Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
2006
Âmbito / Objectivos
Consciente da sua responsabilidade para um conjunto de partes interessadas e como empresa
pública, a REFER apresenta pelo segundo ano consecutivo o seu Relatório de Sustentabilidade. Assim
como na sua primeira edição, será apresentado o desempenho económico, social e ambiental do
ano de 2006, para a empresa gestora da infra-estrutura ferroviária em Portugal.
A elaboração do presente relatório tem como principais objectivos, a divulgação interna de um
Relatório de Sustentabilidade, a apresentação do Relatório de Sustentabilidade à Tutela e a avaliação
do desempenho sustentável da REFER, numa perspectiva de futuro.
De acordo com o Despacho nº 26 811/2004, apresentado no DR II Série de 24 de Dezembro de
2004, as empresas tuteladas pelo sector de transportes devem passar a integrar nos relatórios de
actividades e contas anuais, informações relativas aos aspectos sociais e ambientais da sua
actividade, a iniciar em 2005, em documento autónomo.
A estrutura apresentada foi aprovada pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações,
Auditoria Ambiental, pelo ofício nº 51-03/03/2006.
Estrutura do GRI
O processo de elaboração do presente relatório baseou-se nas Directrizes da Global Reporting
Initiative (GRI) para a elaboração dos Relatórios de Sustentabilidade, na abordagem “Adopção
Informal”, em que os relatórios se baseiam nas linhas orientadoras da GRI, mas não cumprem todo o
seu conteúdo, esta opção permite que seja adoptada a abordagem mais adequada à actual
situação da nossa organização, possibilitando a evolução progressiva para a “Adopção Formal” das
Directrizes da GRI.
A GRI é uma instituição independente, fundada em 1997, na qual participam ONG’s (Organizações
Não Governamentais), consultores, universidades e outras partes interessadas a nível mundial e cuja
missão é desenvolver linhas de orientação para a elaboração de Relatórios de Sustentabilidade.
O envolvimento das organizações na GRI é voluntário e tem em vista a informação às diversas partes
interessadas sobre os aspectos sociais, económicos e ambientais das suas actividades. Até à data,
cerca de 500 organizações de áreas distintas (química, farmacêutica, telecomunicações,
transportes, energia, autoridades públicas, entre outras) publicaram relatórios adoptando as linhas
orientadoras da GRI, algumas das quais em Portugal.
Os diversos aspectos acima referidos são caracterizados através de indicadores, sempre que os
mesmos se encontrem disponíveis, para os anos de 2004, 2005 e 2006.
Passado um ano sobre o primeiro relatório de sustentabilidade, importa fazer uma avaliação dos
resultados face às metas estabelecidas para o ano que findou.
A nível social, os objectivos previstos foram atingidos (e mesmo superados) nos três itens:
• Reduzir o número de efectivos para os 3.730, no final de 2006 a REFER contava com um
número de colaboradores na ordem dos 3598.
• Aumentar o peso dos quadros para 18%, reduzindo o do pessoal não qualificado para os 25%;
verifica-se mais uma vez o aumento do nível das habilitações literárias, atingiu-se o peso dos
Quadros na percentagem proposta e reduziu-se o do pessoal não qualificado para 23 %;
• Estabilizar as médias de idade e antiguidade em 45 e 20 anos, respectivamente, a continuada
política de rejuvenescimento dos recursos humanos da REFER, e consequente valorização das
qualificações, permitiu que a média etária continue a baixar em 2006 para os 44 anos e 19
anos, respectivamente.
Na outra vertente da Sustentabilidade, o ambiente, há a salientar, a prossecução da elaboração do
manual de gestão ambiental e sua adaptação à nova realidade da organização REFER. Ao longo de
2006 foi finalizada a cartografia digital das Linhas de Cascais e de Sintra e subsequentemente
concluído o mapa estratégico do ruído da primeira. Foram iniciados os programas de monitorização
das linhas do Minho e do Sul. Em relação à gestão de resíduos foram valorizadas 3.400 travessas de
betão, foi concluído o contrato de produção de estilha que incluía cerca de 7.100 toneladas e
valorizadas energeticamente 10.300 toneladas de travessas de madeira.
A nível do desempenho económico, a REFER tem vindo a prosseguir no seu objectivo de
apresentação ao Estado de uma proposta de Contrato – Programa, no qual se estabelece, com
base em princípios transparentes de relacionamento na autonomização financeira e contabilística, as
obrigações por parte da Empresa no desenvolvimento das suas actividades e, por parte do Estado, o
compromisso em assegurar o apoio financeiro através de dotações anuais pré-estabelecidas,
contemplando o Investimento e a Gestão de Infra-estruturas. A ferramenta do “e-contratos” e o
modelo de informação de contratos (MIC) foram disponibilizados e são utilizados por toda a empresa,
objectivo proposto para 2006 nesta área.
A segurança é outro pilar a referir como uma vertente fundamental de qualquer sistema de
transportes e, no caso do transporte ferroviário, esta vertente é beneficiária de um vasto conjunto de
abordagens por parte da REFER, capaz de garantir aos operadores de transporte ferroviário níveis
elevados de segurança no transporte dos seus passageiros.
É de destacar do quadro dos compromissos para 2006 a prossecução de alguns objectivos,
nomeadamente, nas estações e instalações de maior movimento têm vindo a ser alargados e
modernizados sistemas de vigilância humana e de vídeo-vigilância, com cobertura de vinte e quatro
horas, que garantem o normal funcionamento das instalações e a adequada protecção do
Assegurar a sustentabilidade económico- Manter a estratégia de introdução Garantir a integração dos requisitos de
Racionalizando a estrutura de custos e dos processos e desenvolvimento de de novos projectos bem como o
aumentando a contribuição das competências dos colaboradores, numa desenvolvimento de uma disciplina de
actividades extra-exploração; Optimizar o perspectiva de novas práticas de gestão, gestão ambiental alargada para toda a
nível do serviço ao cliente, assegurando orientadas para o modelo de Gestão da sua actividade, com forte incidência
Na sequência da Directiva Comunitária 440/91 EEC de Junho de 1991, o Governo português decidiu
adoptar um modelo de gestão do sector dos transportes ferroviários integrando 3 entidades:
Regulador, gestor de infra-estruturas e operadores.
Assim, em 1997, procedeu-se à divisão, da anterior empresa CP – Caminhos-de-Ferro de Portugal que
integrava as duas actividades – gestão de infra-estruturas e operação comercial, em duas empresas
distintas: CP – Caminhos-de-Ferro de Portugal (actualmente Comboios de Portugal, E.P.), que passou
a dedicar-se exclusivamente à exploração dos serviços de passageiros e de mercadorias, e a REFER –
Rede Ferroviária Nacional, E.P. que passou a gerir as infra-estruturas.
O objecto social da REFER, estabelecido no DL-104/97 de 29 de Abril, é a prestação do serviço
público de gestão da infra-estrutura integrante da Rede Ferroviária Nacional (RFN), competindo-lhe
igualmente a construção, instalação e renovação das infra-estruturas ferroviárias.
O processo de criação da REFER apenas ficou concluído em 1999, ano em que a Empresa assumiu
a totalidade das funções que lhe tinham sido perpetradas.
Historial
Assinatura do primeiro
Conclusão da passagem protocolo para a
para a REFER de todas as construção de uma
Início da
actividades relacionadas Ecopista, tendo por base
concepção de um
com a gestão e exploração o traçado do antigo
sistema de gestão
da Rede Ferroviária Nacional Ramal de Monção.
da qualidade
com a integração da
(SGQ), em “Estações com Vida”,
actividade de controlo e
conformidade arranque da primeira fase
gestão da circulação.
com a norma NP do projecto, abrangendo
Fundação da REFER,
A 29 de Julho de 1999 foi treze cidades. Este
com a integração EN ISO 9001:2000,
inaugurada oficialmente a projecto tem como
das actividades de a implementar na
instalação do caminho-de- objectivo requalificar o
investimento REFER.
Passagem para o ferro na Ponte 25 de Abril e o modo ferroviário e sua
provenientes dos Ex-
âmbito da REFER Eixo Ferroviário Norte – Sul, Início dos estudos envolvente, devolvendo-
Gabinetes dos Nós
das actividades de elemento fundamental nas referentes ao lhe o papel de importante
Ferroviários de Lisboa
conservação e ligações da margem sul do reaproveitamento dinamizador do
e do Porto, da Ponte
manutenção Tejo a Lisboa e que passou a do património desenvolvimento social,
25 de Abril e da
assumidas até à ser explorada por um ferroviário cultural e económico das
própria CP.
data pela CP. operador privado. desactivado. comunidades que serve..
Obtenção da
Obtenção da Certificação Realização da viagem
Certificação de
de Qualidade da ZOC inaugural da ligação directa
Qualidade da
Lisboa, de acordo com a Braga/Faro no dia 30 de O ano de 2006
Zona Operacional
Norma NP EN ISO 9001:2000, Maio de 2004. A intervenção assinala a
de Conservação
concedida pela APCER subjacente a esta ligação passagem de 150
do Porto, em
Elaboração do (Associação Portuguesa de teve por objectivo tornar este anos do caminho-
Junho de 2005, de
primeiro Directório de Certificação). Concretização eixo fundamental da rede de-ferro em
acordo com a
Rede, onde se do acordo CP/REFER relativo (Eixo Atlântico) mais Portugal, que
Norma NP EN ISO
estabelecem as à Taxa de Utilização das competitivo relativamente representou um
9001:2000,
condições de acesso infra-estruturas ferroviárias aos modos de transporte marco na História
concedida pela
e utilização da infra- referente aos anos de 1999- concorrentes. Assinatura de do nosso país, a
APCER (Associação
estrutura ferroviária 2002. Criação das Direcções um protocolo com a UMIC primeira viagem
Portuguesa de
nacional, indo ao de Ambiente e de (Unidade de Missão para a inaugural de
Certificação).
encontro do que se Segurança. Publicação do Inovação e o comboio, que
previa vir a ser o Directório de Rede 2004 Conhecimento), no âmbito Electrificação da ligou Lisboa –
estatuído no DL- elaborado de acordo com o das iniciativas relacionadas Linha da Beira – Estação de Santa
270/2003 de 28 de estabelecido no DL-270/2003 com a promoção da Baixa (Mouriscas A Apolónia ao
Outubro. 28 de Outubro. sociedade de informação. – Castelo Branco). Carregado.
29 de Abril de 1997
2003 2006
29 de Setembro 1 de Outubro
de 1998 de 1998
A Lei de Bases do Sistema de Transportes Terrestres, Lei n.º 10/90 de 17 de Março, define que o
sistema de transportes terrestres compreende as infra-estruturas e os factores produtivos afectos às
deslocações por via terrestre de pessoas e de mercadorias no âmbito do território português ou que
nele tenham término ou parte do percurso e rege-se pela presente lei, seus decretos-leis de
desenvolvimento e regulamentos.
A 29 de Abril de 1997 foi publicado o Decreto-Lei 104/97 que cria a REFER, E.P.
A REFER é uma empresa cujo capital estatutário é 100% do Estado, sendo tutelada conjuntamente
pelos Ministérios das Finanças e das Obras Públicas.
Compete-lhe desenvolver as actividades pertinentes ao seu objecto, de acordo com princípios de
modernização e eficácia de modo a assegurar o regular e contínuo fornecimento do serviço público
da gestão de infra-estrutura integrante da Rede Ferroviária Nacional.
De acordo com o estabelecido, a REFER:
• pode praticar todos os actos de gestão necessários ou convenientes à prossecução do seu
objecto;
• conserva os direitos e assume as responsabilidades atribuídas ao Estado relativamente ao
Domínio Público Ferroviário nas disposições legais e regulamentos aplicáveis.
Áreas de Negócio
A REFER, de acordo com o seu objecto social, actua em duas áreas de negócio que se
complementam:
• Gestão e Exploração da Infra-estrutura, enquanto prestadora do serviço público de gestão da
infra-estrutura integrante da Rede Ferroviária Nacional, que engloba a gestão da capacidade,
conservação e manutenção da infra-estrutura, bem como a gestão dos respectivos sistemas
de comando e controlo e de segurança,
• Investimento na construção, instalação e renovação da infra-estrutura, actividade desenvolvida
por conta do Estado (os bens integram o domínio público ferroviário).
A REFER ocupa assim uma posição chave na cadeia de valor do sector ferroviário devendo garantir,
por um lado, a disponibilização de uma rede ferroviária com capacidade e condições de
exploração fiáveis, com qualidade e segurança e, por outro, o cumprimento das metas e objectivos
de modernização da rede traçados pelo Estado.
A Rede Ferroviária Nacional apresentava, no final do ano de 2006, uma extensão de 3.613 km, mas
somente 2.839 km da rede registava tráfego ferroviário.
As linhas actualmente em exploração, quanto à sua extensão, assumem uma distribuição por Rede
Principal, Rede Complementar e Rede Secundária com o seguinte peso:
REDE FERROVIÁRIA
(Em Exploração)
27% VA L E N Ç A
38% V. C A S T E L O BRAGA
GUIM ARÃ ES
TUA
POCINHO
PORTO RÉGUA
ESPINHO
VISEU
AV E I R O V. F O R M O S O
GUARDA
35% PA M P I LH OS A
Rede Secundária
COIMBRA
F. F O Z
SERPINS
Rede Principal
TOM AR
MARVÃO
E N T R O N . TO ABRANTES
P OR TAL EG R E
E LVA S
SINTRA
SETÚB AL
FUNCH EIRA
REDE COMPLEMENTAR
V. R . S . A N T Ó N I O
FA R O
Electrificada Não
TOTAL
Electrificada
25.000V 1.500V Sub-Total
LI N HA E LE CTRI FI CAD A
1.600
1.400
1.200
Km de Linha
1.000
800
600
400
200
0
1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006
Ano
No acesso à infra-estrutura, os CK’s percorridos pelos operadores nas linhas da rede ferroviária
A distribuição do tráfego nas várias linhas da Rede é bastante heterogénea incidindo na Rede
Principal, que em extensão representa 39% da rede com tráfego, 73% do tráfego total.
TOTAL 39.038.982
73
Rede Principal
No campo da pontualidade, a empresa tem vindo a apresentar índices cada vez melhores, tendo
em 2006 atingindo os 97% da assiduidade no tráfego suburbano e de mercadorias, os valores mais
altos dos últimos anos. Assim, no que se refere aos Índices de Pontualidade por causas imputáveis à
REFER (IPR), verificou-se a seguinte evolução:
Í N D I CE D E P ON TUALI D AD E RE FE R
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Pendulares Internacionais Intercidades Inter-Regionais Regionais Suburbanos Mercadorias
Assim nos custos da actividade de gestão das infra-estruturas existem duas grandes rubricas
dominantes, os “Fornecimentos Serviços Externos”, com destaque para os “Subcontratos”, e os custos
com Pessoal.
A evolução dos encargos com pessoal, fruto da redução do efectivo e da racionalização do
trabalho, manteve a tendência decrescente dos últimos anos.
A redução progressiva de efectivo deve-se a vários factores, designadamente:
• Novas instalações em serviço, de comando centralizado, que permitem reconverter o sistema
de exploração e libertar efectivos. Igualmente, o esforço no âmbito da supressão e reconversão
de PN’s também tem possibilitado libertar pessoal afecto ao seu guarnecimento;
• A interferência do intenso ritmo de modernização da rede nos planos de manutenção já que,
onde existiam frentes de trabalho a realizar investimentos não ocorriam, normalmente,
intervenções de manutenção nesses troços, o que permitiu dispensar trabalhadores quando se
verificava abrandamento nas acções de manutenção. A especialidade “Via” é particularmente
sensível a este facto.
• Articulação da política de gestão dos recursos humanos com a estratégia delineada no âmbito
da manutenção.
Assim, as saídas de pessoal afecto à gestão das infra-estruturas, muitas delas por negociação da
rescisão dos contratos de trabalho, surge de forma gradual ao longo dos últimos anos e com
bastante antecedência em relação à data de produção de efeitos dos contratos de manutenção
integrada.
Individualizando a evolução do
500.000
efectivo afecto à Conservação das
400.000
Infra-estruturas, e recuando ao
300.000
período de 2000 a 2005, verifica-se
uma redução progressiva dos 200.000
requerendo manutenção. No Total Custos Custos com Pessoal da Total dos Custos
com Pessoal Infra-estrutura
120.000
103.854
80.000
86.658 69.687
69.849
40.000 54.348
43.646
32.310 34.167
26.203
0
2004 2005 2006
Subcontratos
Outros Fornecimentos e Serviços
TOTAL
Investimento
Segundo os estatutos da REFER, esta deverá desenvolver a sua actividade segundo princípios de
modernização e eficácia, utilizando para o efeito os meios disponíveis mais adequados à actividade
ferroviária e garantindo as melhores práticas, sendo que o investimento na construção, instalação e
renovação da infra-estrutura é suportado pelo Estado.
No âmbito da sua actividade investimento a REFER realizou, por conta do
Estado, projectos de investimento, na ordem dos 313 milhões de euros, tendo
em vista a modernização e desenvolvimento da Rede Ferroviária Nacional.
Tipo de PN Quantidade
Com Guarda 97
Automatizadas
Com meias barreiras 371 398
Sem meias barreiras 27
PN's Públicas Sem Guarda
Tipo D 307 492
5ª catª 185
Peões 174
Subtotal 1161
PN's Particulares 136
TOTAL 1297
Foram ainda desenvolvidas, diversas acções de beneficiação das condições da segurança dos
atravessamentos de nível, quer através da melhoria dos pavimentos das PNs, quer mediante a
colocação de sinalização de obrigatoriedade de utilização de sinais sonoros à aproximação de PNs
com visibilidade reduzida.
Norte
em Passagens de Nível, de salientar que o número de 22%
250
225
200
175
Nº de acidentes
150
125
100
75
50
25
0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
TOTAL 234 218 198 205 182 166 147 144 144 154 119 123 113 105 102 78 68
Colhidas 35 45 38 34 22 18 18 22 17 25 15 17 18 15 18 19 11
Colisões 199 173 160 171 160 148 129 122 127 129 104 106 95 90 84 59 57
Dimensão da Organização
Em 2006 o número médio de trabalhadores situou-se nos 3654, resultado de 113 entradas e de 366
saídas, 87% das quais através de rescisão por mútuo acordo. Deste valor há a destacar uma maior
incidência do efectivo da empresa na região de Lisboa e do centro do país.
milhares de euros
Conselho de Administração
Direcção de Direcção de
Comunicação e Auditoria e Sistemas
Imagem de Qualidade
Direcção de
Relações Direcção de
Internacionais Ambiente
Direcção Geral de
Planeamento e
Controlo Estratégico
Direcção de
Economia e
Finanças
Direcção de
Património
Imobiliário
Vendas e
76.082.682 69.506.312 65.282.830 23.593.145 23.119.120 30.365.821
Prestações de Serviços
VAB 86.207.600 72.008.312 54.229.182 19.172.442 18.414.928 26.368.120
Face às disparidades detectadas, optou-se por restringir a análise a um grupo de empresas, cuja
actividade é a gestão de infra-estruturas de transporte, embora não pertencendo à CAE da REFER.
O Grupo seleccionado integra 6 empresas ligadas ao transporte aéreo, rodoviário e ferroviário (REFER)
possibilitando assim um melhor enquadramento da actividade da empresa.
As empresas seleccionadas foram, para além da REFER, a BRISA – Auto-estradas de Portugal S. A, a
Lusoponte Concessionária para a Travessia do Tejo, S.A., ANA Aeroportos de Portugal, S.A., Auto-
Estradas do Atlântico, Concessões Rodoviárias de Portugal, S.A.
Vendas e
76.082.682 69.506.312 65.282.830 140.366.568 110.446.133 138.939.245
Prestações de Serviços
Constatou-se que no grupo de empresas mais reduzido, para os períodos analisados, a REFER
continua a destacar-se.
Os indicadores transmitem de uma forma simples a realidade da REFER: uma empresa de grande
dimensão, com grande preocupação na prestação de um serviço de qualidade, com um elevado
nível de investimento realizado por conta do Estado, e que tem como missão a prestação de um
serviço público (patente num Volume Vendas e Valor Acrescentado Bruto baixos).
Grupo REFER
A REFER tem participações num conjunto de empresas criadas no
âmbito da reorganização do Sector Ferroviário, que se iniciou na
década de 80, ainda antes da criação da própria REFER, e que,
pela natureza da sua actividade complementam a actividade da
gestão de infra-estruturas ferroviárias.
REFER
TELECOM, SA INVESFER, SA FERNAVE, SA FERBRITAS, SA CP COM, SA
GIL, SA
33%
RAVE, SA
40%
METRO
MONDEGO, SA
2,50%
REFER – Rede Ferroviária Nacional, E.P.
Relatório de Sustentabilidade 2006
29
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
2006
Das Participações REFER destacam-se as actividades das empresas que são detidas em mais de 50%
pela Empresa mãe.
ESTRUTURA DE GOVERNAÇÃO
REFER – Rede Ferroviária Nacional, E.P.
Relatório de Sustentabilidade 2006
31
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
2006
Áreas de Actividade dos Membros do Conselho de Administração
O Governo é responsável por definir os objectivos gerais a prosseguir pela REFER e o enquadramento
no qual se deve desenvolver a respectiva actividade de modo a assegurar a sua harmonização com
as politicas globais e sectoriais do país.
O Conselho de Administração é composto por cinco membros: Presidente, Vice – Presidente e três
Vogais, são seleccionados pelo Governo, exercem funções por um período de três anos e podem ser
reeleitos.
Ao Conselho de Administração compete, em geral, o exercício de todos os poderes necessários para
assegurar a gestão e o desenvolvimento da Empresa e a administração do seu património, sem
prejuízo dos poderes da tutela. Naturalmente, os membros do Conselho de Administração têm de
assegurar os deveres e obrigações legalmente estabelecidas para os gestores públicos, dos quais o
mais importante é a ausência de conflito de interesses.
O actual Conselho de Administração da REFER tomou posse no final do ano de 2005. O quadro a
seguir apresenta os membros do Conselho de Administração e as suas áreas de actividade:
Economia e Finanças
Vice-Presidente do Conselho Economia e Finanças
de Administração
Vice-Presidente do Conselho Direcção Geral de Planeamento e Controlo Estratégico
de Administração Direcção Geral de Planeamento e Controlo Estratégico
Alfredo Vicente Pereira, Dr. Património Imobiliário
Alfredo Vicente Pereira, Dr. Património Imobiliário
RelaçõesInternacionais
Relações Internacionais
Vogal dodo
Vogal Conselho
Conselhode
de FundosComunitários
Fundos Comunitários
Administração
Administração
Auditoria
Auditoria
Romeu
Romeu Costa
Costa Reis,
Reis, Dr.Dr.
Comunicação
Comunicação e Imagem
e Imagem
Vogal do Conselho de
Vogal do Conselho de
Administração Direcção Geral de Exploração de Infra-estruturas
Administração
Alberto Castanho Ribeiro, Eng.º Direcção Geral de Exploração de Infra-estruturas
Alberto Castanho Ribeiro, Eng.º
DGEI:
Tarifação de Acesso à Infra-estrutura
DGEI:
Vogal do Conselho de
Administração Direcção de Gestão de Contratos Comerciais
Tarifação de Acesso à Infra-estrutura
Vogal
Carlos do Conselho
Alberto Fernandes,de
Eng.º Articulação com o Contrato de Concessão da Fertágus
Administração Direcção de Gestão de Contratos Comerciais
Contratualização com o Estado
Politicas Transversais daCarlos
Empresa
Alberto (Qualidade,
Fernandes, Eng.ºSegurança, Ambiente
Articulação e Contrato
com o Social) de Concessão da Fertágus
Contratualização com o Estado
SUSTENTABILIDADE
SOCIAL
SEGURANÇA
SOCIAL
No âmbito da política social a actuação da REFER pode ser analisada em duas vertentes:
1.Responsabilidade social interna – As políticas de recursos humanos e de segurança e saúde
até hoje implementadas são demonstrativas de uma observância atenta e continuada das
necessidades dos colaboradores, reflectindo-se nomeadamente ao nível do conjunto de
apoios à educação e de incentivos ao desenvolvimento profissional quer dos colaboradores da
empresa quer dos seus familiares (lar ferroviário, colónias de ferias, apoio a Associações
desportivas e sociais ferroviárias , etc); Programa de apoio à deficiência, nomeadamente no
que respeita aos problemas de mobilidade e/ou de meios de trabalho adaptados às diferentes
deficiências; Melhoria qualitativa dos processos de trabalho através do incremento da
digitalização e dos meios electrónicos de arquivo e de transmissão da informação (abandono
gradual do arquivo tradicional em suporte papel).
2.Responsabilidade social externa – nesta vertente a actuação da REFER tem-se centrado no
relacionamento com os utentes e as populações vizinhas da Rede Ferroviária Nacional. A este
nível regista-se nomeadamente:
a) o apoio à reabilitação urbana das estações e zonas envolventes em colaboração com
as Autarquias;
b) a realização de campanhas de promoção do uso do transporte público (e,
particularmente, da ferrovia) nas zonas urbanas e na sensibilização para o respeito das
regras de segurança em passagens de nível;
c) a recolha periódica de sangue junto dos colaboradores para entrega aos serviços de
saúde;
d) a divulgação da actividade da empresa e suas associadas através do Portal;
e) Manutenção de um programa de estágios académicos protocolados com várias
instituições académicas de ensino médio e universitário;
f) Apoio a instituições de carácter social como Associações de Bombeiros Voluntários de
várias localidades e organizações não governamentais como os Médicos do Mundo.
g) Em 2006 a REFER promoveu o lançamento do Código de Ética. Este documento propõe
um conjunto de princípios gerais de conduta, determinantes para a qualidade dos
serviços prestados, procurando igualmente estimular uma dinâmica de aplicação de
boas práticas empresariais.
Objectivo 2006: Ajustamento do efectivo às necessidades da REFER.
Objectivo 2007: Continuação da política de ajustamento, qualificação e rejuvenescimento do
efectivo da REFER.
DESEMPENHO ECONÓMICO
A REFER, que tem como objecto principal a prestação do serviço público de gestão da infra-estrutura
ferroviária nacional, procura desempenhar um papel determinante no sentido de inverter a tendência
de utilização do transporte individual, através da melhoria do serviço prestado aos utilizadores da
ferrovia, oferecendo-lhes segurança, conforto, rapidez e pontualidade, atributos que são perceptíveis
e valorizados pelo consumidor.
No âmbito da sua actividade a REFER tem dinamizado, por conta do Estado, grandes projectos de
investimento, tendo em vista a modernização e desenvolvimento da Rede Ferroviária Nacional,
Modernização, porque só assim é possível proporcionar aos operadores condições que lhes
permitirão oferecer um serviço de qualidade aos utilizadores finais. Desenvolvimento, porque a Rede
Ferroviária Nacional deve cobrir o território nacional independentemente da importância de cada
troço, contribuindo para a coesão e o desenvolvimento económico e social de todas as regiões do
país. Em resumo, atendendo às crescentes necessidades de mobilidade da população e em
perfeita sintonia com o mercado europeu, a REFER tem a sua estratégia orientada para a
revitalização e promoção da utilização do comboio como meio de transporte preferencial em
condições de fiabilidade e segurança, e em sintonia com as políticas ambientais.
Principais Indicadores
A REFER nos últimos quatro anos investiu por I nvest iment o em Modernização
conta do Estado um valor de cerca de 2
800.000 714.399
mil milhões de euros na modernização da
Rede Ferroviária Nacional, situação que se 600.000 494.179
200.000
0
2003 2004 2005 2006
O Passivo da REFER tem vindo a crescer nos últimos anos, atingindo em 2006 o valor de 4.597.153 mil
euros, tendo aumentado de 2005 para 2006 em 13%.
2004 2005 20 06
60% 62%
66%
Total do Passivo Total do Passivo
Capitais Próprios Capitais Próprios Total do Passivo
Capitais Próprios
Pelos gráficos seguintes, podemos constatar o aumento do recurso a Instituições de Crédito Médio
Longo Prazo.
2004 2005 2006
11%
35% 28%
65%
72%
89%
Passivo Médio e Longo Prazo Passivo Médio e Longo Prazo
Passivo Médio e Longo Prazo
Passivo Curto Prazo Passivo Curto Prazo
Passivo Curto Prazo
No que refere ao valor do Capital Próprio da REFER, verifica-se uma redução ao longo dos últimos
anos, devido principalmente à inexistência de dotações de capital por parte do Estado e pelos
sucessivos anos com resultados líquidos negativos.
milhares de euros
milhares de euros
Resultados Operacionais
Os Resultados Operacionais atingiram o valor negativo de 99,68 milhões de euros, o que representa
um agravamento de 8% (7,5 milhões de euros), comparativamente com o ano de 2005.
Este agravamento é resultado da política de
Re sultado s O pe r ac io nais
conservação que a REFER tem levado a cabo,
visando a disponibilização ao operador de uma 2004 2005 2006
-80.000
infra-estrutura com maior segurança, fiabilidade e
-88.807
flexibilidade, através da modernização da rede, -90.000 -92.168
Resultados Financeiros
O Resultado Financeiro agravou-se face a igual Re sultado s Financ e ir o s
-5.000
Resultados Extraordinários
Traduzindo os esforços desenvolvidos no âmbito da -10.000 -11.486
Resultado Liquido
A degradação na situação económica da REFER é justificada, por um agravamento do défice de
exploração. Para exercer a actividade de gestão da infra-estrutura ferroviária, a REFER cobra aos
operadores uma taxa de utilização que deveria tender, progressivamente, para a cobertura total dos
custos de gestão da rede ferroviária, até, e de acordo com o estabelecido no art.º 8º Decreto-Lei nº
104/97, deveriam ser atribuídas, a título de indemnizações compensatórias, as verbas necessárias ao
equilíbrio financeiro das suas contas, na lógica da titularidade dos direitos sobre a rede ferroviária
pertencer ao Estado, o que na realidade não tem sucedido. Por outro lado, a determinação do
STAKEHOLDERS
Accionista
Clientes Colaboradores
Fornecedores
Accionista
O Estado enquanto único accionista da REFER tem um papel primordial no desenvolvimento
sustentável da Empresa, tendo o compromisso de assegurar apoio financeiro à REFER quer através da
atribuição de dotações financeiras anuais, quer na sua vertente de investimento, quer na de gestão
da infra-estrutura.
Nos últimos 3 anos, as prestações financeiras do Estado foram as seguintes:
Dotações de Capital 0 0 0
Conforme se evidencia, o esforço financeiro do Estado tem diminuído nos últimos anos, situando-se o
contributo para o investimento, no valor de 5064.508 mil euros, em 2006 enquanto que no ano
anterior esse valor tinha sido de 15518.054 mil euros.
De notar, contudo, que a importância do Estado enquanto accionista passa também pela
concessão de avales a pedidos de empréstimo da REFER, e pelo peso que tem na atribuição da
notação de rating (normalmente indexada à notação da República Portuguesa).
Colaboradores
Em 31 de Dezembro de 2006, o efectivo da REFER era de 3598 colaboradores. A nível financeiro, os
custos com o pessoal, são a rubrica que apresenta uma maior expressão no total dos custos.
Nos últimos anos tem-se vindo a assistir a uma diminuição do número de colaboradores na empresa
o que está a influenciar a diminuição dos custos com o pessoal:
milhares de euros
Como se pode constatar, o peso dos custos com o pessoal no total dos custos da empresa tem
vindo a diminuir, sendo em 2006 de 24,4%.
Peso Custos com FSE no Total dos Custos 20,76% 24,11% 22,98%
Clientes
No grupo dos grandes clientes da REFER, estão as empresas CP – Comboios de Portugal e a
FERTAGUS.
O cliente CP, em 2006 realizoupercorreu cerca de 37,2 milhões de Comboios / Quilometro (CKs), que
são traduzidos em 51 milhões de euros. Já a Fertagus realizouFERTAGUS percorreu 1,7 milhões de CKs,
que se traduziram em 2,4 milhões de euros.
A importância relativa dos dois operadores e a evolução da Taxa de Uso facturada está patente no
gráfico.
E volução Taxa de Uso e Comboios/ Kilómet ro
60.000 40.000
35.000
50.000
30.000
40.000
milhares de euros
25.000
milhares de CK's
30.000 20.000
15.000
20.000
10.000
10.000
5.000
0 0
2004 2005 2006
milhares de ck's
A rubrica com maior peso no total dos proveitos desta actividade é a taxa de utilização (59%) tendo
registado o montante de 53,8 milhões de euros, o que correspondeu a um decréscimo de 2.9%
comparativamente com o período homólogo do ano anterior. De salientar que nesse montante está
incluído um ano completo de cobranças à FERTAGUS o que não acontecia nas receitas de taxa de
utilização de anos anteriores.
55.000
anuidade completa do operador FERTAGUS o que
nos projectaria para proveitos pela prestação dos
54.000
serviços essenciais de 57,7 milhões de euros nesse
53.000
ano, (o que significava uma descida de 7%).
52.000
2004 2005 2006
E VOLUÇÃO TU SE RVI ÇOS E SSE N CI A I S
A evolução dos proveitos dos serviços essenciais OP E RAD OR CP
58.000
para os dois operadores é evidenciada neste
gráfico, sabendo que, em anos anteriores a 2005, 56.000
Emprego
A tendência de redução do efectivo desde a criação da REFER manteve-se nos últimos 3 anos,
resultando essencialmente de rescisões por mútuo acordo, na sequência da reestruturação da
organização.
Desde 1999, data em que toda a actividade de exploração foi assumida pela REFER, até ao final de
2006, a redução do efectivo rondou as 3007 pessoas.
4.500
4.362 Alentejo Algarve
7% 3% Norte
4.000 4.024 22%
Lisboa
35%
3.654
3.500
3.000 Centro
2004 2005 2006 33%
Distribuição Territorial
Pese embora a redução verificada em termos de pessoal, durante o período compreendido entre
20034 e 2006 não se constataram modificações significativas na estrutura territorial do efectivo.
A considerável concentração de pessoal nas proximidades de Lisboa é o reflexo natural da
conjugação de dois factores: a localização da grande maioria dos órgãos corporativos e de staff
junto da sede da empresa, e o elevado volume de tráfego ferroviário na Área Metropolitana de
Lisboa, com a consequente necessidade de meios humanos.
O esforço de rejuvenescimento do efectivo tem produzido alguns efeitos, mas sem alterar
radicalmente a estrutura.
14% 16%
60% 13%
25% 25%
40% 20%
9% 7% 12%
20% 15%
14% 10%
9% 10% 11%
0%
2004 2005 2006
Inferior ou igual a 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos
Entre 16 e 20 anos Entre 21 e 25 anos Superior a 25 anos
Em termos de antiguidade, a situação é algo diferente, espelhando com maior nitidez a rotação de
pessoal verificada nos últimos anos. Os colaboradores com mais de 25 anos de serviço perderam 10
pontos percentuais no seu peso, enquanto o pessoal admitido nos últimos 5 anos viu o seu peso
passar para os 11% em 2006.
Qualificações Profissionais
O reajustamento do efectivo da REFER teve igualmente reflexos nos níveis de qualificação profissional
e na preparação para os desafios decorrentes da inovação tecnológica associada ao sector
ferroviário, verificando-se um acréscimo do peso relativo dos Quadros e uma diminuição de
Profissionais Não Qualificados.
60%
47% 48% 48%
40%
20%
29% 26% 23%
0%
2004 2005 2006
25% 24%
45%
75%
31%
Pessoal Sindicalizado
Pessoal Não Sindicalizado CGTP UGT INDEPENDENTE
Paz social
Apesar da elevada percentagem de trabalhadores sindicalizados e do elevado número de
organizações sindicais que os representam (que pode funcionar como estimulador de rivalidades), a
Empresa tem mantido um bom relacionamento com todas as ORTs e, igualmente, com a Comissão
de Trabalhadores, entidade particularmente importante na resolução de problemas por forma a
aumentar o índice de satisfação dos trabalhadores e a sua maior identificação com os objectivos da
Empresa.
Condições de Trabalho
A preocupação com as condições de saúde e segurança no trabalho tem sido um vector
fundamental da estratégia da REFER, traduzindo-se em medidas como o controlo de alcoolemia, o
700 6,00%
600 5,00%
4,46%
4,15%
500
Taxa de Absentismo
3,86% 4,00%
N.º Ocorrências
400 3,06%
2,61% 3,00%
300 2,41%
213 2,00%
200 172
130
100 1,00%
0 0,00%
2004 2005 2006
Ocorrências
Taxa de Absentismo (Total)
Taxa de Absentismo (Doença e Ac. Trabalho)
Segurança do Trabalho
Neste âmbito específico a Empresa desencadeou a elaboração de Planos de emergência, de
modelos-tipo de planeamento da segurança e saúde nos locais de construção e de concepção de
meios tendo em vista uma maior sensibilização dos trabalhadores na avaliação de riscos relativos aos
trabalhos de conservação e manobras relativos aos trabalhos que se desenvolvem nas imediações
da via férrea, por forma à adopção das medidas preventivas adequadas.
Saúde do trabalho
A manutenção de uma política de rigoroso cumprimento da legislação e controlo da sua execução
permitiu efectuar 3243 exames médicos no âmbito da medicina do trabalho;
No âmbito da prevenção foram igualmente desencadeadas:
• Campanha de sensibilização e acções de controlo, relativa ao consumo de álcool e drogas
nos locais de trabalho (0,4% de testes positivos);
• Campanha de rastreio de patologias da próstata (440 rastreios);
• Estruturação de um plano de contingência para uma pandemia de gripe e campanha de
vacinação anti gripe (612 vacinas ministradas);
• Estruturação de um plano de acção relativo à exposição ao amianto.
Infra-estruturas
Tendo em vista a melhoria contínua das condições dos locais de trabalho efectuou-se um
levantamento global dessas situações quer nos locais de trabalho quer nas instalações sociais, tendo
resultado a estruturação de um Programa para a Melhoria das Condições de Trabalho a desenvolver
em 2007, cujo orçamento ascende a 1.120.000 euros.
50
N.º Colaboradores
10.000 40
N.º Testes
29
30
20 21
5.000 20
5.120
4.397 10
4.099
0 0
2004 2005 2006
Formação e Educação
A aposta na formação tem sido um aspecto chave no processo de valorização profissional do
efectivo.
A descida do número de formandos, relativamente ao ano anterior deveu-se ao facto de 2005 ter
sido um ano excepcional no que respeita a três factores: a) ter ocorrido um grande número de
concursos internos para mudança de categoria; b) ao grande número de recrutamentos externos de
pessoal operacional aos quais é necessário ministrar a respectiva formação inicial; c) ter sido
decidido ministrar a todas as trabalhadoras Guardas de PN (na altura cerca de 300) uma reciclagem
de matérias de segurança ferroviária.
60 3.935
4.000
3.486
50
N.º Formandos
2.700 3.000
N.º Horas
40
30
2.000
23
20
20
14
1.000
10
0 0
2004 2005 2006
Contudo, é de salientar que, apesar de ter sido inferior o número de trabalhadores envolvidos,
aumentou significativamente o número de horas de formação ministradas.
19%
20%
18%
11%
10%
0%
2004 2005 2006
Os resultados mais relevantes prendem-se com a cada vez maior percentagem de Quadros com
formação complementar em gestão, ao que não é alheio o facto de a REFER financiar os encargos
inerentes às propinas de mestrados e pós-graduações. Os dados de 2006 indiciam alguma
estabilidade nesta matéria.
Em 2006, os encargos com formação ascenderam a aproximadamente 630 mil euros.
50 47
40 35
33
N.º Horas 30 25
22 22
20 14
10 11
10 6
2 1
0
Quadros Encarregados e Profissionais Profissionais Não
Chefes de Equipa Qualificados Qualificados
2004 2005 2006
Em termos funcionais, constata-se uma maior incidência do tempo de formação sobre as categorias
profissionais mais qualificadas.
O decréscimo no conjunto das categorias “Encarregados e Chefes de Equipa” deveu-se ao facto de,
2005, ter sido um ano absolutamente excepcional no número de concursos internos que envolveram
aquelas categorias, nomeadamente para responder ao acréscimo de necessidades geradas pela
função “fiscalização” aquando do incremento da contratualização das actividades da conservação.
Diversidade e Oportunidade
Igualdade entre Homens e Mulheres
A observação do efectivo da REFER permite constatar o elevado peso da população masculina, ao
que não será alheia a actividade propriamente dita (mais concretamente, o desgaste físico e as
condições de risco subjacentes à área operacional da empresa, na qual está concentrada a maioria
dos recursos humanos) e, de algum modo, a tradição inerente ao sector.
5,00 4,75
4,23 4,19
4,00
3,37 3,38 3,26
3,00
2,00
1,00
0,00
2004 2005 2006
O rácio tem evidenciado uma tendência crescente (em particular em 2006), devido ao número de
TOTAL 3.851.608
Comunidade
Passagens de Nível e Sinistralidade
A vertente de segurança assume uma importância capital na esfera da relação entre a REFER e a
comunidade na qual está inserida. Neste contexto, foi dada especial atenção às questões
relacionadas com a sinistralidade e, em particular, com as passagens de nível, tendo-se vindo a
verificar um significativo esforço em termos de investimento na supressão e na reconversão (ou
adaptação) deste factor de risco.
Projectos Diversos
Procedimento Geral
Materiais
A materialização de projectos de investimento reflecte-se numa variação do consumo dos principais
materiais adquiridos, maioritariamente a nível nacional, pela REFER designadamente, balastro, carril e
Balastro (toneladas)
A modernização do troço Casa 130.000
Carril
200
No ano de 2006 assistiu-se a um decréscimo da
150
utilização de carril regenerado (consumo em 2006,
Carril (km)
Regenerado Novo
No que respeita ao consumo de travessas, de madeira e de betão, verifica-se que o ano de 2006
apresenta um comportamento semelhante ao do ano de 2005 embora a reutilização de travessas
de betão tenha aumentado ao longo do período de 2004 a 2006 cujos consumos de travessas
regeneradas totalizam 3, 14 e 29%, respectivamente.
250.000
Travessas (números)
200.000
150.000
100.000
50.000
0
entrada
entrada
entrada
entrada
entrada
entrada
consumo
consumo
consumo
consumo
consumo
consumo
Nova Madeira Betão Madeira Betão Madeira Betão
Desenvolvimento Rural.
80 180
de 2006, à semelhança dos dois anos
60 160
anteriores, compôs-se por cerca de
20% de combustíveis de origem fóssil 40 140
0 100
61
2004 2005 2006
REFER – Rede Ferroviária Nacional, E.P.
Comb. Fósseis Electricidade Total
Relatório de Sustentabilidade 2006
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
2006
natural) e a restante fracção de energia eléctrica.
Embora se mantenha constante a proporção entre os vários tipos de energia consumida, na
globalidade, o consumo directo de energia no ano de 2006 sofreu um aumento de 5% face a 2005
e deste em relação a 2004, de 18%. Na base destes resultados estão os aumentos verificados nos
consumos de gasóleo e de electricidade. O primeiro devido ao abastecimento dos veículos
rodoviários e ferroviários de apoio à actividade e o segundo ao aumento de consumo de energia
eléctrica afecto aos sistemas de mobilidade eléctricos (escadas rolantes e elevadores)
implementados nas novas estações bem como aos sistemas de climatização de espaços, de
utilização pública e pelos trabalhadores, com vista à melhoria do seu conforto térmico.
Paralelamente ao consumo directo de energia, a REFER no ano de 2006 adquiriu 341GWh de energia
eléctrica para alimentação dos veículos circulantes dos operadores em actividade designadamente,
CP e FERTAGUS. O consumo de energia eléctrica para tracção, no ano de 2006, teve um aumento
de 1% face a 2005 e de 6% face a 2004. O maior aumento verificado entre os anos de 2005 e 2004
(5%) relativamente aos anos de 2006 e 2005 (1%) deve-se ao facto de, no ano de 2004 se ter
assistido à conclusão de várias obras de investimentos, em que a electrificação da via foi um dos
principais objectivos de modernização. No ano de 2005 entrou ao serviço o troço Mouriscas A /
Castelo Branco electrificado, da linha da Beira Baixa. O aumento verificado no ano de 2006 face ao
ano de 2005 deve-se à substituição de material circulante diesel por material eléctrico.
Água
Consumo de água - Abast eciment o público
Proveniente do sistema de
250.000
abastecimento público, a REFER
consumiu no ano de 2006 cerca de
Consumo de água (m3)
200.000
3
190 mil m de água que se traduzem
150.000
num custo aproximado de 414 mil
euros. 100.000
Biodiversidade
No ano de 2006 não se verificou qualquer alteração na ocupação de áreas sensíveis, pelo que a
percentagem da Rede Ferroviária Nacional, total e com tráfego que atravessa zonas com a referida
classificação mantém-se em cerca de 19% e 8%, respectivamente.
Impacte Ambiental
Mantendo como objectivo a avaliação ambiental de todos os seus projectos, embora no ano de
2006 a REFER não tenha necessitado de desencadear qualquer procedimento de Avaliação de
Monitorização Ambiental
Dando continuidade à avaliação de impactes em fase de projecto, a REFER promove a
implementação de programas de monitorização com vista à avaliação dos reais impactes dos
projectos, quer na fase de construção, quer na fase de exploração. Essa informação serve ainda
para melhor aferir os impactes em futuros projectos, assegurando a sustentabilidade dos mesmos. A
monitorização é desenvolvida em diferentes áreas ambientais e fases da vida do projecto, ajustada
principalmente à envolvente, dado que o projecto por si só, apresenta características semelhantes a
nível nacional.
Fase de construção
Fase de exploração
Monitorização dos seguintes aspectos ambientais:
Recursos hídricos superficiais e subterrâneos
Remodelação dos troços Lousado/Nine (exclusive), da
Sócio-economia
linha do Minho e Nine/Braga, do ramal de Braga e
estação de Nine Fauna
Flora/Paisagem
Ruído
Recuperação Ambiental
Gestora de uma infra-estrutura com 150 anos de existência, a REFER tem de ajustar a sua rede à
realidade actual com vista a prestar um serviço que responda às necessidades dos utentes, em
respeito com o ambiente e por todos quantos recorrem e convivem proximamente com a infra-
estrutura. Com este objectivo em mente, promove a modernização de troços, recorrendo quando
possível à rectificação da geometria de traçados com a implementação de variantes, o que conduz
à desactivação de troços que por essa via deixam de ser utilizados. Regista-se também a
desactivação de linhas ou troços de linha, cuja exploração deixa de ser interessante para os
operadores, procurando redireccionar estes espaços canal para outros fins mais úteis.
Os troços desactivados, quer devido
E copist as
a rectificação de traçados, quer
100
pela ausência de exploração
Extensão em utilização (%)
80
comercial, são alvo de Projectos de
60
Integração Paisagística de modo a
40
proceder à sua integração no meio
20
envolvente e no segundo caso a
0
conferir-lhes nova vida Ramal de Ramal de Mora Linha do Corgo Linha do Sabor
Monção
designadamente, como ecopistas.
No ano de 2006, foram inaugurados 2004 2005 2006
9,5
ganho ambiental associado à substituição de uma
9,0
composição diesel por uma de tracção eléctrica em
8,5
cerca de 11kgeCO2/veículo. 8,0
2004 2005 2006
A diferença registada entre os anos de 2004 e 2005,
deve-se à entrada ao serviço da electrificação do troço Mouriscas-A/Castelo Branco, da linha da
Beira Baixa.
Efluentes
Considerando a produção de efluentes E f luent es domést icos
essencialmente de origem doméstica, dado que nas
65.000
actividades de investimento o encaminhamento dos
62.500
efluentes gerados é da responsabilidade dos
Efluentes (m3)
60.000
55.000
efluentes domésticos produzidos estima-se, com base
52.500
no valor típico de 57l/d.t, em cerca de 53 mil m3.
50.000
2004 2005 2006
Resíduos
Face aos trabalhos desenvolvidos nos anos anteriores para a implementação da estratégia proposta
no Plano de Gestão de Resíduos (PGR), nomeadamente na identificação de soluções de
encaminhamento, foi possível desenvolver durante o ano de 2006 os seguintes projectos de
valorização:
• Valorização energética de resíduos de madeira: Durante o ano de 2006 a REFER enviou para
valorização energética, nas instalações da SECIL em Outão, cerca de 10 300 toneladas de
2005 2006
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
2006
ampliação da rede de recolha instalada em Stª Apolónia, o que se repercutiu num acréscimo
considerável da quantidade de resíduos recolhidos.
Fruto do protocolo de cedência dos consumíveis informáticos firmado com a AMI – Assistência
Médica Internacional, a REFER passou a dispor de uma rede com 25 locais de recolha, assegurando
um destino adequado para estes materiais e promover a sua reutilização. Este protocolo constituiu
também uma forma de a REFER colaborar com a Fundação AMI, na sua campanha de angariação
de fundos para prossecução das suas campanhas de apoio Humanitário.
Fornecedores
No ano de 2006 todas as consultas para encaminhamento de resíduos foram efectuadas tendo em
conta os operadores qualificados no âmbito do “Sistema de qualificação de resíduos para prestação
de serviços de recolha selectiva e encaminhamento de resíduos” que conta actualmente com 13 e 7
operadores de resíduos não perigosos e resíduos perigosos, respectivamente.
Desde 2005 que os Termos de Referência dos Sistemas de Qualificação de Fornecedores de Materiais
para a REFER passaram a incluir requisitos ambientais, ano em que foram lançados dois Sistemas de
Qualificação de Fornecedores para o fornecimento de AMV’s e carril os quais foram concluídos ainda
em 2005 e 2006, respectivamente.
Ruído
O ruído produzido pela actividade ferroviária constitui um dos maiores desafios ambientais que a
REFER enfrenta. Esta realidade tem vindo a assumir contornos cada vez mais claros à medida que se
tem consolidado o trabalho desenvolvido na área do ambiente na empresa.
Constata-se que esta é uma área em que a REFER está pressionada a agir, quer por força de
imposições legais, quer por uma questão de imagem. O ruído é, frequentemente, motivo de
exposição pública, algo que tem repercussões negativas a vários níveis, destacando-se a posição
defensiva que as entidades ambientais adoptam, tornando cada vez mais complexa a aprovação
de novas iniciativas de investimento, quer sejam referentes a novas linhas, quer ao reforço da
capacidade das actuais. Durante o ano de 2006 foram apresentadas 27 reclamações relacionadas
com o ruído gerado pela actividade da
responsabilidade da REFER o que Ano 2004 2005 2006
representa uma estabilização do número
Nº de reclamações 5 29 27
de reclamações apresentadas
anualmente.
Deste modo, a gestão do ruído é um desafio incontornável e a REFER deve ser o motor de uma
acção concertada, estruturada e global, tendo a empresa, até ao momento, dado uma resposta,
que deve ser melhorada de forma a introduzir racionalidade de investimento.
A gestão deve aqui assumir um papel de procurar identificar a estratégia de prossecução do
cumprimento dos requisitos legais de protecção acústica (que estão legislados), estabelecendo
Os projectos de modernização têm aplicado, até à data, soluções tradicionais de redução de ruído
como, barreiras acústicas e utilização de material resiliente ao nível da via ou da plataforma da via.
Actualmente estuda-se a utilização de soluções alternativas, com uma melhor relação custo/eficácia
e que permitam reduzir o número de pessoas sujeitas a níveis elevados de ruído. Importa referir que a
modernização do armamento de via, é o primeiro passo, essencial, para se estruturar a minimização
dos efeitos do ruído. Medidas implementadas pela REFER à data de 31.12.2006.
58 km 67 km
Barreiras acústicas
46 km em GIF 62 km em GIF
54 600 m2
Manta de balastro -
48 254 m2 em GEF
2004 13 168 000
2006 1 100 000
2004 39 098 000
Barreiras acústicas em
2005 34 539 000
projecto/construção
2006 33 439 000
2004 40 000
Protocolo estabelecido com o
Ruído
centro de Análise e Processamento
2005 20 000
de Sinais do Instituto Superior
Técnico (Diversos)
2006 20 650
2005 18 658
Cartografia digital da linha de
Cascais
2006 18 658
2004 736 107
2006 554 813
2004 3 432
Análises de resíduos para
determinação da admissibilidade 2005 3 937
em aterro
2006 2 209
Desenvolvimento da aplicação
2005 89 878
informática e-Residuos
Aquisição de unidades de
2005 5 000
participação do CVR
2004 20 000
2004 4 609
Indicadores Económicos
Resultados Operacionais 39
Resultados Líquidos 41
Estrutura do Endividamento 39
Accionistas
Colaboradores
Fornecedores
Clientes
Emprego
Saúde e Segurança
Indicador de Alcolémia 51
Formação e Educação
Comunidade
Diversidade e Oportunidade
Estrutura etária 48
Gráfico Antiguidade 48
Materiais
ton balastro;
km e ton carril;
nº e ton travessas (madeira, bibloco e betão);
EN1 59-61
kg de produto de deservagem e suas
características;
Origem dos Meteriais.
Energia
Água
Biodiversidade
Fornecedores
Ruído
Total
Social Reforçar as competências técnicas e de gestão Adequar os recusos humanos às necessidades da empresa
Desenvolver e Implementar o Sistema de Gestão Ambiental da Consolidar a caracterização das actividades de conservação e
REFER manutenção.
Assegurar a protecção acústica* dos receptores Concluir a cartografia Digital das linhas de Cintura e do Norte (até
significativamente** afectados pelo ruído decorrente da Azambuja)
circulação ferroviária.
Assegurar elevados níveis de segurança Dotar todos os estabelecimentos com sistemas de emegência
31.5 mm) que se destina a ser utilizado no desempenho mais eficaz e com custos
nivelamento inferiores
indefinido, em que exista uma zona central, efectuadas e se os sinais de paragem são
Cadeia de valor – modelo de gestão que velocidade dos comboios ultrapasse certos
ao produto, que vai evoluindo através dessa Core business – negócio principal de uma
Domínio Público Ferroviário – Bens de domínio separar a zona em tensão e que apresenta
grupo de comboios com o mesmo itinerário equipadas por forma a permitir a tracção
FBCF – Formação Bruta de Capital Fixo, que Longo curso – forma corrente e abreviada de
significa o valor dos bens duradouros designar os comboios de longo curso que
composta pelas linhas vocacionadas para a designar os comboios suburbanos que visam
Regionais – forma corrente e abreviada de à via que faz a ligação entre o carril e o
DL nº10/90 de 17 de Março e nº270/2003 de forma que elas sejam compatíveis com a sua
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – O Travessa bibloco – travessa constituída por dois
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é uma blocos de betão armado (não pré-esforçado),
parte integrante do sistema global de gestão com mesas de assentamento para os carris, e
da organização, que inclui a estrutura ligados por um perfil metálico (madre) que
processos e recursos, para desenvolver, madeira para via larga (em que a distância
concretizar, rever e manter a Política de entre as faces interiores da cabeça dos carris