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Um esforço de síntese neste âmbito imporá reestruturações ao nível organizativo dos órgãos
autárquicos.
Com a ajuda de Covey S. (1992), reconhecemos alguns dos cenários existentes e a criar. O
nível das organizações passou do estado anárquico, característico das organizações
informais, para outros mais adequados com as estruturas formais, respeitando princípios de
dependência e depois de independência. Neste momento parece-nos essencial avançar para
um novo princípio, o da "interdependência", através do qual seja possível dar passos seguros
em áreas como:
Nos últimos tempos tenho dedicado alguma atenção á forma, quanto a mim desajustada,
como as instalações desportivas proliferam no nosso país. A maioria das vezes apenas
consigo discernir motivações muito longe das técnicas, para justificar o seu planeamento e
construção.
Por vezes mais parece que em termos de instalações desportivas não existe necessidade nem
de corresponder a uma determinada procura, nem de justificar os investimentos, é suficiente
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construir, cortar fitas, festas de inauguração e preservar em frio bens que eventualmente
numa situação “muito especial”, poderão vir a ser utilizados
A passagem gradual das competências desportivas do poder central para o poder autárquico
parece-me estar a ser um importante factor de desenvolvimento do sistema desportivo
nacional, permitindo um reforço da ligação entre o cidadão e o poder. Facilitando
inclusivamente a avaliação das carências e necessidades das populações e também o
desempenho do exercício das funções políticas das classes dirigentes.
No entanto, parece-me fundamental apostar de uma forma inequívoca numa clara definição
do papel e funções que estão adstritas ao desporto autárquico. A ausência desta definição
poderá permitir, que este a curto prazo, não só se transforme em mais um sub-sistema do
desporto nacional, como até se possa vir a tornar no próprio sistema.
Embora apenas querendo contribuir para um necessário e indispensável confronto de ideias,
parece-me que o principal papel a desempenhar pelo desporto nas autarquias, deve ter a
haver com uma actividade de coordenação e interligação entre os diferentes níveis de
intervenção e a disponibilização de recursos (materiais, humanos e financeiros) que permitam
o normal funcionamento das mais diversas instituições de carácter desportivo de cada
concelho.
Neste sentido, uma política de implantação de instalações desportivas tem acima de tudo de ir
ao encontro dos anseios das populações, ou de práticas desportivas de reconhecido valor na
formação dos jovens e na recreação e tempos livres da generalidade dos grupos sociais.
Todos reconhecemos que os parâmetros da construção de equipamentos sociais ganhou nos
últimos anos uma nova dimensão, tendo agora como principal vector, a qualidade e
multifuncionalidade dos serviços e instalações disponibilizados.
Esta situação exige investimentos fortíssimos, não apenas nas fases de projecto e de
construção, mas também nas de manutenção e conservação, o que vai condicionar
definitivamente a rentabilidade de exploração e funcionamento dos equipamentos, neste caso
desportivos.
Reduzir os custos de manutenção de instalações e equipamentos desportivos torna-se
portanto um objectivo de grande interesse para a gestão dos municípios, o que obriga a que
se invista na procura de soluções eficientes e integradas, capazes de diminuir o seu impacto
financeiro nos orçamentos.
Um esforço interventivo neste domínio exigirá sempre uma intervenção qualificada ao nível
organizativo da gestão autárquica. Com a ajuda de Covey S. (1992), reconhecemos alguns
dos cenários do passado, do presente e eventualmente a criar.
O nível das organizações passou do estado anárquico, característico das organizações
informais, para outros mais adequados com a formalização das estruturas, respeitando numa
primeira fase o princípio da dependência.
A passagem por este tipo de organização é facilmente reconhecível em situações como as
detectadas por Teixeira Homem, que num trabalho sobre o movimento associativo do
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concelho de Aveiro de 1997, encontrou 32% de clubes sem sede, 48% sem telefone e 18%
sem qualquer tipo de instalação. O que claramente demonstra, o que principalmente a fase da
dependência criou em termos de desequilíbrios no movimento associativo.
Numa outra fase, prevaleceram os princípios da independência, baseados num espírito de
políticas de completo isolamento, procurando essencialmente afirmações de chauvinismo e
superioridade, responsáveis pela existência em muitos casos de equipamentos desportivos
perfeitamente desajustados da realidade desportiva nacional e que num futuro próximo
poderão vir a constituir-se em factores de involução , contrariando a sua razão de ser.
Neste momento parece-nos essencial avançar para um novo princípio, o da
"interdependência", através do qual seja possível dar passos seguros em áreas como: