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Grupo de Trabalho:

Luísa Gonçalves
Margarida Cardoso
Marília Pires
Olinda Delgado Maio 2008
O presente trabalho visa obter um panorama geral da indisciplina nas escolas do
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte, possíveis causas e eventuais medidas a aplicar
com vista a minorar este problema.

Numa primeira fase procedeu-se à recolha de informação sobre o número e tipo de


autos de notícia aplicados aos alunos que mereceram tal penalização.

Numa segunda fase do estudo aplicou-se a uma turma por ano um inquérito (em
anexo), que visava:

 Avaliar o panorama geral dos alunos na escola (gosto de estar na escola /aulas)

 Avaliar a indisciplina sob o prisma de visão dos alunos

 Tentar encontrar causas que estejam a promover as diversas situações de


indisciplina.

Após a aplicação dos inquéritos procedeu-se a entrevistas (protocolo em anexo), a


2 alunos por turma, num total de 26 alunos. Com a ajuda do Director de Turma e do
registo de ocorrências obtido na primeira fase do projecto, seleccionou-se um aluno mais e
outro menos problemático em termos de indisciplina. A entrevista foi efectuada a alunos
das turmas onde tinha sido aplicado o inquérito e ainda a outras que evidenciaram um
significativo número de casos de indisciplina.

No primeiro ciclo foram igualmente aplicados os inquéritos, mas apenas a alunos do


3º e 4º anos de todas as EB1 do Agrupamento Verde Horizonte. Não houve realização de
entrevistas a estes alunos.

No pré – escolar tentou-se relacionar a indisciplina na escola com o factor “Família”.

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Tal como referido na primeira fase do projecto, considerou-se neste estudo como
indisciplina toda e qualquer situação menos própria, ocorrida dentro do recinto escolar,
incluindo comportamentos incorrectos e / ou destabilizadores do normal funcionamento de
aula, actos de agressão ou violência.

Fazendo uma análise das famílias dos alunos em que se nota uma maior
indisciplina observou-se:

Alguns dos alunos estão inseridos em famílias destruturadas ou de risco, e estão a


ter acompanhamento da CPCJ e de psicólogos. Pode-se considerar que estas famílias
aceitam facilmente as directrizes apontadas pelo educador e toda a equipa envolvida.
Apesar do esforço, nem sempre conseguem lidar muito bem com a situação.

No entanto os casos mais problemáticos, prendem-se com a ausência ou excesso


de regras.
Algumas crianças estão inseridas em famílias onde existe um excesso de regras,
levando-as a ter necessidades de na escola se “libertarem” não aceitando a imposição de
regras ou ignorando-as.

Na maioria dos casos verificados, a indisciplina prende-se com ambientes familiares


demasiados permissivos, onde a criança é o centro das atenções e onde tudo lhe é
permitido, não conseguindo na escola respeitar as regras que lhe são impostas.
Estas famílias têm alguma dificuldade em reconhecer o problema e investir na sua
resolução, o que dificulta a actuação dos técnicos (educadores, psicólogos …).

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No 1º ciclo foram inquiridos todos os alunos do 3º e 4º anos, enquanto que no 2º, 3º
ciclos e secundário foram aplicados 147 inquéritos correspondendo a um universo de 30
%.

Distribuição dos inquéritos respondidos

70

59
60

49
50

40

30 27

20 19
20 16 16
14
11
9 9
10 6

0
3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º CEF-1 CEF-2 10º 11º 12º
Ano

A listagem exaustiva dos dados recolhidos por ano (3º ao 12º ano) e por escola do
1º ciclo, encontram-se em anexo.

Sobre a razão de frequentarem a escola responderam:


Porque gosta
Frequentam a escola ...

Porque é obrigado(a)
19% 19%

Para arranjar melhor


emprego
7%
Para continuar os
estudos no nível
seguinte
25%
Outra: para aprender a
ler e a escrever
30%

Se apenas forem contabilizadas as resposta de alunos do 2º, 3º ciclos e secundário,


reduz a percentagem em que o objectivo é “aprender a ler e escrever”, e aumentam os

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itens “para arranjar melhor emprego” e “para continuar os estudos no nível seguinte”.
Também aumenta ligeiramente a fracção que indica andar na escola por ser obrigado.

Respondem também que:


 90% gostam de estar na escola
 91,7% sentem-se bem na escola
 85,4 % sentem-se seguros na escola.

Questionados sobre o que sentem relativamente à indisciplina comparativamente com


anos anteriores observou-se as percentagens descritas no gráfico seguinte:

A indisciplina / violência / agressões têm vindo a:

diminuir
manter-se
40%
33%

aumentar
27%

No entanto, considerando apenas os alunos da escola sede o panorama é


ligeiramente diferente, sendo que a maior fracção refere não haver alterações significativas
no nível de violência:

A indisciplina / violência / agressões têm vindo a:


diminuir
21%
manter-se
43%

aumentar
36%

Apenas 15% referem nunca ter presenciado brigas entre colegas na escola e
metade dos inquiridos já assistiram a 2 ou 3 situações envolvendo agressões.

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Já assistiram a brigas:
Muitas vezes
Nunca (mais de 4)
15% 22%

uma vez
13%

Algumas vezes
(2 ou 3)
50%

Evidencia-se assim que os discentes sentem que existe indisciplina na escola de


forma significativa, em particular a nível do ensino básico. No entanto aparentemente
consideram a maioria das situações como “normais” do relacionamento entre colegas
numa escola.
Embora apenas 0,1% dos inquiridos refira que não se dá bem com os colegas,
registe-se que 31% já foram alvo de agressões, cujas causas estão descritas no gráfico
seguinte:

Motivo por que foi agredido: Sem motivo aparente

Incompatibilidades /
11% 3%
33% desavenças
3% Diversão

12% Falta de educação

Dinheiro

“namoricos”

14%
24% outra:defender um amigo

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O 3º ano da EB1 de Mação e o 4º ano da EB1 de Ortiga apresentam valores
anómalos: 68% e 100% dos alunos, respectivamente, indicaram ter sido alvo de
agressões. Das razões evocadas destaca-se “sem motivos aparentes” e “diversão”.

A nível do agrupamento, 32% dos alunos revelaram ter actuado como agressores,
sendo as principais causas das agressões:

Motivo por que agrediu alguém


Defesa de agressão física

Defesa de agressão
9% 3% psicológica / provocação
35%
19% Incompatibilidades /
desavenças

Sem motivo especial,


apeteceu-me

Motivos pessoais

8%
8% 18% Diversão

Falta de educação

Nos intervalos, 35% dos inquiridos indicou que já participou em brincadeiras


agressivas como por exemplo empurrões. Esta percentagem sobe para 43% quando se
analisa apenas os inquéritos do 2º, 3º ciclos e secundário.

Nas actividades lectivas, 72% afirmam que têm aulas que são frequentemente
interrompidas com brincadeiras, mas apenas 36,4% admitem participar activamente
nessas atitudes (cerca de 90% indicam que o fazem com nível de frequência de
ocasionalmente ou algumas vezes). Ao invés das restantes escolas / níveis, no 4º ano da
EB1 de Mação e no 3º da EB1 de Ortiga o número de alunos que afirmam interromper as
aulas com brincadeiras é superior ao que não participa ( 62% e 71% respectivamente).
Considerando os valores apresentados, pode-se intuir uma penalização no sucesso
no processo ensino aprendizagem para a maioria dos alunos.

Quanto a situações de violência vividas na escola evidencia-se o ter sido alvo de


roubo (35%), de humilhação ( 25%), de ameaças (20%) entre outras.

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Na escola já alguma vez ...
... alguém te humilhou?

... alguém te ameaçou?


4%
35% 26%

... alguém danificou de


propósito alguma coisa
tua*?

... alguém te roubou algum


objecto?

20%
15% ... alguém te tirou dinheiro
ou alguma coisa à força?

A distribuição por ano das situações descritas encontra-se no gráfico seguinte:

18

16 ... alguém te humilhou?

14
Nº de ocorrências

12 ... alguém te ameaçou?

10

8 ... alguém danificou de


propósito alguma coisa tua*?
6

4 ... alguém te roubou algum


objecto?
2

0 ... alguém te tirou dinheiro ou


alguma coisa à força?
3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º CEF-1 CEF-2 10º 11º 12º
Ano

No 1º ciclo salientam-se as humilhações, que diminuem nos ciclos seguintes,


embora pouco no 11º e no 8º ano. As ameaças são mais significativas no 4º e 6º anos. É
de particular preocupação a ocorrência de roubos, sentida em todos os anos e de forma
evidente.

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18% dos inquiridos já sentiram que foram discriminados, por:

Motivo por que houve discriminação

Por usar roupas diferentes;

Por falar de modo diferente;

Por não querer associar em


1% 7% situações as quais não concordas;
12%
6% Por ter ideias diferentes;
6%
19%
7% Por ter boas notas;

Por ser de raça ou país diferente;

Por ter dificuldades de aprendizagem

19% 26% Por ter dificuldades económicas

Outro: Ser gozado (ou a sua familia)

Analisando as respostas dadas nas questões sobre as aulas:

 No Agrupamento, 53,5% dos alunos consideram que o tempo que passam na


escola é adequado (apenas 43% indicam que é muito), enquanto que na EB 2,3/S a
taxa que considera excessivo o tempo na escola sobe para 58,3%;

 O tempo que passam em aulas é considerado adequado por 58% dos inquiridos no
Agrupamento, mas é considerado excessivo na EB 2,3/S – 57%;

 94% considera que o tempo que passa em aulas é suficiente para aprender;

 86% gosta das aulas (considerando apenas a EB 2,3/S esta percentagem desce
para 69%)

Os resultados escolares são:

o que era
esperado /
16% merecido

16%
inferiores ao
esperado /
merecido

superiores ao
esperado /
68% merecido

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No quotidiano escolar 78% dos inquiridos refere contar em casa o que se passa
consigo na escola, mas apenas 67% conta as situações vividas/ provocadas pelos
colegas.

Apenas 24% dos inquiridos afirma que no meio em que vive já presenciou situações
de violência (verbal e/ou física). No entanto, no 4º ano da EB1 dos Envendos esta taxa foi
de 85,7%.

Na relação professor – aluno, 99% indica respeitar os docentes mas baixa para 97%
quando se trata dos alunos serem respeitados pelos professores.
Quanto aos auxiliares de acção educativa, 94% referem que os respeitam, mas
apenas 80% dos alunos inquiridos, indicam ser respeitados por eles. Esta taxa baixa para
78% quando se consideram apenas os dados da EB 2,3/S.

As sugestões para melhorar a segurança na escola apresentam a seguinte


distribuição:

Sugestões para melhorar a segurança na escola: Nada a sugerir / a escola


é segura

Mais vigilância por parte


dos auxiliares
3%
15%
19% Penalização severa aos
agressores

Consciencializar os
alunos a ser mais
responsáveis
Video – vigilância

22%
19% Outro: tratar os
22% discentes por igual

sendo mais focadas a penalização severa aos agressores e mais vigilância por parte dos
auxiliares, seguidas de perto pela consciencialização dos alunos a serem mais
responsáveis e a existência de vídeo - vigilância. Consideram a escola segura 15 % dos
inquiridos.

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A realização das entrevistas, visavam um contacto mais pessoal com os alunos,
pelo que estes estavam identificados. Em anexo encontra-se um mapa resumo (geral)
das respostas obtidas na entrevista.

Em termos globais os resultados das entrevistas comprovam os obtidos nos


inquéritos.

Nas entrevistas observou-se de forma bastante clara a diferenciação entre os


alunos mais e menos problemáticos.

Com base nas respostas dadas os alunos mais problemáticos apresentam as seguintes
características:

 São maioritariamente do sexo masculino;

 Evidenciam um desinteresse pela escola em geral;

 Não se preocupam se estão a prejudicar os colegas;

 Tendem a falar menos em casa sobre a escola e o seu comportamento;

 Consideram que interromper uma aula com brincadeiras é de alguma forma um


escape, e nem sabem ao certo porque o fazem, mas não tentam se controlar ou
modificar;

 Destabilizam o processo ensino aprendizagem do grupo turma;

 Ir à escola é bom para diversão e não para aprender, pelo que ter sempre aulas é
manifestamente negativo para estes alunos;

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 Em geral referem que deveriam ter mais actividades de ar livre, preferencialmente
com actividades desportivas (salientando-se o futebol, dado tratar-se de rapazes);

 Tendem a participar em brincadeiras violentas e meterem-se em brigas para separar


os envolvidos quando estes são conhecidos;

Justificações de:
“- porque me apetece
- não consigo me controlar
- estar farto de estar na aula
- continuar as brincadeiras começadas por colegas
- a matéria é cansativa
- não sabe porque o faz
- força do hábito
- para ouvir os colegas a rir
- há que animar as aulas que estão mais paradas”

foram apresentadas por este tipo de alunos para os actos que efectuam e que levam ao
destabilizar e interromper de aulas

Da análise das entrevistas pode-se também constatar que:

⇒ Dos entrevistados 22 gostam de estar na escola, 1 não gosta e 3 gostam


pouco. Das situações negativas foram salientadas como razões as aulas de 90
minutos serem muito grandes e apenas estar na escola para evitar ter de ir
trabalhar.

⇒ Foi referido que sentem existir indisciplina na escola, em particular entre os


alunos mais novos. Em termos gerais consideram que a indisciplina não tem
aumentado de forma significativa, e indicam mesmo que melhorou desde que
um aluno muito problemático mudou de escola no presente ano lectivo.

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⇒ Relativamente ao racismo na escola, 13 alunos responderam que sim (12 que
não).
Indicam que observaram alguma rejeição a alunos com postura física menos
“ideal” (cara, corpo, cor, gaguejar, vestuário), alunos com dificuldades de
aprendizagem e / ou alunos de algumas localidades (Mouriscas, Brasil).

⇒ Os alunos sentem que o seu comportamento está mais irrequieto nos últimos
tempos lectivos. O cansaço do final do dia é um factor que afecta mais do que
propriamente as aulas de substituição. Como referido em algumas entrevistas, a
situação ideal seria ter menos aulas diariamente (de manhã), intervalos maiores,
mas sem prescindir de tarde(s) livre(s).

⇒ Relativamente às aulas de substituição, os entrevistados prefeririam mais


actividades de ar livre, sugerindo pedi - papers, passeios temáticos, matemática
ao ar livre, ver filmes fora de sala e muitas actividades desportivas. Também
aqui se denota a diferença de interesses entre os alunos empenhados na escola
e aqueles que “passeiam os livros”, uma vez que são estes últimos os principais
adeptos dos desportos.

⇒ Em geral, na óptica dos entrevistados, os pais e encarregados de educação


preocupam-se com os seus educandos na escola, e aconselham a que os seus
educandos se portem bem e evitem confusões.

⇒ Quanto á aplicação de punições a alunos que se portam mal, os entrevistados


indicam frequentemente medidas de integração, como a limpeza de espaços
escolares, em alguns casos às quartas feiras à tarde, mas noutros nos
intervalos, de modo a tornar visível o castigado e respectivo castigo. Foi
igualmente referido que deveria haver um diálogo construtivo com estes alunos
e que estes deveriam pedir desculpa e admitir o acto incorrecto.

⇒ Relativamente aos alunos agressivos, para além das actividades de integração,


é indicada frequentemente a suspensão como punição.

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⇒ A nível de alunos que perturbam o normal funcionamento das aulas, deveriam
sair da sala, ter uma actividade atribuída (onde foi referido um método antigo de
escrever um significativo número de vezes uma frase ou pequeno texto com
conteúdo moral), ter mais trabalhos para casa, serem bem castigados de modo
a reduzir a tentação de voltar a portar-se mal.

Dos registos recolhidos pode-se concluir que há violência na escola, que os alunos
reconhecem a sua existência, mas consideram que não tem aumentado.

Muitas situações de indisciplina que ocorrem dentro da sala de aula devem-se a


actos de recusa / desobediência face à ordem dada pelo professor (situações que têm
aumentado em número), apesar da maioria dos alunos indicar que respeitam os
professores e que lhes reconhecem autoridade - o que já não é totalmente válido no caso
dos auxiliares de educação.

A maioria dos alunos indisciplinados andam na escola para passar o tempo, para
conviver com os colegas ou como alternativa a ir trabalhar. Aprender não é um dos seus
objectivos.
Têm consciência que perturbam as aulas e que por tal facto devem ser castigados.
Tendem a ser justos nas penalizações de que devem ser alvo, principalmente quando
aplicadas a terceiros.
Em casa estes alunos não contam o que fazem no recinto escolar, havendo pouco
diálogo entre pais e filhos sobre a escola.
Deste modo o principal objectivo dos pais e encarregados de educação é que os
seus educandos passem de ano. A aprendizagem dos conteúdos fica para segundo plano,
e em geral não estabelecem metas que os seus filhos devem atingir (tornam-se pouco

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exigentes). Este procedimento leva a que os alunos mais desinteressados da escola
mantenham os seus pais numa perspectiva de possível aprovação até ao final do ano.
Dado que uma boa percentagem acaba por conseguir passar de ano, estes alunos sentem
não haver necessidade de se aplicar nos estudos – e a falta de ocupação mental nos
conteúdos liberta tempo e disponibilidade para participar em atitudes incorrectas.

Será possível resolver a questão da indisciplina na escola?

Em primeiro lugar há que considerar todo um contexto social - local, regional ou até
nacional. Basta ler jornais ou ver televisão para constatar um aumento geral de violência, e
que o que agora é corrente seria considerado excessivo há uma década atrás.
Foi talvez neste sentido que os alunos do Agrupamento consideraram não ter
aumentado o nível de violência na escola nos últimos anos. A indisciplina / violência
identificada é reportada predominantemente com alunos mais novos e é em geral
aceitável num contexto de brincadeira (excepto quando é o próprio o visado e
consequentemente apresenta queixa das agressões de que foi alvo).

Das informações recolhidas não foi possível detectar razões sociais – ambientes
familiares complicados, famílias não estruturadas, efeitos de álcool ou outras substâncias,
etc, - para tal seria conveniente uma abordagem por técnicos adequados.

Para os alunos indisciplinados seria importante existir um modo de libertação de


energia – o cansar o corpo para manter o espírito “limpo” de ideias ou atitudes menos
correctas.
Assim as turmas com maior número de alunos considerados problemáticos (em
termos de comportamento) deveriam ter aulas mais práticas nos últimos blocos da manhã
e da tarde (por exemplo Educação Física). Também poderiam ser incentivados a participar
nas actividades do Desporto Escolar no período da hora de almoço, preferencialmente
com uma regularidade diária.
As aulas de substituição destas turmas (quando não existe plano de aula) deveriam
ser predominantemente no exterior com actividades que permitissem essa libertação de

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energia. Estarem cansados na aula seguinte está associada normalmente alguma
quietude.

É importante não esquecer que não são só estes alunos que estão a ser
prejudicados pelos seus comportamentos, mas todo o grupo turma, cujo rendimento
escolar é penalizado.

O exposto obriga a um conhecimento do comportamento dos alunos. Assim sugere-


se a elaboração de um registo de comportamento no final do ano lectivo de modo a que
seja entregue no início do ano lectivo seguinte ao (novo) Director de Turma – sugere-se
como exemplo de proposta a grelha “Registo de Comportamento” , na figura e em
anexo.

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Não se pretende que os alunos sejam penalizados por actos ocorridos em anos
lectivos anteriores mas que o Conselho de Turma tenha uma noção dos seus
comportamentos, com vista a definir objectivos, estratégias, modos de actuação, regras de
conduta, etc. para estes alunos.

Com esta informação Director de Turma pode desde o início confrontar o aluno e
Encarregado de Educação e efectuar um controle regular e assíduo, bem como um
chamar de atenção e / ou massacrar com lições de moral e bom comportamento, de modo
a limitar / inibir os comportamentos tendenciosos para a indisciplina. Ou seja
responsabilizar o aluno, fazendo-o sentir que está na “corda bamba” logo desde o início e
não apenas quando começam a ocorrer situações e autos de notícia.
Neste processo os Encarregados de Educação devem igualmente ser
responsabilizados e assumir a sua quota parte no processo ensino aprendizagem e nas
questões de (in)disciplina dos seus educandos.

Sugere-se também e como referido até por alguns entrevistados que “no início das
aulas os professores devem estabelecer regras rígidas e não dar margem de manobra aos
alunos” poderá ser uma estratégia.
Estas regras poderiam ser elaboradas e debatidas conjuntamente com a turma no
contexto de Formação Cívica ou de Projecto Curricular de Turma, por exemplo.

Estas sugestões são igualmente válidas para as situações de violência (agressões)


fora da sala de aula, dentro do recinto escolar, para com colegas de turma ou de outras
turmas. Nestas circunstâncias para além do Director de Turma também o Conselho
Executivo poderá / deverá actuar em conformidade.

A simultaneidade do acto e respectiva repreensão (com eventual exposição ao


público) permite atingir o alvo de forma mais eficaz, podendo ainda ter efeito dissuasor em
situações futuras. Alguns entrevistados referiram como castigos actividades de integração
a realizar em períodos que permitissem a exposição dos castigados a toda a comunidade
escolar – mais do que o castigo em si era a visibilidade do mesmo que foi referida.

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Apesar de não ser unanime, a grande maioria dos alunos gosta de estar na escola,
sente-se bem e sente-se seguro na escola. Mas não deixe-mos apenas que esta situação
não piore, há que querer mais, há que unir esforços, para o bem de toda a comunidade
escolar.

Não se pode considerar uma solução única, cada aluno é um caso, cada turma um
contexto (e até eventualmente cada escola).

O processo de minimização da indisciplina na escola deverá passar pela definição


de objectivos e estratégias, a consignar nos documentos da escola (Projecto Educativo,
Projecto Curricular de Turma, Regulamento interno, etc), que deverão ser readaptadas e /
ou reformuladas sempre que adequado, com base na evolução dos comportamentos ou
outros critérios considerados convenientes (tendo sempre por base a legislação em vigor).

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Protocolo do Inquérito

Resumo dos Inquéritos

Resumo dos Inquéritos do 1º Ciclo

Protocolo das Entrevistas

Resumo das Entrevistas

Grelha “Resumo de Comportamento”

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