguem-se Coimbra e


Setúbal, com três casos cada cidade. Já Aveiro, Viseu e Portalegre terão registado dois
homicídios. Foram seis as cidades que tiveram um caso: Braga, Viana do Castelo,
Santarém, Leiria, Castelo Branco e Évora.

São estes números negros que fazem com que a UMAR lance, hoje, uma campanha
dirigida aos homens "para se solidarizarem com as vítimas de violência, retirarem o

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apoio aos agressores e se demarcarem dos seus actos". A campanha denomina-se "Eu
não sou cúmplice!".

Jornal de Noticias (Quinta, 11 Novembro 2009) Consultado em 22 de Março às 17h.


Disponível em http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?
content_id=1046457

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I.1.5 Documento 5 – 20% da violência doméstica já atinge os homens

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Varela. C. Jornal de Noticias (Sexta, 26 Março 2010), pp. 2-3.

Ensaio Critico

Problemas sociais, estes que são cíclicos, basta para tal remontarmos ao século
XIX, pois daí surgiram os primeiros problemas sociais que originaram as grandes
questões sociais que estão na base dos problemas sociais da actualidade.
A escolha do documento 1 é pertinente, o desemprego é um dos problemas
sociais mais devastadores do seio familiar, pois interfere directamente com a coesão e o
bem-estar da família e por conseguinte vai influenciar a função desta na vida em
sociedade. As famílias sem rendimentos afectam todos os pilares da economia do
equilíbrio da sociedade e do próprio estado. A emergência de novas economias, são as
principais mobilizadoras da deslocalização das grandes empresas multinacionais devido
a atracção de mão-de-obra mais barata, com o objectivo de maximizar os lucros
ignorando-se por vezes que o trabalhador também é consumidor.
Na nossa perspectiva entendemos que há um desfasamento entre a criação de
novos postos de trabalho e profissões em relação ao avanço tecnológico com o emprego
de robôs na indústria. A supressão dos postos de trabalho causados por estas últimas,
não se encaixou em novos postos de trabalho/profissões atrás referenciados provocando
migrações e emigrações a nível mundial.
Portugal não foge à regra. Esta situação não nos surpreende, pois é fruto de
circunstâncias tais como o desordenamento comercial.
Tal como se refere os documentos 2 e 3, o envelhecimento populacional é hoje
um fenómeno universal, não só dos países desenvolvidos como dos de terceiro mundo,
conceito este que tem vindo a evoluir desde o período após a segunda guerra mundial.
Problema esse que para o nosso Presidente da Republica considera grave, pois a
taxa de natalidade em Portugal é inferior á taxa de mortalidade. Pois com as melhorias
das condições de vida, cada vez as pessoas vivem até mais tarde e a tendência é para
manter estes parâmetros.
Segundo o Presidente da República Cavaco Silva diz que o nosso país não está
preparado para esta realidade, mas que tudo está a ser feito para minimizar estes
desafios colocados pelo envelhecimento.
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Pois deve-se ao estilo de vida da sociedade moderna, uma vez que os casais
optam por ter menos filhos e cada vez mais tarde, fruto da instabilidade profissional,
política e social.
Na nossa perspectiva o Estado por si só não consegue responder a este facto.
Como se tem vindo a assistir com a abertura de lares para idosos por parte das
instituições particulares de solidariedade social (IPSS), estas com um leque ainda mais
personalizados de serviços, como do simples apoio domiciliário às unidades de apoio
continuado, com o intuito de proporcionar uma anciania mais feliz.
Pela análise dos documentos sobre violência doméstica constata-mos que os
potenciais agressores ultimamente têm sido vítimas, facto esse que no nosso entender
não está directamente relacionado com a falta de segurança, mas poderá derivar da
conjuntura económica que atravessamos. A taxa de emprego é maior a nível feminino,
logo algumas tarefas domésticas terão que ser feitas pelo outro cônjuge.
Como evidencia uma das notícias é nos grandes centros que ocorrem o maior
número de casos, estes coincidem precisamente onde existe uma maior taxa de
desemprego.
Constatando desde sempre que este é um problema que cria algum
constrangimento e vergonha, o facto é que a denúncia tem vindo ao de cima,
proveniente dos vários quadrantes da sociedade.
Muito se tem feito nesta área, desde a Associação de Apoio a Vitimas de
Violência (APAV) até ao nosso próprio governo com a promulgação de legislação de
coberturas mais abrangentes, pois a mesma contempla pessoas do mesmo sexo.
Embora o documento refira o reforço de mais policiamento, na nossa
perspectiva, este problema de cariz social requer medidas mais profundas, tais como, a
criação de brigadas mistas, policias e técnicos de serviço social para que de uma forma
inequívoca se faça uma análise exaustiva que identifique a origem do problema. Para
que este possa ser resolvido e prevenido, pois só desta forma se consegue erradicar esta
questão social da sociedade inteligente do século XXI, que nos interroga onde estão os
valores éticos, morais e humanos, pois os agressores os agredidos são meros objectos.

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2ªparte

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II.1 HIV/SIDA

II.1.1 Documento 6- Lares rejeitam acolher idosos infectados com HIV

2008-03-17

Há lares apoiados pelo Estado que se recusam a aceitar idosos seropositivos. Só no ano
passado, a Segurança Social recebeu três queixas. As associações que trabalham no
terreno garantem que a discriminação é generalizada e denunciam a existência de
"guetos" para pessoas infectadas.

As três denúncias chegaram "devidamente documentadas" aos serviços do Instituto da


Segurança Social (ISS) no ano passado, revelou à agência Lusa o presidente daquele
organismo, Edmundo Martinho, acrescentando que "os processos ainda estão a
decorrer". Segundo Edmundo Martinho, num dos casos terá havido "quebra do sigilo
profissional" do médico que divulgou a situação clínica do idoso aos responsáveis do
lar. Nas três instituições de solidariedade social, comparticipadas pelo Estado, os
infectados só conseguiram vaga depois da intervenção dos serviços do ISS.

De acordo com o Instituto Ricardo Jorge, estão notificadas no país 2.411 pessoas
seropositivas com mais de 55 anos. Nos últimos tempos, tem aumentado
exponencialmente o número de novos casos de infecção na população mais velha. Se
nos anos 80 raramente surgiam mais de dez novos casos de seropositivos por ano, na
década de 90 já rondavam os cem e, actualmente, chegam a ultrapassar os 200.

A evolução das terapêuticas trouxe um aumento da esperança de vida dos seropositivos


mas trouxe também um problema hoje existe uma camada da população envelhecida
que está infectada sem que existam soluções sociais.

Muitas vezes, os problemas não desaparecem nem no momento de entrar para um lar.
Dizer que não há vaga ou pedir mais dinheiro são algumas das formas usadas para
barrar a entrada a quem está infectado. Os truques são conhecidos por quem lida
diariamente com o problema.

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As associações falam em discriminação "camuflada" para contornar a lei. "Todos os


dias recebemos queixas de pessoas que dizem que os serviços não os aceitam", disse
Margarida Martins, presidente da Abraço. Também na Liga Portuguesa Contra a Sida
são constantes os relatos de doentes que não conseguem entrar num centro.

Jornal de Noticias (17 de Março 2008) Lares rejeitam acolher idosos infectados com
HIV Consultado em 20 de Março às 21h. Disponível em
http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?contentid=923917~

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II.1.2 Documento 7- Testada nova vacina em 'spray' para o HIV

13 Fevereiro 2008

Estudo pré-clínico revela que aerossol desperta defesas

É mais um avanço no desenvolvimento de uma vacina contra a sida. Um estudo pré-


clínico, da responsabilidade de uma equipa internacional, que conta com a participação
do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), com sede em Madrid,
mostra que um aerossol, baseado na vacina que erradicou a varíola, é seguro e desperta
as defesas dos macacos nos ensaios clínicos realizados. Os resultados em humanos são
também positivos, tendo sido realizado um ensaio clínico de fase I com 40 voluntários
sãos.

Neste trabalho participaram 20 cientistas oriundos de 12 centros de investigação de seis


países europeus, que conseguiram, pela primeira vez, demonstrar que esta vacina
inalada é segura e gera uma resposta imune, forte e prolongada no tempo. O modelo
proposto é baseado em vectores do vírus inoculado modificados geneticamente. A
administração por via respiratória, com aerossóis (nebulizadores) facilitaria o seu uso
em programas de vacinação em países em vias de desenvolvimento.

Os trabalhos do grupo, coordenados pela fundação Eurovacc (destinada a desenvolver


vacinas contra o vírus da sida), sobre a aplicabilidade por via respiratória, surgem
publicados no último número da revista Proceedings da Academia Nacional dos Estados
Unidos. Um artigo que se soma a outros dois trabalhos publicados em 2008 pela mesma
equipa no Jornal de Virologia e Jornal de Medicina Experimental, nos quais são
detalhados os ensaios realizados até ao momento em macacos e humanos.

Como explica o investigador participante Mariano Esteban, do Centro Nacional de


Biotecnologia (do CSIC), em Madrid, o modelo utiliza anticorpos modificados do HIV
para fomentar a activação no organismo de uma resposta celular e humoral contra o

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vírus da sida. A chave do modelo está nos vectores que emprega, nos canais utilizados
para introduzir os anticorpos no organismo.

Esteban explica o método: "Utilizamos duas versões modificadas do vírus inoculado,


usado como vacina na erradicação da varíola. Trata-se dos poxvírus MVA e NYVAC,
que expressam quatro anticorpos modificados do HIV e que foram administrados junto
com ADN que expressa os mesmo anticorpos". A descrição de estes vectores foi
publicada em 2007 na revista Vaccine, pelo grupo de Mariano Esteban.

O primeiro ensaio do modelo foi provado em macacos e implicou o uso de anticorpos


de HIV e SIV, o vírus da imunodeficiência em símios que deriva do HIV. De acordo
com o investigador do CSIC, a experiência permitiu concluir, num primeiro momento,
que os vectores induziam uma forte resposta e activavam os linfócitos CD4+ e CD8+,
determinantes na defesa do organismo frente à doença. "Esta resposta do organismo dos
macacos, enfrentando o SIV híbrido entre o HIV e o SIV, dava como resultado uma alta
protecção contra a doença", garante Mariano Esteban.

Quanto aos resultados obtidos nos ensaios clínicos nos humanos, o investigador explica:
"Cerca de 90% dos vacinados davam respostas imunes das células CD4+ e CD8+
específicas face aos anticorpos do HIV e estas respostas imunológicas do organismo
mantinham-se durante, pelo menos, 72 semanas".

A equipa de investigadores planeia agora avançar com os ensaios clínicos de fase II em


África, onde poderá avaliar a eficácia da vacina num maior número de voluntários. Uma
avaliação de segurança que não tem, ainda, prazos para avançar.

Jornal de Noticias (13 de Fevereiro 2008) Testada nova vacina em “Spray” para o HIV
Consultado em 20 de Março às 21:15h. Disponível em
http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=1002540

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II.1.3 Documento 8- Menores seropositivas

Casa Sol sobrelotada, com 21 crianças num espaço para 11


A Casa Sol, onde vivem crianças seropositivas, está sobrelotada. Num espaço
construído para onze vivem 21. A direcção vê-se obrigada a recusar novos meninos,
carregando o peso de saber que pelo menos dois estavam a prostituir-se nas ruas da
capital

Inaugurada em 1998, a casa excedeu a sua capacidade logo no ano seguinte, altura em
que era já ocupada por 15 crianças. «Estavam infectadas, eram órfãs de pais com
Sida e muitas estavam doentes. Ninguém as queria», lembra a presidente da Sol,
Teresa D´Almeida.

Talvez por isso, a única instituição em Portugal especificamente criada para acolher
crianças seropositivas tenha tido sempre uma «interminável» lista de espera. A
presidente reconhece que «já não existem sequer condições para as crianças
estudarem», mas admite ser difícil recusar novas entradas.

A história de Filipa (nome fictício) é exemplificativa da situação. Abandonada à


nascença, viveu até aos sete anos num hospital algarvio, porque «ninguém a queria».
Quando soube do caso, a direcção da Sol não conseguiu voltar as costas e acabou por
recebê-la. «Quando cá chegou assustava-se com tudo, com o movimento e com a
confusão normal de uma casa, porque estava habituada àquele silêncio dos
hospitais», lembra Teresa D`Almeida. Hoje, Filipa tem 12 anos e está completamente
integrada.

Mas nem todos os casos tiveram desfechos felizes. Teresa recorda dois: «Sei de pelo
menos duas crianças a quem recusámos a entrada e que depois se estavam a
prostituir na rua: uma rapariga, que ao ser violada ficou infectada com o vírus, e

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um rapaz de oito anos que também se andava a prostituir. Não há dia nenhum que
não pense nessas crianças».

«Quando surge um caso complicado, puxamos uma cama para aqui outra para
acolá, juntamos mais um colchão e acabamos por aceitar a criança», explica a
directora da casa Inês Gonçalves. Mas, agora, a instituição atingiu o limite. Num espaço
para 11 vivem 21.

Preocupado com a situação, o presidente do Instituto de Segurança Social (ISS)


apresentou recentemente uma solução a Teresa D´Almeida: a cedência de um prédio na
Lapa. Mas primeiro, o imóvel tem de ser libertado, o que poderá «acontecer já nos
próximos dias», e depois terá de ser alvo de obras de requalificação para poder receber
as crianças, explicou o responsável do instituto, Edmundo Martinho.

Até lá, a presidente da associação tem de lidar com os problemas de sobrelotação, que
reconhece «já não tem condições nem para as crianças estudarem». Apesar disso,
admite ser difícil recusar novas entradas.

As crianças da Sol são ali colocadas por decisão dos Tribunais de Menores ou acordo
com a Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco. Na casa vivem
órfãos infectados com VIH e meninos com familiares doentes sem capacidade para os
educar. Apenas quatro estão em condições de serem adoptados. Apesar de ter
conhecimento que ali vivem muito mais meninos, o ISS só apoia financeiramente 11
crianças.

A assessora do instituto explicou que este apoio resulta de um protocolo celebrado em


2004 entre a Sol e o ISS que definiu a atribuição de um subsídio «tendo em conta a
capacidade da casa, construída para 11 crianças». Os anos passaram e o protocolo
nunca chegou a ser alterado. No entanto, a assessora disse que está previsto o
alargamento do apoio às restantes crianças assim que a instituição tenha um novo
espaço capaz de albergar todos os meninos.

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Os inspectores que regularmente visitam a instituição já alertaram para a sobrelotação,


mas há serviços do Estado que continuam a pedir à instituição para que receba mais,
alerta Teresa D´Almeida.

A última entrada aconteceu há menos de um ano. Miguel (nome fictício) tinha dois
meses, estava hospitalizado e não tinha para onde ir. «Quando nos fizeram o primeiro
pedido avisámos que estava lotado. Mas depois disseram-nos que não havia
alternativa e que a criança ficaria no hospital», recorda a directora da casa Inês
Gonçalves. Nesse momento, Miguel passou a fazer parte da família.

Hoje, com um ano, partilha o berçário, uma divisão minúscula e colorida, com outras
quatro crianças. E é precisamente o futuro próximo destes bebés que mais preocupa a
instituição, uma vez que não há espaço para os instalar quando crescerem. «Quando
tiverem de sair do berço, não vamos ter onde pôr uma única cama», diz preocupada
Inês Gonçalves.

Desde que abriu as suas portas, a Casa Sol já acompanhou o processo de adopção de 10
crianças e viu 12 meninos morrerem vítimas do vírus.

Teresa D´Almeida não consegue perceber como é que crianças órfãs ou com graves
problemas familiares relacionados com o VIH continuam a ser esquecidas pelos
governantes: «A vida é muito dura para elas. São as crianças do nada».

Mundo Português (s.d). “Crianças Seropositivas”consultado em 24 de Abril às 23h


disponível em:

http://www.mundoportugues.org/content/1/2248/lisboa-casa-para-criancas-
seropositivas-esta-sobrelotada/

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II.1.4 Documento 9- Cozinheiro despedido por ter HIV

O Tribunal da Relação de Lisboa deu razão ao hotel que despediu um cozinheiro


portador do vírus de HIV. Trata-se de um cozinheiro do quadro do hotel do Grupo Sana
Hotels, que lá trabalhou durante sete anos.

Em 2002 adoeceu com tuberculose, esteve um ano de baixa e quando regressou ao


trabalho foi mandado ao médico do trabalho do hotel que pediu ao médico assistente
mais dados sobre a situação clínica.

Segundo a agência Lusa, o médico assistente informou o colega da medicina do


trabalho que o cozinheiro era VIH positivo, mas que não representava qualquer perigo
para os colegas e poderia retomar a sua actividade em pleno.

No entanto, o médico do trabalho considerou-o «inapto definitivamente para a profissão


de cozinheiro».

O hotel Sana negou, entretanto, alegando que nunca teve conhecimento de que o
cozinheiro era portador de VIH antes do julgamento e diz que não foi informado pelo
médico do trabalho da sua condição.

O hotel diz ainda à Lusa que o cozinheiro devia ter informado «imediatamente que é
portador de VIH», o que não aconteceu, «violando o dever de lealdade».

O caso tem corrido os tribunais

Depois da decisão do Tribunal do Trabalho de Lisboa, agora foi a fez do Tribunal da


Relação de Lisboa considerar justificado e legítimo seu o despedimento, revela o jornal
Público.

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O jornal teve acesso ao acórdão, onde surge a justificação. «Ficou provado que A. é
portador de HIV e que este vírus existe no sangue, saliva, suor e lágrimas, podendo ser
transmitido no caso de haver derrame de alguns destes fluidos sobre alimentos servidos
ou consumidos por quem tenha na boca uma ferida».

Os juízes do Tribunal da Relação, que acabaram por confirmar uma sentença anterior do
Tribunal de Trabalho de Lisboa, tinham disponíveis dois pareceres científicos que
negam alegados riscos de transmissão de um cozinheiro com VIH.

O funcionário recorreu para o Supremo Tribunal de Justiça.

Portugal Diário (20 de Novembro 2007) ”Cozinheiro despedido por ter HIV”
consultado em 20 de Abril às 23:15 Disponível em
http://www.estranhomasverdade.com/forum/index.php?topic=9938.0

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II.1.5 Documento 10 – Reportagem TVI Até amanhã

Leal. A. (19 Abril 2010) “Ate amanha”. Consultado em 23 de Abril às 22h disponível
em:http://www.videos.iol.pt/consola.php?
projecto=27&mul_id=13248098&v_sort=&v_order=&tipo_conteudo=&tipo=2&id_con
teudo=&referer=&query=&pagina=

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Ensaio Critico
Em 1980 surgiram os primeiros casos de sida (HIV), nos e Estados Unidos e
ninguém previa a dimensão de tal problema, pois logo se tornou rapidamente
epidémica, a humanidade viu-se deparada com uma doença contagiosa incurável e
mortal, sendo os países do terceiro mundo os mais afectados, talvez porque a
informação e as técnicas não chegaram ainda a esses locais para dar a conhecer quais as
precauções que devem tomar para que não transmitam e contribuam para uma maior
propagação da doença.
O problema da sida há muito tempo que deixou de ser uma doença relativa
somente aos grupos de risco, como os homossexuais, os toxicodependentes, os
heterossexuais e todos aqueles que têm mais que um parceiro sexual bem como as
prostitutas que estão sujeitas a transmitir ou contrair.
Relativamente á escolha do documento 6 é importante pois retrata-nos situações
vividas por idosos que forma rejeitados por lares devido a estarem infectados com o
vírus.
Segundo o Instituto Ricardo Jorge existem 2411 casos de pessoas com mais de
55 anos que são seropositivas estando elas, associados á sexualidade.
Em pleno século XXI esta patologia foi das mais mortais e a que mais
preconceito criou em relação á aceitação de pessoas infectadas no mercado de trabalho,
também os idosos sofrem discriminação na aceitação destes por parte das instituições de
cariz social, estas pessoas são olhadas de lado é como se tivessem lepra, quase são
excluídos da sociedade e da própria família.
Á Associação Abraço todos os dias chegam queixas de seropositivos que
recorreram a associações ou instituições e que são discriminados.
O documento 7 foi escolhido pela importância que o estudo da vacina em spray
tem para os seropositivos.
A nível mundial os laboratórios e os governos muito têm investido na pesquisa e
administração de novos fármacos.
Um estudo pré-clínico revela que a vacina em spray desperta defesas, sendo
mais um avanço no desenvolvimento de uma vacina contra a sida.

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Uma pesquisa internacional com a participação do conselho superior de


investigação científica (CSIC) com sede em Madrid, fizeram um estudo do aerossol que
erradicou a varíola e concluíram que é seguro e despeita defesas nos macacos.
Nos humanos foi realizado um ensaio, numa primeira fase com 40 voluntários
sãos que se revelou também ser positivo.
Participaram neste trabalho 20 cientistas oriundos de 12 centros de investigação
de seis países Europeus, conseguindo demonstrar que a vacina inalada é segura e dá
uma resposta imune, forte e prolongada.
O primeiro ensaio foi provado em macacos e utilizaram anticorpos de HIV e SIV
o vírus da imunodeficiência em símios que deriva do HIV.
Segundo o investigador do CSIC concluíram que num primeiro momento os
vectores induziam uma forte resposta e activavam os linfócitos CD4+ e CD8+
determinantes na defesa do organismo em relação á doença.
A resposta dos macacos enfrentando o SIV híbrido era uma alta protecção contra
a doença.
Nos humanos cerca de 90%dos vacinados davam respostas imunes das células
CD4+ e CD8+ especificas em relação aos anticorpos do HIV, estas respostas
manifestaram-se durante pelo menos 72 semanas.
Como sabemos este vírus instala-se no interior das células do sistema
imunológico dos humanos deixando-os sem defesas sendo para eles muito importante
esta vacina que vai trazer-lhes de volta uma maior resistência e qualidade de vida,
tornando os tratamentos mais espaçados.
O documento 8 é imprescindível pois fala-nos de crianças seropositivas, pois a
nível de infância também é notória a exclusão de crianças que em cada contribuíram
para a contrair mas que a herdaram na sua gestação, pois a sua mãe era seropositiva, ou
mesmo numa violação em que o violador está contaminado, a vítima tem de ultrapassar
psicologicamente dois problemas, a violação e ser mais um do grupo de rejeitados pela
sociedade em consequência da doença que lhe transmitiram.
A “Casa Sol” é uma instituição criada para receber e acarinhar crianças com
problemas relacionados com a situação atrás referida, geralmente são órgãos e vítimas
de abuso sexual, aí vão encontrar carinho e afecto que os ajudará a ultrapassar os
traumas, é uma instituição com um desempenho fundamental a nível social.
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São poucas as instituições direccionadas para esta problemática e as existentes


encontram-se sobrelotadas, no entanto em situações excepcionais tenta encontrar-se o
lugar para mais um quando o nível de risco é muito grande.
Quanto ao documento 9 remete-nos para a parte mais desgastante desta doença,
que é a destruição a nível psicológico. Pois um simples cozinheiro que aparentemente
tinha tuberculose veio a descobrir ser portador desta doença, diagnosticada pelo seu
médico assistente, e que o próprio o libertou para retomar o seu trabalho, ao comentar o
facto com o médico de trabalho este inaptou o mesmo para a exercer a profissão de
cozinheiro, criando assim um contra censo entre ele e o outro médico
Este caso correu os tribunais, onde o de primeira estancia independentemente de
ter disponíveis dois pareceres científicos que negam alegados riscos de transmissão da
doença por parte de um cozinheiro portador de HIV, onde foi deliberado legitima o seu
despedimento.
Pelo que podemos compreender esta decisão foi tomada com base na violação
do dever da lealdade e possivelmente ao poder económico. Este caso também relata o
preconceito, a indiferença e o pudor que existe nos demais quadrantes da sociedade em
relação aos portadores do HIV.
A escolha do documento 10 é pertinente pois divulga esta realidade patológica
de uma forma mais prática e directa, pois relata-nos vários casos surreais de histórias
contadas na primeira pessoa com todas as emoções e realidades bem definidas.
É uma reportagem que toca no mais íntimo e emocional do ser humano, pois
foca os aspectos fundamentais desta realidade que são; a discriminação a solidariedade a
indiferença e os afectos.
Como já referido esta patologia já há muito que deixou de estar associada a
toxicodependentes às relações homossexuais e bissexuais para se alastrar aos grupos
denominados heterossexuais e por conseguinte á população em geral, entendemos que
esta propagação deve-se às relações sexuais não protegidas, á insuficiência de troca de
seringas, independentemente do esforço que se tem feito junto destas comunidades e a
sua divulgação pelos mais variados canais de comunicação a propagação não tem
decrescido.
A maior parte dos doentes carrega esta doença durante vários anos e muitos são
abandonados pela própria família, recorrendo assim à Santa Casa da Misericórdia que
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os acolhe, através da “distribuição” de habitação começando assim uma nova vida,


deixando para trás o preconceito a discriminação o desprezo, a indiferença social.
Também os sem abrigo sofrem desta patologia, psicólogos, enfermeiros e
assistentes sociais contribuem para minimizar a propagação nas ruas, pois não é fácil
retira-los de lá. Por sua vez as terapias para esta patologia são realizadas no centro de
Santa Maria Madalena, é neste local que todos esquecem um pouco a doença e tentam
ter uma vida normal através de várias actividades ocupacionais.
Actualmente a epidemia abrange todos os tipos de população, independentemen-
te de raça, sexo, idade ou estatuto sócio económico.

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Bibliografia

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