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ANEXO E – LEVANTAMENTOS-SÍNTESE DAS CARREIRAS PROFISSIONAIS DOS

PROFESSORES DO ENSINO GERAL EM ESPANHA, FRANÇA, ALEMANHA, REINO


UNIDO E DINAMARCA

130
Unidade Portuguesa

CARREIRA DO PESSOAL DOCENTE


EM PAÍSES DA UE

Outubro 2005

131
Nota Introdutória

Nos cinco países da União Europeia, seleccionados para o presente estudo,


Alemanha, Dinamarca, Espanha, França e Reino Unido (Inglaterra, País de Gales,
Irlanda do Norte, Escócia), foram seleccionados nove itens para a análise da
carreira do Pessoal Docente, a saber:
• Acesso à carreira (formação inicial)
• Progressão na carreira
• Recrutamento
• Formação contínua
• Avaliação
• Componente lectiva e não lectiva
• Aposentação
• Salários
• Número de docentes por nível de ensino (CITE - ISCED)

Os referidos temas dizem respeito aos professores de todos os níveis de ensino,


à excepção do ensino superior, que leccionam no ensino regular.

Os dados apresentados têm como ano de referência o ano lectivo de 2003-04,


relativamente a França, Espanha, Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte; o
ano lectivo de 2002-03 para a Alemanha e para a Escócia e 2000-01 para a
Dinamarca.

O presente trabalho resulta de uma síntese da informação constante do Capítulo


n.º 8, “Professores e Pessoal da Educação”, da Base de Dados da Rede
Eurydice, Eurybase, disponível no seguinte endereço:
http://www.eurydice.org/eurybase/frameset_eurybase.html

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ALEMANHA

A. ACESSO À CARREIRA

Para todos os níveis de ensino, a formação inicial realiza-se em escolas


superiores ou universidades, durante 3 anos com a atribuição de um grau de
bacharel e com a possibilidade de completar a formação com mais um ano. Em
seguida, há a obrigatoriedade de um estágio e a realização de 2 exames de
Estado. Após a aquisição destas habilitações os professores podem candidatar-
se a um posto de trabalho permanente numa escola do sector público. Os
candidatos admitidos para a função docente passam por um período probatório
que pode variar de 2 a 5 anos.

B. PROGRESSÃO NA CARREIRA

A progressão para um nível superior (geralmente baseada numa escala salarial)


apenas ocorre se existir mudança de responsabilidades ou de posição
profissional, como por exemplo, ocupação de cargos de direcção dos
estabelecimentos de ensino.
Há 12 escalões: o docente progride ao fim de dois anos, depois de três em três
e de quatro em quatro. A idade para atingir o topo da carreira oscila entre 50 e
55 anos.

C. RECRUTAMENTO

A divulgação do concurso é promulgada pelos diferentes Ministérios da Educação


e dos Assuntos Culturais dos Länder (regiões), ou pelas autoridades educativas
competentes. Pode variar de Länder para Länder. Em alguns Länder, as escolas
publicitam o perfil desejado, candidatando-se os professores directamente.
Nestes casos, as escolas participam na selecção dos candidatos. A nomeação,
contudo, é feita pelos poderes centrais. Os concursos processam-se
anualmente.

D. FORMAÇÃO CONTÍNUA

A formação contínua (assim como a formação inicial) é da responsabilidade de


cada Länder. A preparação, execução e subsequente avaliação das acções de
formação dependem, em alguns Länder, das instituições ou de órgãos das
autoridades educativas. Alguns cursos são ministrados em instituições privadas

133
(empresas, associações) ou até religiosos (igrejas), necessitando apenas de ser
reconhecidos pelas autoridades educativas.
Todos os professores têm acesso à formação desde que esta se revele
importante para o exercício da função. Ocorre em horário pós-laboral e pode ter
a forma de seminários, grupos de estudo ou conferências. Os professores são
posteriormente certificados. A formação não tem impacto no vencimento (única
forma de progressão), mas pode ter efeito positivo para a qualificação, por
exemplo, para concorrer a cargos de direcção.

E. AVALIAÇÃO

A avaliação tem como principal finalidade a progressão na carreira docente.


Os Ministros da Educação e da Cultura dos Länder definiram um conjunto de
orientações para avaliar os professores que leccionam em escolas públicas.
O sistema de avaliação implica uma entrevista com o professor em questão, uma
apreciação do relatório de competências elaborado pelo Director da escola,
observação de aulas e uma avaliação mais criteriosa onde são valorizados os
conhecimentos científicos, as práticas de ensino e o comportamento profissional.

F. COMPONENTE LECTIVA E NÃO LECTIVA

O horário do professor compreende, para além do tempo lectivo, outras


responsabilidades como a preparação de aulas, estudo acompanhado, reuniões
diversas e outras actividades. O tempo lectivo varia entre os diferentes Länder e
também entre os níveis de ensino, correspondendo a um período compreendido
entre 23 e 28 horas semanais.

G. APOSENTAÇÃO

Os professores reformam-se no ano em que completam 65 anos, podendo, no


entanto, solicitar a aposentação a partir dos 63 anos.

H. SALÁRIOS (ver “ Key Data on Education 2005” Fig. D 37, D38, D39 e também
“Education at a Glance OECD INDICATORS 2005” Fig. D 3.3 e Tabelas X2.5a e
X2.5b)

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I. NÚMERO DE DOCENTES POR CITE1
Efectivos de professores por nível de ensino em 2002
Nível primário – CITE 1 160 333
Nível secundário inferior – CITE 2 322 673
Nível secundário superior geral – CITE 3 60 858
Nível secundário superior profissional – 62 242
CITE 3/ A tempo inteiro
Nível secundário superior profissional – 50 432
CITE 3/ A meio tempo
Ensino especial 61 143
Total 717 681
Source: Statistische Veröffentlichungen der Kultusministerkonferenz, Nr. 171, 2003

1
CITE (Classificação Internacional do Tipo da Educação) – Correspondências nacionais:
CITE 0 – Educação Pré-escolar; CITE 1 – 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico; CITE 2 – 3.º ciclo do Ensino Básico;
CITE 3 – Ensino Secundário; CITE 4 – Ensino Pós-secundário não superior; CITE 5 e 6 – Ensino Superior.

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DINAMARCA

A. ACESSO À CARREIRA

Educadores de infância (CITE 0) – O acesso à carreira é feito após a conclusão


do curso de formação de educadores ( educator training programme), com
duração de 3 anos e meio, em regime de alternância: formação da componente
teórica numa escola da especialidade ou Faculdade e da componente prática,
com exercício efectivo de prática lectiva num estabelecimento de ensino (64
semanas de prática durante o curso) e, ainda, 10 semanas de especialização
sobre um tema à escolha.

Professores do Ensino Básico - inclui 1.º, 2.º e 3.º Ciclos (CITE 1,2) – O acesso
é igual para os futuros professores dos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos. O requisito
fundamental é a frequência de um curso de professor do ensino básico, durante
quatro anos, em quatro matérias principais, numa Escola Municipal de Formação
de Professores do Ensino Básico ou numa Faculdade. A formação inicial é em
regime de alternância, em que a componente teórica alterna com a prática lectiva
integrada, a realizar durante os 3.º ou 4.º anos do curso (24 semanas, sob
orientação de um ou mais tutores), em escolas municipais ou outras.

Professores do Ensino Secundário ( CITE 3) – O acesso à carreira é feito após a


conclusão de um curso universitário com cinco anos de duração, especializando-
se o docente em uma ou duas matérias. É ainda necessária a realização de um
estágio profissional. Por forma a obterem uma estreita interacção entre a teoria e
a prática o referido estágio compreende duas etapas: uma de carácter prático
numa escola secundária, no último ano do curso, e outra de carácter teórico,
sobre questões pedagógicas em geral e sobre um tema específico. No final é
realizado um exame, em forma de trabalho, cuja conclusão com sucesso habilita
o futuro professor com um certificado profissional, emitido pelo Ministério da
Educação. Para além disso têm que cumprir dois anos de período probatório.

B. PROGRESSÃO NA CARREIRA

Educadores de infância (CITE 0) – Os educadores trabalham num regime não


hierárquico. Para candidatura a um lugar de chefia apenas são consideradas as
qualificações adquiridas. A ocupação destes lugares não representa uma
promoção, mas resulta apenas de uma preferência pessoal. Assim, a progressão
na carreira depende apenas do número de anos de serviço na profissão: depois
de seis anos o educador fica colocado no escalão 24 e depois de dez anos atinge
o topo da carreira, ou seja o escalão 28.

Professores do Ensino Básico – inclui 1.º, 2.º e 3.º Ciclos (CITE 1,2) – Os
professores deste nível de ensino são obrigados a cumprir dois anos de período

136
probatório antes de assinarem um contrato permanente. Caso se candidatem a
orientadores profissionais, directores, assessores ou inspectores, são escolhidos
segundo as suas qualificações e mérito, sendo esta opção vista apenas como
uma preferência individual e não uma promoção. Depois de quatro anos de
exercício profissional ascendem ao escalão 30, e atingem o topo da carreira no
escalão 35, depois de oito anos de serviço.

Professores do Ensino Secundário (CITE 3) – Para efeitos de progressão, conta


apenas o tempo de serviço, dividido por três escalões (3, 4 e 8), atingindo o topo
da carreira ao fim de oito anos de serviço.

C. RECRUTAMENTO

Realiza-se a nível local e regional. A nível local, as vagas são publicitadas pelas
instituições que também são responsáveis pela colocação dos professores. A
nível regional, as vagas são publicitadas conforme as necessidades.
Os professores são colocados em lugares permanentes ou como professores
substitutos ou ainda pela combinação de ambas as situações; podem igualmente
ocupar lugares com duração inferior a três meses. Os concursos são anuais,
podendo no entanto realizar-se sempre que necessário.
Existem vários tipos de contratos: mensais, anuais, permanentes e a termo certo.
Têm por base os contratos do respectivo grupo profissional ou contratos dos
funcionários públicos.
Alguns professores tornam-se funcionários públicos, com contratos
permanentes; outros, têm contratos com períodos probatórios antes de se
tornarem permanentes.

D. FORMAÇÃO CONTÍNUA

Educadores de infância (CITE 0) e Professores do Ensino Básico – inclui 1.º, 2.º e


3.º Ciclos (CITE 1,2) – A formação contínua tem uma larga tradição na
Dinamarca a qual pode ser ministrada quer a nível local quer a nível central.
Diversas instituições a proporcionam: escolas específicas, associações
profissionais, centros regionais, a faculdades, universidades, Ministério da
Educação. As necessidades de formação são estabelecidas pelas escolas,
depois de ouvidos os professores. Os cursos podem realizar-se a tempo inteiro,
em casos especiais durante um ano, ou a tempo parcial. Podem ter a forma de
seminários, conferências, ciclos de estudo, etc. Contudo, os professores são
livres de participar nas actividades de formação contínua, não contando a
mesma para a progressão na carreira ou para a melhoria do salário.

Professores do Ensino Secundário (CITE 3) – A formação contínua, para além do


já referido para os outros níveis de ensino, realiza-se à mercê de uma estreita
colaboração entre as organizações profissionais e o Instituto do Ensino

137
Secundário. Este Instituto organiza cursos específicos e ainda um mestrado de
três anos que prepara para a gestão, orientação e outras questões ligadas ao
ensino.

E. AVALIAÇÃO

Depois de obtida a nomeação para um lugar numa escola, não há qualquer


procedimento avaliativo nos diferentes níveis de ensino.

F. COMPONENTE LECTIVA E NÃO LECTIVA

Educadores de infância (CITE 0) e Professores do Ensino Básico – inclui 1.º, 2.º e


3.º Ciclos (CITE 1,2) – O horário compreende 37 horas semanais, incluindo aulas,
sua preparação e outras tarefas. O tempo de preparação está fixado
proporcionalmente em função do horário lectivo.

Professores do Ensino Secundário (CITE 3) – Neste nível de ensino os professores


são obrigados a trabalhar 1680 horas por ano, incluindo horas lectivas,
preparação de aulas, sua planificação e tarefas pedagógico-administrativas.

G. APOSENTAÇÃO

Educadores de infância (CITE 0)– A aposentação ocorre aos 67 anos, embora,


ultimamente, e para este nível de ensino, haja incentivos a uma reforma
antecipada aos 60 anos.

Professores do Ensino Básico – inclui 1.º, 2.º e 3.º Ciclos (CITE 1,2) e
Professores do Ensino Secundário (CITE 3) – A idade de aposentação ocorre aos
67 anos, havendo a possibilidade de aposentação aos 60 anos.

H. SALÁRIOS (ver “ Key Data on Education 2005” Fig. D 37, D38, D39 e também
“ Education at a Glance OECD INDICATORS 2005” Fig. D 3.3 e Tabelas X2.5a e
X2.5b)

Para além dos salários, estabelecidos nos contratos colectivos ou de grupo,


existe um suplemento remuneratório de residência, variável consoante a zona do
pais onde o professor foi colocado, para Educadores de infância (CITE 0) e
Professores do Ensino Básico – inclui 1.º, 2.º e 3.º Ciclos (CITE 1,2).

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O suplemento de função é atribuído a funções especiais, acima e para além das
requeridas para o exercício da profissão para os Professores do Ensino
Secundário (CITE 3).

I. NÚMERO DE DOCENTES POR CITE (Ano de 2001/02)

Escola básica (1999/00): 55 391


Escola secundária e HF (1999/00): 7 619
HHX (1997): 2 352
HTX (1997): 784
Escolas profissionais (1997): 5 656

Folkeskole – escola básica com 9 anos de escolaridade, eventualmente mais um


ano opcional. Gymnasium – escola secundária com 3 anos de escolaridade, e
prepara para o prosseguimento de estudos de nível superior.
HF - Higher preparatory examination course. Curso de 2 anos que prepara para o
ensino superior alunos que tenham completado o 10.º ano de escolaridade numa
Folkeskole.

139
ESPANHA

A. ACESSO À CARREIRA

Educadores de infância (CITE 0) e Professores do Ensino Básico dos 1.º e 2.º


Ciclos (CITE 1) – O acesso à carreira é feito após a conclusão de um curso
universitário, com a duração de três anos (1.º ciclo) o qual engloba aulas teóricas
e práticas, a atribuição do título de “Maestro” e ainda um ano de estágio
pedagógico.

Professores do Ensino Básico do 3.º Ciclo (CITE 2) e Professores do Ensino


Secundário (CITE 3) – O acesso à carreira é feito após a conclusão de um curso
universitário de 2.º ciclo o qual atribuí o grau de licenciado. É ainda necessária a
aprovação num curso de qualificação pedagógica afim de obter o título
profissional de especialização didáctica. Estas habilitações adquirem-se em
faculdades, em escolas técnicas superiores ou em escolas politécnicas
superiores das universidades. A formação académica contempla, para além da
componente teórica, uma componente de prática profissional docente
(Practicum), durante um período mínimo de três meses, e um ano de estágio
pedagógico.

B. PROGRESSÃO NA CARREIRA

Educadores de infância (CITE 0) e Professores do Ensino Básico dos 1.º e 2.º


Ciclos (CITE 1) – A carreira define um sistema de acesso a um grau superior
sempre que se possua a habilitação requerida, se conte com oito anos de
antiguidade no lugar e sejam superadas as provas estabelecidas pela
Administração Educativa.

Professores do Ensino Básico do 3.º Ciclo (CITE 2) e Professores do Ensino


Secundário (CITE 3) – Os professores têm a possibilidade de promoção dentro
dos próprios centros, obtendo a condição de “catedrático”ou ingressar na
carreira universitária.
Os professores de todos os níveis de ensino podem candidatar-se a cargos de
direcção e de gestão das escolas, inspecção ou tarefas da Administração
Educativa.
Embora a formação contínua seja opcional, para progredir na carreira, em cada
seis anos, a aquisição de créditos de formação converte-se numa remuneração
complementar, sendo também valorizada aquando da oposição a concursos.

C. RECRUTAMENTO

140
Os concursos realizam-se de dois em dois anos, a nível central (nacional ou das
comunidades autónomas). O recrutamento é feito com base num concurso e nas
vagas declaradas em conformidade com as necessidades das escolas. Também
pode ser feito através de listas de candidatos.

D. FORMAÇÃO CONTÍNUA

A formação contínua constitui-se como um direito e uma obrigação dos


professores e prevê actividades periódicas de actualização científica, didáctica e
profissional. É da responsabilidade das Administrações Educativas das
Comunidades Autónomas, sob propostas das mesmas ou dos professores,
representados pelos sindicatos, e ministrada por várias instituições:
universidades, associações profissionais, ou mesmo sindicatos. São emitidos
certificados e atribuídos créditos de formação.
A frequência de actividades de formação tem efeito na progressão da carreira, na
oposição aos concursos e nos salários. Cada Comunidade Autónoma define o
número e o tipo de módulos necessários para esses fins.

E. AVALIAÇÃO

A avaliação dos professores, apenas feita a seu pedido, tem consequências não
só na promoção dentro da carreira, mas também na mobilidade. É promovida
pelas Administrações Educativas de cada Comunidade, embora os certificados
sejam válidos a nível nacional.

F. COMPONENTE LECTIVA E NÃO LECTIVA

A carga horária é de 37,5 horas por semana. Deste tempo, 30 h são de


permanência obrigatória nos estabelecimentos de ensino, dedicadas a
actividades docentes. Os Educadores de infância (CITE 0) e Professores do
Ensino Básico do 1.º e 2.º Ciclos (CITE 1) leccionam, no mínimo, 25 horas,
enquanto que os Professores do Ensino Básico do 3.º Ciclo (CITE 2) e
Professores do Ensino Secundário (CITE 3) leccionam 18 horas. O restante tempo
destina-se à preparação de actividades docentes ou aperfeiçoamento
profissional, podendo ocorrer fora da escola.

141
G. APOSENTAÇÃO

A idade de aposentação é de 65 anos, embora se possa solicitar a mesma a


partir dos 60 anos e de, no mínimo, 15 anos de serviço.

H. SALÁRIOS (ver “ Key Data on Education 2005” Fig. D 37, D38, D39 e também
“Education at a Glance OECD INDICATORS 2005” Fig. D 3.3 e Tabelas X2.5a e
X2.5b)

Existem suplementos remuneratórios, como nos exemplos que se seguem:


• Bónus de antiguidade – determinado de acordo com o n.º de anos de
serviço (ocorre em cada três anos de serviço);
• Suplemento de profissão, conforme o posto desempenhado;
• Suplemento específico atribuído de seis em seis anos para condições de
trabalho especialmente difíceis ou depois de cinco ou seis anos
(quinquenio ou sexenio) de exercício da profissão, desde que tenham
frequentado entre 60 a 100 horas de formação contínua.

142
I. NÚMERO DE DOCENTES POR CITE

NÚMERO DE PROFESSORES POR NÍVEL DE ENSINO EM TODAS AS


COMUNIDADES AUTÓNOMAS - ANO LECTIVO 2001/2002
E.S.O.,
E. Infantil y E. E. Especial
TOTAL Bachilleratos y F. Ambos grupos
Primaria específica
Profesional

Total Mujeres Total Mujeres Total Mujeres Total Mujeres Total Mujeres

TOTAL 547.357 354.125 239.191 186.680 269.078 140.832 29.828 19.346 9.260 7.267
ANDALUCÍA 98.722 58.078 41.827 29.294 51.291 24.261 2.510 2.180 3.094 2.343
ARAGÓN 15.363 9.742 6.987 5.387 7.697 3.891 501 318 178 146
ASTURIAS
13.086 8.394 5.394 4.174 7.009 3.744 523 354 160 122
(Principado de)
BALEARS (Illes) 11.732 8.118 5.479 4.524 5.713 3.204 401 258 139 132
CANARIAS 25.691 16.919 10.419 8.347 13.064 7.094 1.998 1.311 210 167
CANTABRIA 7.169 4.479 2.827 2.163 3.823 1.962 444 294 75 60
CASTILLA Y
33.458 20.893 13.869 10.798 17.235 8.515 2.008 1.317 346 263
LEÓN
CASTILLA-LA
24.508 14.864 11.499 8.381 11.193 5.343 1.548 938 268 202
MANCHA
CATALUÑA (2) 81.863 58.555 41.080 33.922 39.551 23.647 x x 1.232 986
COMUNIDAD
57.746 36.506 21.896 17.017 25.694 13.081 8.717 5.233 1.439 1.175
VALENCIANA
EXTREMADURA 15.378 9.276 6.804 4.951 6.974 3.311 1.463 922 137 92
GALICIA (3) 37.003 23.860 13.976 11.122 18.822 10.085 3.889 2.404 316 249
MADRID
(Comunidad 67.221 46.244 31.135 25.666 32.060 17.753 3.062 2.037 964 788
de)
MURCIA
17.168 10.659 7.757 5.900 7.750 3.684 1.462 924 199 151
(Región de)
NAVARRA
(Comunidad 7.737 4.914 3.607 2.822 3.725 1.828 340 213 65 51
Foral de)
PAÍS VASCO 27.990 19.257 12.119 10.330 14.727 8.121 761 511 383 295
RIOJA (La) 3.313 1.987 1.476 1.081 1.694 809 112 74 31 23
CEUTA 1.126 695 509 384 522 239 77 55 18 17
MELILLA 1.083 685 531 417 534 260 12 3 6 5

143
DISTRIBUIÇÃO DOS PROFESSORES POR TIPO DE ENSINO - ANO LECTIVO
2001/02 (%)

TODOS OS ESTABELECIMENTOS ESTABELECIMENTOS


ESTABELECIMENTOS PÚBLICOS PRIVADOS
TOTAL 100,0 75,4 24,6
Total EE
Régimen
81,5 59,9 21,6
General no
universitaria
• E.Infantil y
35,6 26,0 9,7
E. Primaria
• E.
Secundaria y 40,1 30,0 10,1
F.P
• Ambos
grupos de 4,4 3,0 1,4
niveles
Fonte: Las cifras de la Educación en España (edición 2004)

144
FRANÇA

A. ACESSO À CARREIRA

A formação inicial dos professores é feita nos Institutos Universitários de


Formação de Professores (IUFM), depois da obtenção de um diploma
correspondente a 3 anos de estudos superiores e da aprovação num exame de
acesso. Há um IUFM em cada Academia.
A formação dada nos IUFM compreende 1 ano de preparação para os concursos
de recrutamento de professores dos estabelecimentos públicos e dos
estabelecimentos privados que celebraram contrato com o Estado. Segue-se 1
ano de formação geral e profissional, precedendo a titularidade.
Cada IUFM está ligado a uma ou mais universidades, ou outros estabelecimentos
públicos de natureza científica, cultural e profissional.
Em associação com as universidades, o 1º ano do IUFM prepara para os
diferentes concursos dos ensinos primário e secundário (1.º e 2.º graus).
Os IUFM também se dedicam à formação contínua e à investigação, em parceria
com as universidades.
Após a obtenção do diploma profissional de professeur des écoles (1º grau),
outorgado pelo Reitor de Academia na qual o professor foi admitido a concurso e
fez o seu estágio, o professor estagiário assume o estatuto pelo Inspector de
Academia.
O professor do 2.º grau realiza um estágio que deve ser validado por um exame
ou um certificado de qualificação profissional. Caso supere estas provas com
êxito, o interessado obtém um lugar de professor numa Academia.

B. PROGRESSÃO NA CARREIRA

A progressão na carreira do pessoal docente comporta dois graus: a classe


normale e a hors-classe .
A progressão inclui a mudança de grau e a mudança de escalão. A cada escalão
corresponde um certo número de pontos de índice, cujo valor é reavaliado
periodicamente para o conjunto de funcionários. A progressão de grau é
estabelecida por contingentes e é aberta aos professores que atingiram pelo
menos o 7.º escalão do grau anterior.
A hors-classe compreende 6 escalões e a progressão nestes escalões é regida
pela antiguidade.
A classe normal comporta 11 escalões, sendo a progressão feita, em parte pela
antiguidade, e em parte pela nota de mérito que é atribuída ao professor.
No primário (1º grau) trata-se de uma nota pedagógica, atribuída pelo inspector
da Educação Nacional responsável pela área do estabelecimento de ensino.
No secundário, a nota de mérito é 40% administrativa, fixada pelo director do
estabelecimento, e 60% pedagógica, fixada pela Inspecção. Os professores
atingem o topo da carreira ao fim de 30 anos de serviço.

145
A progressão nos escalões é, assim, feita essencialmente em função da notação
e obedece a uma grelha de escalões.

C. RECRUTAMENTO

O recrutamento faz-se por concurso anual (a nível nacional e regional), baseado


num exame de Estado. Os candidatos que obtêm sucesso no concurso de
recrutamento fazem 1 ano de formação profissional no fim do qual acedem à
titularidade.
Uma comissão interna ao estabelecimento examina os trabalhos dos estagiários,
os diferentes relatórios de estágio e procede à sua avaliação. As listas e os
dossiers individuais são transmitidos ao Reitor da Academia que reúne júris
académicos, formados por membros maioritariamente exteriores ao IUFM. Estes
júris deliberam sobre as propostas do IUFM e podem, se assim o entenderem,
verificar as capacidades do professor estagiário, quer através de assistência a
aulas quer de entrevista.
O processo de recrutamento é idêntico para os professores do 1.º e do 2.º graus.

D. FORMAÇÃO CONTÍNUA

Todos os professores titulares em actividade têm direito a um crédito de


formação a tempo inteiro equivalente a um ano lectivo.
Os principais operadores da formação contínua são os Institutos Universitários de
Formação de Professores (IUFM), bem como os inspectores da educação
nacional, os conselheiros pedagógicos e as associações. O controlo da
formação contínua está sob a responsabilidade do Reitor de Academia em
ligação com os inspectores de Academia.
A partir de 2001 foram criados dispositivos legais de acompanhamento aos novos
professores, do 1.º e 2.º graus, durante os 2 primeiros anos de carreira.
Cada Academia organiza o seu plano de formação.

E. AVALIAÇÃO

Os inspectores são os principais agentes da avaliação dos professores. No


primeiro grau (CITE 0 e 1) existe um inspector para 350 docentes. Estes últimos
são avaliados de três em três anos. O ritmo destas avaliações depende das
circunscrições (regiões) e do tempo disponível do inspector. São frequentemente
os docentes que solicitam a avaliação, com vista à progressão na carreira. O
inspector da Educação Nacional da circunscrição onde exerce funções é o
superior hierárquico. Quando avalia, atribui uma nota, tendo como fundamentos
determinados critérios pedagógicos e administrativos.

146
F. COMPONENTE LECTIVA E NÃO LECTIVA

Os professores do Ensino Primário têm actualmente um horário de 26h/semana.


No que se refere ao Ensino Secundário, a carga horária é distribuída conforme se
segue:
- Professor Agregado: 15h/ semanais
- Professor Certificado: 18h/ semanais
- Professor do Lycée Profissionel : 18h/semanais – área teórica
23h/semanais – área prática (classe
dividida)

G. APOSENTAÇÃO

Os professores beneficiam do mesmo sistema de reforma que o conjunto dos


funcionários públicos.
Desde 2003 os professores podem reformar-se a partir da idade de 60 anos.

H. SALÁRIOS (ver “ Key Data on Education 2005” Fig. D 37, D38, D39 e
também
“Education at a Glance OECD INDICATORS 2005” Fig. D 3.3 e Tabelas X2.5a e
X2.5b)

I. NÚMERO DE DOCENTES POR NÍVEL DE ENSINO

França Metropolitana e Departamentos Ultramarinos


(Départements Outre-Mer - DOM)
Docentes do nível CITE 0 e 1 318 381
(público)
Docentes do nível CITE 0 e 1 45 999
(privado)
Docentes do nível CITE 2e 3 430 263
(público)
Docentes do nível CITE 2 e 3 99 395
(privado)
Docentes no ensino superior 75 853
Docentes e estagiários dos 43 845
estabelecimentos de
formação
Total 1 013 736

Fonte: Repères et références statistiques – Édition 2004

147
REINO UNIDO (INGLATERRA/PAÍS DE GALES/IRLANDA DO NORTE)

A. ACESSO À CARREIRA

Em Inglaterra e País de Gales, os professores têm que ter concluído um curso de


3 anos (Bachelor of Education), podendo frequentar mais um ano de estudos
complementares (Postgraduate Certificate on Education) numa Universidade.
Os futuros professores são submetidos a um exame de aptidão antes de obterem
um certificado de Qualified Teacher Status e têm que cumprir um período de
indução como primeiro contacto com a profissão e registarem-se no General
Teaching Council. Este registo certifica o professor para o exercício da profissão.
Na Irlanda do Norte o período de formação inicial é de 4 anos (Bachelor of
Education), podendo ser alargado a mais um ano para a obtenção de um
certificado de Postgraduate Certificate on Education. O restante processo é
semelhante ao da Inglaterra e do País de Gales.

B. PROGRESSÃO NA CARREIRA

A progressão na carreira acontece quando existe a pretensão por parte do


professor de ocupar um cargo de gestão, por exemplo: head of year, head of
department, assistant headteacher/principal, deputy headteacher/principal,
headteacher/principal. Estes cargos implicam responsabilidades no apoio aos
pais, mas também aos órgãos de gestão. São tomadas em consideração as
qualificações, a experiência e as competências do professor. O desenvolvimento
profissional contínuo (Continuing Professional Development - CPD) tem um papel
importante na progressão da carreira. Existem duas fases na carreira, sendo a
primeira de seis níveis, ao fim dos quais é possível aceder à segunda fase (três
níveis). O professor leva cerca de 12 anos a atingir o topo da carreira.

C. RECRUTAMENTO

O regime de recrutamento é aberto e realiza-se a nível local e regional, quer


pelas autoridades locais de educação quer pelas escolas. As vagas são
publicitadas através de anúncios e os professores são entrevistados pelos
representantes escolares, sendo os concursos anuais.

D. FORMAÇÃO CONTÍNUA

148
É da própria responsabilidade dos professores actualizar os seus métodos de
trabalho e programas de ensino. As necessidades de formação também podem
surgir com base nos projectos educativos das escolas, nas orientações ou
directrizes emanadas do governo. A formação contínua enquadra diversas
actividades e pode apresentar-se sob a forma de conferências, reuniões,
decorrendo durante o dia, após as aulas, ao fim-de-semana ou mesmo nas
férias. É ministrada por diversas entidades, nomeadamente pelas autoridades
centrais e locais de educação, por conselhos de professores ou por órgãos de
gestão de escolas.

E. AVALIAÇÃO

A avaliação de competências dos professores acontece a nível interno e externo.


Os directores ou os órgãos de gestão dos estabelecimentos são responsáveis
pelos processos internos de avaliação de competências. A avaliação de
competências individuais e a qualidade de ensino prestado são parâmetros
considerados na avaliação externa e dependem do nível de ensino.

F. COMPONENTE LECTIVA E NÃO LECTIVA

O horário do professor corresponde a 195 dias/ano, equivalendo a 1265 horas.


Contempla as aulas, o atendimento aos pais, reuniões ou trabalhos com outros
colegas ou apoio à direcção. A componente não lectiva compreende a
preparação das aulas, do material de ensino, dos programas, e o relatório
individual do aluno (dossier do aluno).
Entre 2003-2007, pretende-se progressivamente reduzir a componente lectiva, e
a partir de Setembro de 2005, é garantido aos professores, mais tempo para
planificar, preparar e avaliar os trabalhos dos alunos.

G. APOSENTAÇÃO

A idade oficial de reforma é aos 65 anos, embora a idade normal de


aposentação seja aos 60 anos.

H. SALÁRIOS (ver “ Key Data on Education 2005” Fig. D 37, D38, D39 e
também
“Education at a Glance OECD INDICATORS 2005” Fig. D 3.3 e Tabelas X2.5a e
X2.5b)

149
I. NÚMERO DE DOCENTES POR CITE (Janeiro de 2004)

Inglaterra País de Gales


Pré-escolar e Ensino Básico -1.º e 2.º ciclos 200 400 13 710
Ensino Secundário 211 940 13 370
Outros 29 790 1 840
Source: Statistics of Education School Workforce in England (2004).

150
ESCÓCIA

A. ACESSO À CARREIRA

O acesso à carreira é feito após a conclusão de um curso universitário de 4 anos


(Bachelor Education degree) e, para os professores do Ensino Secundário, é
exigido mais um ano curricular (Post-Graduate Certificate in Education). É
atribuído um certificado de qualificação em ensino ( Teaching Qualification), e
passam a integrar o General Teaching Council for Scotland (GTCS). Este registo
permite garantir que os professores têm as qualificações académicas necessárias
para o exercício da profissão, assim como o estágio profissional. Este mesmo
registo é exigido pela autoridade educativa oficial quando o professor é
contratado.
Os candidatos a professores têm direito a um ano de serviço imediatamente a
seguir à sua graduação, em que 70% do horário é dedicado à prática lectiva e
30% para desenvolvimento profissional. Este ano corresponde ao período
probatório ou de indução à profissão (induction post), sem o qual não se podem
registar no GTCS.

B. PROGRESSÃO NA CARREIRA

Os professores podem progredir optando por uma de duas vias: transitar para a
carreira de gestão (principal, depute head teacher, head teacher) ou continuar em
contacto com os alunos (classroom teacher - probation/maingrade e chartered
teacher). Para atingirem o estatuto pretendido os professores têm que frequentar
um determinado número de módulos de formação. A formação contínua é
também obrigatória para a progressão na carreira. Para além da formação anual
obrigatória, para progredirem, os professores realizam um número adicional de
cursos em regime modular.

C. RECRUTAMENTO

Contratos permanentes, negociados a nível nacional, embora os professores


sejam empregados pelas autoridades locais. Os contratos a termo são usados
aquando da substituição de outros professores.

D. FORMAÇÃO CONTÍNUA

A formação contínua é ministrada por várias entidades educativas


nomeadamente pelas Universidades e resulta da conjugação de interesses das
autoridades de educação e dos professores. Para além de outras possíveis

151
ofertas, as escolas organizam anualmente acções de formação durante 5 dias.
Os professores são obrigados a 35 horas de formação por ano. A formação
contínua conta para a progressão na carreira.
Como complementos à formação contínua, as entidades educativas oferecem
módulos de formação que os professores podem frequentar e juntar à formação
anterior, permitindo-lhes obter o grau de Mestre.

E. AVALIAÇÃO

Os professores não são avaliados individualmente, embora as escolas procedem


regularmente a uma autoavaliação.

F.COMPONENTE LECTIVA E NÃO LECTIVA

Em 2006, todos os professores terão um horário semanal de 35 h, sendo o


horário lectivo de 22,5 horas. O restante tempo está sujeito a um acordo a nível
de escola e deve ser planeado de forma a incluir um grande leque de tarefas
relacionadas com o ensino, incluindo a preparação e correcção dos trabalhos
dos alunos e outras actividades, como por exemplo: reuniões, exames, relatórios,
desenvolvimento profissional, etc.

G. APOSENTAÇÃO

A idade de aposentação é aos 65 anos, embora, na prática, a maioria se


reforme mais cedo.

H. SALÁRIOS (ver “ Key Data on Education 2005” Fig. D 37, D38, D39 e também
“Education at a Glance OECD INDICATORS 2005” Fig. D 3.3 e Tabelas X2.5a e
X2.5b)

Os membros dos órgãos de gestão das escolas recebem um complemento


salarial. Também há suplementos de residência para os professores que são
colocados em áreas remotas, como nas terras altas e ilhas da Escócia.

152
I. NÚMERO DE DOCENTES POR CITE

Ensino pré-escolar e primário


- Bacharelato em Educação (BEd 4 anos) 2 528
- Curso de pós-graduação em Educação (PGCE, 1
592
ano)
- Total 3,120
Ensino Secundário
- Bacharelato em Educação (BEd em música,
681
educação física e tecnológica)
- Curso de pós-graduação em Educação (PGCE, todas
925
as disciplinas)
Total 1,606

Trabalho realizado por Guadalupe Magalhães, Margarida Leandro, Rosa Eugénia


Fernandes.

153

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