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No lugar certo:
os livros
1. A vitória da guerra...
2. No curso da História
Assim, o articulismo , que reinou absoluto até meados do século XIX, teve de
ceder espaço à rapidez da notícia, e ao seu poder de interferência na
realidade, depois que o telégrafo viabilizou as agências noticiosas, nas quais
se inventaram e universalizaram formas (estilísticas e técnicas) de informar
com precisão e rapidez, superando distâncias. E o vigor político-social da
notícia se tornou decisivo nas sociedades modernas, depois que a invenção
quase simultânea da rotativa, da linotipo, da fotografia e da clicheria tornou
possível o aumento das tiragens dos jornais em escala industrial e o
desenvolvimento das linguagens gráficas.
Claro que esse processo teve fases de crise. Numa delas, quando o fascínio
da televisão parecia ameaçar o futuro dos jornais, ocorreu o tal fenômeno do
“jornalismo literário”. Grandes escritores, já consagrados, e grandes
jornalistas com vocação e talento de escritores, passaram a dispor de
espaços generosos, para oferecer ao público prazeres de leitura antes só
acessíveis a quem podia ler livros.
A verdade é simples e está aí, aos olhos de quem quiser ver: o jornalismo
literário passou verdadeiramente a existir depois que saiu das limitações dos
jornais e ganhou as liberdades estilísticas e espaciais do livro.
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