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A UA UL L AA

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Como produzimos
a insulina?

N a aula passada você estudou a importância


da insulina no nosso organismo. Dá para imaginar o que aconteceria conosco se
não fabricássemos esse hormônio ou se o produzíssemos com alguma alteração?
A insulina é apenas um exemplo.
Durante as várias aulas do curso de Biologia você conheceu substâncias como
hormônios e enzimas, que são fundamentais para o funcionamento do nosso
organismo. Em cada caso, uma alteração dessas substâncias pode acarretar sérios
problemas ou mesmo impossibilitar a vida.
A insulina, assim como outros hormônios e todas as enzimas que atuam no
nosso metabolismo, são compostos de proteínas
proteínas. As proteínas, como você já
aprendeu na Aula 5, são constituídas por aminoácidos
aminoácidos. Para que as proteínas
tenham sua característica e possam atuar corretamente nas diversas funções que
exercem (hormônios, enzimas, proteínas estruturais como a queratina etc.),
é necessário que sejam sempre formadas pelos mesmos aminoácidos, na mesma
quantidade e na mesma seqüência.
Como nossas células produzem sempre as proteínas sem alterar suas
características?

Como são formadas as proteínas?

A insulina é uma molécula composta de 51 aminoácidos. Vamos considerar


apenas uma pequena seqüência desses aminoácidos: serina
serina, histidina
histidina, leucina
leucina,
valina
valina, glutamina
glutamina, alanina
alanina. Para facilitar o trabalho, os biólogos abreviam os
nomes dos aminoácidos usando apenas as três primeiras letras de cada um.
A seqüência ficaria assim:
SER HIS LEU VAL GLU ALA
Toda vez que o organismo produz insulina, forma uma seqüência igual a
essa. Há um processo que organiza a seqüência de aminoácidos de tal forma
que, cada vez que o organismo produz insulina, a molécula seja sempre igual.
No processo de síntese protéica, os aminoácidos entram na ordem exata para a
formação de cada proteína.
Há moléculas que são fundamentais para esse processo: os ácidos nucléi-
cos. Eles recebem este nome porque são produzidos dentro do núcleo da célula.
Os ácidos nucléicos possuem o que chamamos de “informação” para a síntese
de proteínas.
Ácidos nucléicos A U L A

Os ácidos nucléicos são de dois tipos: ácidos ribonucléicos e ácidos deso-


xirribonucléicos. Para simplificar, também abreviamos esses nomes, e assim 48
falamos em RNA e DNA.

Você sabia?

O ácido ribonucléico pode ser abreviado com as letras ARN. Mas, na maioria
das vezes, aparece como RNA RNA, que é a sigla em inglês consagrada nas traduções
de artigos científicos e livros. Da mesma forma, o ácido desoxirribonucléico pode
aparecer como ADN, mas na maioria das vezes aparece como DNA DNA.

O RNA
O RNA é composto por unidades de fosfato e de ribose e por bases
nitrogenadas. O esquema abaixo representa uma parcela de uma molécula
de RNA.

Figura 1: esquema de RNA.

As bases nitrogenadas são de quatro tipos diferentes:


A – Adenina
C – Citosina
G – Guanina
U – Uracila

Se representarmos o fosfato pela letra P , a ribose pela letra R e as bases


A, C
nitrogenadas pelas suas iniciais (A C, G
G, U
U), podemos esquematizar um seg-
mento da cadeia de RNA da seguinte maneira:
P R P R P R P R P R P R
C U A G C A
Do mesmo modo que cada proteína tem sua seqüência de aminoácidos, cada
RNA também possui sua própria seqüência de bases nitrogenadas.

Exercício 1 Exercícios
Complete o esquema a seguir usando as letras A, C, G e U de maneira que crie
um RNA diferente daquele que esquematizamos anteriormente. (Atenção
para ligar as bases A, C, G e U às riboses R.)
P R P R P R P R P R P R
A U L A Para simplificar ainda mais, podemos indicar apenas as bases nitrogenadas.
Assim, as moléculas de RNA podem ser representadas por:

48 ACGUCAAGGUCCA

As moléculas de RNA são classificadas em três tipos diferentes, de acordo


com a função que têm no processo de síntese protéica: o RNA mensageiro
(que transmite as informações para a síntese de proteínas), o RNA transportador
(que transporta os aminoácidos) e o RNA ribossômico (que constitui o ribossomo,
local onde se dá a síntese de proteínas).

RNA transportador
As moléculas de RNA transportador, ou RNAt RNAt, têm uma conformação
espacial característica e possuem duas regiões especiais. Em uma delas, os RNAt
se ligam a aminoácidos; em outra há uma seqüência de três bases nitrogenadas
que usamos para identificar o RNAt.
aminoácido

Figura 2: esquema de RNAt.

As ligações do RNAt com aminoácidos são específicas, isto é, alguns tipos de


RNAt só se ligam a certos tipos de aminoácidos. Vamos ver alguns exemplos:

Tabela 1

O RNAt que tem numa liga-se, na outra extremidade,


das extremidades as bases: ao aminoácido:
AAC leucina
AAU leucina
AGU serina
AGA serina
GUG histidina
CAA valina
CAU valina
CAG valina
CGU alanina
CUU glutamina
AAA fenilalanina
AUA tirosina
AUG tirosina
CCC glicina

Em alguns casos, mais de um tipo de RNAt pode se ligar ao mesmo tipo de


aminoácido. Por exemplo, o aminoácido leucina pode se ligar aos RNAt que têm,
na extremidade correspondente, as bases CUC, CUA, CUG e CUU.
Ao todo são vinte aminoácidos que podem se ligar a RNAt com diferentes
combinações de três bases nitrogenadas.
Exercício 2 Exercícios
A U L A
Complete a Figura 3 indicando que aminoácidos carregam os RNA
transportadores que estão representados:
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Figura 3

RNA mensageiro
As moléculas de RNA mensageiro, ou RNAm RNAm, são cadeias de várias
seqüências de fosfato, ribose e base nitrogenada. Os segmentos de RNAm
diferem entre si de acordo com as bases nitrogenadas que contêm. Por exemplo:
o RNAm composto pela seqüência
AAC AGU CAA CCC AUA GGC
é diferente do RNAm composto pela seqüência
CGU CUU ACC CAA AAA UUU

A cada conjunto de três bases nitrogenadas do RNA mensageiro corresponde


um conjunto de três bases nitrogenadas nos RNA transportadores. Entre o RNA
mensageiro e o transportador pode haver uma ligação das bases nitrogenadas
segundo certa correspondência: a base A (adenina) se liga à base U (uracila) e a
base C (citosina) se liga à base G (guanina).
A–U
C–G

Cada seqüência de três bases nitrogenadas do RNA mensageiro recebe o


nome de códon. A seqüência de três bases nitrogenadas do RNA transportador
correspondente (isto é, aquela que se liga ao RNAm) recebe o nome de anticódon
anticódon.
Assim o códon GUU é complementar ao anticódon CAA.

O RNA transportador liga-se ao RNA mensageiro sempre da mesma forma:


o anticódon se encaixa no códon. Os RNA transportadores que tiverem os
conjuntos de três bases (anticódons) UUG e UCA vão se ligar na região do RNA
mensageiro onde estiverem os conjuntos (códons) AAC e AGU. Veja a Figura 4.

Figura 4: a seqüência
de três bases do RNAt
(anticódon) se liga ao
códon do RNAm.
A U L A Exercício 3
Usando a correspondência de ligação entre as bases nitrogenadas do RNAm

48 e RNAt (A se liga com U e C se liga com G), complete a relação abaixo


indicando que bases dos RNA transportadores se ligam a cada um dos
conjuntos de três bases nitrogenadas do RNAm.

Figura 5: códons do RNA mensageiro.

Quais são as bases dos anticódons correspondentes?


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RNA ribossômico
Moléculas de RNA ribossômico unem-se a proteínas e formam o ribossomo.
O ribossomo é uma estrutura presente no citoplasma da célula e também o local
onde ocorre a síntese de proteínas.
Podemos esquematizar o ribossomo da seguinte maneira (Figura 6):

regiões onde se
encaixam os RNAt

sítio P sítio A

região onde se
encaixa o RNAm

Figura 6: esquema do ribossomo.

Nele há uma região onde se encaixa o RNA mensageiro e dois locais onde
podem se encaixar RNA transportadores. Estes dois últimos locais recebem o
nome de sítio A (do aminoácido) e sítio P (da proteína).

Você sabia?

Apesar de as moléculas de RNA serem constituídas de vários conjuntos de


substâncias, elas são muito pequenas e não são vistas nem mesmo ao microscópio.
Para estudá-las usam-se corantes e substâncias marcadoras.
Os ribossomos, constituídos por RNA e proteínas, são estruturas que podem
ser vistas ao microscópio como granulações no citoplasma da célula.
O RNA e a síntese de proteínas A U L A
Um espetacular arranjo e interação entre os três tipo de RNA possibilita a
união de vários aminoácidos e formam a proteína. Você vai aprender como isso
acontece. 48
Vamos considerar um RNA mensageiro que tenha a seguinte seqüência de
bases nitrogenadas: UCA CAC UUG GUU GAA GCA.
Este RNAm se encaixa num ribossomo conforme indica o esquema seguinte
(Figura 7):

Figura 7: ribossomo ligado a RNA mensageiro.

Encaixado no ribossomo, o RNAm ocupa uma determinada região. Nessa


situação, três bases do RNAm (códon) se ligam a três bases do RNAt. Este RNAt
vem para o ribossomo ligado a um aminoácido.
Nesse momento, há um deslocamento do RNAm em relação ao ribossomo,
de tal forma que o RNA transportador ligado ao RNA mensageiro passa a ocupar
o sítio P, e o sítio A é ocupado agora pela próxima seqüência (códon). Logo um
novo RNAt vai se ligar a essa seqüência de acordo com sua complementaridade,
conforme indica a Figura 8.

Figura 8: os RNAt carregando aminoácidos


encaixam-se aos códons do RNAm.

Você pode observar que, com todos esses eventos, dois aminoácidos estão
muito próximos entre si. Isso possibilita uma reação de ligação entre eles. Em
seguida, o RNA transportador se desliga do aminoácido que estava carregando.
À medida que o processo continua, novos aminoácidos são trazidos pelos
RNAt e vão se ligando aos anteriores. Veja a Figura 9.

Figura 9
A U L A Você vai descobrir os próximos aminoácidos que vão se integrar a essa
molécula de proteína que está sendo sintetizada. Para isso consulte a Tabela 1,

48 que indica a relação de alguns RNA transportadores e os aminoácidos aos quais


eles se ligam.

Exercícios Exercício 4
Selecione as seqüências de bases do RNAt (anticódon) que se encaixam às
seqüências de bases do RNA mensageiro que está ligado ao ribossomo.
(Figura 7)
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..................................................................................................................................

Exercício 5
Que aminoácidos eles carregam?
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Exercício 6
Em que seqüência esses aminoácidos vão se integrar à proteína?
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Exercício 7
Como ficará o segmento de proteína sintetizado por esse segmento de
RNAm?
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O segmento de proteína que você acabou de sintetizar faz parte da molécula


de insulina. Toda vez que nosso organismo produz insulina, realiza também essa
etapa de síntese protéica.
O RNA mensageiro é quem ordena quais aminoácidos vão entrar na
constituição da proteína. É por isso que recebe o nome de “mensageiro”. Ele tem
a mensagem trazida do núcleo da célula para a síntese de proteína. Se, na
formação da molécula de insulina, apenas um desses aminoácidos fosse trocado,
a insulina já não exerceria as funções que normalmente tem.

Trocas e mutações

Vamos supor agora que o RNAm para sintetizar insulina contenha uma
informação trocada, e que, no lugar de uma das bases normais, entre uma outra
base.
Assim, em vez de produzir um RNA com a seqüência
UCA CAC UUG GUU GAA GCA
produza uma seqüência com as bases
UCA CAC UUU GUU GAA GCA .

Você vai descobrir como ficará, então, a proteína sintetizada a partir desse
RNA mensageiro anormal.
Exercício 8 Exercícios
A U L A
Copie, na Figura 10, a seqüência de bases nitrogenadas do RNAm com a base
trocada.
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Figura 10

Exercício 9
Que RNA transportadores poderão se ligar a esse RNAm?
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Exercício 10
Usando a Tabela 1, verifique que aminoácidos esses RNAt carregam.
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Exercício 11
Como ficará o segmento da proteína sintetizada a partir desse RNAm?
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Exercício 12
Esse segmento de proteína é igual ou diferente da insulina normal?
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Uma variação na seqüência de bases da molécula de RNA mensageiro


causará também uma alteração na proteína que é sintetizada.

a) Coloque as seguintes legendas na Figura 11: Quadro-


ribossomo, sítio A, sítio P, RNA mensageiro, RNA transportador, aminoácido. síntese

Figura 11

b) Considere a seguinte molécula de RNA mensageiro:


GGG UUU GCA CAC UUG UCA GUU GAA UAU
- Que RNAtransportadores se ligarão a esse RNAm?
- Que aminoácidos eles carregam?

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