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homens sejam como eles, mas celebra os deuses para tornar os homens mais
divinos, mais capazes de avanar para a margem do Bem e da Verdade. As imagens
da Grcia antiga trazem a Sophia a alegre esperana da renovao do homem, que,
de repente, d lugar viso do mundo profundamente perturbado e pessimista.
O fascnio pelo mundo na poesia de Sophia surge, muitas vezes, associados
influncia de Fernando Pessoa. Sophia aproxima-se dos heternimos, no
escondendo uma evidente admirao pela arquitetura do verso de Pessoa. De
Caeiro, recebe essa felicidade da simples viso das coisas: Em Reis, encontra a
medida e o rigor dos versos ou as referncias clssicas. Sophia descobre a presena
do real e o olhar inocente defendido por Caeiro; e reconhece a beleza do efmero,
mas, diferentemente de Reis, no renuncia s paixes, antes as quer mesmo que
oprimam. No dilogo com a antiguidade, revela-se pag, sem deixar de ser catlica.
O que pretende uma relao justa com o real e uma relao justa com o homem.
Procurando essa relao justa com as coisas, com a natureza, com os homens e
com o divino, a sua poesia reflete um grande humanismo.
A poesia de Sophia apresenta um papel formativo ao promover a
consciencializao, surgindo como meio de denncia e voz de anseios. Revela, pela
sua constante ateno aos problemas do homem e do mundo, um verdadeiro
empenhamento social e poltico, de compromisso com o seu tempo e de denncia
das injustias e da opresso.