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Argumentos e não-argumentos

No dia-a-dia encontramos muitos textos que traduzem


argumentos e outros tantos que, também, não configuram argumentos.
Portanto, exige-se que em lógica saibamos identificar argumentos de não-
argumentos.
Essa questão será tratada em quatro tempos.
(1) condição necessária
Nos primeiros passos das nossas aulas vimos que a
composição de um argumento parte da presença de sentenças assertivas.
Assim, podemos adiantar que é uma condição necessária para existência
de um argumento a existência de sentenças assertivas.
Logicamente, perguntas, pedidos, comandos, bem como
meras expressões de insatisfação não constituem argumentos.
Exemplo:
Os sinônimos são bons servos, mas amos ruins; portanto,
escolham-nos com cuidado.
O indicador de conclusão – portanto –, na verdade, não
apresenta uma conclusão, senão um conselho ou uma ordem.
(2) condição não-necessária
Necessário lembrar, contudo, que a presença de sentenças
assertivas não é uma condição suficiente para a existência de
argumentos.
Exemplo:
A satisfação mais autêntica na vida provém do cumprimento
do dever, e não da fuga do mesmo; de enfrentar e solucionar
problemas, ser uma pessoa confiável.
Há asserções no exemplo, mas não há um argumento.
O texto simplesmente exprime uma opinião, um ponto de
vista, sem qualquer tentativa de persuadir-nos a respeito da opinião
expressa. Tal situação é encontrada, comumente, em textos jornalísticos
que apenas descrevem fatos.
(3) semelhança superficial
Em algumas situações o texto apresenta apenas uma
semelhança superficial com argumentos, i.é, pode o mesmo apresentar
razões, mas elas não figuram como função de justificação ou de provas,
mas sim de esclarecimento.
Exemplo:
As mulheres possuem grande energia, mas são energias para
ajudar o homem. O principal objetivo da mulher, na vida ou no
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matrimônio, é ajudar o marido a alcançar o sucesso, ajudá-lo a
ser tudo o que Deus quer.
O texto apenas desenvolve a idéia do autor que é, em síntese,
o de a mulher ajudar o homem.
Ao lado dessa situação, podemos afirmar que todo argumento
pode ser reduzido a uma proposição condicional.
Exemplo:
Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem.
Portanto, Sócrates é mortal.
Transmutação:
Se todos os homens são mortais e se Sócrates é homem,
então Sócrates é mortal.
Mas isso não quer dizer que todas as proposições condicionais
expressam argumentos, pena de confusão.
Exemplo (de um mero condicional):
Se os objetos de arte são expressivos, então eles são uma
linguagem.
O exemplo é um mero condicional porque simplesmente
afirma uma implicação sem que haja uma inferência.
Noutros casos a conjunção porque pode trazer alguns
complicadores, pois as vezes introduz uma razão (justificativa) e noutras
simplesmente coloca uma explicação.
Exemplos:
(1) Nenhum sistema pode existir metade matéria e metade
antimatéria, porque as duas formas de matéria se aniquilam
mutuamente.
(2) O império romano desmoronou e pulverizou-se, porque lhe
faltava o espírito de liberalismo e livre iniciativa.
No exemplo 1 a conjunção porque introduz uma razão ou
justificação e afirma uma conexão lógica ou necessária entre duas
proposições. Logo, trata-se referido texto de um argumento.
Entretanto, no exemplo 2 a situação é diferente, visto que o
porque indica uma explicação, a causa para o desmoronamento do
império romano. O texto afirma uma conexão empírica entre dois
fenômenos, e não representa um argumento.
(4) identificação dos elementos
Alguns textos, como artigos científicos ou editoriais de jornais,
as vezes contém argumentos, mas não em todas as suas partes, pois
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explicitam repetições, narrações, elucidações etc. Em tais situações faz-se
necessário uma avaliação crítica do argumento ou argumentos nele
presentes para identificar os elementos integrantes do argumento (s).

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