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A ATTAC, com este Colóquio, abriu o debate público em Portugal sobre os indicadores
de medição e avaliação do desenvolvimento das sociedades humanas. Como os
contributos recolhidos nesta iniciativa comprovaram, este não é um debate neutro ou à
margem dos interesses em conflito na sociedade. Os indicadores usados influenciam e
justificam as políticas públicas. Esperamos que a nossa iniciativa estimule novas
reflexões e estudos e uma participação alargada dos cidadãos e dos movimentos sociais
no debate desta temática, que influencia profundamente as escolhas relativas ao nosso
futuro colectivo.
No entanto, há muito que foram sendo notadas as limitações do PIB, quer como medida
da produção e do crescimento económico, quer, sobretudo, como indicador de qualidade
de vida ou de bem-estar. A discussão sobre as insuficiências do PIB e a necessidade de
o substituir ou complementar com outros indicadores tem ganho crescente relevância,
tendo merecido a atenção de organizações como a ONU, a União Europeia ou a OCDE
– particular destaque merece, neste contexto, a iniciativa do Governo Francês que
conduziu à elaboração de um relatório sobre o tema, recentemente publicado,
coordenado pelos conhecidos economistas Joseph Stiglitz e Amartya Sen. Neste âmbito,
as propostas têm convergido na necessidade de incluir as dimensões da sustentabilidade
social e ambiental dos processos económicos, reflectindo a crescente saliência destas
questões no debate público.