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1) A escrita de si mesmo pode ajudar a combater pensamentos impuros, trazendo constrangimento como a presença de outras pessoas. 2) A escrita dos movimentos internos pode servir como arma no combate espiritual. 3) A escrita de anotações (hypomnemata) não era apenas para memória, mas para exercícios frequentes de leitura, meditação e discussão, ajudando na transformação da verdade em princípios de ação.
1) A escrita de si mesmo pode ajudar a combater pensamentos impuros, trazendo constrangimento como a presença de outras pessoas. 2) A escrita dos movimentos internos pode servir como arma no combate espiritual. 3) A escrita de anotações (hypomnemata) não era apenas para memória, mas para exercícios frequentes de leitura, meditação e discussão, ajudando na transformação da verdade em princípios de ação.
1) A escrita de si mesmo pode ajudar a combater pensamentos impuros, trazendo constrangimento como a presença de outras pessoas. 2) A escrita dos movimentos internos pode servir como arma no combate espiritual. 3) A escrita de anotações (hypomnemata) não era apenas para memória, mas para exercícios frequentes de leitura, meditação e discussão, ajudando na transformação da verdade em princípios de ação.
escrevendo os nossos pensamentos como se os tivssemos de comunicar
mutuamente, melhor nos defenderemos dos pensamentos impuros por
vergonha de os termos conhecido. Que a escrita tome o lugar dos companheiros de ascese: de tanto enrubescermos por escrever como por sermos vistos, abstenhamo-nos de todo o mau pensamento. Disciplinandonos dessa forma, podemos reduzir o corpo servido e frustrar as astcias do inimigo2. a escrita de si como uma forma de trazer aos maus pensamentos, aos pensamentos pecaminosos o constrangimento que a presena alheia exerce sobre a ordem da conduta. a escrita dos movimentos interiores como arma do combate espiritual papel da escrita na cultura filosfica (?) Humberto Eco ascese: adestramento de si por si mesmo Exerccios dirios de rememorao dos Pitagricos: "Parece no haver dvida que, entre todas as formas que tomou este adestramento (e que comportava abstinncias, memorizaes, exames de conscincia, meditaes, silncio e escuta de outro), a escrita o facto de se escrever para si e para outrm s tardiamente tenha comeado a desempenhar um papel considervel." "[...] seja qual for o ciclo de exerccio em que tome lugar, a escrita constitui uma etapa essencial no processo para o qual tende toda a askesis: a saber, a elaborao dos discursos recebidos e reconhecidos como verdadeiros em princpios racionais de aco. Como elemento do treino de si, a escrita tem, para utilizar uma expresso que se encontra em Plutarco, uma funo etopoitica: um operador da transformao da verdade em ethos. " hypomnemata : As confisses de Sto. Agostinho (?)Os hypomnemata no deveriam ser encarados como um simples auxiliar de memria, que poderiam consultar-se de vez em quando, se a ocasio se oferecesse. No so destinados a substituir-se recordao porventura desvanecida. Antes constituem um material e um enquadramento para exerccios a efectuar frequentemente: ler, reler, meditar, entretar-se a ss ou com outros, etc. Trata-se de constituir para si prprio um logos boethikos, um equipamento de discursos a que se pode recorrer, susceptveis como diz Plutarco de erguerem eles prprios a voz e de fazerem calar as paixes, como o dono que, com uma s palavra, sossega o alarido dos ces7. A escrita dos hypomnemata um veculo importante desta subjectivao do discurso.
No so dirios ntimos ... CTXT HISTRICO (?) IDADE MDIA
tradio da oralidade> Tal o objectivo dos hypomnemata: fazer da recoleco do logos fragmentrio e transmitido pelo ensino, a audio ou a leitura, um meio para o estabelecimento de uma relao de si consigo prprio to adequada e completa quanto possvel. A escrita dos hypomnemata ope-se a essa disperso ao fixar os elementos adquiridos e ao constituir, de certo modo, um passado ao qual podemos sempre regressar e recolher-nos O contributo dos hypomnemata um dos meios pelos quais libertamos a alma da preocupao com o futuro, inflectindo-a para a meditao do passado ... A escrita como exerccio pessoal praticado por si e para si uma arte da verdade contrastiva; ou, mais precisamente, uma maneira reflectida de combinar a autoridade tradicional da coisa j dita com a singularidade da verdade que nela se afirma e a particularidade das circunstncias que determinam o seu uso. O papel da escrita constituir, com tudo o que a leitura constituiu, um "corpo" (quicquid lectione collectum est, stilus redigat in corpus). E, este corpo, h que entend-lo no como um corpo de doutrina, mas sim de acordo com a metfora tantas vezes evocada da digesto como o prprio corpo daquele que, ao transcrever as suas leituras, se apossou delas e fz sua a respectiva verdade: a escrita transforma a coisa vista ou ouvida em foras e em sangue (in vires, in sanguinem). Ela transforma-se, no prprio escritor, num princpio de aco racional. ESCRITA DE SI- ASSIMILAO DO DISCURSO - MXIMAS NIETSZCHE :) (?) a prpria alma que h que constituir naquilo que se escreve; todavia, tal como um homem traz no rosto a semelhana natural com os seus antepassados, assim bom que se possa aperceber naquilo que escreve a filiao dos pensamentos que ficaram gravados na sua alma. Pelo jogo das leituras escolhidas e da escrita assi-miladora, deve tornar-se possvel formar para si prprio uma identidade atravs da qual se l uma genealogia espiritual inteira. Num mesmo corao h vozes altas, baixas e medianas, timbres de homem e de mulher: Nenhuma voz individual se pode a distinguir; s o conjunto se impe ao ouvido... [145] Assim quero eu que seja com a nossa alma, que ela faa boa proviso de conhecimentos, de preceitos, de exemplos tirados de mais do que uma poca, mas convergentes numa unidade. LI AT A CORRESPONDNCIA
a correspondncia no deve ser encarada como simples prolongamento da
prtica dos hypomnemata. algo mais do que um adestramento de si prprio pela escrita, por intermdio dos conselhos e opinies que se do ao outro: ela constitui tambm uma certa maneira de cada um se manifestar a si prprio e aos outros. "Escrever pois mostrar-se, dar-se a ver, fazer aparecer o rosto prprio junto ao outro. E deve-se entender por tal que a carta simultaneamente um olhar que se volve para o destinatrio (por meio da missiva que recebe, ele sente-se olhado) e uma maneira de o remetente se oferecer ao seu olhar pelo que de si mesmo lhe diz. De certo modo, a carta proporciona um face-aface."