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SEXTA-FEIRA
– O Senhor fala-nos através dos Livros Sagrados. A palavra de Deus é sempre actual.
Para ler e meditar o Evangelho com fruto, devemos fazê-lo com fé,
sabendo que contém a verdade salvadora, sem erro algum, e também com
piedade e santidade de vida. A Igreja, com a assistência do Espírito Santo,
guardou íntegra e imune de todo o erro o tesouro sem preço da vida e da
doutrina do Senhor para que nós, ao meditá-las, nos aproximássemos d’Ele
com facilidade e lutássemos por ser santos. E só na medida em que
quisermos ser santos é que penetraremos na verdade íntima contida nesses
livros santos, só então é que saborearemos o fruto divino que encerram.
Damos valor a esse imenso tesouro que com tanta facilidade podemos ter nas
nossas mãos? Procuramos nele o conhecimento e o amor cada dia maiores
pela Santa Humanidade do Senhor? Pedimos ajuda ao Espírito Santo de
cada vez que lemos o Santo Evangelho?
II. SÓ SE AMA AQUILO que se conhece bem. Por isso é necessário que
tenhamos a vida de Cristo “na cabeça e no coração, de modo que, em
qualquer momento, sem necessidade de livro algum, fechando os olhos,
possamos contemplá-la como num filme; de forma que, nas mais diversas
situações da nossa existência, acudam à memória as palavras e os actos do
Senhor. Assim nos sentiremos integrados na sua vida. Porque não se trata
apenas de pensar em Jesus, de imaginar as cenas que lemos. Temos que
intervir plenamente nelas, ser protagonistas. Seguir Cristo tão de perto quanto
Santa Maria, sua Mãe; quanto os primeiros Doze, as santas mulheres e
aquelas multidões que se comprimiam ao seu redor. Se agirmos assim, se
não criarmos obstáculos, as palavras de Cristo penetrarão até o fundo da
alma e nos transformarão”8.
III. QUÃO SABOROSAS são para mim as vossas palavras, mais doces que
o mel para a minha boca!12
São Paulo ensinava aos primeiros cristãos que a palavra de Deus é viva e
eficaz13. É sempre actual, nova para cada homem, nova cada dia, e, além
disso, palavra pessoal, porque está expressamente destinada a cada um de
nós. Ao lermos o Santo Evangelho, será fácil reconhecermo-nos num
determinado personagem de uma parábola, ou perceber que certas palavras
se dirigem a nós. Muitas vezes e de diversos modos falou Deus outrora aos
nossos pais pelos profetas. Ultimamente, nestes dias, falou-nos por seu
Filho14. Estes dias são também os nossos. Jesus Cristo continua a falar. As
suas palavras, por serem divinas e eternas, são sempre actuais. De certo
modo, tudo o que o Evangelho narra está acontecendo agora, nos nossos
dias, na nossa vida. É actual a partida e o regresso do filho pródigo, como é
actual a parábola da ovelha perdida e do pastor que saiu à sua procura, ou a
necessidade do fermento para levedar toda a massa, e da luz para iluminar a
escuridão do pecado...
E isto far-nos-á um grande bem não só a nós, mas também aos que vivem,
trabalham ou passam ao nosso lado.
(1) Cfr. Jo 14, 6; (2) Fil 3, 8; (3) São Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 14; (4) ib., n.
107; (5) Conc. Vat. II, Const. Dei Verbum, 21; (6) ib.; (7) Santo Agostinho, Coment. ao
Evangelho de São João, 30; (8) São Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 107; (9) Conc.
Vat. II, Const. Dei Verbum, 25; (10) Oração colecta da Missa da sexta-feira da quarta semana
do Tempo Pascal; (11) São Josemaría Escrivá, Sulco, n. 672; (12) Sl 118, 103; (13) cfr. Hebr
4, 12; (14) cfr. Hebr 1, 1; (15) Jo 1, 9; (16) Lc 6, 19; (17) Santo Agostinho, Sermão 46 sobre
os pastores; (18) São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 2