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Amerê
o garoto zoeiro
Pilar
Bianca Fiori
o arrumador
Babá
E a estrangeira
ARGUMENTO
“Fossi... paralisados,
cegos de prazer e raiva pelo destino
São precisos e dão o recado...
Ao que se retiram os mais lentos
Da jogada e para ela apenas quem
for bruto
Os jovens que catem os despojos
Era cedo demais, já disseram!
Pedem muito.”
E cochicha bem baixinho o garoto, quase não sai ar de seus
pulmões:
“Ainda há muito para a gente, calma aê.”
AMERÊ:
GAROTO:
“Vem o cúmulo
Ansiando, quer profetizando ou não
O fim dos tempos pela face da Terra!”
GAROTO:
AO MESMO TEMPO:
“Ao final, é,
Nos amamos como animais
Sobrevivemos, viu!?
Do câncer somos
Que tipos, vezes?
Que te sobra dos óculos,
Ser, que te sobra
Quebradas, hastes, só uma lente
A outra pendida por aí
Vê desigual, nunca saberá
Não às respostas cabíveis,
não! Melhor... ressurgirmos
Vamos retornar ao Infinito
e à Luz
Não mais igualados
pela ânsia de finitude.”
GAROTO:
“Roedores, monstros
Os salgadinhos...
que a terra os trague, amém
Valeu por dizer, Amerê.”
AO MESMO TEMPO:
“AêêÊÊÊ!!!!!!!!!!!!!”
(Todos)
GAROTO:
COMEÇA O ARRUMADOR:
PILAR APONTA:
ESTRANGEIRA
ARRUMADOR:
“Lancem os trabalhos.”
TODOS JUNTOS:
A ESTRANGEIRA, RETOMANDO:
BABÁ:
GAROTO:
BABÁ:
ARRUMADOR:
O ARRUMADOR NOVAMENTE:
ESTRANGEIRA:
“Amerê te ilumina
Esteja conosco.”
.
CORTE, SEGUNDA PARTE:
“Eu sei.”
BIANCA FIORI:
“Da vida
Que se priva;
Mas a vida, não
Apesta se priva.”
BIANCA FIORI:
ARRUMADOR:
BABÁ:
PILAR:
(Pausa geral)
PILAR DE NOVO:
ARRUMADOR:
GAROTO:
“E agora? E amanhã?”
BABÁ:
A BABÁ PROSSEGUE:
GAROTO:
“Influenciar neles.”
BABÁ:
BABÁ:
PILAR:
“Chorume persuasivo!”
“Veda.”
BABÁ:
“As opções
tamanhas...
Foi planejado
Está na cara.”
GAROTO:
“Pretensão!”
PILAR:
ARRUMADOR:
“Conseguiria!
Caminhamos, mas não” (E se detém, ao que a
estrangeira maneia a cabeça positivamente; ele logo retoma
a linha de raciocínio:)
“Bora em procissão
Todos os fatos
Sob a mesma luz
Pode socializar.”
BABÁ:
PILAR:
GAROTO:
ARRUMADOR:
“Pura rocha.”
“A célula é viva
Responde, sofre
Faz o que deve
Nos enlaça a todos
Enganchados e mais
Na sala de aula, lembra
A menina pensava
No meio aquoso
Substâncias somos
Divagamos
Gostar existe!
Nossa mãe, todas
Amam fazer
Ou não estamos
Aqui??
Bom é criar.”
Corte para a estrangeira enquanto aconselha sobre o que
viria a ser Apostasia. Ela gesticula graciosamente:
ESTRANGEIRA:
ARRUMADOR:
“Deslize
A formiga, que é animal de verdade \ sofre ao
carregar o que lhe deixam de fútil, não sabe \ que tóxica
porcaria de batata palha tem para comer \ já nem parece
mais o que já foi \ o que se vê daqui é uma foto tonta \ O
animal cansa, sabia? \ A formiga leva, vai estocar o que não
o entende \ é uma vítima sequela das boas \ mas nem foi à
escola, talvez haja razão \ será da pureza óbvio?”
“Sou é livre,
Não nasci pra ninguém
Eu nada, hein.”
“Agradecemos e choramos
Obrigado à Existência!”
“Não há cura??”
“Te-te-tecno-e-ecologia, o quê?”
“Nunca te limita.”
“É o boicote necessário.”
“Disputar é o passado
Basta de lascar-se, basta
de esfomear nossas formas
Prosperar é compreender,
fazer de mãos dadas!
Violência, pedaço e defeito
Se já foi necessária tamanha
loucura, chega. É o que já foi.
Glória, não é mais! Tchau
Era simples satisfação
que deturpou, falhou na
comunicação. Virou egoísmo?
Não gostou? Vira a cara!”
“A liga aumenta
Sempre.”
“Sempre há uma segunda opção.”
GAROTO:
ARRUMADOR:
“Antes o recurso
Agora o que te resta
Recriminando os possessivos
Aparecerão os que dividem
Cada qual o é justo, viram
Da mesma premissa, poluir...
viu, é essa insanidade.”
E mais uma mensagem ditada pela Babá chega para que
possamos apreciar:
ELE:
ELA:
ELE:
ELA:
ELA:
“Rir-se de si
Nós rimos, e sempre
Já disseram que
Se não expõe
Te estraga
Uma piada, defeito
Ou qualidade?
Do ritual fora
Cerne, alma.”
ELE:
“Dançava espírito
Mediava corpórea
Mexe, leva, vamos
A roda extingue
Dela nasce
Olha pra trás!
E se dizimada
A tribo, as canções
Os significados
Será o fim, pela...
Desconexão.”
(Há um pequeno intervalo, e se entreolham. Foco em suas
belas e robustas feições dos que se amam.)
ELA:
“A las personas
Ya hemos reído demasiado
Estamos con otras cosas
Solo un par de años ha cambiado
Donde antes fuiste a su ático
Todo el tiempo la Tierra
A girar y volver listos
Nosotros los hijos ulteriores
Pero, ¿lo ves?
Ya nos hemos reído
Demasiado
Los juntos se podrán fuertes
Su presencia notada
Sienten el ambiente
Sus pieles sudadas
El Sol es su familia
Lo obvio ya estaba allí
A las personas sus alas
Pero, ¿lo ves?
Ya nos hemos reído
Demasiado.”
(Pequena respiração, e ela termina seus pensamentos –
busque você alguém de fora para te ajudar na tradução:)
“Las Yedras
Aquí tenemos todo pronto
Lo hemos aprendido
Todos los viejos ojos
Somos El Nuevo Mundo
Tenemos la cuenta
Pagamos y fuimos a la calle
Aquí hay del todo
Ya ¡Lo hemos aprendido!
Tus viejos ojos
Somos del Nuevo Mundo
Las futuras Eras
A cerrar la tienda.”
Corte. O garoto. Ele se ajeita. Aparece e ressoa a voz
infantil dele contando a piada do "parado". Em meio a
diversos sons vamos aos poucos distinguindo o que ele diz:
“(...)
poderia que só zoeira
tomara que piada de si
nos alegrando a sala
pois que rir é bom,”
“Obrigado à Existência!”
Terceira parte
De prova que
BABÁ:
PILAR:
“Diz, querida!”
BABÁ:
ARRUMADOR:
GAROTO:
GAROTO:
“Ah, e por que é que vocês não saem daqui e vai cada um
cuidar de sua vida e da vida dos outros!? É a hora de ajudar,
quero dizer” – e aqui ele faz uma gesto munido de seu
sorriso aberto, sabendo que fez o que devia. Sua voz era
mais enfática. – ele termina dizendo: “Valeeeeeu” – E corre
o garoto pela bobeira que fez, ciente de que não lhe fariam
nenhum mal, e é o que acontece! Os adultos esquecem as
brincadeiras das crianças, parecem apenas despropositadas
ou divertidas demais. Só mais alegria contemplam quando
brindam à Vida.
Quinta Parte
“Aimiri, cara
Lhe devemos um poema decente
Outro que não de reclamação, mas de ideias
Dissemos de você que era 'pessoa louca'!
Um destes desperdícios de talento
Você só formiguinha ainda
Quantas belas há?
Pelo existir??”
DESFECHO
(Depoimentos)
ALGUÉM:
MAIS ALGUÉM:
Esta história não teria existido de fato não fosse pelo meu
(re)encontro com a bela Marília Veloso a seu devido tempo
– devo a isso o entendimento do que realmente foi a
Conferência! É da Zíngara também o crédito pela fotografia
aqui utilizada
Visitem vocês o blog À Zíngara e a página Pela Harmonia
Paulo Vitor Grossi é escritor e músico independente,
publicou entre outros títulos o romance “c a c t u s”, além do
argumento de “Amor, Ódio, Redenção e Morte” e a
novela/roteiro “Casa de Praia”. Participou grupos de música
ALICE, íO, Instrumental Vox, SAEM e Ummantra.
Pela Poesia, lançou “Cura”, ”Servidão” e a experiência em
diversas línguas, CIRCULAR
A Conferência, 2016