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Curitiba
2008
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ROGÉRIO ARAUJO VENEGEROLES
Curitiba
2008
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“Filhote de mulher para se tornar gente
precisa acrescentar requisitos essenciais
à natureza”.
Estes requisitos têm a ver com a
necessidade fundamental de se identificar,
de ter um nome, de pronunciar a sua
palavra, de criar o seu jeito de resolver
problemas, de construir sua história, o
seu drama, os seus valores próprios, os
seus significados exclusivos e originais.”“.
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Sumário
1. Introdução............................................................................................................... 5
3. O Fracasso Escolar............................................................................................... 8
4. Aprendizagem....................................................................................................... 11
6. Conclusão............................................................................................................. 1
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7. Referências Bibliográficas.................................................................................... 18
1. Introdução
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Para se falar da importância da psicopedagogia, se faz necessário fazer uma
breve viagem na educação, buscando tentar através desta pequena análise
englobar todos os agentes envolvidos no processo de construção da educação
brasileira.
Para tanto não se constituirá uma tarefa fácil, já que a nossa intenção é antes
de tudo, propor uma leitura critica que nos remeterá: a Constituição de 1988 e a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. E qual o seu papel na construção de
uma escola democrática e a quem esta educação busca atender.
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Deste modo surgiu a Psicopedagogia, a qual apresenta-se nos dias de hoje
uma propriedade especial. Em virtude do grau de complexidade dos problemas de
aprendizagem, essa ciência possui um caráter multidisciplinar, que proporciona
conhecimento em ou outras diversas áreas como a psicologia e a pedagogia.
É imprescindível que se tenha conhecimento em lingüística, para que se
possa explicar como é feito o desenvolvimento da linguagem humana e também a
respeito dos processos realizados de aquisição da linguagem oral e escrita. Além
disso, é necessário ter conhecimento em relação ao desenvolvimento neurológico,
sobre suas disfunções que têm por finalidade dificultar a aprendizagem; de
conhecimentos das disciplinas de filosofia e sociologia, que têm por objetivo
apresentar a compreensão sobre a visão do homem, seu comportamento a cada
período da história e sua visão sobre a aprendizagem.
Sobre este aspecto, a Psicopedagogia vem a ser uma área de extenso
conhecimento, em que contém um componente principal de estudo o processo de
aprendizagem humana, suas etapas de evolução normais e patológicas, assim
também como o meio familiar, escolar, social, etc. As dificuldades existentes na
escola não podem ser explanadas apenas de um fator, como o familiar ou escolar,
mas pela influência mútua de diversos fatores existentes. Ressaltando o objeto de
estudo que possui o psicopedagogo, pode se compreender o quanto ele tem que
investir em seu conhecimento para que se possa ter uma formação de sua
identidade.
Existe a falta de compreensão do meio social em relação à área da
psicopedagogia, pois todos os problemas que envolvem a educação podem ser
parcialmente solucionados com esta ciência que tem por finalidade analisar todos os
processos de aprendizagem humana e suas dificuldades.
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Diante das transformações ocorridas no mundo com o processo de
globalização da economia. A escola se vê diante de um novo dilema, preparar uma
demanda de capital humano que venham atender as necessidades impostas por
uma nova ordem econômica. E para atender a essa nova exigência mundial a
educação brasileira começa a passar por um novo período de sua história.
Até aquele presente momento a escola no Brasil era para poucos e uma
parcela significativa da nossa população, não freqüentavam as mesmas.
A educação não era um direito garantido por lei. E foi só com a Constituição
Federal de 88, que começou o processo de democratização da educação no país.
Veja o que a lei determina: “a educação, direito de todos e dever do Estado e da
família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” (art. 205).
Em seguida veio a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que com
o discurso de defesa de uma educação de qualidade, adota práticas que venham
atender organismos financeiros internacionais, que tem como foco principal uma
ótica mercantil, isto é uma visão mercadológica para a educação do país.
Muito embora se constitua um avanço a universalização do ensino promovida
por estes dois instrumentos.Vale dizer que, esta iniciou apresentando muitos
problemas. Vejamos o que enfatiza a economista do Banco Mundial, Bárbara Burns.
Quando sustenta a idéia de universalização: “Os assuntos ligados às habilidades
leitoras diferem de um país a outro”. Declarou ainda: “Os professores não estão
suficientemente bem treinados, lhes falta motivação e simplesmente não aparecem.
Às vezes, as crianças não vão à escola porque precisam ajudar suas famílias nos
afazeres domésticos. Mas há casos em que a qualidade foi colocada em risco
quando os países ampliaram o acesso”.
Embora este discurso não faça uma relação direta entre perda de qualidade e
aumento da cobertura em educação, no Brasil, a qualidade da educação decaiu
assustadoramente com a ampliação ao acesso.
Na esteira da escola para todos, a universalização do ensino na rede pública
cresceu em quantidade, atendendo aos preceitos da visão “(neo) liberal”. Sem
estabelecer metas de qualidade.
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E esta foi na verdade a ponta do iceberg para os problemas encontrados com
o processo de democratização do ensino no Brasil:
Salas superlotadas; condições deploráveis de trabalho; ausência de programas de
formação continuada e atualização profissional; violência nas escolas; Um número
muito grande de evasão e repetência, gerado por fatores internos e externos ao
ambiente escolar.
O acesso conseguido pela população nas escolas públicas era enganoso, pois as
somas das taxas de evasão e reprovação continuavam muito altas. Estudos
mostram que a evasão era o subproduto das múltiplas repetências a que as crianças
e jovens eram submetidos, ou seja, eles denunciavam que 50% da população
escolar abandonava, evadia-se da escola depois de ter ficado de 6 a 8 anos
“estacionada” na segunda ou terceira série do ensino fundamental e que de cada
100 crianças menos de 10 completavam o ensino fundamental em 8 anos.
3. O Fracasso Escolar
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Os diferentes pontos de vista apresentados por estudiosos do assunto
mostram que ao longo da história o fracasso escolar teve diferente justificativa.
Inicialmente, procurava-se explicar o fracasso escolar através dos aspectos
orgânicos da aprendizagem, passando a se considerar mais tarde os aspectos
emocionais e sociais. Só depois passando a se considerar mais tarde os aspectos
intra-escolares e os mecanismos subjacentes ao processo de aprendizagem. Os
principais fatores apontados pelos estudos no assunto foram:
Fatores Sócio-Econômicos-Culturais
Fatores Biológicos
Fatores genéricos:
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Fatores pré, peri e pós-natais:
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4. Aprendizagem
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coordena ações, acumula experiências, adquire novas destrezas, automatiza os
movimentos.
A inteligência refere-se à estrutura cognitiva, ao nível lógico; o conhecimento
se constrói; o conhecimento é assimilação de um dado exterior às estruturas do
sujeito. A inteligência tende a ser objetiva. Ao contrário, o desejo é subjetivante,
referindo-se à estrutura simbólica, ao nível inconsciente.
O desejo tende à individualidade, tornando cada ser humano único em
relação ao outro. É o nível simbólico que organiza a vida afetiva, e as significações,
expressam nossos sonhos, nossos erros, nossas lembranças, nossos mitos.
A aprendizagem é o processo onde entram em inter-relação os quatro níveis
de um sujeito-aprendente e de um sujeito-ensinante. É com base nessas dimensões
– lógica e desejante - além do corpo e do organismo, que se dará à aprendizagem
ou a não-aprendizagem.
O vínculo exerce também um papel fundamental para a efetivação do
aprender. E é desde cedo que a criança vivencia tal experiência, seja com sua mãe,
seja com um responsável que desempenhe este papel. Se o vínculo foi intenso e
prazeroso desde o princípio, não existirão dificuldades futuras relacionadas à
aprendizagem, pois a criança sentir-se-á autorizada a aprender e a estabelecer um
vínculo afetivo com seus professores, desde que estes também a autorizem a fazê-
lo. Da mesma forma acontecerá com aquele que ensina: uma história de vida onde
lhe foi permitido estabelecer vínculos os quais o conduziram a experiências
prazerosas com o conhecimento, lhe facilitará o relacionamento com seus alunos.
Portanto, toda a bagagem que ensinante/aprendente trazem consigo, podem
interferir significativamente no processo de ensino/aprendizagem, produzindo (ou
não) sucessos ou fracassos escolares.
Re-significar os papéis do professor e do aluno como sujeitos constituídos
pelas dimensões do organismo, corpo, inteligência e desejo, é essencial para que o
processo de ensino/aprendizagem se construa de forma saudável, onde tais sujeitos
se permitam estabelecer vínculos uns com os outros, abrindo espaço para contatar
com o conhecimento, cabendo ao ensinante autorizar seu aluno a aprender,
valorizando seus saberes, respeitando suas possibilidades e sua história de vida.
Por tanto aprendizagem é o processo de aquisição de novos conhecimentos
que levam a modificação do comportamento. E é pensando no processo de
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construção da aprendizagem que trata da relação do sujeito com o conhecimento,
que surge o objeto de estudo da psicopedagogia.
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próprios, mas uma síntese simplificada dos múltiplos
conhecimentos psicológicos e pedagógicos”.(Rio de janeiro,
1998, p. 25).
Este ser que aprende, é denominado de ser cognoscente por Silva (1998) é
pluridimensional. É um sujeito complexo, dotado de três dimensões especificas:
biológica, afetiva e relacional, que estão interagindo sempre, possibilitando este ser
a relacionar-se em vários ambientes: natural ou sócio-cultural.
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desejo de viver, aprender, conviver e conseqüentemente conhecerá o espaço em
que está inserido.
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O psicopedagogo pode auxiliar o sujeito a sair de sua condição inadequada
de aprendizagem para uma condição mais satisfatória, pode também, elevar a auto-
estima e restaurar aspectos cognitivos, sociais e afetivos.
6. Conclusão
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com o intuito de oferecer melhorias aos alunos, investimentos do governo para a
educação, entre outras modificações que só visam o avanço do país.
É de conhecimento de todos que só existe progresso em uma nação se
houver uma educação de qualidade para a população, é imprescindível que haja
mais investimentos na área da educação para que assim possa surgir profissionais
bem qualificados.
Existe uma grande necessidade do profissional voltado para a área da
educação ter um maior aperfeiçoamento para que ele possa ter uma compreensão
sobre a aprendizagem baseada no diálogo entre as várias disciplinas que envolvem
a escola, isso acontece com a Psicopedagogia, em que o psicopedagogo é um outro
profissional, que possui outro referencial, tendo outro conhecimento e outro ponto de
vista sobre a educação.
Esses problemas que foram citados relacionados à educação envolvem a
aprendizagem na escola e reforçam a idéia de que a necessidade da presença do
psicopedagogo dentro desta é de total importância, seu papel dentro dela é trabalhar
de forma que auxilie os professores dentro da sala de aula e, sobretudo que tenha
uma maior atenção em relação às crianças que possuem problemas voltados à
aprendizagem, impedindo dessa forma mais uma frustração escolar nesses alunos o
que causa mais empecilhos em seus passos em direção ao progresso.
7. Referências Bibliográficas
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1- BOSSA, Nadia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da
pratica. 3ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2007.
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