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A questo assume tamanha complexidade dado ao fato que o discurso adquire um carter to massivo
e influenciador que as prprias transexuais se consideram doentes, e acabam identificando nessa posio,
enraizando-se num lugar de suposta segurana. Mediante todas as dificuldades de se autoafimar enquanto
gnero, considerando que a pessoa no conseguiu uma harmonizao bem sucedida entre a esfera orgnica
e psicolgica a patologizao seria uma referncia para a pessoa transexual se compreender e se
autodefinir. A promoo da despatologizao da transexualidade seria tanto a perda do sentido dado ao
sofrimento que vivenciam, quanto representa um prejuzo a um recurso que utilizaram contra a
discriminao, visto que a ideia de uma enfermidade desresponsabiliza o sujeito sobre este aspecto de sua
vida (JESUS, B. 2013, p. 81 apud MURTA, 2011, p. 87); tambm promoveria s pessoas a possibilidade de
se libertar do discurso binrio autoritarista, permitindo o sujeito a sua capacidade natural de produzir
mltiplos significados para o gnero, o corpo e a sexualidade.
[...] se l no fundo ela [a pessoa transexual] se considera como uma pessoa que tem algum
tipo de transtorno, tudo bem. Mas querer impor isso coletivamente, seria um nvel muito
grande de despolitizao. [...] A patologizao no d nada, no garante nada. S retira, s
retira humanidade, s retira principalmente a voz, a capacidade que esse outro tem de
formular e construir significados pra sua, pro seu estado, suas alegrias, suas tristezas
(Berenice Bento).
D-se a entender que o mais importante, em alguns casos, que o acesso ao procedimento seja mantido de qualquer
forma, mesmo que seja preciso recorrer aceitao da patologia. Deve-se ter em mente os princpios do SUS para no
assumir um falso ideal de que, sem a concepo da patologizao, impossvel ser atendido pelo servio pblico.
Sobre este posicionamento: