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Lê atentamente o seguinte poema e responde às questões que te

são formuladas.
Grupo I

Poema à mãe
No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!
Mas tu esqueceste muita coisa!
Tudo porque já não sou Esqueceste que as minhas pernas
o retrato adormecido 20 cresceram, 40
no fundo dos teus olhos! que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
Tudo porque tu ignoras ficou enorme, mãe!
que há leitos onde o frio não se
demora Olha - queres ouvir-me? -,
e noites rumorosas de águas às vezes ainda sou o menino
matinais! que adormeceu nos teus olhos;

Por isso, às vezes, as palavras que ainda aperto contra o coração


te digo 30 rosas tão brancas
10 são duras, mãe, como as que tens na moldura;
e o nosso amor é infeliz.
ainda oiço a tua voz:
Tudo porque perdi as rosas "Era uma vez uma princesa
brancas no meio de um laranjal..."
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura! Mas - tu sabes! - a noite é enorme
e todo o meu corpo cresceu...
Se soubesses como ainda amo as Eu saí da moldura,
rosas, dei às aves os meus olhos a beber.
talvez não enchesses as horas de
pesadelos... Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas...

Boa noite. Eu vou com as aves.

Eugénio de Andrade, Os Amantes sem Dinheiro

Responde às questões, de modo correcto, completo e


contextualizado.

1. Indica o tema do poema. (10)

1.1. Como é que se desenvolve ao longo do poema. (20)

2. Embora exprima o sofrimento da culpa, o eu poético aponta como


inevitáveis as causas do actual desencontro afectivo.

2.1. Que causas são? (20)


2.2. Indica e interpreta as metáforas que as expressam - centra a
tua atenção nas palavras retrato/ moldura, rosas brancas e aves.
(20)

3. O sofrimento manifesto revela no sujeito a permanência do amor,


bem como a persistência do passado.

3.1. Justifica esta afirmação com elementos textuais.(10)

4. O último verso anuncia definitivamente a escolha. Explica porquê.


(10)

5. Faz a análise da estrutura externa do poema. (10)

Grupo II

1. Identifica a alínea correspondente à resposta correcta


(5x10=50)

1.1. No verso “Esqueceste que as minhas pernas cresceram “ vv.19


e 20 o “que” pertence à classe morfológica de:

a) conjunção integrante;

b) conjunção subordinativa causal

c) conjunção consecutiva

d)conjunção copulativa

1.2. Identifica a função sintáctica desempenhada pela palavra


“infeliz” v. 11

a) Complemento directo

b) Predicativo do Sujeito

c) Atributo

d) Aposto

1.3. Identifica o recurso estilístico no verso “Guardo a tua voz


dentro de mim./ E deixo-te as rosas, vv. 38 e 39:

a) Anáfora

b) Antítese
c) Sinestesia

d) Comparação

1.4. No versos “ Tudo porque perdi as rosas brancas” e “ainda


aperto contra o coração” as formas verbais neles existentes estão,
respectivamente, no:

a) Presente do Indicativo e Imperfeito do Conjuntivo

b) Pretérito perfeito e pretérito do imperfeito do indicativo

c) Presente e pretérito imperfeito do indicativo

d) Pretérito perfeito e presente do indicativo

1.5. A relação entre as palavras “Aves” e andorinha é de:

a) Antonímia

b) Paronímia

c) hiperonímia

d) hiponímia

Grupo III

“Luís de Camões é considerado o maior poeta português de sempre. A sua


produção poética constitui uma admirável síntese artística da lírica
tradicional portuguesa, das grandes correntes literárias e linhas de força
ideológicas do seu tempo e da influência clássica.”

Cabral, Avelino Camões Lírico, Edições Sebenta

Partindo desta afirmação e do conhecimento que possuis sobre a poesia


lírica de Camões, procura elaborar um texto em que reflictas sobre as várias
influências que se evidenciam na sua poesia.

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