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O documento discute as teorias sobre a natureza jurídica do processo penal. Apresenta as visões de Bulow, que vê o processo como uma relação jurídica triangular entre acusado, acusação e Estado-juiz, e de Goldschmidt, que o enxerga como uma sucessão de situações jurídicas dinâmicas marcadas por incerteza e riscos para as partes. Também menciona a perspectiva de Calamandrei de que o processo é um jogo regido por habilidades de convencimento, e discute os sistemas inquis
Descrizione originale:
resumo dos três primeiros capítulos do livro de processo penal de Aury Lopes.
O documento discute as teorias sobre a natureza jurídica do processo penal. Apresenta as visões de Bulow, que vê o processo como uma relação jurídica triangular entre acusado, acusação e Estado-juiz, e de Goldschmidt, que o enxerga como uma sucessão de situações jurídicas dinâmicas marcadas por incerteza e riscos para as partes. Também menciona a perspectiva de Calamandrei de que o processo é um jogo regido por habilidades de convencimento, e discute os sistemas inquis
O documento discute as teorias sobre a natureza jurídica do processo penal. Apresenta as visões de Bulow, que vê o processo como uma relação jurídica triangular entre acusado, acusação e Estado-juiz, e de Goldschmidt, que o enxerga como uma sucessão de situações jurídicas dinâmicas marcadas por incerteza e riscos para as partes. Também menciona a perspectiva de Calamandrei de que o processo é um jogo regido por habilidades de convencimento, e discute os sistemas inquis
Captulo 1: Um processo penal para quem? Buscando os fundamentos de sua
existncia Pela leitura constitucional, o processo penal um instrumento de efetivao das garantias constitucionais. O processo, como instituio estatal, a nica estrutura que se reconhece como legtima para a imposio da pena. Esse o princpio da necessidade (necessidade de haver um processo para que haja uma pena). no existe delito sem pena, nem pena sem delito e processo, nem processo que no seja para determinar o delito e impor uma pena. Para a criminologia, o processo penal tambm um instrumento de seleo e excluso. Instrumentalidade constitucional do processo penal. Instrumentalidade para qu? No apenas para a satisfao da pretenso acusatria, mas para a realizao do projeto democrtico (Geraldo Prado). Se a constituio que institui o processo penal, ela tambm orientar a sua instrumentalidade, no sentido de um garantismo. O processo penal, enquanto ramo autnomo do direito, tem de lidar com a problemtica de que vrios de seus institutos foram simplesmente transplantados do direito processual civil, alheios s particularidades do processo penal. Tampouco a teoria geral do processo que ensinada em nossas faculdades contempla o processo penal. Captulo 2: teorias acerca da natureza jurdica do processo penal O processo penal como relao jurdica (Bulow). o processo uma relao jurdica (conjunto de direitos e obrigaes recprocas) de direito pblico (pois envolve o Estado em um dos plos), autnoma e independente da relao jurdica de direito material. O formato dessa relao jurdica triangular (acusado, autor e estado-juiz). Foi uma teoria importante por demarcar a superao das teorias de direito privado para explicar o direito processual penal, e por demarcar a separao entre direito penal e direito processual penal. O processo penal como situao jurdica (Goldschmidt). Olha para o carter dinmico do processo, enquanto uma sucesso de situaes jurdicas. As partes no possuiriam obrigaes, mas cargas processuais, encargos com finalidade de evitar prejuzo processual para si prprias. Essa carga probatria, pelo nus da prova, est inteiramente nas mos da acusao. A defesa, por outro lado, no possui carga processual, mas um risco de, em funo da incerteza da atividade processual, no produzindo elementos de convico ao seu favor, ver seu interesse desprotegido. Por exemplo: o exerccio do direito de silncio no uma carga para a defesa, pois um direito. No entanto, ficar calado gera um risco de condeno, pois um no aproveitamento da chance de produzir provas a seu favor. Por outro lado, o desencumbir-se das cargas gera uma expectativa de sentena favorvel. Epistemologia da incerteza:
imprevisibilidade do processo, com consequente apontamento da fragilidade
da noo de segurana jurdica. A nica segurana jurdica possvel a estrita observncia das regras do jogo. Goldschmidt usa categorias sociolgicas (incerteza, chance, risco, expectativa, carga) para explicar a dinamicidade do processo, entendendo a ineficincia do monlogo da cincia jurdica em fazlo. Viso do processo como um jogo (Calamandrei). Os jogadores (partes) devem conhecer as regras do jogo; vence o que possui melhor habilidade tcnica de convencimento do julgador. Perspectiva da reduo de danos: os principios constitucionais no significam proteo total, sob pena de incidirmos na errnea crena na tradicional segurana. Trata-se, assim, de reduzir os espaos autoritrios e diminuir o dano decorrente do exerccio (abusivo ou no) do poder. Princpio do contraditrio para Fazzalari: possui duas dimenses. A primeira o acesso informao. A segunda a efetiva e igualitria participao das partes. O juiz, por sua vez, no um contraditor, mas um garantidor do contraditrio. No um ator, nem um inquisidor do processo, mas um mediador, um garantidor (recusa ao ativismo judicial prprio do sistema inquisitrio). Captulo 3: Sistemas processuais penais inquisitrio e acusatrio: superando o reducionismo ilusrio do sistema misto. Goldschmidt: a estrutura do processo penal de uma nao no seno o termmetro dos elementos corporativos ou autoritrios de sua Constituio. A maioria da doutrina brasileira afirma que o sistema brasileiro misto: inquisitrio na fase pr-processual e acusatrio na processual). Essa classificao ilusria, pois pressupe que ainda existem sistemas puros, o que no se verifica. Os sistemas puros so apenas tipos histricos; todos os sistemas atuais so mistos, possuindo caractersticas de ambos sistemas. O que se precisa verificar qual o ncleo do sistema, isto , qual o princpio informador que predomina, para ento classific-lo como inquisitrio ou acusatrio. Sistema Acusatrio. A accusatio surgiu no ltimo sculo da repblica grega. Sendo um delito pblico, a investigao e incio da ao penal eram encomendados um rgo distinto do juiz (o accusator). So caractersticas do sistema acusatrio na atualidade: 1. distino entre as atividades de acusar e julgar 2. a iniciativa probatria das partes 3. o juiz um terceiro imparcial, que no produz provas nem investiga 4. tratamento igualitrio das partes 5. oralidade 6. publicidade 7. contraditrio e ampla defesa
8. livre convencimento motivado do juiz
9. segurana jurdica e coisa julgada 10. possibilidade de impugnar as decises e duplo grau de jurisdio
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